segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

As 10 melhores histórias do Superman da década passada


Acredito que assim como eu, vocês estão muito empolgados com a chegada de 'Man of Steel', novo filme do Superman. E para passar o tempo até a chegada do filme em junho do ano que vem, vou fazer uma serie de posts sobre o personagem, começando com esse post sobre as melhores histórias de HQs dele na época que passou. Era para ser um '5 contra 1', mas aí seria deixar de lado muitos quadrinhos bons de lado, e é importante observar que a lista não tem ordem especifica de importância  No caso só deixei de lado 'Superman and The Men of Steel' (o reboot da DC do Homem de Aço), porque estou pegando HQs que vão de 2000 a 2010, e botei uma menção honrosa muito importante para a analise dessas histórias. Agora acompanhe abaixo a listagem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Short Reviews: Robert Plant / Viper + Kiss (Rio de Janeiro - 2012)

Publicado originalmente no Rio Metal Blog.

Dois shows de dois ícones do rock’n’roll acontecerem no HSCB Arena (Rio de Janeiro) com um mês de diferença, entre os dias 18 de outubro e novembro, tivemos oportunidade de conferir as duas apresentações e mostrar a vocês o que rolou lá.


O primeiro show que aconteceu lá foi o lendário vocalista do Led Zeppelin, acompanhado pela banda “The Sensational Space Shifters”, que tocaram várias musicas dos anos 60 e 70, além de claro Led Zeppelin. Mas quem veio ao show pesando que apenas iria ver um show de rock ou (como se passa na cabeça de muitos fãs) ver um show do Led Zeppelin, se saiu redondamente enganado.

Porém, o que se viu ali foi uma aula de musica surpreendente, com rearranjos de algumas musicas, (inclusive as do Led) uma pegada mais folk com fortes influencias de outras culturas, especialmente as africanas e as celtas. O tipo de show que é inesquecível, seja para os fãs de rock ou de musica em geral.

Setlist Jimmy Page & The Sensational Space Shifters
1- Fixing to Die (cover de Bukka White)
2- Tin Pan Valley
3- 44 (cover de Howlin' Wolf)
4- Friends (Led Zeppelin)
5- Spoonful (Howlin' Wolf)
 6- Somebody Knocking
7- Black Dog (Led Zeppelin)
8- Bron-Y-Aur Stomp (Led Zeppelin)
9- The Enchanter
10- Another Tribe
11- Ramble On (Led Zeppelin)
12- I'm Your Witchdoctor (John Mayall & The Bluesbreakers)
13- Who Do You Love / Whole Lotta Love / Steal Away / Bury My Body (medley)

Bis:
14- Going to California (Led Zeppelin)
15- Gallow's Pole (Led Zeppelin)
16- Rock and Roll ( (Led Zeppelin)


O show de abertura do Kiss foi da banda Viper, a primeira banda do qual o vocalista André Matos participou e que teve um sensacional retorno esse ano, sendo que esta abertura seria um dos últimos shows dessa reunião. Como perdi o show completo deles em julho, estava empolgado em vê-los, nem que seja por um pouco de tempo. E não fui decepcionado.

André Matos envelheceu e obviamente sua voz passou por mudanças, mas ele ainda consegue fazer o que sabe de melhor sem que isso interfira em sua performance. Apesar de ter tocado porca coisa do álbum ‘Soldiers fo Sunrise’, a trinca Prelude to Oblivion/Living for Tonight/Rebel Maniac animou a todos, fechando com ‘We Will Rock You’ do Queen, completando a missão de fazer um ótimo show de abertura antes do maior espetáculo da Terra.

Viper setlist
01- Soldiers of Sunrise
02- At Least a Chance
 03- Cry for the Edge
05- Prelude to Oblivion
06- Living For Tonight
07- Rebel Maniac
08- We Will Rock You (Queen cover)


Não importa se o roteiro do show possa ser repetivo, ou outras reclamações que certas pessoas possam colocar: Kiss ainda é o maior espetáculo da terra (e um dos últimos) e merece ser visto todas as vezes, pois todas elas certamente serão fantásticas. Um fator diferencial e marcante é que desta vez, por ter sido feito em um local fechado, tivemos oportunidade de termos o show completo, coisa que a chuva em 2009 não permitiu. Ou seja, tivemos Gene Simmons “voando” para tocar ‘God of Thunder’ na parte mais alta do palco e Paul Stanley fazendo a tirolesa para tocar ‘Love Gun’ no meio do publico.

3 musicas do fantástico novo álbum, ‘Monster’, foram tocadas, entre elas ‘Outta of this World’, dando a Tommy Thayer uma musica/identidade própria no palco ao seu Space 2.0. Outras adições bacanas do setlist foram ‘War Machine’ e ‘Psycho Circus’, que tem tudo para se tornar fixas nas próximas turnês. A banda mais tava alinhada (e aparentemente unida), o espetáculo estava excepcional como sempre, garantindo que quem pagou o (caro) ingresso saísse muito satisfeito querendo mais. No fim das contas, Kiss não desapontou as altas expectativas de seu exercito de fãs.


Kiss setlist
01. Detroit Rock City
02. Shout It Out Loud
03. Calling Dr. Love
04. Hell Or Hallelujah
05. Wall of Sound
06. Hotter Than Hell
07. I Love It Loud
08. Outta This World
09. Tommy Thayer & Eric Singer solos
10. Gene Simmons solo
11. God of Thunder
12. Psycho Circus
13. War Machine
14. Love Gun
15. Black Diamond Bis:
16. Lick It Up
17. I Was Made for Lovin’ You
18. Rock and Roll All Nite

É só isso, até a próxima!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Palavras a 100 p/hora: "Passado" e Futuro de Star Wars


Bem, desenterrei o 'Palavras a 100 p/hora', onde eu trato de assuntos delicados onde a maioria caga regra e/ou é extremista para o bem e para o mal, mas sem todos as coisas chatas das quais acabei de citar, apenas a boa e direta opinião minha para os 5 leitores frequentes e interessados deste blog. Na verdade sempre tive vontade de falar sobre os prequels de Star Wars, que correspondem do Episódio I a III, mas devido a chocante notícia que a Disney comprou a LucasFilm e deixou engatilhado uma nova trilogia de filmes inciada com o Episódio VII em 2015, muito precisa a ser dito (e analisado) sobre o que Star Wars é, era e poder ser no futuro. Mas sem as orelhinhas do Mickey, por favor.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Review: Batman - O Filho do Demônio

Publicado originalmente em Batmania Rio. Review feito por Diogo Oliveira.



