tag:blogger.com,1999:blog-17022401570685528952024-03-13T09:51:39.466-07:00Cave Beneath The MansionMonitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comBlogger387125tag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-52972435124493865682017-11-21T13:41:00.000-08:002018-04-17T07:45:39.631-07:00Justice League: O que aconteceu ao Homem do Amanhã?<div align="justify">
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YGWT-QdsLxw/WhSXj9HIkpI/AAAAAAAAJTU/3DtDljiu0O054W3-o4QSu6tHkIrt6RYdACLcBGAs/s1600/Justice-League-Poster-Superman-Full.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1185" data-original-width="800" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-YGWT-QdsLxw/WhSXj9HIkpI/AAAAAAAAJTU/3DtDljiu0O054W3-o4QSu6tHkIrt6RYdACLcBGAs/s400/Justice-League-Poster-Superman-Full.jpg" width="270" /></a></div>
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Depois de quase 5 anos preparando a construção do Universo DC Cinematográfico desde 'Man of Steel', Zack Snyder finalmente revela ao mundo a sua visão do que seria o primeiro encontro dos maiores heróis da terra em sua adaptação da Liga da Justiça as telas. Porém houve certos problemas pessoais fortes que forçaram a Snyder abandonar o filme na pós produção e deixar aos cuidados de Joss Whedon (dos dois primeiros Vingadores) para finalizar o filme a tempo. Com isso dito, e a promessa que de a visão de Snyder não seria comprometida, como ficou o resultado final? Infelizmente, o que houve é, pela terceira vez, a história se repetindo. Mais coisas abaixo.<br />
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<a name='more'></a>Vamos a história: Inspirado pelo sacrifício de Superman (Henry Cavill) e pelo aviso apocalíptico do velocista conhecido como Flash (Ezra Miller), Batman (Ben Affleck) confirma que há uma outra invasão alienígena vindo e decide tomar as rédeas de reunir uma equipe para proteger um mundo tão suprimido de esperança após a morte de seu maior protetor. Se reunindo com Barry Allen (The Flash), Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa), Victor Stone/Cyborg (Ray Fisher) e novamente com Diana Prince/Wonder Woman (Gal Gadot), Batman e sua equipe parte para uma corrida contra o tempo para resgatar as Caixas Maternas, baterias de poder que podem destruir tanto quanto recriar, das mãos de Steppenwolf (Ciaran Hinds) e seus Parademonios de Apokalips, que buscam dominar a terra para reconquistar seu direito de voltar a se juntar aos Novos Deuses. Mas as capacidades da Caixa Materna abrem uma perigosa, porém real, possibilidade de ressuscitar Superman, oportunidade essa que Batman quer para não só concertar seus erros perante a si, mas perante o mundo...<br />
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Zack Snyder havia planejado os 3 filmes de sua trilogia sobre o Universo DC de maneiras bem distintas, e houve respostas bem distintas alias sobre como ela foi recebida. Snyder sempre trouxe filmes que desafiam o status quo dos gêneros dos quais ele trabalha ou adapta, e não foi diferente quando ele reconstruiu (com sucesso) um Superman para uma nova geração em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>' e foi ainda mais longe no que o gênero poderia oferecer com o maravilhoso '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">Batman V Superman</a>', uma excelente desconstrução destes personagens e o papel que eles poderiam oferecer no mundo de hoje, numa sociedade pós 11 de setembro.<br />
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Mas o que muito se comprova pelas reações de uma parte do publico e, especial, de uma crítica tendenciosa e que quer provar seu poder com tomates e afins, é que eles não querem ver seus heróis sendo mais que puro escapismo (muitas das vezes completamente vazia), preenchendo a necessidade de ter heróis para salvar o dia pela gente, preenchendo durante umas 2 horas a necessidade de alguém ser bom pela gente, numa narrativa que emula muito as series de TV e te prende pelos próximos episódios, como peças soltas em um quebra cabeça. Porque afinal, se você perde um agora, não tem como entender o que acontece depois. Acaba mais sendo uma relação de "dependência narrativa" de seguir aquela história e saber como ela termina, e em termos inspiracionais, algo vazio.<br />
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E não foi isso que Snyder nos ofereceu nos filmes anteriores. Ele levou a esses personagens onde não só a diversão e o escapismo estavam presentes, mas fez desses personagens humanos e semelhantes como nós, como nossas qualidades e fraquezas, mas também nosso potencial para sermos mais do que nos é estabelecido, e sim, de fato afetar e mudar o mundo. Snyder tornou super heróis novamente socialmente relevantes porque ele os reconhece como arte, e arte pode e deve ser utilizada não só para entreter mas para falar sobre o mundo que vivemos.<br />
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A partir disso ele não só fez o que fez, mas também abriu espaço para que outros (como David Ayer e Patty Jenkins) pudessem trabalham de livre forma em cima do que ele estabeleceu. vai além de nos sentirmos completos em ver esses heróis salvarem o dia, mas como as ações deles nos fazem refletir como nós podemos sermos heróis fora das telas de cinema. E isso pode não parecer importante a principio, mas é necessário recapitular isso ao falar sobre os sentimentos sobre como esse filme me faz sentir, especialmente pelo investimento emocional depositado na jornada deste diretor em especial.<br />
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O filme mostra basicamente as consequências das ações dos filmes anteriores, num ritmo bem acelerado (mais que o normal, até pros filmes da editora) entregando ótimos momentos entre personagens num filme rápido, mas eficaz que entrega o tipo de humor e momentos que muitos esperavam assistir nas telas. Ver as interações entre os personagens (e os atores muito bem confortáveis em seus papéis) e momentos que muitos esperavam a vida inteira em presenciar esses personagens, em live action, interagindo, e existindo, especialmente entre fãs e amigos, uma experiência surreal. As participações especial, os easter eggs, o fato daquilo estar acontecendo diante dos seus olhos, é de fato maravilhoso e emocional à primeira vista. A primeira vista.<br />
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A caracterização dos personagens está maravilhosa. Aquaman do Momoa traz o melhor da era Peter David com bom humor, agressividade e carisma na medida certa. O Barry Allen do Ezra, mesmo caindo ainda na velha forma de tornar o Flash uma versão mais bem humorada (muito por causa da série animada) é um os destaques do filme e rouba o filme em várias cenas, e com certeza vai se tornar um favorito do publico. O Cyborg de Ray Fisher é um deleite, trazendo uma seriedade de alguém tentando se adaptar a uma nova realidade em sua vida mas ainda sim procurando sua humanidade dentro disso. São todos atores excepcionais que tem tudo pra carregar seus próprios filmes solos nas costas. Louco pra ver mais deles e mais de cada canto do universo em que eles habitam. Não tenho nada mais a acrescentar sobre Affleck e Gadot, que já cimentaram esses papéis como seus, graças ao talento e esforço em que eles aplicaram aos papéis, e servem muito bem como lideres do grupo em cena.<br />
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Vale a pena também citar a volta de Hippolyta (Connie Nielsen) e a primeira aparição de Mera (Amber Heart), mais um acréscimo das fortes personagens femininas que Snyder sempre trouxe em sua filmografia. Elas são generais que partem pra briga e estão ali representando seus respectivos povos, e tem grande influência em ajudar a conectar não só os heróis mas também seus mundos, por mais distantes um do outro que pareçam. o vilão, Steppenwolf foi uma boa adição ao filme, e apesar de não ser um mesmo antagonista no nível de Zod e Lex Luthor, fez um bom trabalho em representar não só uma cruzada divina em termos da generalização das pessoas para lhe amarem (o que acaba sendo extremamente irônico devido a tudo que acontece) mas também de servir de literal porta de entrada para os Novos Deuses. Da mesma maneira que Batman trabalha com todos inspirado por Superman, Steppenwolf abre a possibilidade da sombra de Darkseid pairar sobre aquele mundo...<br />
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A utilização do visual e dos cenários também foi bem interessante, utilizando de cores quentes para representar um ambiente mais infernal, apostando muito no laranja e vermelho (não por coincidência, cores predominantes em Apokolips) e também dos usos dos cristais e cores frias para contraste, arranjando novas maneiras de se mostrar o inferno na terra, mas saindo das velhas formulas. Patrick Tatoupolus, o design de produção do filme, também está de parabéns por expandir mais daquele mundo visualmente, em especial com veículos novos do Batman e no visual reformulado dos Novos Deuses fortemente inspirados nos trabalhos de Jack Kirby, mas também trazendo inspirações atuais como Jim Lee e Nicola Scott.<br />
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Mas você sente que muito do material que o Snyder fez foi modificado, deixado de lado, e substituído por algo, que curto e grosso, só fez piorar o filme. Piadas sem graça, forçadas e fora de hora, e que especialmente cortam os ótimos diálogos feitos pelo Chris Terrio, que não só muitas vezes não só enchem linguiça, mas destoam do resto não só no texto, mas até mesmo visualmente também. E também cenas que não só ajudam a aguar e diminuir as ideias e conceitos do Snyder, assim como também castrou e limou possibilidades de aprofundar muito mais esses personagens e o universo em si. O problema é que, este filme, numa melhor definição, é um filme do Snyder pela metade, com Whedon, a mando da Warner, forçando goela a dentro novas cenas para tentar replicar a formula da concorrente.<br />
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E até nisso o que o Whedon fez se demonstra também como um problema, porque tudo que aconteceu em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">Vingadores 2</a> demonstram que, no fundo, não foi só uma imposição da Marvel, mas erros dele próprio, que aqui teimam em se repetir. Uma cena do Flash caindo nos seios da Mulher Maravilha, humor inapropriado com as personagens femininas (pobre Lois Lane), cortes que não aproveitam a ambientação ou até mesmo um desenvolvimento melhor e mais trabalhado de todos os personagens (porque precisa correr com a história) para entregar coisas como o plot da familia russa, uma construção do roteiro completamente desnecessária em comparação as coisas que o filme outrora oferecia. Mas nem tudo o que o Whedon fez foi de ruim, vide a primeira cena do filme, a cena da equipe reunida com a Caixa Materna (e Bruce discutindo com Diana sobre sua hipocrisia) e a reutilização do clássico "Do You Bleed", mostrando que quando acerta, faz isso muito bem. Porém, seus defeitos suprimem não só as suas qualidades, mas as qualidades do que Snyder fez também.<br />
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A mudança da trilha sonora do Junkie XL (na crista da onda por causa de 'Mad Max: Fury Road') por Danny Elfman, também demonstra exatamente essa extrema rachadura dentro do que o filme se propõe a ser. Por mais legal que seja celebrar o grande legado musical da DC Comics (pouco explorado e comentado, alias), no fim foi uma trilha preguiçosa em termos de oferecer, ironicamente, algo novo, mesmo com o peso de um material clássico. E os <a href="https://www.hollywoodreporter.com/heat-vision/justice-league-danny-elfman-hates-reboots-scrap-classic-themes-1059632">comentários</a> dele recentemente dificultam em abrir uma defesa sobre o que ele tem feito, pois mais legal que dar ao publico o que ele quer (voltaremos a isso depois), o que ele quer não é necessariamente o que o publico precisa, porque diferentemente de MOS e BvS, que você saia cantarolando os temas do Zimmer e Junkie XL, isso definitivamente não acontece aqui..<br />
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Mas acho que a pior perda disso tudo é o jeito como trataram Superman. O retorno dele deveria ser significativo, e central sobre os temas do filme, como era antes, mas o corte feito por Whedon foca muito mais na mudança do Batman para uma pessoa melhor por causa dos eventos de BvS do que de fato do que como um mundo sem Superman ficaria, e o que seu exemplo pode oferecer a esses novos (e velhos) heróis, e em especial, o que eles tem a oferecer ao Superman. Ele estar mais leve, e mais confiante, deveria ser do fato de que ele voltou a vida, e há uma aceitação do que ele tentou aplicar enquanto estava vivo finalmente funcionou: que sim, vale a pena ser uma boa pessoa e colocar uso a isso. Mas no final, a versão trazida por Whedon trouxe um Superman que age como tal porque... é o Superman que as pessoas queriam ver. Sorrindo, batendo nos caras maus, fazendo piadas.<br />
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Mas não necessariamente com a significância e profundidade que ele teve nos filmes anteriores e que era esperado em ter neste filme, sendo que deveria ter sido exatamente o filme para celebrar o que é este Superman. E essa gritante diferença de abordagem novamente são demonstrados dos cortes e regravações vindos disso, que se mostram claramente em dois momentos: na cena quando Lois e Clark voltam pra fazenda, e monologo final de Lois Lane, do qual a versão <a href="https://www.youtube.com/watch?v=hLUXmpFX6L8">liberada</a> claramente não só reflete a jornada planejada do Snyder para esses personagens e o que a presença deles de fato significa (sobre os heróis nos levarem junto a luz), como contradiz a versão feita por Whedon e vista no filme (sobre a luz ser refletida nesses heróis que estão na escuridão), que dá voz e razão erroneamente sobre todas as criticas feitas em relação ao DC Films, o que alias demonstra total e completa ignorância por parte dos envolvidos sobre quais esses temas se tratavam. E num universo que se construiu ao redor do personagem, vê-lo subutilizado desse jeito é um desperdício do personagem e do que Henry Cavill pode fazer, baseado nos filmes anteriores.<br />
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Por outro lado, mesmo com todas as mutilações e deformações que o filme sofreu, é incrível ver como os temas e propostas de Snyder ainda conseguem achar espaço para se tornar relevantes dentro de um filme que claramente foi modificado de sua proposta original. Ele diverte, ele entretém, ele realmente toca e celebra em muitas formas o fato de você ser fã da DC, e do fato de funcionar mesmo depois de tudo isso é um milagre. Isso o torna um filme dele, mas diferente dos outros tira sua característica autoral, mesmo havendo momentos (como a abertura ao som de 'Everybody Knows', Superman em Heroes Park e a segunda cena pós créditos) me emociona exatamente por saberem que são coisas do Snyder, de me emocionar e de me empolgar por reconhecer o amor e dedicação que ele colocou nesses momentos. E com isso, sim, o filme fica com todos esses elementos, mas no fim fica sem alma, é apenas um produto derivado e triturado de algo, que graças as cenas vazadas do filme feitas por Snyder, demonstra que ele poderia ter sido muito mais alinhado com as outras partes de sua história e por consequência, muito melhor.<br />
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E é complicado falar do filme sem necessariamente estar afetado por tudo que aconteceu, porque inevitavelmente tem não só o investimento emocional em relação a esses personagens durante esse tempo todo, mas também ao diretor detrás das idéias. Sendo que desde a principio Snyder já ia fazer um filme mais leve e mais direto em comparação a BvS, e a sensação que fica ao ver esse produto é de traição, não só da Warner em relação a gente, mas do estúdio em relação ao diretor, especialmente de tudo em relação ao processo de fazer o filme indicava que todos estavam ali protegendo e apoiando a visão do mesmo. E pior, foi fazer algo do tipo exatamente quando um pai, que decidiu se focar no trabalho para adiar o máximo possível o luto pela filha que se suicidou, se afastou do filme pra fazer isso com algo que ele investiu uma década de sua vida trabalhando nisso. Mas, "business is business". E no fim, como qualquer outra produtora de filmes, ela quer lucro.<br />
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Nós, como publico, não vamos ganhar nenhum centavo com isso, de fato, então a nossa recompensa tem que ser com o que esses filmes tem a nos oferecer. E se antes me trouxeram filmes que realmente me tocavam a alma em relação a personagens que eu amo e aonde eles poderiam chegar, o filme em si representa uma estranha forma de alienação em relação ao seu objetivo. Por mais que briguem pra mudar tudo, as ideias do Zack Snyder vão ser o alicerce desse universo para sempre. No fim, o filme me celebra, me diverte, mas não me inspira ou me faz refletir do jeito que os outros filmes da DC Films, dirigidos pelo Snyder ou não, fazem. E essa era realmente a ultima coisa que eu esperava de um filme sobre a Liga da Justiça.<br />
