sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Review: Lanterna Verde - Versão Estendida


Sim, estou de volta as postagens aqui,e sim estou falando novamente sobre o filme do Lanterna Verde. Apesar de não ter sido bem aceito por parte de alguns críticos, estou feliz com o resultado do filme, gostei dele, me diverti com ele, e como vocês podem ler no review que escrevi quando o filme saiu nos cinemas, tenho consciência de seus problemas.Com a Warner vendendo a tal versão extendida em sua versão em Blu Ray, o que de fato ela muda/ extende dentro do filme? Melhora ou piora a percepção em relação ao filme original? Continua abaixo.

Bem, no caso, os 8 minutos extras do qual o filme é preenchido são dominados por um flashback do jovem Hal Jordan (Gattlin Griffith), que tem seu pai, o piloto de testes Martin Jordan(Jon Tenney), como ídolo máximo.No caso a cena mostra a interação inicial entre os principais personagens do filme,a relação do jovem Hal com o pai e o acidente que mata Martin e que definirá a personalidade do crescido Hal Jordan (Ryan Reynolds) pro resto de sua vida. Basicamente, essa é a parte extendida, além da cena do já adulto Hal com seu sobrinho Jason (Dylan James) que ganha uma (importate) frase a mais na cena.

Já esperava que não tivesse mais cenas em OA e até mesmo em outros lugares, mas essas poucas cenas fizeram uma diferença abismal dentro do filme por corrigir um dos problemas da versão exibida para os cinemas: uma parte psicológica melhor trabalhada, especialmente em relação ao Hal Jordan.O filme agora tem toda uma explicação para o comportamento e imaturidade do personagem, dando melhor sentido a toda trajetória de maturidade como homem e herói que ele percorre.Define melhor Hal Jordan como uma criança grande que quer percorrer os caminhos do pai mas sem saber exatamente o que isso quer dizer.Com a chegada do anel e da tropa dos Lanterna Verdes em sua vida.

Ele não leva nada a serio, nem suas relações com sua a família e amigos, e nem a responsabilidade de ser um policial intergalático.Ele precisa ver que a situação deixa de ser brincadeira quando os problemas de ser um heróis vem a tona.O faz repensar sobre a vida, sobre o legado que ele quer carregar e sobre finalmente aceitar as responsabilidades de seu atos, e deixar de ser um garoto querendo agradar a memória do pai morto, finalmente podendo trilhar seu próprio caminho.

A cena inicial ajuda até mesmo a dar melhor credibilidade pra alguns personagens e cenas, como por exemplo Hector Hammond(Peter Sarsgaard), que mostra já desde pequeno sua difícil relação com o pai (Tim Robbins), deixando um paralelo bacana entre ele e Hal Jordan, especialmente na cena final dentro do hangar, em que Hal usa da própria imaturidade de Hector para derrota-lo.Até mesmo a cena do Hot Wheels (por mais propagandista que seja) e o fato de Hal se descontrolar durante a perseguição de caças é justificada agora, porque ele vê tudo isso no ponto de vista de um crianção, de alguém que quer amadurecer mas faz isso da maneira errada,e graças ao anel e de seu legado o permite essa mudança.

Bem, em resumo, para finalizar, a principal mudança na versão extendida do Lanterna Verde e dar "um coração" para um filme e um motivo psicológico que justifica as ações do personagem. O filme nunca foi planejado para ser tão denso quanto The Dark Knight mas também não tão leve quanto Quarteto Fantástico, e a nova versão do filme mostra exatamente o equilíbrio que ele não tinha na versão do cinema. 'Lanterna Verde' como filme, é descontraído, mas não vazio como muitos acusam, e pelo jeito o filme está sendo redescoberto e bem aceito (de acordo com as vendas no Home Video Americano) pelo publico. O personagem merece essa oportunidade.

Nota: 8.0

Vocês podem ler o meu detalhado review da versão de cinema (que complemente o novo review que vocês acabaram de ler) aqui.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Review: A Hora do Espanto (2011)


Os Garotos Perdidos.Buffy.Drácula do Copolla.Um Drink no Inferno.Blade. Provavelmente você não teria esses filmes se na metade dos anos 80 um cara chamado Tom Holland decidiu ressuscitar os filmes de vampiros, misturando o clássico com a cultura pop da época com o clássico cult 'A Hora do Espanto' que eu já falei por aqui. agora, durante a geração de Twilight, com sua lavagem cerebral feminina e sua completa distorção negativa da mitologia de monstros clássicos, o remake consegue ter a mesma importância e presença do original, relembrando ao grande publico que vampiros de fato querem sangue, não o amor retardado de adolescentes? Continue abaixo.

A premissa da história continua a mesma: Charlie(Anton Yelchin) descobre que seu novo vizinho, Jerry(Collin Farrel), é um vampiro.Mas dessa vez a posição dos personagem é bem, diferente. Charlie agora está com um novo ciclo social de amigos graças ao seu recém relacionamento com a garota popular do colégio Amy(Imogen Poots), o que afasta de seu único melhor amigo até então Evil Ed (Christopher Mintz-Plasse, eterno Mclovin em nossos corações), que suspeita dos assassinatos de colegas da escola que acontecem em sua vizinhança seja culpa da sede de sangue de Jerry.Após o próprio Charlie descobrir o fato, Jerry inicia uma perseguição maníaca atrás do garoto, do qual a única ajuda vem do mágico Peter Vincent (David Tennant, que já tem seu certificado de "sou foda" por ter feito o Doctor Who).

Charlie vive sempre tenso, não somente para tentar deixar a sua vida no momento perfeita do jeito que está, mas pela pressão de ser de certo modo "o homem da casa", já que seu pai o abandonou e ele vive só com sua mãe Jane(Toni Collette), que tem um papel maior neste filme em relação ao original,e ter que lidar principalmente com o fato da aceitação.

Aceitação é a palavra chave do filme.Aceitação de que ser diferente não é necessariamente é ser algo ou alguém ruim, que você você não precisa sacrificar o que gosta pra ser feliz,e aceitar suas fraquezas como modo de crescer.Charlie tem que ser o homem da casa e aprender que crescer requer certos sacrificios que ele tem que aguentar.

Os personagens que apresentam mais diferenças em relação aos originais são Evil Ed e Peter Vicent.Peter é um mágico rico de Las Vegas que tem seu passado ligado aos vampiros, e por conta disso ele se tornou um grande colecionador de artefatos de origem sobrenatural.Evil Ed dessa vez é bem melhor explorado do que o original, como sendo o amigo excluído que encontra no vampirismo a oportunidade de se tornar parte de algo.Jerry também ganha uma origem e funcionalidades menos clássicas e mais aprofundadas em outros estilos de vampirismo e mitologia, mas nada que estrague o resultado final.

O filme no geral consegue ser tão bom e tão importante para o gênero quanto seu original.Tanto que Tom Holland, criador e diretor do original, foi o roteirista desse filme e deixou a história muito bem atualizada, com a tecnologia a seu favor para deixar as cenas mais assustadores.Certas ligações entre Jerry e Peter foram um poucos forçadas,e a ultima cena do filme deu uma impressão de final meio "random" demais, mas não se engane, esse remake foi muito bem feito e merece ser visto com carinhos pelos fãs dos verdadeiros vampiros.

NOTA:9.0