O clássico de Mike W. Barr e Jerry Bingham acaba de ganhar uma ótima reimpressão brasileira e vamos fazer o review dela agora para vocês! será que o clássico sobreviveu ao teste do tempo? Confira abaixo!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

5 contra 1: HQs para ler antes de Arrow


Estamos de volta com o '5 contra 1', posts que eu faço quando eu não tenho tempo de escrever algo mais longo do que eu queria sobre um assunto que eu queria falar muito.E nesta semana trago 5 fases essenciais para você se preparar e entender o que será construído em 'Arrow', a nova série de TV do Arqueiro Verde que promete fazer você esquecer que Smallville um dia existiu. vamos a eles abaixo:

5- Green Arrow: Brightest Day 
Pessoalmente um arco favorito meu, por explorar de maneira diferente o que se trata o personagem: depois da destruição de Star City causada por Prometheus em 'Cry For Justice', Deadman e seu Anel da Tropa dos Lanternas Brancos ressuscita a cidade como uma imensa floresta, onde alguns dos moradores ainda vivem lá, além de armazenar uma enorme quantidade de energia Branca. Queen tem que proteger parte da população que vive na floresta, enquanto enfrenta a ameça externa de quem quer possuir o Poder contido lá presente e a ameaça da derrubada do local e reconstrução da cidade pelo novo (e corrupto) presidente das Industrias Queen.


4- Green Arrow: Year One
Da mesma equipe que revitalizou 'The Losers' para a Vertigo, Andy Diggle e Jock pegaram os melhores elementos do personagem de várias décadas diferentes (muitas delas mostradas aqui nessa lista) e influ~encias de filmes de ação oitentistas (coisa que Diggle é especialista) para recriar a imagem de Oliver Queen: de um bilionário apático ao caçador de seu próprio destino, .Muito do que a série é foi baseada nesta revista, então podemos classificá-la como leitura essencial!


3- O'Neil/ Adams' Green Lantern & Green Arrow
Se vamos começar com algo, que seja com os clássicos! Hal Jordan e Oliver Queen entram numa van e rodam a América para descobrir sua verdadeira face, entrando até então nas revistas mais adulas e maduras de sua época: preconceito, drogas, política, religião, todos os assuntos eram debatidos ali e ajudaram a moldar o caráter do Oliver Queen que conhecemos hoje.


2- Green Arrow vol 3 (2000-2008)
Depois da morte de Oliver e de seu filho Connor Queen assumir o manto, Kevin Smith traz de volta Queen dos mortos injetando novidades e revitalizando o personagem para as próximas gerações. Seja colocando novos vilões, como Onomatopeia, ou aumentando as fileiras de aliados, como a Ricardita, Smith botou o personagem encarando as mudanças do Universo DC e de suas próprias ao voltar dos mortos. Enquanto Brad Meltzer procurava recolocar o revigorado Oliver Queen de volta ao Universo DC, Judd Winnick foi além, colocando o personagem como prefeito de Star City, e enfrentar as vantagens e consequências de estar nos dois lados da lei, fazendo-o casar com a canário negro e explorando o fato de Ricardita ser HIV positiva.


1- Mike Grell's Green Arrow
Considerado por muitos (e com razão) a melhor interpretação do Arqueiro Verde, Mike Grell nos trás um Oliver Queen mais maduro, porém ao mesmo tempo cansado e extasiado pela ideia de combate ao crime.Um caçador, um suicida, um herói que busca no combate ao crime exatamente um motivo para parar de ser um vigilante, mas não consegue: a vontade de ajudar a fazer o bem fala mais alto.Até mesmo pela maduridade das histórias, essa versão do Arqueiro Verde pouco se misturava com o resto do UDC, tirando personagens mais urbanos, como por exemplo Batman e Questão. Dá pra perceber pelos videos liberados que muito da personalidade de Oliver Queen e do clima geral em 'Arrow' foi tirada de Mike Grell, e isso é um ótimo sinal!


Bem, por hoje acabou, tentarei postar o review do primeiro episódio de Arrow no fim de semana. até a próxima!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Review: Dredd 3D


A ultima vez que o maior personagem dos quadrinhos ingleses apareceu na telona, tinha um sério problema. Visualmente era impecável, mas faltava algo ali. No fim das contas, seja pelo estilo hollywoodiano que a história tomou, seja para atingir um publico mais amplo, o filme acabou não dando certo, nem com o grande publico e nem com os fãs.Mas isso não acontece com 'Dredd 3D', em definitivo.Honesto, direto, sem frescuras e sendo uma adaptação perfeita de tudo que Dredd é e representa. Saiba mais abaixo:

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

5 contra 1: Diferentes Versões do Juiz Dredd


Ainda embalado pela chegada do novo filme do Juiz Dredd, separei este pequeno '5 Contra 1' falando das interpretações mais interessantes (ou não) e mais conhecidas (ou não) do personagem. Então, confira abaixo a lista:

5) Sylvester Stallone's Judge Dredd
O primeiro filme que mostrava de fato o personagem para um publico mainstream teve efeitos especias bacanas e um nome de peso no papel principal, apesar de que como filme eu pessoalmente nem posso opinar muito pois faz tanto tempo que eu não o vejo que nem me lembro direito. Mas visualmente era igual a HQ, tínhamos Rob Schneider fazendo a pior interpretação possível do Fergee (como um alivio cômico), Dredd sem capacete, um robô fodão chamado ABC Warrior e Armand Assant como Rico Dredd.





4) Judge Dredd: Lawman from the Future
Influenciado pela grana que o filme do Dredd poderia dar, nos anos 90 foi criado uma terceira revista para Juiz Dredd, mas com um imenso diferencial em relação as outras: ela teria de ser mais acessível, ou seja, a quantidade de sangue e mortes teria que cair bruscamente.Bastante influênciada pelo filme com Sly e considerada pelos fãs e críticos como "a versão sem bolas do Juiz Dredd", a revista teve pouco tempo de duração, apenas 1 ano.