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Mas o fato de quem reclamou antes está continuando a reclamar e o filme não rendeu o que um filme desse porte (e dessa importância) deveria prova que, ao tentar agradar todo mundo, você não acaba agradando ninguém. E pior, demonstra novamente uma perigosa história que se repetiu antes em 'Superman II' e 'Batman Forever', em sacrificar a visão original do diretor afim de tentar tornar mais comercial e lucrativo as franquias, dando no fim que elas acabaram terminando exatamente por investir lucro ao invés de criatividade, resultando em posteriores sequências pífios e ficando em hiato durante anos (ou até décadas) antes de voltarem a ativa novamente. Então, não tiro a razão nenhuma de quem está reclamando lutando para que a versão original do Zack Snyder seja traga a tona (alias, você pode assiná-la a petição para isso <a href="https://www.change.org/p/warner-bros-zack-snyder-s-director-s-and-tom-holkenborg-s-score-for-home-release-e90fef07-11c6-4a9a-9ae8-375c7717dafa">aqui</a>). Porque agora nós, como publico, temos como fazer nossa voz ser ouvida, caso o que houve com a bilheteria ainda não tenha sido o bastante.<br />
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E inevitavelmente não tem como não apontar dedos para pessoas como Kevin Tsujihara, Jon Berg e Geoff Johns e dizer que eles não tiveram culpa no cartório. Joss Whedon também, por ter escolhido ser complacente com a situação. Assim como muito do publico e críticos que agora reclama que deveria terem respeitado o Snyder desde o começo, mesmo (ainda) criticando negativamente tudo sobre ele e o que ele faz. Sei que muitos também vão se empolgar por causa da abordagem desse filme, fruto de que ganharam o produto industrializado que estão acostumados a consumir, mas também muitos que adoravam a abordagem feita até agora claramente estarão céticos em ver que o estúdio preferiu agradar a quem não devia (e não se importa) do que defender a visão imposta até agora.<br />
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O futuro é incerto, e com certeza a própria Warner está vendo (de novo) a abordagem pros próximos filmes, como se tudo o que aconteceu até agora não mostrasse o que tivesse de fato errado. Mas eu tenho esperança e otimismo que um dia esses filmes vão voltar a ser o que eram, ou serem algo além do que já são. Eu acredito que sim, veremos uma luz no fim do túnel. Só não espero que, novamente, as pessoas responsáveis por esses filmes fiquem cegas por essa luz quando o momento chegar.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-2020222873130468802017-06-04T13:03:00.000-07:002017-07-04T15:16:58.795-07:00Review: Wonder Woman (2017)<div align="justify">
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-eTfVwnqhasU/WTRkcwrs4JI/AAAAAAAAIi8/3yZEIUQz2VQbKd8Guj1Usq4ha_M0KmikQCLcB/s1600/18835677_10155320599583926_7869459577893861846_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="648" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-eTfVwnqhasU/WTRkcwrs4JI/AAAAAAAAIi8/3yZEIUQz2VQbKd8Guj1Usq4ha_M0KmikQCLcB/s400/18835677_10155320599583926_7869459577893861846_n.jpg" width="270" /></a></div>
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OBS: Sim, contém <b>spoilers</b>.<br />
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Com seus mais de 75 anos de idade, a primeira vez que a Mulher Maravilha esteve presente em um filme live action foi em ‘Batman v Superman: Dawn of Justice’, dirigido por Zack Snyder. A atriz escolhida para interpretar a personagem, Gal Gadot, teve (como praticamente tudo relacionado ao filme) teve varias criticas e um movimento “do contra” em relação a ela. Mas Snyder, entre suas muitas qualidades, sempre teve um ótimo olho pra casting, e o que acabou acontecendo é que Gadot foi a que roubou a cena no filme.<br />
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A Mulher Maravilha não só é a primeira grande super heroína da DC Comics, como também é um ícone feminista e, assim como o resto da trindade, um dos alicerces simbólicos do que é ser um herói. Rumores sobre um filme dela sempre estiveram por aí, mas sem nada concreto de fato. A vez que foi mais perto de acontecer um filme solo com a personagem foi entre 2005 e 2007, quando Joss Whedon foi chamado para escrever e dirigir o projeto.<br />
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Com a DC Films lançando seu próprio universo compartilhado, acabou-se por se dar foco de fazer um filme solo da Mulher Maravilha, devido a importância dela como personagem e de seu papel dentro daquele mundo. Mas um filme de ação estrelado por uma mulher sempre mostra o lado mais machista da industria que ainda tem, grandes dificuldades de se permitir ser e ter diversidade, na frente e atrás das câmeras. Houve tentativas de mudança nesse cenário, mas não em adaptações de quadrinhos.<br />
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O filme acaba tendo que atender duas grandes expectativas: de fazer um filme que respeite a personagem e que mostre que sim, diversidade é importante. Patty Jenkins (de ‘Monster’ e outros muitos trabalhos para a TV) foi a escolhida para a direção do filme, após substituir Michelle McLaren, e com Gadot tendo a grande responsabilidade de segurar seu primeiro filme como protagonista. Mas como o filme se saiu?<br />
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Antes de mais nada, a história: No inicio, Zeus criou a humanidade, e Ares, Deus da Guerra, corrompeu seus filhos com brigas e conflitos. A solução vista por Zeus foi criar as Amazonas, mulheres guerreiras perfeitas e em especial embaixadoras para espalhar a paz e a bondade entre os povos. Porém, a batalha estava sendo perdida e as Amazonas escravizadas, até que a Rainha Hyppolyta (Connie Nielsen) junto com a General Antiope (Robin Wright) liderou uma revolução que mudou o rumo da guerra. Perdendo e acuado, Ares matou todos os outros Deuses do Olimpo, mas um ferido Zeus consegue machucá-lo fortemente e criar uma Ilha Paraíso para as Amazonas se esconderem do mundo.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-RqrQMeIXoLs/WTRklm2_F-I/AAAAAAAAIjI/y8mi2sRNzj0eOZRqIp8BFPNnR8BvCgSwwCLcB/s1600/WW-03471r.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1523" data-original-width="1600" height="380" src="https://3.bp.blogspot.com/-RqrQMeIXoLs/WTRklm2_F-I/AAAAAAAAIjI/y8mi2sRNzj0eOZRqIp8BFPNnR8BvCgSwwCLcB/s400/WW-03471r.jpg" width="400" /></a></div>
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Anos depois, vemos Diana (Gal Gadot), filha de Hyppolita, criada do barro e dada a vida pelo próprio Zeus. Ela procura um propósito de vida em que as Amazonas, dentro do seu isolamento, não permite que seja totalmente cumprido: de fazer o que as Amazonas fazem, de ajudar o próximo e espalhar amor e compreensão, e livrar o mal que Ares espalhou no mundo de vez. Com a aterrissagem não planejada de Steve Trevor (Chris Pine) na ilha, ações começam a acontecer que fará Diana conhecer o mundo dos homens, e enxergar a verdades sobre a humanidade, e sobre sua vida, que vão redefini-lá para sempre.<br />
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Patty Jenkins estava tentando fazer o filme durante longos 12 anos, mas a espera valeu a pena por um grande motivo: ela, como fã, entende o que se trata a personagem, e trouxe um ótimo estudo de personagem. Ela entende que o grande poder de Diana não são seus superpoderes, mas seu caráter e seu amor incondicional pelo próximo. E acabou fazendo um filme baseado naquilo que ela gostava quando mais nova, pegando bastante coisas de filmes de aventura clássicos dos anos 30/40 assim como os blockbusters da era pós Spielberg/Lucas, a partir da segunda metade dos anos 70.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Zg1UsEF17rQ/WTRk2YFnbfI/AAAAAAAAIjM/aCoNrPIrR9IZdtRqX9ZXWh96bOupPAwNQCLcB/s1600/WW-10655r.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-Zg1UsEF17rQ/WTRk2YFnbfI/AAAAAAAAIjM/aCoNrPIrR9IZdtRqX9ZXWh96bOupPAwNQCLcB/s400/WW-10655r.jpg" width="400" /></a></div>
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E todos esses elementos estão bem presentes no filme, e Jenkins conseguiu extrair o melhor de Gadot como atriz, trazendo não só a melhor atuação de sua carreira mas algo que vai servir de inspiração de toda uma nova geração de leitoras e fãs da personagem. Ela é o símbolo feminino que os filmes de quadrinhos modernos não possuem, ou que não souberam trabalhar direito quando tiveram a oportunidade.<br />
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Mas é importante apontar algo: Clark Kent e Bruce Wayne são heróis que não só viram o lado ruim do mundo, mas que não nasceram e foram criados com essa objetivo em mente. Tragédias aconteceram em suas vidas que obrigaram a tomar uma escolha moral de deixar esse sofrimento afetar suas vidas negativamente para sempre ou fazer a escolha difícil, porém correta de ajudar outros a não terem esse mesmo sofrimento. São heróis feitos por si, mas não uma heroína nascida e criada de fato para isso como Diana.<br />
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As primeiras cenas mostrando as Amazonas são bem diretas e definitivas: essa é uma sociedade de guerreiras, mas especialmente de diplomatas. Elas treinam porque sabem que tem que estar preparadas, mas “usar uma espada não te torna uma heroína”, uma frase que me lembra diretamente um momento da fase do Brian Azzarello, quando Diana diz que o laço da verdade não é uma arma, mas quando a ocasião pedir, poderá usá-la como uma. Diana é essencialmente uma pessoa boa e foi criada numa comunidade em que o amor é sempre a primeira resposta. Isso não foi feito como “correção de curso” para qualquer coisa, porque isso é a personagem em sua forma mais verdadeira.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-OPq0i4CaN6g/WTRlY8XTVDI/AAAAAAAAIjU/C1_JUzg6lSQmrsvIVQE26lkjd06ksQlXgCLcB/s1600/WW-17232cc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-OPq0i4CaN6g/WTRlY8XTVDI/AAAAAAAAIjU/C1_JUzg6lSQmrsvIVQE26lkjd06ksQlXgCLcB/s400/WW-17232cc.jpg" width="400" /></a></div>
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É importante comentar sobre isso devido a uma das muitas ignorâncias pensadas e ditas sobre os filmes do DCEU, e de como em ‘Wonder Woman’ eles “concertam” isso. O filme não só usa os alicerces temáticos do que foi construído anteriormente por Zack Snyder, mas tem a visão e o direcionamento da Patty de como trabalhar com aquilo, do jeito que os universos compartilhados de filmes e series realmente bons de fato funcionam. A jornada de Diana neste filme é perceber que o mundo não é preto e branco quando ela conhecia pelas histórias e livros que lia.<br />
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Há uma descoberta e um crescimento como pessoa em ela não só conhecer o mundo mas também como defender no que se acredita quando as coisas não se encaixam como é pensado que deveria. Nesse sentido, não há mudança temática diferente do que foi feita em ‘Man of Steel’, ‘Batman v Superman’ e ‘Suicide Squad’. Há o questionamento da jornada, dos outros com ela e consigo mesma, assim como a possibilidade de decadência e falha, assim como sucesso e redenção. Nesse sentido, o filme continua bem alinhado em termos de como os heróis da DC são representados: são pessoas que procuram fazer e ser a melhor versão delas mesmas ao ajudar as pessoas, mesmo quando tudo ao redor indica que está errado em ao menos tentar se importar com o próximo.<br />
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E com diferentes visões, diferentes abordagens de se fazer o filme. O humor presente ali está excelente, porque está ali a serviço de desenvolver a personagem e sabe-se quando ser usado. Você não vê Diana ou Steve Trevor no meio de uma zona de guerra soltando piadas, porque o cenário e o momento não pede esse tipo de coisa. Há uma seriedade na abordagem das ótimas cenas de ação, que mostram que Patty aprendeu bastante com Snyder (que chegou a co-dirigir parte da cena da Terra de Ninguém) e que sim, cineastas mulheres podem e querem fazer mais coisas desse tipo colocando mulheres em posições de poder. Também vale citar o ótimo uso closes e enquadramentos como artifício para demonstrar o quanto Diana e Trevor se envolvem e também para expressar seus sentimentos entre si.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-pU4FYYWmjy4/WTRlSypbVSI/AAAAAAAAIjQ/S0WEF4Gn7rkSQqq1Xh_1BEU8Ao9Y81HhgCLcB/s1600/WW-11802rv2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-pU4FYYWmjy4/WTRlSypbVSI/AAAAAAAAIjQ/S0WEF4Gn7rkSQqq1Xh_1BEU8Ao9Y81HhgCLcB/s400/WW-11802rv2.jpg" width="400" /></a></div>
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Porém, o filme acaba sendo o mais “quadrado” criativamente falando, e acaba caindo nos mesmo erros de outros filmes recentes de quadrinhos. Faltou uma certa ousadia e um elementos de estranheza presente em todos os filmes do DCEU até aqui que não se mostrou presente. Ele é um filme básico muito bem feito, mas ainda básico. Mas entende-se que aqui foi um “mal necessário” para um risco evidente: de ganhar a confiança do publico, e dos estúdios, que um filme como esse possa ser feito e ter retorno.<br />
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No fim, você tem ótimos momentos de desenvolvimento e crescimento de personagem, mas isso não necessariamente faz a história soar como se tivesse um ritmo fluido, por causa do fator tempo dentro da trama. É algo que trabalha diferente ,por exemplo, o primeiro Thor, que o fator tempo tira toda a credibilidade do desenvolvimento dele. É uma série de ótimos momentos seguindo um ao outro que no fim não te deixa a impressão que os acontecimentos ali são fluidos, mas que porém não tira a credibilidade da evolução do personagem porque diálogos e atuação são muito bem feitos.<br />
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E é estranho também citar que o filme cai no mesmo mal que Diana passa durante todo o filme, de utilizar o mal como uma figura personificada a ser destruída. Pela primeira vez o DCEU não trouxe um filme em que seus vilões estejam bem desenvolvidos como seus heróis. Apesar que Diana aprende no final que fazer o bem ou o mal é uma questão de escolha que não necessariamente as define como uma pessoa de caráter bom ou ruim (que novamente, foi um tema utilizado antes em ‘Suicide Squad’) o filme acaba usando seus vilões do mesmo jeito que outras adaptações de quadrinhos erroneamente usam, de serem apenas desculpas para os heróis agirem.<br />
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Achei a Dra Maru/Doctor Poison (Elena Anaya) sub-aproveitada (apesar que uma sequencia na Segunda Guerra Mundial poderia reverter esse erro), assim como Danny Huston como Ludendorff, que é de fato um personagem real da primeira guerra mundial. Ares acabou sendo o melhor vilão ali, e por um lado se disfarçar como um político e homem de paz foi uma ótima ideia, pois assim ele prova exatamente o seu ponto de que os humanos são cruéis e fazem conflitos porque gostam. Porém a ligação que é feita com os outros vilões da trama tira sua força. Apesar de ter adorado o visual final dele, e a temática detrás dessa escolha, achei estranho eles terem mudado radicalmente o visual do personagem após terem divulgado em brinquedos e propagandas.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-KpiEZ1BBMOY/WTRkj-PUKjI/AAAAAAAAIjE/GOfONR54yVMQSDhQGUJPq85K1UdhdC5HwCLcB/s1600/WW-04203CC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1069" data-original-width="1600" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-KpiEZ1BBMOY/WTRkj-PUKjI/AAAAAAAAIjE/GOfONR54yVMQSDhQGUJPq85K1UdhdC5HwCLcB/s400/WW-04203CC.jpg" width="400" /></a></div>
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O Steve Trevor do Chris Pine incorpora o melhor dos heróis homens do universo DC, e muito da carga emocional do filme funciona exatamente porque a química entre ele e Gal é ótima. A Etta Candy de Lucy Davis está adorável como a personagem das HQs, e que o mash-up entre ‘Blackhawks’ e ‘Men of War’ ganhe mais espaço numa sequência. Sameer, Charlie e The Chief tiveram seus poucos momentos pra brilhar mas fizeram muito bem, e dá vontade de ver mais deles. Todas as Amazonas estão de parabéns, sendo bem representadas e se mostrando plurais e com personalidade. O pessoal vai ficar feliz em saber que teremos mais delas (e de Hyppolyta) em ‘Justice League’.<br />
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‘Wonder Woman’ não é o melhor filme da DCEU, mas ainda sim é um bom filme. Acho que a inevitável sequência pode permitir explorar mais Diana e trazer uma história que seja tenha a marca de ousadia e criatividade que é tão forte nas produções da DC. Mas isso não só demonstra para os detratores que a DC Films tá indo muito bem nos cinemas em fazer o que propõe, mas há uma aceitação clara a isso no momento em que as pessoas estão retornando para as salas de cinema.<br />
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Porém, o que torna ‘Wonder Woman’ já um clássico não é só o fato de que Patty Jenkins abriu um mundo de possibilidades para que mais histórias, blockbusters ou não, feitos por mulheres e direcionados para o publico feminino aumente drasticamente, mas também faz as pessoas encontrarem e reconhecerem a Mulher Maravilha como o ícone que é, reintroduzindo para uma geração uma heroína para mulheres de todas as idades num mercado (e um mundo) fortemente dominado por homens. O brilho do olhar de uma menina ou uma mulher ao se ver representada, e bem representada, num filme que não a desrespeita ou subjuga por causa de seu sexo não tem preço. Como já diria a canção, todo mundo estava preparado para ela de fato.