3) Heavy Metal's Judge Dredd
Se "Lawman from the Future" era a versão mais soft de Dredd, a visão do personagem sobre a estética da lendária revista 'Heavy Metal' era o extremo oposto: sexo, violência, gore e Simon Bisley da melhor qualidade. Escrito por gente da mesma equipe do 2000AD, como Alan Grant e John Wagner, teve 8 partes e saiu à algum tempo em versão encadernada.


2) DC Comics' Judge Dredd
1995 foi realmente um ano de (tentativa) de expansão para Dredd, tanto que a DC Comics não somente adaptou o filme em HQ mas publicou histórias inéditas do Juiz nos Estados Unidos a partir de 1994.As histórias eram escritos pelo criador do selo Paradox, Andy Helfer, e tinham algumas mudanças pesadas em relação a versão do 2000AD (como por exemplo ter Juiz Fargo como vilão).Depois de 18 edições, veio mais 13 edições na série 'Legends of the Law', que se aproximava mais do estilo e da cronologia da versão da 2000AD.


1) Hardware
A primeira adaptação de uma história do Juiz Dredd para outra mídia não foi o filme com Stallas.'Hardware' foi baseado em uma história publicada em 'Judge Dredd Annual 1981', após 'A Saga da Terra Amaldiçoada", chamada 'SHOK! Walter's Robo-Tale' (de Steve MacManus and Kevin O'Neill), onde assim como o filme, temos um mundo devastado por um ataque nuclear, em que um andarilho do deserto acha pedaços de um robô (que na HQ era um androide de combate que participou na batalha final do 'Cursed Earth Saga', mas no filme não tem ligação alguma com o universo de Dredd) e é vendido a uma mecânica que depois de ter reconstruído foge da fúria assassina do robô. Na época de seu lançamento a 2000AD acabou processando os produtores por plágio, mas logo depois foi assumido por eles que o longa metragem foi inspirado pela história da HQ, tendo McManus e O'Neil ganhando legalmente algum crédito por isso. Você pode ler a história original completa aqui e o trailer do filme abaixo:




Acabou por hoje. Sexta Feira: DREDD 3D!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Enciclopédia Histórica Básica do Juiz Dredd


Bem, com o novo filme do Juiz mais casca grossa de Mega City 01 chegando, decidi fazer essa pequena enciclopédia sobre tudo que você deve sobre o personagem. Aonde ele é publicado, por quem foi criado, quem vive em seu mundo, seus principais aliados e inimigos. Então clique abaixo AND BEWARE, CREEPS!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Batman Beyond: O Futuro do Homem Morcego nos Cinemas

Editorial feito por Diogo Oliveira. Publicado originalmente no Batmania Rio.


Acabou.Depois de uma jornada de 10 anos cheios de alegrias, tristezas e sucessos, a grande história da trajetória de Bruce Wayne como Batman contada pelo diretor Christopher Nolan acabou de maneira brilhante em The Dark Knight Rises. Mas apesar que a história de Bruce Wayne ter acabado ali, uma das grandes mensagens do filme é que Batman é imortal, um simbolo eterno. Não importa como e onde, Batman terá que continuar. E nesse editorial, direi minhas opiniões sobre o futuro do personagens nas telas e suas múltiplas opções baseado nas realidades na situação.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Review: The Dark Knight Rises


Depois de quase 10 anos a frente dos personagens, finalmente a trajetória de Christopher Nolan a frente do Homem Morcego chega ao fim.E depois do imenso e merecido sucesso de The Dark Knight, as expectativas eram muito altas em relação de como a trilogia deveria ser fechada.Desde a surpreendente escolha dos vilões quanto ao escopo da história, todos ficaram de olho e criaram suas próprias versões de como a história deveria acabar.E sim, Nolan nos trouxe não somente o final que precisávamos, mas o final que merecíamos.e prepare-se, haverá muitos SPOILERS pela resenha, então nada de reclamações.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Review: Amazing Spider Man


Chegou a tão fadada hora.Depois de dois filmes de sucesso com o personagem foi direcionado para um threequel decepcionante, a franquia do Homem Aranha comandada por Sam Raimi tentou fazer um quarto filme para tentar redimir o que foi feito, mas era tarde demais: Raimi tinha perdido controle sobre produto.E numa atitude ousada, e chocante para muitos, a Sony resolver rebootar a franquia e entregar a um diretor que até então tinha conquistado publico e critica com seu hit '500 Dias com Ela'. Mas as questões de como recontar a origem de Peter Parker sem parecer repetitivo e superar as inevitáveis comparações com o filme 2002 eram os grandes desafios da produção, que decidiram explorar aspectos da origem do Homem Aranha não mostradas na trilogia anterior.Mas o que de fato mudou, ou quias partes da "história não revelada" foram mostradas, e como isso afeta o filme?


Antes de mais nada, vamos a história: quando criança, o jovem Peter Parker foi deixado ao cuidado de seus avós, Ben (Martin Sheen) e May (Sally Field) Parker, enquanto seus pais misteriosamente desaparecem, e morrem durante um acidente de avião.Anos depois, já adolescente, Peter (Andre Garfield) vive sua rotina isolada na escola, tendo que aguentar bullies de Eugene "Flash" Thompson (Chris Zylka) e o inicio de uma amizade, que pode virar algo a mais, com Gwen Stacy (Emma Stone).Mas ao achar uma velha pasta de seu pai com anotações secretas de um misterioso projeto da empresa que trabalhava, a Oscorp, o jovem Parker encontra a unica pessoal do qual tem elo com seu pai, o Dr Curt Connors(Rhys Ifans).Mas ele sabe, que ao pisar na Oscorp, que uma aranha geneticamente modificada o pica e lhe dá super poderes, sem ao menos saber que isso é o primeiro passo para uma intricada história sobre o desaparecimento de seus pais...


Pra começar, o que de diferente o filme trouxe de diferente em relação aos originais? O principal é que dessa vez, nós temos um personagem real, e o melhor de tudo, muito mais fiel aos quadrinhos do que a interpretação de Sam Raimi, que era ótimo, não estou falando a contrário, mas agora eu não só vejo o personagem das HQs criar vida, mas também vejo personagens reais nas telas.Andrew Garfield É Peter Parker, assim como Emma Stone está sensacional como Gwen Stacy, e por mais que o trabalho de Cliff Robertson tenha sido ótimo, Martin Sheen deu toda uma dimensão e sentimento que francamente, a versão anterior do Tio Ben não tinha.Sally Field quebrou minhas expectativas negativas em relação a como ela poderia se sair, mas ainda prefiro Rosemary Harris. Em relação ao Lagarto,  Ifans  fez uma interpretação ótima do personagem, apesar de terem omitido sua mulher e filho no corte final do filme (entre outras coisas das quais falarei a frente).

Mas como deu pra perceber, as comparações com o primeiro Homem Aranha são inevitáveis, e como os filmes antigos estão presentes com força no inconsciente popular, não tem como não botar os dois lado a lado.E de certa maneira isso é um problema pro filme, porque as vezes ao se contar demais uma mesma história, há riscos dela não trazer nada de novo (não é, senhor 'Superman: Origens Secretas'?). Porem, aquilo que queremos nunca é necessariamente aquilo que é mostrado, e nem por isso o que é mostrado é necessariamente ruim por causa que não concordamos com aquela abordagem. No caso, o que devemos analisar aqui é o contexto, porque de fato ambos os filmes no fim das contas acabam no mesmo lugar: Peter decide fazer um sacrifício de se afastar da mulher que ama por algo maior.Mas novamente falando, o contexto entre os dois são MUITO diferentes e isso o que vai definir a preferencia do publico pelas próximas gerações, porque os caminhos até esse final trilham por passos diferentes.


No caso desse Homem Aranha, ele é mais levado pelo ódio da morte de seu tio, que não percebe que de fato o que faz não ajuda a ninguém na sociedade, apenas a ela. É uma atitude egoísta e e que serve não para exatamente justiça, mas para inflar seu ego.Peter é mostrado como um gênio, mas também com um adolescente com defeitos, e isso é muito importante para entender suas ações e seu processo de maturidade.Para virar um herói de fato, ele teve que temporariamente sacrificar a justiça em nome do seu tio.E isso só é uma parte do que o filme se trata.


Temos também o lado que juntar os pedaços, reunir o quebra-cabeças.Isso é refletido no Lagarto, que inicialmente tenta recuperar seu braço, mas depois enlouquece no momento que quer levar esse sentimento de cura, de se completar, a todos de maneira distorcida.Certos aspectos da vida de Peter são envolvidos em muito mistério, e para Peter achar respostas o tornaria completo como pessoa.Ele provavelmente não se sentiria tão inseguro com a vida, seria mais sociável, no geral uma pessoa diferente, se tivesse respostas a essas perguntas.E aí entra novamente a questão de identidade, do quem sou eu.


Essas perguntas precisam ser respondidas para que eu me torne uma pessoa diferente, ou melhor? Ou ao serem respondidas, eu me tornaria algo que pensei ou algo diferente? Esse tema é recorrente em Peter e Curt, tornando-os não só próximos, mas humanos. Muitas destas questões são levantadas dentro da história, e novamente, se fala sobre poder e responsabilidade, mas de maneira muito mais profunda que o outro filme de origem mostrado com o personagem, com muito mais abrangência e com um olhar mais sério sobre a questão.


Claro que, um dos pontos negativos do filme é como "A História Não Contada" é mostrada. Ela é respondida? É sim, mas com a profundidade necessária? Não. Já deu pra perceber que MUITO material ficou de fora, pois respondia as perguntas todas de uma só vez deixando o filme BEM mais completo.Entendo que a Sony tenha feito isso para estender a saga dos mistérios dos Parker para um trilogia,  e provavelmente colocar até o Sexteto Sinistro no terceiro filme. Mas um chute meu vai mais longe: acho que eles vão colocar a Saga do Clone (Ultimate).Mas por enquanto é só um chute meu.


O mundo a partir de agora será definido por quem prefere 'Homem Aranha' de Sam Raimi ou 'Amazing Spider Man' isso é um fato.Um foi mais simplista mas teve um grande impacto em abranger o numero maior possível de publico, outro ainda está construindo seu caminho na tentativa de mostrar que, mesmo ambos acabando na mesma coisa, ele tem seu valor e suas particularidades, e por isso deve ser respeitado.pra mim, por trazer muito mais conteúdo e densidade ao personagem, tornando-o real contra o estereotipo que Tobey Maguire encarna no primeiro Homem Aranha (mas que a partir do segundo você sente mais realidade nele, graça a deus)  e todo o esquema 'Jornada do Herói' presente naquele filme.Para mim, como história de origem, mesmo com seus cortes, Amazing Spider Man sai melhor na "batalha" das origens.Qual lado você escolhe?

NOTA:8.5

segunda-feira, 2 de julho de 2012

5 contra 1: HQs para ler antes de 'Amazing Spider-Man'


Sim! Estava planejando fazer dois posts (esse e outro resenhando 'Homem Aranha 2') mas a falta de tempo me impede de falar sobre o filme, então farei esse '5 contra 1' falando sobre histórias que você deveria ler (ou não) antes da chegada de Amazing Spider Man e como elas podem te afetar (ou não) no jeito que você vai ver o filme.Vamos a contagem abaixo:

5) Ultimate Spider Man Vol. 06 - Venom
O Homem Aranha Ultimate serviu de influência tanto pro novo quanto por velho filmo, mas porque eu escolhi exatamente uma história que contem um vilão que nem sequer vai aparecer e muito menos ser mencionado no filme? A resposta é simples: Richard Parker. Os pais de Parker tem uma importância fundamental nesta trama, e muito do que é mostrado aqui, como por exemplo Peter tentando desvendar a morte de seus pais, e no processo se aproximar de alguém que compartilha algo de seu misterioso passado e que de certa maneira ajudando a criar seu próximo arqui-inimigo, vai aparecer em ASM.



4) Untold Tales of Spider Man #1
Bem, se tem uma versão Ultimate, é porque deve ter uma versão 616, não é verdade? Depois de décadas de mistério, o passado sobre os pais de Peter Parker é revelado na primeira edição da revista The Untold History of Spider Man, onde é revelado que os Parker foram Agentes da S.H.I..E.L.D durante a década de 50 e foram mortos pela HYDRA durante uma missão.Leia mais por curiosidade, porque provavelmente nada disto estará no filme. Seria legal, mas não vai estar.