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-80808720552324278772016-08-10T05:00:00.000-07:002017-05-11T17:05:31.658-07:00Review: 'Suicide Squad' (2016)<div align="justify">
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-S3MsCnFeHUo/V6qMSMAJLfI/AAAAAAAAIeQ/Uaujt-ch2boQGMGVCLhLHquONtUS3bzUwCLcB/s1600/Suicide-Squad-Poster-New-June.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-S3MsCnFeHUo/V6qMSMAJLfI/AAAAAAAAIeQ/Uaujt-ch2boQGMGVCLhLHquONtUS3bzUwCLcB/s400/Suicide-Squad-Poster-New-June.jpg" width="270" /></a></div>
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O universo de filmes da DC Comics, oficialmente chamado pela Warner de 'DC Films' chegou em seu terceiro filme este ano, depois dos (sim) clássicos e essenciais '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>' e '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">Batman v Superman</a>'. mas algo não fazia parte do planejamento original. David Ayer, tentando expandir seus horizontes, chegou a Warner com um projeto que foi rapidamente aprovado e encaixado dentro do calendário de filmes da DC Comics. 'Suicide Squad', adaptando a versão moderna concebida por John Ostrander, foi uma grata surpresa para fãs e não fãs, trazendo uma adaptação de quadrinhos estrelado totalmente por vilões. E como o filme se saiu, sendo o primeiro projeto da 'DC Films' com outro diretor além de Zack Snyder na direção? Continua abaixo, com <b>SPOILERS</b>!<br />
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O filme começa num mundo sem Superman, morto na batalha com o Apocalypse logo após os eventos de 'Batman v Superman'. Com a crescente onda de heróis e meta-humanos,a solução para a burocrata mão de ferro Amanda Waller (Viola Davis) é bem simples: pegar criminosos com habilidades acima da média, e até mesmo meta-humanos, e utilizá-los como armas a favor do governo. Se nada der certo, eles ficam como culpados, e qualquer desobediência é facilmente corrigida com morte, graças ao chip explosivo instalado em suas cabeças.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Y4JhP6KiQxU/V6qNGf2AsBI/AAAAAAAAIfA/r4oPI6hYdnA_B6DXrJZQ4wKxxVhUWpn3QCLcB/s1600/suicide-squad-viola-davis-amanda-waller.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-Y4JhP6KiQxU/V6qNGf2AsBI/AAAAAAAAIfA/r4oPI6hYdnA_B6DXrJZQ4wKxxVhUWpn3QCLcB/s400/suicide-squad-viola-davis-amanda-waller.jpg" width="400" /></a></div>
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Os problemas começam quando a maior "arma" de Waller, a bruxa Enchantress (Cara Delevigne) foge de seu controle e prepara sua vingança que pode acabar com o mundo, e com isso, sua "Task Force X" é posta em ação, encabeçada pelo militar e segundo em comando Rick Flag (John Kimmelman), o matador com consciência Floyd Lawton aka Deadshot (Will Smith) e a psicótica rainha do crime, Harley Quinn (Margot Robbie), que busca desesperadamente voltar ao seu amor, o Coringa (Jared Leto). A medida que a equipe tenta conter os erros de Waller, verdades são reveladas e elos são criados que façam que, ao menos uma vez, os vilões sejam os heróis da história.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-s_xB_9trkL0/V6qMST1mglI/AAAAAAAAIe4/gEl52vD7v_8o3EI4qYOnzJ4lZhWKH4BtACEw/s1600/suicide-squad-cara-delevingne-enchantress.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-s_xB_9trkL0/V6qMST1mglI/AAAAAAAAIe4/gEl52vD7v_8o3EI4qYOnzJ4lZhWKH4BtACEw/s400/suicide-squad-cara-delevingne-enchantress.jpg" width="400" /></a></div>
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Apesar dos muitos rumores ditos na semana de lançamento do filme, a grande verdade (e confirmada pelo diretor <a href="http://collider.com/suicide-squad-deleted-scenes-jared-leto-david-ayer/">inúmeras</a> <a href="http://www.empireonline.com/movies/suicide-squad/suicide-squad-spoilers/">vezes</a>) é que as escolhas feitas foram inteiramente por parte do diretor David Ayer para se aproximar mais ao tom e estilo mostrados nos trailers, ao mesmo tempo que tenta lidar com storylines diferentes de uma gama de personagens enquanto essas escolhas acabam definindo o foco da história. Mesmo que isso faça acelerar o que ocorre no primeiro ato, ainda sim o filme se faz funcional e com substância, mas destacando aqui que a falta de destaque do relacionamento de June Moon com Rick Flag foi um ponto que, se tivesse o mesmo destaque que teve Harley e Deadshot, deixaria o primeiro ato mais enxuto. A estilização do filme junto com a abordagem mostrada para se contar uma história com vilões coroa de fato a abordagem da 'DC Films' em dar mais liberdade criativa possível aos seus diretores, mas respeitando os alicerces ali construídos por Zack Snyder. Ainda é o mesmo mundo apresentado em MOS e BvS, mas visto por uma abordagem diferente.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5JXxAt8imr0/V6qMQ0xBt9I/AAAAAAAAIe4/BX8esOfEjy8jFqjezBHAWXVW3X9d73eAQCEw/s1600/Suicide-Squad-BN-OZ553_HARLEY_M_20160719173736.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-5JXxAt8imr0/V6qMQ0xBt9I/AAAAAAAAIe4/BX8esOfEjy8jFqjezBHAWXVW3X9d73eAQCEw/s400/Suicide-Squad-BN-OZ553_HARLEY_M_20160719173736.jpg" width="400" /></a></div>
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David Ayer pega um dos contantes pontos fortes dos últimos filmes da DC, que são os vilões, e expande isso como se fosse um estudo sobre a natureza do mal, partindo do principio básico, e comprovado com Zod e Lex Luthor (e em certo nível, Batman), de que o vilão é o herói de sua própria história, e com isso é apontado suas principais diferenças e semelhanças. O que é ser mal para alguém que rouba um banco? Ou mata pessoas por dinheiro? E para quem é um completo psicopata, o que é ser "mal" e "bom"? O filme todo é uma jornada da psique do vilão e o que isso significa quando, de certa forma, eles tem uma vitória, mesmo que não como aquilo que eles abraçaram para si na vida. </div>
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O filme continua abordando aquilo que é uma das marcas de Ayer como diretor, que é como nos identificamos como indivíduos quando estamos trabalhando em conjunto, e como o desafio a encarar nos afeta, ou até nos muda, como pessoas. O filme traz como centro desse assunto a trinca Deadshot-Flag-Harley, como (ironicamente) a trindade que mantém a equipe de pé, mostrando seus conflitos e nuances, e como cada um usa suas habilidades para fazer os outros entrarem no seu jogo, ou respeitarem o ação em que eles foram chamados a cumprir. E com isso os outros membros orbitam ao seu redor e são tão influenciados quanto, acabando que há uma pluralidade em ser mal (assim como ser bom) e que existe sim certa honra entre ladrões.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-Vj_Sgp5vyB4/V6qMgRN8c8I/AAAAAAAAIe0/5N5Q-KVsQUEj5cX-q93zn4uszkPttlkuACEw/s1600/suicide-squad-will-smith-margot-robbie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-Vj_Sgp5vyB4/V6qMgRN8c8I/AAAAAAAAIe0/5N5Q-KVsQUEj5cX-q93zn4uszkPttlkuACEw/s400/suicide-squad-will-smith-margot-robbie.jpg" width="400" /></a></div>
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Lawton, matador tão bom e com uma confiança que beira a arrogância, vê o seu trabalho como também uma guerra, mesmo que ele acabe matando por aqueles que podem pagar o seu preço. Ele se vê como um soldado urbano, livre de ordens dos outros de uma falsa sensação de superioridade moral, pois ele sabe bem o lado bom e ruim em utilizar armas como seu instrumento de trabalho, mas abraça isso. Isso claramente interfere na relação com sua filha, e na dualidade dele fazer coisas más para tentar dar o melhor para ela, e também a mesma dualidade de sua habilidade para atirar e matar ser usada para algo que possa redimir aos olhos da mesma.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-kfKJ8_MRnBc/V6qManybO7I/AAAAAAAAIes/wLFyjBSuUqsexzddTTQAuhVMjI_obNvdwCEw/s1600/suicide-squad-magnewpic-02.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-kfKJ8_MRnBc/V6qManybO7I/AAAAAAAAIes/wLFyjBSuUqsexzddTTQAuhVMjI_obNvdwCEw/s400/suicide-squad-magnewpic-02.png" width="400" /></a></div>
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Mas Lawton também tem seu próprio código de honra, e demonstra isso em campo. Quando ele é chamado a um trabalho, ele quer todos os detalhes, e assim como qualquer um, não gosta de ser deixado para trás, nem quando é pago e muito menos quando é forçado. As interações dele com Flag mostram que ambos são lados da mesma moeda que escolheram caminhos diferentes, mas verdadeiros líderes em campo quando é preciso. Além disso, o constante embate entre os dois faz exatamente isso vir a tona, mostrando e criando-se um respeito mutuo ao longo da trama que com certeza vai influenciar as futuras dinâmicas não só entre os dois, mas com a equipe inteira.<br />
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Harley Quinn usa o Coringa para exatamente demonstrar qual a real razão de sua loucura: a necessidade de amar, e ser amada. Os flashbacks com o Coringa demonstram exatamente o tipo de amor doentio e a relação de uso e abuso das revistas, mas que ao mesmo tempo colocando os dois em pé de igualdade. Harley vê seu amor com o Coringa como um"contrato", uma sensação de dependência que ela sempre teve em sua concepção inicial. O paralelo que isso ocorre em relação ao Esquadrão é o fato de que o tipo de relacionamento que eles tem com ela é exatamente o oposto: a amizade iniciada ali é genuína e o amor que ela recebe ali é dado de volta de maneira igual e sem cobranças.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-Bj8ZfL1wZQI/V6qMYf0BocI/AAAAAAAAIeo/mVn08Q7feT0P0LUnMjvBe5We4MMALL90wCEw/s1600/suicide-squad-margot-robbie-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-Bj8ZfL1wZQI/V6qMYf0BocI/AAAAAAAAIeo/mVn08Q7feT0P0LUnMjvBe5We4MMALL90wCEw/s400/suicide-squad-margot-robbie-1.jpg" width="400" /></a></div>
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E também é visto algo que demonstra o que ela tem de especial e diferente em relação ao Coringa: o fato dela usar seus conhecimentos de psicanalise ao seu favor, afim de incitar intrigas e situações que favoreçam a ela, quando se ela entrasse num "modo predador" diferentemente da palhaça insana. tudo que ela vê nos outros é usado e catalogado, mesmo que em curto prazo seja trazido de volta quando ela queira utilizar isso como arma. Harley é louca, mas assim como o Coringa, tem sua própria marca do que é ser louca, e por isso se demonstra uma arma, e por acidente, a consciência do grupo muitas vezes.<br />
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E já que puxamos o assunto, vamos ao Coringa de Jared Leto, que ainda vai ser tema de bastante discussão para os próximos anos. Usando como principais influencias os Coringas de Brian Azzarello, Scott Snyder e Grant Morrison, vemos o Coringa do DC Films como um gangster de carreira, extramente volátil e psicótico. Sua reação com Harley, tema hoje em dia que também gera muita discussão sobre, parte da mesma maneira que foi abordado em 'Batman TAS': há o abuso, há o uso como arma/armadilha (fazendo, como foi dito, um paralelo com essa relação de Harley com o Esquadrão), a sensação de posse, mas do jeito doentio dele, há também o respeito e o amor.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-t-jhqDnU0fw/V6qMUjUz33I/AAAAAAAAIe4/aXgPF7uarb0zEYGqR0O4kGGSmcF1ogHLQCEw/s1600/suicide-squad-jared-leto-the-joker.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://2.bp.blogspot.com/-t-jhqDnU0fw/V6qMUjUz33I/AAAAAAAAIe4/aXgPF7uarb0zEYGqR0O4kGGSmcF1ogHLQCEw/s400/suicide-squad-jared-leto-the-joker.jpg" width="400" /></a></div>
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Vendo em retrospecto todo hype e as cenas mostradas no trailer, a aparição do personagem acaba sendo menor que a esperada, mas funciona totalmente dentro do que o filme se propõe. É uma história do Esquadrão, e focar em mais cenas com o Coringa (e o Batman, que também tinha uma participação bem maior, se você prestar atenção nos trailers), iria tirar o foco dos membros da equipe e como a sua reação se constrói ao longo da trama. A utilização do Coringa de Leto mostra que ele tem um ótimo potencial e serve totalmente a trama da Harey Quinn, e não ao contrário como poderia facilmente cair nesse cenário, e que o personagem tem muito mais a oferecer como vilão, seja no futuro filme do Batman ou de <a href="http://www.hollywoodreporter.com/heat-vision/margot-robbies-harley-quinn-movie-894486">Gotham Sirens</a>.<br />
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Joe Kinneman manteve a alta qualidade de suas interpretações, trazendo uma interpretação sólida e competente de Rick Flag, soldado de alta patente do exército designado pela ARGUS e escolhido a dedo por Waller para comandar o 'Task Force X'. Ele é claramente contra a utilização de criminosos, usando como ponto negativo a sua instabilidade e o fator surpresa que não é exatamente a melhor coisa a se contar numa zona de guerra. Responsável em por disciplina no grupo, a ponte entre o Coronel e o ser humano detrás disso entre ele e o grupo é via Deadshot, que lentamente o põe no mesmo nível a medida que ele também é tão vitima das tramas de Waller quanto todos os outros, e também a medida que ele consegue enxergar alguma humanidade dentro desses criminosos.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-3vT193w0rNc/V6qNF7jccxI/AAAAAAAAIe8/EiygeRkZ0dsZbfd-1zjkuoDVMsD12PBVACEw/s1600/suicide-squad-joel-kinnaman-rick-flagg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" src="https://1.bp.blogspot.com/-3vT193w0rNc/V6qNF7jccxI/AAAAAAAAIe8/EiygeRkZ0dsZbfd-1zjkuoDVMsD12PBVACEw/s400/suicide-squad-joel-kinnaman-rick-flagg.jpg" width="400" /></a></div>
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Cara Delevigne invocou inspiração de Robert E Howard para sua Enchantress, usada aqui mais como consequência (óbvia) dos erros de Waller do que a vilã principal em si (falaremos disso mais a frente). Adewale Akinnuoye-Agbaje trouxe um ótimo Killer Croc, que apesar da maioria achar algumas de suas cenas engraçadas, mas que acabam informando muito de sua personalidade e seu orgulho em ser um monstro. Jai Courtney traz um divertido Boomerang, babaca dentro no nível permitido de um PG-13 e particularmente fico MUITO feliz em ele nos filmes ser ainda um vilão do Flash (com outra vez Ezra Miller se provando perfeito pro papel).<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-w5hcQo68T2A/V6qMVaNfQII/AAAAAAAAIe4/NOUnY2SoJtggcKnOkL1H4osTqaYzfwhQACEw/s1600/suicide-squad-karen-fukuhara-katana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-w5hcQo68T2A/V6qMVaNfQII/AAAAAAAAIe4/NOUnY2SoJtggcKnOkL1H4osTqaYzfwhQACEw/s400/suicide-squad-karen-fukuhara-katana.jpg" width="400" /></a></div>
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Slipknot não teve muito tempo de brilhar e assim como nas HQs, serviu de bode expiatório mostrando que Waller e Flag não estão ai para brincadeiras. E Karen Fukuhara como Katana, assim como o Coringa de Leto, precisa de mais espaço para aparecer em qualquer futuro filme, pois o pouco que foi mostrado dela já foi sensacional, se destacando no cenário e mesmo ao fundo ainda trazendo muita informação para o espectador mais atento e também trazendo uma necessária "do-gooder" com menos tons de cinza a equipe.<br />
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Mas o ultimo membro da equipe não citado que vale destacar e muito, é Jay Hernandes como El Diabo. Personagem do qual o diretor mais se identifica, por pertencer a mesma cultura que ele cresceu e foi criado nas ruas de Los Angeles, Jay Hernandes traz um vilão diferente, de quem perdeu tudo por causa do uso errado de seu poder e tenta se isolar de tudo e de todos como alto punição. Diablo traz uma das cenas mais emocionais do filme e acaba se transformando em, de fato, O Herói Relutante da história, crescendo e utilizando a sua "maldição" para algo bom, e que diferente de sua família anterior, a sua nova família saiba que ele viveu e morreu como um herói.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-PF7mfvfut0s/V6qMUV72o8I/AAAAAAAAIe4/reVGceUDK2MxK8bmSd7hFGaNUnnNjeU3gCEw/s1600/suicide-squad-jay-hernandez-diablo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-PF7mfvfut0s/V6qMUV72o8I/AAAAAAAAIe4/reVGceUDK2MxK8bmSd7hFGaNUnnNjeU3gCEw/s400/suicide-squad-jay-hernandez-diablo.jpg" width="400" /></a></div>
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E agora chega a hora para falar (e explicar) sobre a verdadeira vilã do filme: Amanda Waller, brilhantemente interpretada por Viola Davis. Fria, calculista, e confiante até demais em suas habilidades, Waller é sim a verdadeira vilã do filme, diferente do que muitos pensam. Não, tudo que Enchantress faz é consequência natural das ações dela mesma. Enchantress, como qualquer outro membro do Task Force X, é um vilão, e com isso em mente, quando eles estiverem livres de novo obviamente vão tentar voltar ao seu status quo original, seja roubar, matar, ou no caso da Bruxa e de seu irmão Incubus, de dominar todo o mundo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-mB2ReOgBla4/V6qMavfwUvI/AAAAAAAAIew/l3h0_jLlkZgE2WtYeq84tvr-3Lp4sjdZwCEw/s1600/suicide-squad-pic-portrait-03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-mB2ReOgBla4/V6qMavfwUvI/AAAAAAAAIew/l3h0_jLlkZgE2WtYeq84tvr-3Lp4sjdZwCEw/s400/suicide-squad-pic-portrait-03.png" width="266" /></a></div>
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Se você estiver realmente prestando atenção no filme, vai perceber que é todo sobre Waller tentando concertar seus próprios erros, e colocando pessoas-nem-tão-inocentes-assim para fazer isso. Ela manipula, ameaça e mata quem quer que seja para ver seu objetivo concluído, que é do problema ser contido e que qualquer elo que a ligue com o evento seja cortado ali. A verdadeira jornada dos "heróis" do filme é como em uma missão suicida eles acabam encontrando o melhor de si, não para se tornar de fato heróis e sair de seu status quo de vilões e caras maus, mas para encontrar a honra de servir junto de uns aos outros naqueles que podem ser sempre seus momentos finais.<br />
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Há uma resolução que exatamente os humaniza, e por isso, justifica as suas escolhas de vida. Como Harley fala em certo momento "possua isso", torne o fato se você ser um pária o que te faz especial, não excludente, e assim você irá encontrar seu próprio mundo, seu próprio nicho. Há respeito em, ali, todos serem soldados lutando, mesmo que forçadamente, em prol de algo, mas exatamente ao fazer isso expande sua dimensão de mundo e faz lhe dar valor as pequenas vitórias e a si mesmo como pessoas. Há uma autenticação como pessoas más e a descoberta de vitória ali abre do fato de que há uma dualidade ali também pertencente aos heróis e que deixa código de conduta tão honesto consigo mesmo que realmente torna ser heróis e vilões dois lados da mesma moeda dentro do DCEU.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-x2ZlMUN2O7M/V6qMT2MftKI/AAAAAAAAIe4/dPM6uOOiG343GUmAu0ZoDu3us1CyJivkQCEw/s1600/suicide-squad-cast.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-x2ZlMUN2O7M/V6qMT2MftKI/AAAAAAAAIe4/dPM6uOOiG343GUmAu0ZoDu3us1CyJivkQCEw/s400/suicide-squad-cast.jpg" width="400" /></a></div>
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A cena final mostra exatamente isso, há a vitória de Waller, e por consequência, em menor escala, a vitória dos vilões membros da equipe, que começa a ser melhor tratados como pessoas na Belle Reve. Eles ainda são vilões, eles ainda são pessoas más, porém em certo nível há exatamente a dúbia consequência de heróis serem vilões de suas próprias histórias: que identificados com esse lado, inevitavelmente acabamos a nos identificar com eles em certo nível. E com isso, vilões e heróis vivem uma relação dependente, demonstrada pela cena pós-credito, onde Bruce Wayne e Waller trocam interesses em favor de ajudas, mas ainda sim conscientes dos papeis que fazem parte. Um, sem o outro, torna a sua própria existência irrelevante, além do fato dessa cena expandir ainda mais aquele mundo com o minimo esforço.<br />
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E no fim, tudo isso demonstra algo muito importante sobre o universo cinematográfico da DC no geral: que se há o respeito entre estabelecer tons diferentes, mas ainda sim o compromisso de levar esse filmes e personagens a lugares "fora da caixa". Não é em qualquer filme que você veria cenas como Amanda Waller matando todo seu staff para proteger seu envolvimento no que acontece em Midway City ou Harley sendo torturada no estilo 'Guantanamo Bay'. 'Suicide Squad' foi mais "tradicional" dentro dos padrões esperados do que MOS e BvS, mas mesmo assim, como seus personagens, traz muito mais do que a superfície aparenta.<br />
<b><br /></b>
<b>NOTA: 8.0</b></div>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-35246425433704986702016-07-29T16:13:00.000-07:002016-07-29T16:13:26.787-07:00Review: Batman - The Killing Joke (2016)<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-NFi76u12Q_I/V5vfylz_DyI/AAAAAAAAIdc/USK1mClX1LIEYJj8EBlx7oyhnhJMoSzBQCEw/s1600/Batman-The-Killing-Joke-Movie-Poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-NFi76u12Q_I/V5vfylz_DyI/AAAAAAAAIdc/USK1mClX1LIEYJj8EBlx7oyhnhJMoSzBQCEw/s400/Batman-The-Killing-Joke-Movie-Poster.jpg" width="270" /></a></div>
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'Batman - The Killing Joke', feita por Allan Moore e Brian Bolland, é um clássico e não é de graça. Uma revista que puxou os limites de como se fazer quadrinhos na época, trazendo uma história do Batman com maturidade e violência nunca vistas, além de dar uma origem icônica para um personagem igualmente icônico como o Coringa e mudar drasticamente o futuro de Barbara Gordon/Batgirl. Uma história que até hoje envolve muitas polêmicas devido as escolhas feitas, e como isso até hoje as afeta,e claro, uma adaptação dessa em forma de filme só tem a continuar que a obra seja comentada e analisada. E então, como será que o filme se saiu?<br />
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<a name='more'></a>A história no filme no caso começa bem diferente da graphic novel: E mostrado a principio a relação de Barbara Gordon/Batgirl (Tara Strong) com Batman (Kevin Conroy) e como isso leva a heroína não só a encarar o seu primeiro vilão que realmente a leva ao limite, Paris Franz (Maury Sterling). Isso acaba servindo de espelho e de faísca para o retorno do Coringa (Mark Hamill) as ruas, agora com um tipo novo de violência que acaba aleijando Barbara, torturando James Gordon (Ray Wise) e fazendo Batman ter que encarar o fato que o relacionamento com seu pior inimigo talvez não seja tão diferente das outras pessoas do qual ele lhe quer bem, mas com resultados que podem acabar de maneira tão trágica quanto.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-iIHym1gkBoI/V5vgNjB105I/AAAAAAAAId4/ouQNVzdpe3UgSWCQRnl4fUnVR9Bgf4Q0QCEw/s1600/thumbnail_24614.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-iIHym1gkBoI/V5vgNjB105I/AAAAAAAAId4/ouQNVzdpe3UgSWCQRnl4fUnVR9Bgf4Q0QCEw/s400/thumbnail_24614.jpg" width="400" /></a></div>
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O filme foi dirigido por Sam Liu, veterano nas animações da DC, e pelo renomado roteirista Brian Azzarello (100 Balas, Mulher Maravilha), e mudanças tiveram que ser feitas na história original para que ela funcionasse como filme, o que acaba tendo um tema e identidades próprios, além de não ter medo em tocar em temas polêmicas da revista original e além. Claro que nenhuma obra é absoluta, e seguindo a "tradição" o filme trouxe suas cotas de polêmicas, mas funcionou muito bem dentro que é proposto ao fato, tornando uma adaptação de fato da obra original, que respeita a fonte mas procura seguir de maneira independente. Entende-se que, quem procura uma adaptação quase literal da obra original (como a adaptação deles de 'The Dark Knight Returns'), nesse quesito, pode sair desapontado, mas pelo que o filme é, ainda sim é uma grande obra (ainda que sim controversa).<br />
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A parte da Barbara é importante porque expande o tema original, entre o Batman e o Coringa, e expande pra todos os personagens principais da HQ. Acaba se tratando de encarar o abismo e sair de lá, e do fato que o os Gordon são mais fortes nesse sentido que o Batman e o Coringa, assim como a relação do Batman com o Coringa ditar todos os outros tipo de relacionamento, amizade e/ou além, com aqueles que Bruce Wayne divide a sua vida como Batman. Nesse sentido, o filme funciona e respeita muito bem a HQ e como adaptação se faz funcional e relevante. No caso, o filme é muito auto-consciente, de certo modo, de que se trata de uma adaptação, e não tem medo de trazer o impacto que a revista trouxe para a sua história: os tempos mudaram, as ações entre mocinhos e bandidos ficaram cada vez mais violentas e cinzentas.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-XKuQjLyyT1g/V5vfyVv_ohI/AAAAAAAAIdY/0ei1bN6dDtY6vqlaWTU37hbacFV8q4mtwCEw/s1600/Batgirl-The-Killing-Joke.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://3.bp.blogspot.com/-XKuQjLyyT1g/V5vfyVv_ohI/AAAAAAAAIdY/0ei1bN6dDtY6vqlaWTU37hbacFV8q4mtwCEw/s400/Batgirl-The-Killing-Joke.jpg" width="400" /></a></div>
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Batman tem consciência de que Batgirl finalmente encontrou o seu "Coringa" e tentar botar foco nela pra que ela esteja preparada pra enfrentar esse próximo fato inevitável de ser um vigilante em Gotham, porque essa é a natureza da cidade como personagem que é, que vai procurar te testar e te oprimir. Barbara, lembrando aqui que é uma mulher adulta e não mais uma adolescente, procura uma aprovação que, francamente, ela nunca precisou: ela é muito boa no que faz, mas ainda é uma iniciante de como a coisa de ser vigilante é por dentro. Mas pelo fato de ambos terem se relacionado de maneira mais intima, isso também afeta o Batman, que também não ajuda em nada a situação a forçar um total distanciamento da parte dela no caso de Pariz Franz.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ghdDd49nAqc/V5vfzN8ci4I/AAAAAAAAId8/xwe8CG5Jo3QGLqQ0mV-oFrzCRHLyl6iowCEw/s1600/batgirl7.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://3.bp.blogspot.com/-ghdDd49nAqc/V5vfzN8ci4I/AAAAAAAAId8/xwe8CG5Jo3QGLqQ0mV-oFrzCRHLyl6iowCEw/s400/batgirl7.PNG" width="400" /></a></div>
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Pariz, aliais, foi uma boa sacada do Azzarello, trazendo um personagem que ali desafia de fato a personagem, ao mesmo tempo que a traz para seu mundo mais dark sem ela deixar se notar. Ele é sexista, repugnante,mas também é um exímio lutador e alto conhecedor de tecnologias, com grandes ambições de ser um grande mafioso na cidade. Ao mesmo, vemos que Barbara tem uma vida, amigos, emprego, e capacidades, que independem da aprovação do Batman ou de qualquer um. Ela é muito boa no que faz, mas todas as situações, com o Batman/Bruce e com Paris, forçaram ela a extremos de violência. Porque esse sempre vai parecer o caminho mais fácil de fazer os medos e frustrações irem embora.<br />
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São duas pessoas adultas, só que um procura manter a pose de mentor e outra procura uma igualdade que acha que conquistou na vida pessoal no profissional. E o fato é que ela nunca precisou da aprovação do Batman pra se provar que é boa, porque ela é de fato, e ela percebe isso no momento que decide deixar de ser Batgirl. Ali ela finalmente entende Bruce e a maneira de agir, e de pensar, não só em relação a ela e a super proteção dada, mas especialmente os porquês disso: de que ser Batman, e levar essa vida, é uma espiral de loucura e violência que só tende a aumentar. E isso nos traz diretamente a parte onde o filme começa de fato a adaptar 'A Piada Mortal', onde o filme começa de fato a adaptar a história da qual foi baseada, onde tudo aquilo mostrado no primeiro ato começa a se desenvolver e a se pagar.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-ITaU20drfuM/V5vgNruf8yI/AAAAAAAAId0/FonOlcq0w6oAmiI6XA9I-ltQOS7De80fACEw/s1600/2016%25252F04%25252F04%25252Ff1%25252Fdc4b0f82417.ebef6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://4.bp.blogspot.com/-ITaU20drfuM/V5vgNruf8yI/AAAAAAAAId0/FonOlcq0w6oAmiI6XA9I-ltQOS7De80fACEw/s400/2016%25252F04%25252F04%25252Ff1%25252Fdc4b0f82417.ebef6.jpg" width="400" /></a></div>
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Batman tem que afastar as pessoas mais próximas dele, ou alertá-las do que essa vida pode trazer, por causa do ciclo de violência que ele mesmo tem consciência que participa e dá suporte a isso. Isso alimenta a sua motivação, e de certo modo, a sua loucura. E pensando nisso, a constante que alimenta esses dois lados é o próprio Coringa. Robin, Batgirl, Comissário Gordon, todos eles podem de fato sair da vida do Batman em algum momento, mas o Coringa, ele sempre vai estar na vida dele como Batman e sempre entregando algo para fazer e manter sua função como tal. É simbiótico.</div>
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A parte que muitos provavelmente não vão entender que a conexão entre a relação Batman/Batgirl e Batman/Coringa é essa: a primeira pessoa ele afasta procurando inevitavelmente não fazer a pessoa se tornar igual a ele, e o segundo é parte inerente a fazer seu mundo funcionar pois sua loucura é parecida. E essa relação entre o Batman e o Coringa acaba sendo ali no filme o "oposto complementar" da relação dele com Batgirl, porque Batman odeia o Coringa (e vice versa), não se conhecem tanto, mas se entendem e criam um elo dentro de sua insanidade que os define de fato. Já Batman faz afastar Barbara como interesse amoroso, e Batgirl como sua sidekick, exatamente por reconhecer a sua loucura aí.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-5EuGkVi28xM/V5vf10_vz7I/AAAAAAAAId8/7MqslkaaxPIaAmcLP1__1cswKLtJpYOOwCEw/s1600/fans-have-been-waiting-a-long-time-to-see-alan-moores-gritty-graphic-novel-the-killing-joke-get-turned-into-a-film-even-better-the-team-from-the-emmy-winning-batman-the-animated-series-reteamed-for-the-release%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://4.bp.blogspot.com/-5EuGkVi28xM/V5vf10_vz7I/AAAAAAAAId8/7MqslkaaxPIaAmcLP1__1cswKLtJpYOOwCEw/s400/fans-have-been-waiting-a-long-time-to-see-alan-moores-gritty-graphic-novel-the-killing-joke-get-turned-into-a-film-even-better-the-team-from-the-emmy-winning-batman-the-animated-series-reteamed-for-the-release%2B%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
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E com isso a história segue bem parecida com a revista, que é um clássico e não há muito o que dizer sobre, além deles terem mantido um nível de respeito com a história original. O fato de terem seguidos os moldes da nova colorização (que mudou, entre outras coisas, o o logo do Batman, retirando seu simbolo amarelo) mas são mudanças que não afetam muito a história, mas que faz certa falta ao velho saudosismo. Mas foram as incrementações e sutis mudanças que não só enriqueceram a história mas ajudaram a tornar o filme algo próprio. Destaco a cena a "Cena do Livro" que põe a teste a relação de James Gordon com Batman, escrita de maneira brilhante por Azzarello.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Dczuf28kHW4/V5vfzf3g7hI/AAAAAAAAId8/Hzr1yUdDekwy3LP4aTxu9sc7TYaudlegQCEw/s1600/batman-the-killing-joke-featurette-spicypulp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://2.bp.blogspot.com/-Dczuf28kHW4/V5vfzf3g7hI/AAAAAAAAId8/Hzr1yUdDekwy3LP4aTxu9sc7TYaudlegQCEw/s400/batman-the-killing-joke-featurette-spicypulp.jpg" width="400" /></a></div>