3) Spider-Man: Blue
Havia uma época que antes de começar a fazer merda (Earth's Mightiest Heroes, saudades eternas) Jeph Loeb sabia escrever.E sabia também escrever como poucos sobre origens, e como ele conseguia redefinir bem o que eram os personagens. Spider Man: Blue retrata de maneira carinhosa, sentimental e de certo modo melancólico não somente sobre a fase 'John Romita' do personagem, mas também de como Peter descobriu que estava apaixonado pela primeira vez. E assim como ele, explica porque nós nos apaixonamos e continuamos sofremos quando lembramos que Gwen Stacy, bem, ela morreu (e isso não é spoiler para ninguém!). Se você quer descobrir quando o Homem Aranha começou realmente a amadurecer e porque ele se apaixonou pela Gwen Stacy, esse é a revista.



2) Amazing Spider Man #06
Não podíamos deixar de mostrar a primeira aparição do Lagarto nos quadrinhos! O monstro sai as ruas causando caos e medo, enquanto o Homem Aranha é o único que pode não somente salvar a cidade, mas separar o medico do monstro! Veja sobre os motivos do Dr Curt Connors de ter feito o experimento que irá mudar sua vida! Saiba mais sobre sua família e sobre a possível salvação de um gênio regredindo ao estágio animal!


1) Ultimate Comics: All New Spider Man
Se o assunto principal sobre as conversas ao redor de 'Amazing Spider Man' é sobre as mudanças drásticas em relação daquilo que a gente achava que era o certo sobre o personagem, o jovem Mike Morales mostrou que, após assumir o manto do Homem Aranha do falecido Peter Parker, dava para apresentar as melhores qualidades do antigo personagem de uma maneira nova e refrescante, e sem o novo personagem deixar de ter sua própria personalidade e marcas na trama? Se deram uma chance a Mike Morales, acho que vocês deviam dar uma chance a Andrew Garfield.



Bem, acabou, agora só na sexta que vem com o review de Amazing Spider Man. Até!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Revirando o Baú: Homem - Aranha (2002)


Vamos voltar a 1997, um ano nada feliz pra quem curte quadrinhos e cinema combinados. Os fracassos de 'Batman & Robin' e 'Steel' pareciam que iriam enterrar de vez as adaptações de HQs pelos próximos anos. Só que havia um detalhe que ninguém tinha percebido.1997 também marca o ano de lançamento de 'MIB- Homens de Preto', primeira adaptação de HQ  da Marvel (e anteriormente da Malibu) em anos para um publico mainstream. E fez sucesso, muito sucesso. Vendo uma oportunidade de ouro em mãos, de dominar um mercado que basicamente era dominado pela DC com seus filmes do Batman, a Marvel decidiu investir sutilmente no mercado de filmes. Decidiu sabiamente fazer 'Blade', que mostrou que sim, dá pra levar HQs a sério nos cinemas, e depois (com esforço) finalmente fizeram um filme dos X-Men, e o melhor de tudo, um filme funcional e contemporâneo da equipe. Fez também muito sucesso. Mas eles precisavam de algo que realmente fizesse aquilo durar, de algo que garantisse o espaço das adaptações de HQ (especialmente de sua editora) de forma definitiva e duradoura. Eles precisavam por o maior medalhão na casa. Eles colocaram o Homem Aranha, a melhor decisão possível.


Chamando o diretor de clássicos cults e produtor de sucesso, Sam Raimi, que além de tudo era fã do personagem, a produção do filme avançou décadas de inúmeras versões do roteiro e um-quase lançamento de um filme nas mãos de James Cameron, filme esse que nunca saiu umas gerou uma "sequência" num formato de desenho animado da Fox (a melhor animação feita com o personagem, diga-se de passagem). Mas muito do sucesso da franquia deve-se mesmo a Raimi e a liberdade dada pela Marvel (via o produtor Avi Arad) para que ele tentasse colocar a melhor visão possível do personagem. Ou pelo menos a melhor visão de acordo com Sam.Veremos isso mais adiante.


Vamos a história: o jovem adolescente Peter Parker (Tobey McGuire) vive com seus tios, May (Rosemary Harris) e Bem Parker (Cliff Robertson). É um jovem tímido, extremamente inteligente, mas não tão popular na escola, o que afasta as chaces de se envolver com seu grande amor Mary Jane Watson (Kristen Dunst), que também chama a atenção de seu melhor amigo, Harry Osborn (James Franco). Seu pai, Normam Osborn (Willain Dafoe), é um importante belicista e cientista que tenta por um novo projeto para desenvolver fisicamente melhores soldados. A vida de Peter muda quando uma aranha geneticamente modificada o morde, lhe dando super poderes, como escalar paredes, soltar teias e força física ampliada. Mas aos mesmo tempo, Norman testa sua nova formula, que aumenta sua força mas o leva a loucura. Quando tio Ben, é assassinado, Peter decide usar seus poderes para o bem e passa a agir como o herói Homem Aranha, enquanto o misterioso Duende Verde passa a perseguir e assassinar todos os membros da diretoria da Oscorp...


Pra começar a falar do filme, temos que falar especialmente do tom escolhido por Raimi, e os motivos disso. Sam Raimi leu as HQs originas de Lee e Dikto (e Romita) na infância, e muito de suas escolhas e influências no filme vem disso. A visão de Raimi é uma visão mais básica e até alguns momentos mais inocente do personagem, calcada fortemente no esquema mostrado na 'Jornada do Herói' de Joseph Campbell. Os personagens principais tem uma voz e características próprias, baseadas naquilo feito nos quadrinhos, mas são uma versão mais romantizada disso. É bom para englobar todos os tipos de publico? Sim, mas durante o filme há algumas tentativas de trazer o Homem Aranha das HQs do filme, e simplesmente não encaixa bem com o Aranha do filme.As Vozes dos personagem diferem muito dali. Mas isso torna o filme ruim, ou menos fiel? Não, de maneira alguma, só que explora somente os princípios básicos não só do Homem Aranha mas também a relação de poder e como seu uso pode afetar as pessoas, alicerce básico do universo Marvel.Vale a pena destacar algumas mudanças que ele fez para o bem da realidade do filme, como Peter usando teias naturais e a roupa mais prática do Duende Verde.