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E com isso chegamos a cena da Barbara Gordon leva um tiro do vilão, que até hoje gera polêmicas sobre o fato ou não dela ter sido estuprada ali. Pessoalmente, minha interpretação da revista nunca viu as coisas desse jeito, tanto que na história origina, em seu único momento de sensatez, o Coringa admite os seus crimes daqueles dias em que a história passa, e não foi citado estupro ai. Outro fato, pra mim, é que estupro em si é o tipo de coisa que eu não vejo como parte do modus operandi do personagem. Ele tem jeitos mais divertidos, do jeito doentio dele, de inserir terror, e estupro é algo baixo pro "nível criativo" dele.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-P0hfQN9T8oI/V5vfzQuG1bI/AAAAAAAAId8/OaWOUaJJLagLxL9MxMiUxD5ns3ISjdIRQCEw/s1600/batman-killing-joke-movie-dvd-blu-ray.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://4.bp.blogspot.com/-P0hfQN9T8oI/V5vfzQuG1bI/AAAAAAAAId8/OaWOUaJJLagLxL9MxMiUxD5ns3ISjdIRQCEw/s400/batman-killing-joke-movie-dvd-blu-ray.jpg" width="400" /></a></div>
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Só afirmando aqui que sim, o que aconteceu com Barbara ai na história é sim considerado um crime sexua grave, e o filme não esconde que aquilo é de fato algo horrível de se ver e presenciar, sendo aí o salto a um ponto imite para o personagem dentro do conceito da história, não só do Coringa, não só do Batman, mas da Barbara também. Uma cena envolvendo essa questão, que pra mim é muito mais polemica e ninguém fala disso, é a cena de Batman com a prostitutas, onde Azzarello claramente atiçou aqueles que acreditam no estupro da Barbara. Essa cena me incomodou particularmente pois ele fez isso pra exatamente puxar briga com quem acredita nessa versão, e com isso gerar uma polemica desnecessária com uma cena (ainda) complicada de se lidar.<br />
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E com isso chegamos ao final do filme, que passou também por modificações, mas que se casa perfeitamente com o tema proposto como ta: ao encontrar um antagonista que te desafia de uma forma que abraça a noção do que se é, aonde mora a força de encarar esse inimigo? Em abraçar a escuridão que ele proporciona ou se manter encarando-a? Os Gordon se provam bem mais fortes nesse quesito. Barbara sabe de suas capacidades são bem ampas, coisa mostrada desde a principio no filme, e agora como Oráculo, escolheu não deixar essa tragédia a impedir de fazer aquilo que não lhe dá só prazer mas também propósito.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-pW-qO7PjYgo/V5vf1L1tF6I/AAAAAAAAId8/8ijv6sQb9SwFREUHRbMnjT0o-PPeW0U4wCEw/s1600/new-images-from-batman-the-killing-joke-tease-some-iconic-moments-920042.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://1.bp.blogspot.com/-pW-qO7PjYgo/V5vf1L1tF6I/AAAAAAAAId8/8ijv6sQb9SwFREUHRbMnjT0o-PPeW0U4wCEw/s400/new-images-from-batman-the-killing-joke-tease-some-iconic-moments-920042.jpg" width="400" /></a></div>
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A natureza de Gotham te pressiona, como pressionou James Gordon mesmo que, afetado a curto prazo pelo tratamento de choque do Coringa, ainda conseguiu se reerguer afim de provar não só que a justiça em que ele acredita, mas o próprio Batman, são figuras funcionais e o elo mais forte das reações que o Batman tem. Mas vemos pela própria origem do Coringa, e pela própria negação do mesmo sobre sua veracidade, que Gotham, como personagem que é, tem um jeito todo especial de tratar aqueles que considera fracos: a loucura, e é dela que é tirada forças.<br />
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Por isso, no grande duelo final, mesmo diferente e sem a dualidade que até então poucos tinham percebido (até Grant Morrison <a href="http://www.batmaniario.com/2013/08/grant-morrison-explica-o-final-que.html">explicar</a>), Batman teve a conversa que ele quera ter feito no Arkham e não conseguiu. E Coringa, em seu ultimo momento lúcido, reconhece que não há mais volta pros dois. Ambos sabem como termina seu relacionamento, tudo feito até então é um grande adiamento disso. A loucura impera de fato, ambos abraçam a sua fraqueza e vem o riso arrepiante de Kevin Conroy suprimindo o riso de Mark Hamill. E no fim, a água da chuva dilui tudo, até a sanidade.<br />
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O filme, assim como a HQ que a inspirou vai ainda gerar muitas e muitas discussões. Sei que minha visão sobre certos pontos em reação a Batgirl não vão agradar, assim como minha aceitação a certas mudanças e escolhas feitas no filme. Mas dentro do meu ponto de vista, assim como a HQ original, o filme sai do lugar comum. Traz um Mark Hamill e Tara Strong fazendo incríveis performances, e Kevin Conroy ainda mantendo um sólido trabalho, mas não no nível dos dois. E especialmente, o que a faz funcionar, é que disseca a frágil e complicada natureza de se relacionar com o Batman. Não Bruce Wayne, o lado humano que dá equilíbrio ao Homem Morcego, mas O Batman como também UM Batman, que chegou num estágio de sua vida tão absorvido em sua própria escuridão, e da tentativa desesperada de salvar todos ao seu redor dela, que não percebe que é tarde demais. Como diria o lobo de 'Anticristo', "chaos reigns" em 'A Piada Mortal', seja qual versão for.<br />
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<b>NOTA: 9.0</b></div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-19054416444039666792016-07-15T04:00:00.000-07:002016-07-15T09:49:24.764-07:005 contra 1: HQs para se ler antes de 'Suicide Squad'<div align="justify">
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-a9wA5sR8AoU/V3Wafv9NN1I/AAAAAAAAIb4/eNuqZ5FxtHUUu9y_afCIe8UZZ24vyJLrgCLcB/s1600/suicidesquad-smile-purple.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-a9wA5sR8AoU/V3Wafv9NN1I/AAAAAAAAIb4/eNuqZ5FxtHUUu9y_afCIe8UZZ24vyJLrgCLcB/s400/suicidesquad-smile-purple.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Falta muito, muito pouco pra 'Suicide Squad' finalmente chegar aos cinemas e como sempre, vão recomendações de leituras para conferir antes, durante e depois que o filme chegar. Com o imenso numero de personagens envolvidos no filme, não vou mentir que deu não deu trabalho, mas acho que essas histórias encapsulam melhor o que o filme deve ser (baseado no que foi mostrado). Então continue abaixo!<br />
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<a name='more'></a><b>5) Batman: Mad Love</b><br />
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A primeira aparição da Dr Harleen Quinzel aka Harley Quinn foi no episódio da primeira temporada de 'Batman TAS' chamado 'Joker's favor', mas foi em 'Mad Love' na revista 'The Batman Adventures', que a personagem teve sua primeira aparição nos quadrinhos e teve sua origem finalmente contada. Sendo mais violento, mais dramático e em certo nível mais sacana que o desenho, e sem as amarras de censura por ser, de fato um Saturday Morning Cartoon, a trama tem uma grande pegada da MAD clássica de Harvey Kurtzman com a seriedade de uma história pulp. Aqui vemos a origem da Harley Quinn, sua relação doentia e dependência do Coringa, e o que acontece quando ela supera seu grande amor jogando seu jogo. Engraçado, violento, dramático e um verdadeiro clássico das histórias do Batman dos anos 90, a revista é leitura obrigatória para os fãs da personagem. Ou caso você seja um safado preguiçoso, a serie animada adaptou essa história em sua quarta temporada. A revista foi originalmente feita pela dupla dinâmica Paul Dini e Bruce Timm.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-rtbeoaGU1UM/V3Wan5nBVlI/AAAAAAAAIcM/1n-EdGCRTNMmq6ujlBJwVsmcKkkqYuV-wCLcB/s1600/e30c3513e55234ba00e510136c3aac6b_xl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-rtbeoaGU1UM/V3Wan5nBVlI/AAAAAAAAIcM/1n-EdGCRTNMmq6ujlBJwVsmcKkkqYuV-wCLcB/s400/e30c3513e55234ba00e510136c3aac6b_xl.jpg" width="282" /></a></div>
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<b>4) Deadshot: Bulletproof (2005)</b><br />
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Esse é na verdade a segunda série estrelada pelo personagem, a primeira feita por John Ostrander ainda durante sua run em 'Suicide Squad', mas essa aqui guarda algumas particularidades em relação a primeira, que conta a sua origem e a sua extremamente complicada relação com sua família. Escrita por Christos Gage com artes de Steven Cummings e Jimmy Palmiotti, a série traz a Floyd Lawton uma nova surpresa em sua vida: uma filha. A história explora bem os pontos psicológicos do personagem, que mesmo sendo um assassino de aluguel ainda possui um lado heroico, e mostra a ação e caos que ele pode proporcionar, enquanto procura responder a pergunta: o que acontece quando alguém com um desejo de morte encontra uma razão para viver? Numa época que o personagem voltava a ficar em evidência por causa de 'Secret Six', essa aqui é um ótimo ponto de partida para os novos fãs.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-MR4Icxnwk7Y/V3Wan3wZPwI/AAAAAAAAIcI/Yrb_RamPhtMTwct9ya2petZC6n1IirnNACLcB/s1600/Deadshot_Bulletproof_TPB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-MR4Icxnwk7Y/V3Wan3wZPwI/AAAAAAAAIcI/Yrb_RamPhtMTwct9ya2petZC6n1IirnNACLcB/s400/Deadshot_Bulletproof_TPB.jpg" width="260" /></a></div>
<br />
<b>3) Suicide Squad - Trial By Fire</b><br />
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Não se pode falar do Skwad sem falar da revolucionária história que a tornou uma das maiores equipes da DC Comics. Pegando o conceito de uma velha equipe da Era de Prata e revolucionando para os violentos e urbanos tempos dos anos 80, a equipe formada por John Ostrander (roteiros) e Luke McDonall (arte), a equipe formada por vilões que é enviada a mando do governo para missões para missões das quais eles não poderiam voltar. A série introduziu personagens hoje em dia clássicos como Amada Waller, além de ter revitalizado outros personagens, como Deadshot e Enchantress, abrindo um novo mundo de possibilidades dentro do Universo DC, enfrentando desde sua equipe rival/reversa Jihad, mas também as Fúrias de Darkseid e a poderosa Mãe Russia em plena Guerra Fria! Histórias diretas, cheia de ação e conflito que tornaram vilões em mais que anti-heróis, mas lendas!<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-O0XTwOi-Ges/V3WalkQsYnI/AAAAAAAAIcA/cZXKDzDOnIsEkIbo7nRbBLZ6DZF4qxDjACLcB/s1600/DIG063355_1._SX360_QL80_TTD_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-O0XTwOi-Ges/V3WalkQsYnI/AAAAAAAAIcA/cZXKDzDOnIsEkIbo7nRbBLZ6DZF4qxDjACLcB/s400/DIG063355_1._SX360_QL80_TTD_.jpg" width="260" /></a></div>
<br />
<b>2) Suicide Squad - Kicked in The Teeth</b><br />
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As influências principal do vindouro filme são três, em especifico. A primeira já foi mostrada na posição acima, e a segunda vai ser descrita agora. Uma das boas surpresas que o New 52 trouxe foi o retorno pesado do 'Suicide Squad', que fez a equipe voltar a explodir em popularidade por uma série de motivos. A primeira foi que a equipe de fato foi sempre popular, e a revista trouxe um bom nível de histórias que misturam a qualidade da ação, a tensão da espionagem e com divertidos momentos, parte por causa da adição da Harley Quinn a equipe em pleno crescimento absurdo de sua popularidade, além de tornar popular uma gama de personagens que nunca tiveram necessariamente seu espaço pra brilhar de fato, como El Diablo e King Shark. Seja em missões fora (e dentro) de Belle Reve ou a caça da psicótica Harley Quinn, que começa a ter uma interessante relação com Deadshot e sua nova origem é revelada, com histórias escritas por Adam Glass e arte por Federico Dallocchio e Clayton Henry ajudaram a trazer a equipe de volta a evidência e a glória!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-x8jxK7JrfC0/V3WamXcUcZI/AAAAAAAAIcE/zXLBTj6s1Z4NgPbMrfsd9Id0IecTeLUIQCLcB/s1600/9781401235444-jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-x8jxK7JrfC0/V3WamXcUcZI/AAAAAAAAIcE/zXLBTj6s1Z4NgPbMrfsd9Id0IecTeLUIQCLcB/s400/9781401235444-jpg.jpg" width="257" /></a></div>
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<b>1) Batman: Arkham Knight - Who Wants to Kill a Billionaire? / Suicide Blues</b><br />
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E aqui fechamos a trifecta de inspiração para o filme em live action da equipe, e se você for analisar bem, é provável o fator que fez o filme ter sinal verde para ser feito: o fato da maioria de seus membros e agregados terem não só conexão com o Batman, não só pelo fato de poder se vender como spin-off do mesmo personagem, mas que o publico teve anos de acesso a eles e as suas histórias por causa dos games da franquia Arkham. A equipe de fato existir no mundo dos jogos graças a Arkham Origins e Origins: Blackgate, que abriram o eterno rumor que a equipe ganharia seu próprio game, que infelizmente (ainda) não aconteceu, mas a primeira aparição da equipe como tal só ocorreu na revista que serve como prequel do game 'Arkham Knight''.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-TSXHSdTmuwI/V3WakhMB9KI/AAAAAAAAIb8/vZncOR010TsR1vLpM6y_ISTnkqLi_ZCOgCLcB/s1600/4706330-23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-TSXHSdTmuwI/V3WakhMB9KI/AAAAAAAAIb8/vZncOR010TsR1vLpM6y_ISTnkqLi_ZCOgCLcB/s400/4706330-23.jpg" width="260" /></a></div>
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'Who Wants to Kill a Billionaire?' e 'Suicide Blues' mostram o "Task Force X" tendo como alvo principal o bilionário Bruce Wayne, que coincidentemente é o Batman, parte de uma trama que envolve desde o Pinguim até Simon Stagg, introduzindo o herói Metamorpho na jogada. As HQs tem mantido o padrão de qualidade do jogo, o que diz muita coisa sobre a revista em si, mas tendo Peter J Tomasi nos roteiros fica fácil, já que ele é um dos melhores escritores da editora atualmente, e com artes de Viktor Bogdanovic, Julio Ferreira, Ig Guara e Robson Rocha nas 3 edições que compõe essa história (edições #7, #8 e #9 na edição impressa, capítulos 19 a 26 na versão digital). <br />
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E por hoje é só pessoal! Até a próxima.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-4701899816420220552016-07-08T14:21:00.000-07:002016-08-02T16:06:02.647-07:00Homens São Valentes: A Jornada do Morcego de Gotham em 'Batman v Superman'<div align="justify">
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-su9u17IrFf0/Vx6zKlVuHjI/AAAAAAAAIR8/r2BfOJapZ1wrG6r1sL031I0FFKF6nGQ7QCKgB/s1600/Batman%2Bv%2BSuperman%2B%25282016%2529%2Bby%2BCraft%2Band%2BGraft%2B01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-su9u17IrFf0/Vx6zKlVuHjI/AAAAAAAAIR8/r2BfOJapZ1wrG6r1sL031I0FFKF6nGQ7QCKgB/s400/Batman%2Bv%2BSuperman%2B%25282016%2529%2Bby%2BCraft%2Band%2BGraft%2B01.jpg" width="283" /></a></div>
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No primeiro <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/05/homens-ainda-sao-bons-jornada-do-homem.html">editorial</a> sobre 'Batman v Superman' feito por mim, foi analisado a jornada de Clark Kent nesse filme. E era inevitável que chegasse a hora de discutir a jornada do Batman, que no caso começa um novo capitulo dele nos cinemas, não seguindo a trilogia de Christopher Nolan e integrado ao DCEU em uma nova versão, e assim como Superman, teve uma evolução como personagem que saiu fora do habitual e que gerou duvidas e indagações. Esse texto aqui, como no feito com o Superman, procura analisar a trajetória do personagem e as influências dentro e fora dos quadrinhos para a construção do personagem. Continua abaixo:<br />
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<a name='more'></a><b>"Fomos sempre criminosos"</b><br />
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Para bom entendedor, o titulo desta parte do editorial não precisa de explicação: tirada diretamente do clássico de Frank Miller, The Dark Knight Returns, de 1986, ela é posta ao filme quando Alfred (Jeremy Irons) confronta os métodos cada vez mais violentos de Bruce Wayne contra os criminosos. O Batman de Zack Snyder tem como inspiração principal o Batman de Frank Miller, e não tem vergonha em deixar isso bem claro toda hora. É mostrado também elementos do Batman de Jeph Loeb (e Jim Lee) de Silêncio, além de um toque do Batman de Grant Morrison. Mas a importância principal de colocar elementos do Miller em destaque mora exatamente na questão da violência que é inerente a essa versão do personagem, e nos faz questionar exatamente não só o papel do Batman como antítese do Superman, mas o papel do Batman de Frank Miller nos dias de hoje.<br />
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Batman é uma criatura gerada a partir do medo, e medo é a palavra chave para entender o Batman de Miller e seu mundo. Se antes os horrores da Guerra Fria e da crescente escalada da violência assustava a população em DK1, <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/11/porque-dark-knight-strikes-again-e-um.html">DK2</a> mostra a grande fraqueza no esquema de super heróis que os fazem ser manipulados pelo medo, assim também como a evolução da tecnologia sufoca os problemas e a voz que as combate. Em DKIII, vemos o mundo se recuperar os eventos passados, até que a libertação dos Kryptonianos de Kandor expõe todo o medo da opressão e da xenofobia de ambos os lados. É um mundo de opressão, um mundo de violência, que precisa de uma força que seja muscular o bastante para colocá-la de volta aos eixos. E essa força no caso, seria o Batman.<br />
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Mas o que faz 'The Dark Knight Returns' um clássico? Além da revolucionária forma narrativa como é contada, ela trouxe Batman ao mesmo nível de outros clássicos de seu tempo, como Watchmen e Maus, a um nível de maturidade que os quadrinhos europeus (como Metal Hurlant, que Snyder é fã) estavam a frente a muito tempo. Ele tornou o Batman uma história para adultos, levando o personagem a consideradas radicais direções na sua época, mas mesmo assim mantendo e enaltecendo os elementos que o tornam um pilar em seu gênero. Nas <a href="https://www.washingtonpost.com/news/comic-riffs/wp/2016/02/22/frank-miller-on-his-dark-knight-returns-30-years-later-i-was-rooting-for-batman-all-the-way/">palavras</a> do próprio Miller: "O fiz tão velho quanto eu poderia concebivelmente imaginar que um homem poderia ser. E fazendo isso, eu fazia ele mais velho que eu [na época]. O fiz mais durão, e fui capaz de movê-lo através do tempo em um mundo que se assemelhava muito mais ao mundo que eu vivia, em 1986, em New York. Eu estava atualizando o caráter dele e o envelhecendo ao mesmo tempo. E eu pensei que eu estava fazendo-o velho e rabugento. Mas eu não aprendi o que é ser velho e rabugento até eu fazer 50."<br />
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Porém, algo que também é parte da importância de 'The Dark Knight Returns' foi, de fato, trazer de forma mais aberta e pesada temas psicológicos em questão. Se antes eles estavam ali mas eram tratados com certa nuância, Watchmen tornou isso explicito e inerente aos super heróis, enquanto a obra de Miller mostrou que sim, isso também poderia se aplicar os velhos heróis e vilões que conhecíamos. Isso tudo claramente mostra como impactou Snyder quando lhe foi dado a oportunidade de construir seu próprio mundo de super heróis: é um mundo de diversas influências visuais, mas que procura dentro do absurdo do mundo dos super heróis tirar algo realista dali. O impacto do trabalho de Miller foi dito em entrevista ao <a href="https://youtu.be/uHO7KzTddJI">Black Tree TV</a>: "Quando eu li essa série de quadrinhos, você sabe, em 86 eu estava no chão por isso, porque eu senti que me prometeu alguma coisa. Ele desafiou ... minhas noções fundamentais sobre o Batman . Isso me inspirou a me reconectar com o Batman como personagem e as histórias em quadrinhos em geral."<br />
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E é isso que ele faz novamente em Batman v Superman. Assim como foi feito em 'Man of Steel', ele tira o Batman de seu lugar comum e o desafia. É um Batman mais velho, mais rancoroso, que ao mesmo tempo que aproveita a vida de bilionário, sente um vazio existencial de 20 anos combatendo fogo contra fogo. É uma pessoa movida pelo medo e pela impotência de anos tentando fazer sua cidade ser melhor e pagando terríveis preços com isso. Mas além disso, Bruce precisa dessas "cicatrizes" para se manter como Batman, porque ser Batman é a sua maior obsessão. Ele não vê como resolver o tipo de crimes que combate utilizando, nem que seja por um momento, sua persona publica. Quando é obrigado a ir vestido de "playboy rico" a casa de Lex Luthor, antes de sair ele encara o seu bat-uniforme com um desejo, como se essa roupa fosse sua segunda pele (numa cena remanescente de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=yIXMRgxhGN0">Watchmen</a>).<br />
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A descrição de Bruce Wayne/Batman no filme se encaixa muito bem com que o repórter Oliver Sava disse ao <a href="http://www.avclub.com/article/dark-knight-returns-casts-long-enduring-shadow-sup-234457">A.V Club</a> sobre o personagem na revista de Frank Miller: "Miller traz todos os traumas pessoais de Bruce Wayne para a frente de seu personagem, oferecendo um retrato de um homem obcecado em parar o crime porque ele não pode escapar da memória de seus pais sendo assassinados, um evento que ele nunca vai ser capaz de parar, não importa o quão duro e quanto tempo ele lute para proteger Gotham. Miller mergulha profundamente nos temas subjacentes que definem Bruce Wayne e Batman (assim como Superman e outros vilões principais variados) e leva-los até a superfície, tornando DKR um estudo de personagem abrangente que está alinhado com o que veio antes, mas muito mais ambicioso e grave na forma que se aproxima do material psicológico. É uma das primeiras tentativas de desconstrução de super-heróis, e ainda é um dos mais fortes, em grande parte porque essa narração pesada realmente coloca você dentro da cabeça de Bruce. Isso não é um lugar agradável para se estar, e eu me pergunto se Miller pretende esgotar o seu público com a forma de quão opressiva a mentalidade de Bruce é."<br />
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Bruce Wayne é definitivamente uma pessoa problemática, e vemos que a chegada do Superman não ajuda a melhorar isso. Se eu não consigo proteger minha própria cidade contra criminosos, como eu posso protegê-la eventualmente de um ataque de um Deus?A solução que ele acha é agir mais mais força, levar-se a si mesmo aos limites do que ele pode fazer como vigilante, e com isso vem o caso da mortes. Este Batman mata? Sim. Esse Batman já matou antes nos quadrinhos? Sim. Isso significa que o Batman do Snyder sempre matou, desde o começo? Não. Algo bem claro é que o Batman nem sempre foi do jeito que é mostrado ao longo do filme, e essa mudança foi exatamente dada porque ele não tinha exatamente aquilo que faz o Batman não ir a extremos ao longo de seus anos de publicação. Ele não teve um Bat-Squad, ou uma Liga da Justiça. E o pouco que ele teve, lhe foi retirado.<br />
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E matar é uma opção principal? Não. Ele normalmente só atira em resposta as pessoas que tentam atirar nele, e ele não se importa quem morre no processo, pois como ele mesmo diz, são mortes que ali não fazem diferença, pois "Criminosos são ervas daninhas. Arranque um e cresce dois em seu lugar". São parte de um jogo que ele está cansado de jogar e de se importar. O polêmico e famoso 'Bat-Branding' feito por Snyder casa bem com essa ideia de que, nesse contexto, ele precisa levar as coisas a extremos, e que está cansado de lidar com o "sistema". Ele liga só para causar dor e medo, e não está ligando para as consequências de quem é marcado por ele acaba sendo morto na prisão. Mas o 'Branding' tem outras 2 origens específicas, que é um exemplo exato de porque Zack Snyder sabe muito bem o que faz.<br />
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A primeira origem do 'Branding' se apresenta na primeira encarnação live-action do personagem, do <a href="https://youtu.be/G6Zo_BaxTsk?t=2m57s">seriado</a> da Columbia Pictures em 1943, quando presos ao poste, vemos dois criminosos amarrados com a Marca do Morcego neles. A segunda origem do 'Branding' está diretamente ligada a origem de Bruce Wayne tanto no filme quantos nos quadrinhos: apesar do cinema dar destaque ao lançamento da semana ('Excalibur', que não foi colocado ali de graça, como vou explicar mais na frente) Bruce foi ver 'Mark of Zorro' de Tyrone Powell, e como todos sabemos, marcar em seus inimigos com um 'Z' a espada é uma de suas maiores marcas, e é claro que algo no subconsciente de Bruce trouxe isso de volta a tona (agradeço ao <a href="http://moviepilot.com/posts/3857500">Movieplot</a> pela iluminação deste fato). Isso também é bem relevante dentro do DKverse, como você pode ver na imagem abaixo:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-nfV4LZyPyjA/VyvEbX7bqZI/AAAAAAAAITI/TukyUQO0cJE87-uXVQaK7sXu6YAycMIbwCLcB/s1600/Zorro%2BMiller%2BBrand.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-nfV4LZyPyjA/VyvEbX7bqZI/AAAAAAAAITI/TukyUQO0cJE87-uXVQaK7sXu6YAycMIbwCLcB/s400/Zorro%2BMiller%2BBrand.jpg" width="301" /></a></div>
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Mas um dos muitos pontos que se tratam sobre o Batman do Miller é o seu fascismo, que afinal, está presente de fato ou não? Surgiu a partir do seu trabalho ou veio a tona graças ao mesmo? Quando <a href="http://anybody%20who%20thinks%20batman%20was%20fascist%20should%20study%20their%20politics.%20the%20dark%20knight%2C%20if%20anything%2C%20would%20be%20a%20libertarian.%20the%20fascists%20tell%20people%20how%20to%20live.%20batman%20just%20tells%20criminals%20to%20stop./">questionado</a> sobre, Frank Miller discorda, dizendo que "Qualquer um que pensa que Batman era fascista deve estudar suas políticas. O Cavaleiro das Trevas, se alguma coisa, seria um libertário. Os fascistas dizem as pessoas como viver. Batman apenas diz que criminosos devem parar." Mas o pulo do gato mora que ele não está falando sobre O Batman do Frank Miller, ele está falando sobre O Batman. Obvio que a discussão desse ponto é um daqueles assuntos que podem render anos e anos de textos e discussões. mas os fatos nos permitem a uma abordagem mais direta: Frank Miller é, politicamente falando, conservador, e isso já se mostrou claro até demais nos seus últimos trabalhos.<br />
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Como falamos acima, o seu Batman se baseia no medo, não só em sofrer medo e implantar medo, mas como sociedade se une por causa dessa mesma sensação. Mas por outro lado, Miller reconhece que, realisticamente, não se pode tirar certos elementos que se tornam o Batman, pois se houvesse a remota possibilidade de Batman e seus vilões serem de fatos curados de sua insanidade, não haveria conflito. E sem conflito não há trama. Por isso há um certo cinismo, e uma negatividade inerente a obra, porque isso vem do fato de, apesar de se tratar de assuntos sérios, ele não necessariamente se leva a sério, pois isso o limitaria quando história e estudo dos personagens. Como Frank Miller disse no documentário 'Legends of The Dark Knight: The History of Batman' "Eu não quero ver o Superman com o sovaco suado. Eu quero ver ele voar."<br />
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E isso nos leva a interpretação de Zack Snyder. Era um desafio diferente de trazer Superman de volta como foi feito em MOS, pois havia uma recente interpretação que tinha acabado de terminar, feito pelo Christopher Nolan, bastante popular e consagrada em seus objetivos. A escolha de Snyder de ter um Batman tão próximo de Miller parte não só do fato de que ele é um fã da história, mas também precisa do contraponto narrativo certo. Clark Kent acha que, de fato, Batman é um fascista, apesar de não chamar como tal, e que por ser "um reino de terror de um homem só" durante 20 anos, não vê suporte de ninguém em derrubar esse criminoso, já que pra todo mundo, inclusive para o próprio Batman, a violência em Gotham não tem jeito. Batman está ali para manter essa violência contida, mas cada ato dele gera uma reação em cadeia que vai por acabar afetando negativamente a cidade e em paralelo tornando a abordagem dele mais dura e violenta.<br />
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Batman está nessa a tempo demais, e perdeu demais a fé não só no sistema de justiça mas no próprio sistema que ele pôs para si como Batman. Tudo faz parte de uma longa escalada de 20 anos onde quando Batman bate forte, o inimigo bate mais forte ainda, e ao ver uma pequena amostra no poder do Superman, ele decide ir a extremos. Todo ato de violência do Batman é causado pelo sensação de impotência que o Superman lhe causa, e por mais que ele se esforce, ele não vai conseguir, a principio, derrotá-lo como homem que é. Batman decide ir mais violento com os criminosos na revista, mas isso está a par exatamente com essa ideia que chegou a vez dele de bater mais forte como parte da escalada de como ele age. Então, a truculência e factual violência que o Batffleck faz no filme é de fato justificada, mas também apoiada por todos, da polícia até aos próprios criminosos.<br />
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O filme acaba, colocando Clark em outra batalha para provar o seu ponto que sim, podemos ser bons, tanto que ele não procura derrubar Batman como o messiânico super herói, mas como jornalista que acredita que o poder que é nos dado pela imprensa é de fato fazer a diferença, não vender jornais, sendo que o oposto é mostrado exatamente como critica por parte de Miller em DKI. Ambos possuem suas qualidades como "xerifes" de seus respectivos condados, mas quando vemos os dois baterem de frente, vemos que Superman é Will Kane (de High Noon) e Batman é The Stranger (de High Plans Drifter). O filme entende do que se trata de fato DKI e da violência que é inerente a ele não necessariamente cabe ao nosso tempo. Mas as melhores histórias do Batman pós 'Dark Knight Returns' reconhecem esse fato e tentam trabalhar a partir das criticas e reflexões que essa história traz para construir a sua própria visão/versão do personagem.<br />
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Snyder faz aquilo que é inerente a sua filmografia, de dar o espetáculo e mostrar que há consequências disso para criticar exatamente as ações da mesma, no caso, de um Bruce Wayne que sempre queremos ver, mas num contexto em que ele não é exatamente o herói da história. Vemos ele fazer coisas que alguns podem julgar ser erradas ou extremas de acordo com que conhecemos sobre o personagem, mas o filme utiliza aquilo que, como bat-fãs, mais adoramos, que é exatamente a considerada melhor história do Batman. Adoramos o Batman do Miller, mas por saber que nem tudo funciona fora da história de Miller, Snyder utiliza as mesmas fundações, mas para fazer evoluir para o personagem que conhecemos em algo novo, usando exatamente o elemento do medo opressor e do medo "do outro" para construir, e posteriormente redimir, o seu Batman.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-El0SvfxiRLw/Vyv4cPxgAFI/AAAAAAAAITY/_yW6m6AfoKA_9nGZuWdgI7ipO5dIEhfYgCLcB/s1600/Chk3EBVUYAERMxk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="381" src="https://1.bp.blogspot.com/-El0SvfxiRLw/Vyv4cPxgAFI/AAAAAAAAITY/_yW6m6AfoKA_9nGZuWdgI7ipO5dIEhfYgCLcB/s400/Chk3EBVUYAERMxk.jpg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Uma das muitas falas tiradas diretamente da história e colocadas no filme.</span></div>