Sobre as atuações, dentro do que foi proposto Tobey Maguire foi muito bem, teve personalidade e sem exageros, apesar de certos momentos quererem trazer o Aranha das HQs, o que acaba não se encaixando bem na versão do filme. James Franco é o elo mais fraco do elenco, mas em contraponto o Norman Osborn de Dafoe é sensacional. A edição, a musica e a atuação de Willian ajudam a tornar o personagem realmente macabro, mesmo que a roupa e a máscara do Duende Verde em si seja mais uma roupa de combate/intimidação do que parte da aura macabra do personagem. Kristen Dunst teve certa vantagem de sua MJ não ser tão parecida assim com sua contraparte dos quadrinhos, o que deu a ela certa liberdade, mesmo que no fim ela ainda caia no genérico de donzela em perigo. Mas a interpretação mais assustadoramente fiel do personagem é sem sombra de dúvidas de JK Simmons, como J. Jonah Jameson.


Algo que achei legal do Raimi fazer nessa época é mostrar de maneira sutil um universo Marvel invisível dentro do filme. O projeto que Norman trabalha poderia ser muito bem mais uma das tentativas de recriação do soro do Super-Soldado, e a Quest Aerospace (que é uma empresa real) poderia ser substituído facilmente pelas Industrias Stark ou qualquer um de seus rivais. Também é citado do filme dois futuros vilões do personagem: Curt Connors (o Lagarto) e Eddie Brock (Venom).


No fim, podemos definir Homem Aranha como um marco.Um filme que agradou a maioria do publico e dos fãs das HQs, trazendo algo acessível ao grande publico ao mesmo tempo respeitando a fonte original das histórias, com efeitos especias competentes que deram verossimilhança as ações dos heróis e vilões. Mesmo não mostrando exatamente o universo e personagens das HQs ao todo, foi um ótimo filme em tempos que se achava que Hollywood nunca iria aprender como fazer filmes baseados em quadrinhos com qualidade.

NOTA: 8.0


Próxima semana: Homem Aranha 2!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

5 contra 1: Questões sobre o filme da Liga da Justiça


Bem, após Os Vingadores terem feito mais de 1 bilhão de bilheteria, estar no 3° lugar das maiores bilheterias da história, ultrapassando The Dark Knight, e francamente, merecendo cada centavo ganho, porque o filme é foda, a Warner finalmente decidiu dar o passo ousado de fazer acontecer o filme da Liga da Justiça, e diferente de Justice League: Mortal (2007), realmente fazer o projeto decolar. Mas com o anuncio da produção do filme (e mais uma penca de filmes da DC que devem ou não sair) muitas duvidas surgiram, então vamos tentar responder elas em cima de fatos e claro, suposições, já que o roteiro está na fase de construção.

5) Warner está fazendo esse filme apressadamente?
Por incrível que pareça, não. Em 2011, Jeff Robinov, presidente da Warner Bros, disse em entrevista ao Hero Complex que pretendiam começar o filme da Liga da Justiça em 2013 e logo depois dar o pontapé inicial do reboot do Batman. E de fato, depois dos gastos já obtidos para tentar por Justice League: Mortal e do sucesso massivo de publico e crítica a The Dark Knight, o melhor foi deixar o tempo passar, se preparar melhor (e em parte o fracasso de Lanterna Verde ajudou a mostrá-los que não dá pra fazer seus heróis no "Marvel Way") e ver se filme do tipo dão lucro (e 'Os Vingadores' provaram que sim, isso acontece). Esse tempo também é bom já que permite construir com calma as futuras estratégias de mercado e quais filmes lançarem e qual o tom deles, o que nos leva ao próximo tópico.

O mais próximo de um encontro live-action entre Batman e Superman.

4) Começar o Universo DC nos cinemas com a Liga da Justiça seria ideal?
Francamente, sim. Começar um possível UDC nos cinemas, além de ser uma estratégia que já funcionou anteriormente nos quadrinhos, colocaria todos os heróis como carro-chefe dessa nova etapa para o estúdio e editora, tendo muito mais possibilidades de franquias a se explorar no futuro.Também tem o fato de que os heróis da DC são muito mais reconhecíveis por grande publico do que os da Marvel.Além disso, definiria logo de uma vez o tom a ser seguido a todos os outros personagens (já que  gostando ou não, mas os filmes da Marvel Studios tem um padrão bem claro de contar suas histórias).Apesar de que acho que o tom do filme será mais definido pelo como for/o que vai acontecer a partir de 'Man of Steel', que verdadeiramente deve mostrar se dar pra levar o "estilo Nolan" com sucesso a outros heróis sem ser o Batman.


3) Qual história eles  poderiam seguir?
Com 'Os Vingadores' terem estabelecido o que um filme de equipe de super heróis deve ser, o negócio e primeiramente ter bolas de ir mais longe e ser maior do que foi feito anteriormente.Em termos de tom, concordo que eles se devem levar mais sério, seguindo mesmo a linha dos filmes de sucesso da DC até agora (como os Batman do Nolan, Watchmen,V de Vingança, etc).Em termos de como deve ser a interação da equipe, não tem outra: a fase de Grant Morrison tem que ser a sua bíblia, apesar de que algumas modificações tem que ser feitas devido a quem deve estar na equipe ou não.Mas aí o arco inicial de Geoff Johns e Jim Lee nos Novos 52, 'Origin', também seria de grande ajuda para construção.Apesar de ter várias opções de várias revistas para pegar elementos e colocá-los no filme, a espinha dorsal tem que vir de algo grandioso, fantástico, diferente e digno da equipe.Por isso eu digo: FINAL CRISIS or go home!


2) Se colocarem Darkseid, a comparação inevitável com Thanos irá atrapalhar?
Muitas acharam que a introdução de Thanos em 'Os Vingadores' na verdade foi uma vingança de Joss Whedon contra  DC/WB por não ter aceitado seu projeto para um filme do Batman e sua dispensa do complicado filme da Mulher Maravilha. Apesar da provável comparação dos mais leigos, Darkseid tem duas coisas em sua vantagem. Primeiro, ele é a base para todos aqueles que vieram depois, incluindo Mongul e o próprio Thanos.Segundo, o universo do qual Darkseid pertence é muito mais extenso e mais interessante do que de Thanos. Darkseid é o mal encarnado, um Deus-Ideia, que pode mudar realidades.Como bem disse Mulher Maravilha em 'O Retorno de Bruce Wayne': ""Os deuses e os Novos Deuses como Darkseid são idéias auto-conscientes. Eles usam armas-conceito, equações anti-vida, metáforas-assassinos." As possibilidades do que se fazer são muito maiores se você parar e pensar nos outros personagens do Quarto Mundo.Consigo imaginar muito bem num filme live-action a Mulher maravilha enfrentando as Fúrias, enquanto Batman salva crianças da escravidão da Vovó Bondade.As possibilidades aqui são infinitamente maiores.