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O filme não é só sobre A Paixão do Superman e o reconhecimento dele como herói, mas também sobre A Redenção do Batman a voltar a se tornar um herói de fato. É basicamente expor o processo de exatamente acompanhar a jornada do que vai ser, no caso, o Batman do Snyder no próprio roteiro, e nós como testemunhas do processo. O Batman está abatido, violento, paranoico, tudo que sempre queremos que ele fosse nas telas mas ao mesmo tempo nos faz questionar a questão de extremos para se adaptar o personagem, pois ele também é vitima do medo do "outro" e da sensação de que sentir medo é o que basta para ele se ser o que é.<br />
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<b>Engenharias de um Pesadelo</b><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-RXbsfr42W_s/V4ATRwXkWeI/AAAAAAAAIdE/h8ED44eT4FsMtiF6C-gb3m6uTeWRUObgQCLcB/s1600/CfExJ9jWwAEB3aW.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://4.bp.blogspot.com/-RXbsfr42W_s/V4ATRwXkWeI/AAAAAAAAIdE/h8ED44eT4FsMtiF6C-gb3m6uTeWRUObgQCLcB/s400/CfExJ9jWwAEB3aW.jpg" width="400" /></a></div>
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Uma das minhas coisas favoritas no filme são as cenas de pesadelo do Bruce Wayne. Zack Snyder sempre soube utilizar muito bem as imagens ao seu favor, utilizando-as como forma de entregar uma mensagem sem necessariamente sem falar nada. Como é obvio, este definitivamente não é o Batman do Christopher Nolan, Snyder teve o desafio de passar o básico da história do personagem em pouco tempo, já que o foco era desenvolver o personagem naquele ponto na trama contada, e mesmo assim, muito se suas origens e o que se passa na cabeça dele é contado de forma puramente visual, deixando o espectador interpretar os fatos e absorver a informação para si.<br />
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Normalmente as cenas de pesadelo são dividas em 3 partes: exibição, quebra de expectativa e confirmação. Eles podem, ou não, ter continuação no "mundo real" após acordar, que também ajuda a confirmar certos pontos apresentados no sonho. Vejamos por exemplo a cena de abertura. Vemos duas cenas em paralelo, mas que informam a mesma coisa: Bruce Wayne viu seus pais serem assassinados e no enterro deles, foge e acaba caindo em um poço cheio de morcegos, mostrando aí os momentos de medo definitivos em sua vida, que irão construir de fato o Batman que conhecemos. Além disso, vemos lá pra frente, pequenas informações que podem ser relevantes para o futuro e para o entendimento do personagem. Vemos que ele foi assistir Zorro, vemos que Excalibur iria estrear em breve (aí já fazendo a ponte entre o passado e presente dele, como Batman, ponto este a ser explicado a frente). Vemos que as ultimas palavras de seu pai foram 'Martha', que é de crucial importância para o filme.<br />
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Além do fato que a cena é uma recriação quadro a quadro da morte dos Wayne em 'The Dark Knight Returns', ato este não feito pelo diretor desde 'Watchmen'. Mas a parte em destaque é quando a pérola entra no bueiro e cai dentro do poço, dando a indicar, mas não necessariamente confirmando que aquilo é um sonho. Isso só acontece de fato quando os morcegos levam o pequeno Bruce para a luz, que aí ganha duas conotações diferentes. Uma se refere de fato a redenção de Bruce, fazendo aí um preságio do fim do filme, mas também indica que essa "luz" no caso poderia ser o Céu, onde seus país estariam, e aonde ele finalmente teria paz. Mas no caso, por mais obvio que pareça, Bruce confirma que está consciente que isso é um sonho baseado em suas memória quando ele confirma que isso tudo é uma "bela mentira".<br />
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Aí partimos para o segundo pesadelo, que a principio apresenta Bruce Wayne andando num descampado, com a Mansão Wayne no fundo em ruínas. Vemos que ele vai em direção ao mausoléu da Família Wayne, deixar flores especificamente no tumulo de sua mãe. No vidral, a imagem de um Anjo com uma espada, descendo em uma cidade em chamas, alusão ali obvia ao Superman e a expectativa de uma figura divina que fosse nos salvar das calamidades. E aí, a mensagem é passada: para preencher o vazio de seus pais, um "homem morcego" (literalmente) tomou seu lugar, mas ao acordar, vemos que a situação de Bruce está bem diferente.<br />
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Ser o Batman não está mais o deixando pleno como pessoa. Vemos que ele está abraçando cada vez mais a vida de playboy, bebendo e dormindo com mulheres diferentes a cada noite, porque ser um vigilante não está mais lhe deixando plenamente realizado. Vemos também que ele não está mais vivendo na mansão Wayne, mas sim em uma nova casa, mas ainda sim perto da (agora confirmada) Mansão Wayne em ruínas. A mansão em ruínas e a cena que ele não só encara seu Bat-Uniforme mas também o uniforme do Robin assassinado passam exatamente mais informações não só sobre o Bruce como pessoa, mas também de seu mundo, e das cicatrizes que ele precisa tanto para se manter como Batman. Ele precisa de todas essas cicatrizes pois elas o lembram da dor que o motiva a fazer o que faz.<br />
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Esta sequência ainda mostra que realmente houve um sacrifico (olha aí ela de novo) durante o percurso de sua jornada. O que lhe foi tirado não foi reposto, mas sim acrescenta ainda mais as dores que Bruce precisa ter para se sentir vivo. Ser Batman nunca veio de um lugar exatamente saudável dentro de sua psique, mas isso só se tornou pior com o passar dos anos. Até a chegada desse ponto, o filme já tinha nos informado como as cenas de pesadelo funcionam e nós como publico, já tínhamos absorvido qual era seu objetivo ali. Até que em um certo momento temos uma terceira sequência de pesadelo, a famosa cena "Knightmare", que é aonde Snyder exatamente quebra o padrão que ele mesmo estabeleceu, mas para o bem.<br />
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O Knightmare surge literalmente cortando uma das cenas, com um fade out, e voltando com um Batman num mundo pós apocalíptico. Apesar da sequência a principio mostrar bem o medo do Batman em relação ao Superman de modo bastante distópico, o que faz você questionar da veracidade daquilo como pesadelo é exatamente o fato de certas informações, além de não estarem inseridas no contexto do filme, serem específicas demais, como por exemplo o gigantesco simbolo Omega no mar que separa Gotham e Metrópolis. Logo após, vemos a chegada de Parademons, o que faz a gente ter certeza que isso não é de forma alguma um sonho, pois como Bruce saberia da existência deles? A sequência toda marca realmente o ponto de virada do filme em muitos sentidos. Primeiro, com o trabalho de contar a história de vida do Batman até aquele ponto encerrada, pode-se começar a de fato construir a semente para o filme da Liga da Justiça.<br />
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Ele se utiliza da mesma estrutura apresentada anteriormente (exibição, quebra de expectativa e confirmação) mas não para passar uma informação do passado, como foi feito até então, mas para passar uma informação do futuro. Vemos informações que nos informam sobre os possíveis conflitos dos dois filmes da Liga da Justiça, mas ao mesmo tempo a cena não fica deslocada, pois seus temas ali combinam exatamente com os medos e receios do Batman em relação ao Superman ao longo do filme. Com o caminhar do filme e de suas revelações, ele percebe que algo parecido com este futuro pode de fato acontecer, e é importante fazer algo sobre isso. visual e narrativamente, a sequência funciona e é uma bem vinda refrescância na maneira de contar a história de um personagem, saindo fora dos padrões comuns. <br />
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<b>"They Were Hunters"</b><br />
<b><br /></b>
Os quadrinhos, assim como o velho oeste, são coisas diretamente enraizadas a cultura norte americana. Apesar de que o velho oeste em si foi real, ele aparece em diversas mídias e tem uma grande força de inspiração, direta e indiretamente, em diversas histórias. O fim da "Era do Velho Oeste Americano" acontece em paralelo com o surgimento do cinema como meio de massa, então não era de se estranhar trazer esse momento do passado como escapismo, que acabou marcando a cinematografia clássica americana. Se o cinema clássico enaltecia seus heróis vaqueiros e xerifes que defendiam os costumes dos justos em uma terra sem lei, aos poucos este mesmo gênero começou a tratar de temas mais sérios, e a se levar a sério, tratando sobre temas políticos da época, como chacina de índios e tomadas de terra. Mas a face dos Western começaria a mudar nos anos 60 a partir de produções de Sam Peckinpah com 'The Wild Bunch' e 'Bring Me The Head of Alfredo Garcia', e John Sturges com seu remake de 'Os Sete Samurais', 'The Magnificent Seven'.<br />
<br />
Porém, foram os Westerns Spaghettis que quebraram o molde do gênero desromantizando aquilo que a América tinha feito. O Velho Oeste era sujo, violento, corrupto, uma terra de heróis e vilões onde a linha que as dividia era turva. E muitos desses westerns italianos realmente elevaram o gênero a partir do ponto que nos Estados Unidos ele estava começando a desaparecer e os manteve em alta até o final dos anos 70. E é de fato que isso influenciasse outras histórias fora de seu âmbito de western, e a comparação acima que eu fiz entre Will Kane e The Stranger não foi de graça, pois elementos do western estão presentes usualmente nas histórias em quadrinhos fora desse gênero, especialmente do Batman.<br />
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Tem uma <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Sw28zIK9UxA">cena</a> deletada de 'Batman Forever' (1995) que descreve exatamente como isso se basicamente se paga dentro do mundo do Batman: os caras maus vêm até a cidade para desafiar o xerife. Só que o xerife não usa uma insignia, no caso usa um simbolo de morcego,e com sua presença, e consequente vitória, sempre vai atrair mais loucos para desafiar a figura de lei na cidade. O que a cena questiona até quando a presença do Batman vai atrair esse tipo de conflito na cidade. Esta parte do editorial vai falar sobre as influências do western na construção do Batman no em 'Batman v Superman' e na narrativa da mesma, no sentido que vemos aqui, pelo Batman, um western de redenção, não de tragédia.<br />
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Um dos temas que une o Batman ao gênero do western, é obviamente, a violência. O exemplo acima só um, mais geral, de como isso está presente com o personagem. Apesar de ser mais ou menos a ideia principal do gênero ao todo, a ideia de escalada do crime se mostrou presente exatamente primeiro no Batman, influenciado aí também pelo Zorro, um herói que em suas origens pulp pertencia a época de transição do Velho Oeste onde o território de Califórnia se via livre do domínio espanhol e após passa a ser parte do México, entre 1800-1830. Com a mudança de governo e de país, muitos queriam impor seu poder politico sobre os oprimidos ou se aproveitar da situação para se obter lucro, sem pensar nas pessoas.<br />
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Basicamente Zorro é um herói diferenciado dentro da figura do western, definitivamente fora do conceito do cowboy, mas ainda sim um produto de seu tempo e uma indicação de onde a cultura pop estava indo no inicio dos anos 1900. Ele e Batman tem exatamente esse mesmo ponto em comum: quando os poderes políticos do qual damos confianças de nos proteger e nos oferecer o melhor falham, temos que sair desse ponto de inércia e fazer algo para mudar. No momento que isso acontece, e o povo dá suporte para tal ação, acaba o tornando um servidor de certo modo, não ao governo, mas ao povo e suas necessidades. Com isso, podemos ver tanto Zorro quanto Batman como "homens da lei" não oficiais, visto pelos verdadeiros servidores do estado talvez como criminosos, mas a defesa de um povo que não pode contar com os serviços oficiais.<br />
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E com isso voltamos ao primeiro ponto dito sobre: o ciclo de violência. Na posição da pessoa a ser desafiada na cidade, outros, dentro ou fora da mesma, vão se locomover e desafiar o poder vigente e escolhido pelo povo exatamente como o ultimo obstáculo antes de poder espalhar o terror na cidade. No momento que ele é detido, no contexto do western, ou ele é preso ou morre, fazendo quem estava com ele fugir para nunca mais voltar, ou pior, voltar para a vingança. E com isso também a fama dele se espalha em ser o melhor, e faz outros querem encará-lo para manter e comprovar seu ego inflado. No caso da mitologia do Batman, isso explica, em parte, o surgimento de seus inúmeros vilões, também, assim como o Zorro, o estabelece como protetor da lei e da ordem de acordo com o povo, um xerife não oficial.<br />
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Isso no filme 'Batman V Superman' se demonstra exatamente naquilo que falamos na primeira parte do editorial, da questão da escalada da violência tanto do Batman quanto de seus inimigos, como também aquilo que citamos no começo desta parte, de vir sempre novos inimigos a desafiá-lo, ou a própria paranoia de Bruce fazer ele ir atrás de enfrentar alguém. É uma noção clássica do western que está presente do filme, de ninguém a Gotham a se opor ao seu cowboy fora-da-lei, porque do jeito que ele trabalha, por mais agressivo que seja, funciona. Ninguém liga pra parte pobre da cidade, então vista que a lei não faz seu trabalho direito, o Batman a fará, por mais agressivo que seja e por mais opressor que pareçam seus atos. Ele reprime violência com violência, e é a solução que tem no momento, mas não necessariamente o "cowboy no cavalo branco" que ele pode ser, e mais importante, um dia foi.<br />
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E por outro lado, temos no filme ele se assumindo ali como um criminoso, não como um herói que um dia foi, puxando aí um conceito mais presente no western spaghetti do que o americano: do herói imperfeito, quiçá isso a principio, impuro, que na jornada mostrada, encontra a sua redenção. Não deixa em nada a dever ao que de fato acontece com Bruce no filme, que vemos que um dia já foi um herói e se vê hoje em dia agindo ao contrário, colocado em uma situação que revê suas crenças no que faz e na forma como lida com o mundo. Mas claro, o principal processo que move o Batman no filme (e em geral) e o processo de dor e vingança. É como em 'Death Rides a Horse', onde a vingança de Bill Meceita (John Phillip Law) aos assassinos de sua família não é só levada pela vida mas também tem seus totens, lembranças de pertences de seus entes queridos mortos, para lhe dar motivação, da mesma maneira que a Mansão Wayne destruída e a roupa do Robin morto servem de motivação ao Batman, e sem saber que a a pessoa que o "ajuda", tanto Ryan (Lee Van Cliff) e Lex (Jesse Eisenberg) está o manipulando ao seu favor.<br />
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Bruce, cego pela vingança, não consegue enxergar o outro como alguém igual a ele, que coincidentemente, também é um estrangeiro. Apesar de xenofobia não estar presente em BvS de maneira tão forte, já que é mais focado na figura messiânica em que Clark é colocado do que o fato dele ser um alien, não signifique que este elemento esteja diminuído no filme, já que pelo fato de existir vida em outro planeta nos torna de fato insignificantes em relação ao universo, o que acaba justificando as nossas frustrações (e as dos personagens) desse estrangeiro não ter vindo antes para resolver nossos problemas do passado. Com isso, não deixa de ficar claro que a relação do Bruce com Superman é a mesma de dos americanos que tomaram o oeste e viam os índios como aqueles que não poderiam pertencer ao pedaço de terra que (teoricamente) era deles, mesmo sendo ambos pertencentes da mesma terra. Aqui mora mais a dificuldade de ver o "inimigo" como um possível igual, o vendo como um antagonista acima ou abaixo daquilo que realmente defende, assim como a necessidade de colocá-lo naquilo que se acha que é seu lugar.<br />