1) Qual seria a formação da equipe e como isso influenciaria o Universo DC Cinematográfico?
Bem, aqui complica-se a situação.Uma das reclamações em torno de 'Os Vingadores' é a falta de diversidade dentro da sua equipe, já que lá todos são caucasianos e só tem uma mulher no time.O tipo de equipe escolhida pode dizer muito sobre qual rumo seguir, no estilo e no tom. Manter o básico (como hoje em dia se segue) seria interessante, mas a questão ficam: Caçador de Marte ou Cyborg? Botar mais de 7 membros, como Gavião Negro, Arqueiro Verde, Canário Negro e Zatanna? Tirar Batman e Superman, e quem sabe botar a formação 'Brave and The Bold' comercialmente falando é ruim, já que só pelo fato dos dois estarem juntos na tela já iria atrair muita publico.No fim das contas, devido até mesmo que muitos deles já tem projetos semi-engatilhados pra serem produzidos, os que devem entrar são: Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde e Aquaman. Falta decidir qual será o sétimo ou até mesmo mais do que isso) que deve entrar ou não na formação do filme.Além de outros assuntos como qual Lanterna Verde, Flash ou até quem sabe qual Batman seria melhor para utilizar nesta nova formação, entre muitos outros tópicos.


Bem, acabou por aqui, Vamos esperar que a SDCC 2012 nos traga mais novidades sobre o que o futuro nos aguarda... Até lá, até a próxima!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Review: Batman Forever

Publicado originalmente em Batmania Rio.

Review escrito por Diogo Oliveira


Mudanças acontecem. Faz parte da vida, e também faz partes das artes. E falando especialmente de Batman, que é um dos personagens mais mutáveis já criados, mudanças já aconteceram muitas vezes. Como já disse por aqui, os filmes do Batman nos anos 90 seguiam certas fases do personagem, mas nunca conseguiam englobar o conceito geral da coisa. Depois da recepção fria ao excelente Batman - O Retorno, a Warner precisava de mudanças urgente em uma franquia que eles sabiam que era lucrativa, mas que aos olhos do público estava desgastada.A solução deles para isso? Dar ao povo o que o povo quer. E assim originou (o começo do fim) conhecido como Batman Forever. Mas até onde o filme realmente trouxe desvantagens e vantagens pra cinematografia do personagem? E qual foi sua importância no cenário na época de seu lançamento?


Pra começar, vamos a hsitória: anos depois dos acontecimentos de Batman - O Retorno, Batman ainda continua ativo no combate ao crime, porém, o antigo promotor Havey Dent foi deformado à ácido graças ao gangster Tonny Zucco, deformando a sua mente e transformando-o no vilão Duas Caras. 2 anos após ser preso no Asilo Arkham, ele foge, causando caos por toda a Gotham, incluindo o assassinato da família do trapezista Dick Grayson, que desperta em Bruce velhas memórias de volta a tona. Para completar isso tudo, o misterioso Charada planeja utilizar sua Caixa sugadora de ondas mentais e seus crimes misterioso para destruir de vez Batman e Bruce Wayne. Ajudado pela psiquiatra  Chase Meridian, que também tem um forte interesse no não só no Homem mas também no Morcego, Bruce tentar vencer seus medos, salvar Dick Grayson do mesmo caminho negro que ele percorre e descobrir os motivos porque ele deve ser o Batman, não por obrigação, mas por escolha própria.


Pra começar, a maior mudança é o visual.O estilo gótico movido a concreto de Tim Burton foi substituído foi um colorido pop art  e forte influência das artes gregas e russas.A fotografia também merece destaque, já que diferente do filme que o sucede, não procura abusar muito do neon, mas sim do jogo de luzes e lampadas.Também o fato de trazer mais humor e ação do que seu antecessor, e mais elementos próximos dos quadrinhos, especialmente em relação ao personagem principal.No geral, ficou um filme mais leve, e como a palavra "leve" em blockbusters pode significar muitas coisas (boas e ruins), vamos a elas.


Em primeiro lugar, o filme te joga num ritmo acelerado que Returns não se permitiu, começando com o Batman se vestindo e jogando ele direto para uma ação bem articulada (Burton não era muito bom em sequência de luta) e frenética.A primeira grande mudança mora ali, a ação está bem mais refinada, permitindo algumas peripécias que antes não tinham grande destaque.O foco desse tipo de  cena é sempre o espetáculo, num clima meio western de ter sempre um publico vendo a ação, torcendo, vibrando. Mas isso também leva a algumas cenas de humor que na maioria das vezes não se encaixa, nem na situação proposta nem em relação aos personagens.Um exemplo de momento que eu acho que isso funciona é o famoso 'Sorriso do Batman', mas acho que quando  Dick Grayson está no Batmóvel e encontra as garotas de programa isso não flui tão bem.Mas por uma ação exagerada infelizmente se tornou uma habito entre filmes de super heróis (veja 'Quarteto Fantástico' e você entenderá o que eu digo).


Mas em relação a trama principal, o que se trata? Como tudo relacionado ao Batman, se trata de identidade.Mas no caso de Forever, se refere a aceitação da identidade, do que você tem que fazer precisa ter uma força motriz do bem, senão você se corrompe. É engraçado que mesmo com a mudança de estética e trazendo poucos elementos do filme do Burton, o filme dá uma impressão de fechamento de trilogia.Você tem Bruce Wayne no começo de sua carreira como vigilante em 'Batman, sua apatia e de certo modo felicidade com  a rotina de ser Batman em 'Batman - O Retorno' e o consequente marasmo de vida e a busca   de sentido de vida em 'Batman Forever', mesmo que muito do material que explorava essa parte psicológica tenho sido retirado da versão final.


Falando em material retirado, muito do que o filme poderia ter sido está jogado até hoje na sala de edição.Junto com 'Batman - O Retorno', 'Batman Forever' é o único filme do qual a edição não segue exatamente o roteiro, e diferente do filme de 1992 é o que mais sofre por causa disso.Achando o primeiro corte com um estilo "Burton" ainda forte, a Warner mandou refazer a edição tirando muitas cenas que aprofundavam os personagens, especialmente  Bruce Wayne e a cena sobre a superação da culpa da morte de seus pais.A parte do filme que ele fala "Eu os matei" se refere a ultima linha mostrada no Livro Vermelho, que era o diário de Thomas Wayne, do qual está escrito que eles só foram ver o filme do Zorro por insistência de Bruce.Após levar o tiro e ficar desmemoriado, Bruce volta a caverna e reencontra o diário, completando o quebra-cabeças que sua mente monta durante todo o filme.Nesse momento o personagem reencontra sua força motriz e o real motivo dele ser o Batman, tornando a sua necessidade de fazer isso por realmente estar focado em algo, e não perdido na sua própria dor como até então estava.E tudo isso simplesmente foi retirado do filme.Aqui você pode ver uma lista mais detalhada das cenas cortadas do filme e entender o muito que se foi perdido.


Sobre os personagens e suas atuações, vamos começar com Val Kilmer, que fez a melhor interpretação do personagem dos filmes lançados nos anos 90. E quando digo "melhor", falo em ter equilibrado em partes iguais o lado Bruce Wayne e Batman do personagem.Você consegue ver todas as facetas  do personagem fluindo bem e tendo seu espaço para aparecer, diferente das interpretações que Michael Keaton e George Clooney não permitiam.Você via o businessman, o filantropo, o  playboy, o homem amargurado e o Batman, todos convivendo em harmonia.


Sobre a polêmica chegada de Robin, apesar de eu ter achado a atuação do Chris O'Donell sóbria e consequentemente boa, sem muitos exageros, faltou certa presença do personagem dentro da trama, faltou mais ação de fato por parte dele pra conquistar sua vingança.Sua presença do filme é mais efetiva ao plot do Bruce do que para si mesmo.Mas no final, apesar até mesmo do ainda presente preconceito e de piadas infames que ainda circulavam o personagem,a entrada de Robin no filme mostrou sim que era possível transpor o personagem para live action sem parecer ridículo.


Chase Meridian não é uma personagem original das HQs, criada especialmente para se encaixar neste filme,E francamente não acho que teria funcionado tão bem se não tivesse Nicole Kidman envolvida. Como o produtor Peter Macgregor-Scott bem disse, ele trouxe um certo glamour ao filme, e a presença de tela dela fez que alguns momentos que não deveriam funcionar devido a más decisões ficaram, se não 100%, boas o suficiente. O exemplo que cito aqui no caso é a cena do encontro entre ela e Batman no QG da policia, que tem momentos que variam do constrangimento ("Chicks dig the car") até momentos realmente sagazes ("Não aconteceu nada" "Tem certeza?").E a construção da personagem também é interessante, já que assim como Bruce, mas de um jeito diferente, ela alterna entre a maturidade e uma necessidade quase inocente de se entregar ao lado escuro, ao desconhecido.Foi uma das boas surpresas do filme.


Sobre o Duas Caras, apesar de ter sido uma excelente escolha de casting, é provavelmente o elo mais fraco dos atores, e nem é culpa em si do Tommy Lee Jones, que é uma puta ator, mas pelo fato de ter faltado alguém para guiá-lo em qual direção seguir.Então a decisão tomada (e pelo jeito aprovada pelo diretor) foi de seguir os caminhos de Jim Carrey, e ser o mais galhofeiro possível. Porque é triste, já que a forma que ele é usado no filme não só remete o Duas Caras clássico das HQs, mas dentro da trama ele representa um Batman falho, uma cicatriz ambulantes dos erros de Bruce Wayne como vigilante, que gerou um momento interessante que mostra bem essa fragilidade subliminar em sua relação, quando no Circo Harvey questiona se algum dos ricos e poderosos de Gotham poderia saber quem é ou até mesmo um deles poderia ser o Batman (porque afinal de contas, ele tem tem carro, planador e gadgets a vontade recebendo salário mínimo), e você tem  Bruce desesperado assumindo sua identidade como Batman, mas abafado por causa de todo o caos causado. Uma boa oportunidade perdida.


Ainda acho que depois de todos esses anos, Jim Carrey trouxe uma ótima interpretação do Charada.Afinal, se o filme se trata sobre identidade, que tal o vilão que odeia tanto o que é, que na busca por ser outra pessoa acaba sendo ninguém? Alguns disseram que o humor, que é bem marcante no ator, foi um pouco exagerado, mas acho que isso se encaixa no personagem de maneira muito melhor do que por exemplo no Duas Caras.Foi engraçado quando era pra ser, brutal de um jeito diferenciado. Pegou o melhor do Frank Gorshin, alguns elementos da HQs e seu toque pessoal pra construir algo novo.


No fim das contas, como poderíamos dizer que Batman Forever se saiu? Joel Schumacher até então era um diretor com uns bons filmes e alguns clássicos no currículo, mas foi chamado pela Warner principalmente por ser um diretor extremamente visual. Mesmo que no fim tendo concordado em trazer elementos visuais diferentes dos filmes anteriores, houve um esforço dele em manter uma certa seriedade no personagem, já que assumidamente ele era fã do Batman de Frank Miller (Ano Um e The Dark Knight Returns, no caso), tanto que no filme tem alguns elementos visuais que remetem a isso.


E mesmo assim, como foi dito mais acima, a Warner, com medo de uma comparação direta com Batman - O Retorno, reeditou o filme até o jeito do qual conhecemos hoje. mas surpreendentemente, a reação do publico foi muito boa perante a abordagem mais light do Cavaleiros das Trevas, pois de certo modo dava aquilo que o 'Batman' de 1989 deu, uma nova visão do que poderia ser o personagem interligado com aquilo que o publico queria ver, e ainda por cima dava uma impressão leve de fechamento da história. Infelizmente não foi a finalização que deveria (afinal, tem mais um filme em 1997), nem do jeito que merecia ( já que o filme era e poderia ter sido muito melhor que é), mas era naquele momento o Batman que o povo ansiava: um Batman divertido e cheio de ação para a elétrica geração MTV.

NOTA: 6.5