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A cena nas docas entre Batman e Superman é o exemplo mais literal dentro do filme da influência do western. Apesar que esse confronto em especial é atípico ao gênero western, que surgiu do embate dessas duas figuras da lei que se antagonizam, porém se completam. Isso começa na cena onde Superman, sendo o "xerife do mundo" pede que Batman não emita seu (bat) sinal no céu e diz que ele deve parar de agir como um vigilante e se aposentar, antes de medidas mais duras serem postas. E para chamá-lo ao duelo, Batman emite o Bat-Sinal como um "Fuck You!" ao Homem de Aço e trazer a luta até ele. Ele chama ao duelo em frente a parte velha e abandonada da cidade, mostrando ainda parte desse conflito entre o velho e o novo mundo de um cowboy cansado, que decide que a melhor maneira de ir embora é em um duelo/funeral viking. Isso remete muito ao papel de Henry Fonda em 'My Name is Nobody', ambos procurando o duelo definitivo que os colocará no livros de História enquanto lidam com o fato de que o mundo deles mudou. Mas se Beauregard faz isso para escapar da morte de fato, Bruce o faz, a principio, para abraçá-la.<br />
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O que o filme acaba também fazendo é algo dito antes aqui que de certo modo tanto Batman quanto Superman são xerifes de perfis diferentes, pessoas que ambos, mesmo com seus erros e pecados passados, estão tentando fazer o melhor que podem em defender as pessoas e entram em conflito exatamente sobre como fazer isso. O que vem a mente é 'Warlock' (1959) com Henry Fonda e Anthony Quinn, que mostra 2 ex-bandidos agora encarregados como homens da lei pelo povo (já que novamente, os poderes oficias locais não podem fazer nada para conter a violência crescente), e dos conflitos que geram a partir do atrito de como lidar com uma gangue de criminosos local, seguindo a lei ou forçando os limites da mesma.<br />
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A ironia nisso tudo é que, se a grande luta do filme é construída em cima de suas raízes western, o final dela acaba por anarquizar completamente a formula. Normalmente o duelo é o climax, é aonde todos os acontecimentos da história se conectam e se ligam, e normalmente eles terminam com a morte a fim que o bem triunfe sobre o mal, sendo que há raros casos onde o duelo serve para tornar a morte um engodo sobre o ato em si. Mas em BvS, o momento é utilizado não apenas para desmitificar a imagem do outro, porém também para fazer reconhecer que o mocinho da história talvez fosse nunca isso de fato. O fato dele não matar o Superman ali o redime de uma jornada que ele nem tinha consciência que ele estava percorrendo. O criminoso perde, mas o herói só tem a ganhar a partir daí, e isso será discutido mais a frente em detalhes.<br />
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A vingança de Bruce faz paralelos com outros arquétipos clássicos do western, não só da perda da família/amigos, mas a necessidade de se impor justiça sobre eles, quando ninguém mais parece querer o mesmo. Em parte a jornada de Bruce Wayne no filme também se assemelha bastante ao personagem de John Wayne no clássico 'The Seachers', onde temos Ethan Edwards passando um período de tempo (que muitos teorizam que poderia ser meses ou anos) procurando sua sobrinha raptada. Ethan também era, de certo modo, um criminoso, mas defendia certos valores que estavam começando a ficar ultrapassados, no caso, em uma micro sociedade que aceita o "outro", um indígena, como um dos seus.<br />
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O rapto de sua sobrinha obriga Ethan a partir numa jornada para resgatá-la, vendo aí uma oportunidade de redenção para si mesmo. Mas a diferença entre Ethan e Bruce é que, para Ethan, não é reconhecido no final seu status como herói, mesmo se reconhecendo como tal, sendo oprimido e renegado (numa das maiores cenas clássicas do cinema, do qual você pode ver abaixo) de um mundo que vai seguir em frente sem ele. Fazer o que ele achava que devia fazer não iria deixar a voltar as coisas como eram antes. E com isso ele fica "preso" a vastidão de um mundo que não o quer incluso.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-_JAVVPlaItM/VzjYdR1T4AI/AAAAAAAAITo/pCXMDPMB2AEAjs6dZ9icXgAoL_Nqy16YgCLcB/s1600/Searchers-L-620x350.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-_JAVVPlaItM/VzjYdR1T4AI/AAAAAAAAITo/pCXMDPMB2AEAjs6dZ9icXgAoL_Nqy16YgCLcB/s400/Searchers-L-620x350.png" width="400" /></a></div>
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Zack Snyder faz um paralelo/homenagem a esta cena, mas procurando passar uma mensagem completamente diferente. Há duas vezes no filme onde ele evoca esse momento: na conversa entre Bruce e Alfred nas ruínas da mansão Wayne e quando Bruce vai embora do cemitério em Smallville. Em ambas as cenas elas começam com Bruce decorrendo sobre sua missão, uma sobre matar o Superman, que seria seu verdadeiro legado e outra, na prisão com Lex, quando ele confirma que a ameaça vista no "Knightmare" é bem real, mas ambas tratam sobre a mesma coisa: de trazer Bruce Wayne para a luz, e a luz nesse sentido é a inclusão dele nesse novo mundo que foi desencadeado com a primeira aparição publica do Superman.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-e3jDMPkuMNM/V3RaBcnk4PI/AAAAAAAAIbo/_qvmVWY0UVg5ggLkGHGoZsRu_fa1dKP-ACLcB/s1600/Batman-v-superman-ultimate-edition-026-1280x533-1-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://3.bp.blogspot.com/-e3jDMPkuMNM/V3RaBcnk4PI/AAAAAAAAIbo/_qvmVWY0UVg5ggLkGHGoZsRu_fa1dKP-ACLcB/s400/Batman-v-superman-ultimate-edition-026-1280x533-1-.jpg" width="400" /></a></div>
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Se na primeira cena a luz é invadida pela mansão graças as janelas e Bruce, até então indo contra ela, na segunda cena mostra Bruce sozinho, na vastidão dos mesmos milharais em que Clark foi criado, não mais enquadrado pelos limites de uma porta, mas atravessando o portão como, de fato, alguém que pertence a esse novo mundo e jurou defendê-lo. Essa é provavelmente a invocação dos temas do western mais fortes dentro do filme, que como comentado aqui, casa-se bem com o personagem em geral, seja no filme ou nos quadrinhos.<br />
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<b>Em nome de Martha</b><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-zUaZlprCtEQ/V3CHiapxZEI/AAAAAAAAIZ0/WM6KRHDycQUtoUneW93awZ2E2G_u81jeACLcB/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://4.bp.blogspot.com/-zUaZlprCtEQ/V3CHiapxZEI/AAAAAAAAIZ0/WM6KRHDycQUtoUneW93awZ2E2G_u81jeACLcB/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
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E emfim chegamos na parte mais (desnecessariamente) polêmica (para alguns) sobre o filme, porque de fato se demonstra como uma das grandes sacadas no mesmo: os nome das mães de Bruce Wayne e Clark Kent serem coincidência Martha. Era algo que esteve sempre presente mas que ninguém até então tinha utilizado diretamente dentro do plot de qualquer história, seja do Batman ou do Superman. E aqui ela é utilizada de forma que não só pudesse ser um dos grandes pilares da jornada do Batman no filme, mas também de como ela fecha um ciclo dentro da própria história do DCEU. Mas antes de explicar a importância disso, vamos começar do começo, onde vemos o assassinato dos Wayne, sendo Bruce, ainda criança, a unica testemunha de tudo isso. Seu pai tenta se impor contra o assaltante, e falha. Ao ver sua esposa também sendo morta, as ultimas palavras de Thomas foram o nome da esposa "Martha".<br />
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E Martha, neste momento, se torna o catalizador da dor de Bruce. É um movimento simples ao longo do filme, mas que mostra que o verdadeiro alicerce da família era de fato a mãe, onde todos a amavam e a respeitavam.A história aqui no caso não segue a velha tradição da DC Comics de os pais moldarem o que eles de fato se tornam o que crescem, mas sim abre espaço, para ambas Marthas, brilharem. Com seus principais pilares mortos, Bruce pira, e consequentemente vira o Batman para tentar melhorar dessa dor. Mas ele não melhora. Os anos se passam, e os pesadelos continuam fortes, e esse vira o principal motivador do Batman: a tentativa de suprimir seus medos, mas sem mais o senso forte de justiça que ele tinha antes.<br />
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E como bem apontado pelo <a href="http://screenrant.com/batman-v-superman-best-story-movie/">Screenrant,</a> esse fato se torna cíclico com o ocorrido em 'Man of Steel', uma história sobre dois pais e o que eles querem para o futuro de seu filho, e em 'Batman V Superman' mostra como suas relações com suas mães definem os homens em que eles se tornaram hoje. Como o site diz: "tendo passado a idade de seu pai quando ele morreu, Bruce não tem lições a aprender, nenhum legado para adotar ... ele é, literalmente, um homem sem qualquer pai (mesmo Alfred é enquadrado como mais de um parceiro, não um mentor desta vez). Mas a mãe de Bruce? Bem, a simples menção de seu nome o devolve à dor e perda que sentiu no momento de sua morte."<br />
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E com isso chegamos ao ponto que explica o porquê a reação de Bruce quando Clark citou o nome de sua mãe: um problema psicológico sério chamado 'Trauma Trigger', que é uma experiência que faz alguém lembrar de uma memória traumática de seu passado, embora o gatilho em si não precisa ser algo assustador ou traumático e pode ser indiretamente ou superficialmente algo que faça lembrar um incidente traumático antigo. Os Trauma Triggers estão relacionadas ao PTSD, uma condição na qual as pessoas muitas vezes não controlam a recorrência de sintomas emocionais ou físicos, ou da memória reprimida. Os gatilhos podem ser sutis e difícil prever, e às vezes podem agravar uma PTSD. Um Trauma Trigger pode também ser referido como um estímulo a um trauma ou um stress causado por esse trauma. (<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Trauma_trigger">Wikipedia</a>).<br />
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E é isso que exatamente que afeta Bruce/Batman naquela hora. Antes de fazer "Deus sangrar", ele conta as lições que a vida lhe ensinou, indo em direção oposta a criação e a antecipação que Jonathan (e Jor-El) tinham para Clark. Ele não tenta ver o humano detrás do Super Homem, e mesmo que ele percebesse a humanidade dele, isso acaba sendo eliminado de sua própria visão de mundo. Ele, basicamente diz naquele momento, que nada que você faça para se comprovar como herói, perante os olhos e julgamento de Bruce, vai lhe absolver do fato de que você não é bom. E então acontece o momento que Clark clama pela vida de sua mãe, e pede que salve Martha.<br />
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E com esse feito, ele se quebra. Mais importante que "Porque você disse esse nome?" é o que ele diz após, "O que isso significa?". E é aí em que o Trauma Trigger é ativado. E é aí também que a verdade do que ele tem sendo é jogado na cara. Ele não tem sido um herói. nem perto disso. tudo que ele tem feito é deixado um caminho de violência devido ao seu próprio medo e frustração. E a frustração se transforma em confusão, quando em seus últimos momentos de vida, o Inimigo falou a unica coisa que poderia desmitificar de seu papel de vilão. A chegada de Lois, e a afirmação de que aquilo não é um truque, e que Superman é realmente uma pessoa com mãe, mulher e uma vida que fazem as pessoas se importarem diretamente a ele, que o torna humano de fato.<br />
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Para muitos parece ter sido algo do nada, mas isso o impacta em vários níveis, devido a importância que a mãe dele tem de fato. Como explica o <a href="https://medium.com/@cherrynghh/the-controversial-martha-leitmotif-in-batman-v-superman-dawn-of-justice-58f02c5035c4#.j1xs8mn7h">Medium</a>: "Deixe-me colocar desta forma: se Bruce Wayne é Hamlet, Martha Wayne é o seu fantasma . Então Martha é importante. Martha é a razão de por que Bruce faz o que faz, Martha é o que ele está vingando, Martha é o eixo da existência de Bruce Wayne, Martha é seu propósito, Martha é (literalmente?) a mãe para a ideia do Batman. "Martha, Martha, Martha." Se alguma coisa pode acordá-lo a partir deste estado de confusão e angústia, seria sua mãe, seu fantasma: Martha Wayne (ou uma menção desse nome, como é mostrado)."<br />
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E com isso o óbvio se revela: ele não está sendo um herói de forma alguma. Ele tem alimentado a própria paranoia, o próprio senso de impotência contra algo que ele, a principio, não pode derrotar. Mas ele se esforça ao limite de matar Superman, nem que leve ele junto ao túmulo. E com isso, ele percebe que está sendo o vilão da história todo o tempo. Os planos e as manipulações de Lex acabam secundários perante a própria visão que ele vira o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Joe_Chill">Joe Chill</a> de alguém. Ele se torna alguém que vai tirar um filho de uma mãe, um namorado de uma mulher. Que está deixando alguém tão impotente e inseguro como um estranho na rua um dia o deixou.<br />
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E isso tem uma grande diferença do primeiro tópico sobre como o Batman lida com o ato de matar: durante o combate, é apenas uma resposta a ação do outro atirar primeiro, Superman é a unica pessoa que ele quer matar conscientemente pois acha que com a morte dele a sua jornada de vida terá significado alguma coisa, vendo ele como potencial vilão ao mundo. Mas ele percebe que no fim é tudo uma grande falha da parte dele, que o faz perceber o quão longe está daquilo que ele traçou para a sua vida. A ironia mostra que, na busca em dar um sentido em ser Batman naquela altura da vida, ele acabou se atrelando a algo que acabaria por lhe transformar em seu pior pesadelo.<br />
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Porém uma oportunidade surge ali, de Bruce Wayne não ser necessariamente um herói, mas se sentir um herói de novo, ao salvar a mãe do Superman. Há sim uma diferença entre ambas ali na situação, pois, diferente do que muitos pensam, não houve uma "dignificação mágica" da parte do Batman ao não matar o Superman. Ele reconheceu sim, que estava sendo manipulado e que estava pré julgando baseado não só em seus medos, mas do seu preconceito. Então seus atos nas docas, ao resgatar Martha Kent agindo da mesma maneira que até então agia, não eram só justificados por causa que o relógio estava correndo, porque ali era apenas o principio de sua mudança. A intenção dele era não deixar outra Martha morrer, outro filho ficar órfão por culpa dele (assim como ele carrega a culpa pela morte de seus pais).<br />
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Mas é nos pequenos detalhes que é mostrado porque Zack Snyder é um gênio, pois a cena do sequestro de Martha reflete os últimos momentos de vida de Jason Todd, o segundo Robin, do qual foi <a href="http://batman-news.com/2016/05/21/dead-robin-batman-v-superman-jason-todd/">confirmado</a> recentemente como o Robin morto pelo Coringa. Jason Todd busca desesperadamente salvar a vida de sua mãe, que está com a vida em risco e nas "mãos" de um contador de um relógio. Mesmo que não haja uma citação direta a Jason Todd dentro do filme, pra quem conhece a história original e sacou a jogada, a cena ganha ainda mais valores. A morte de Jason é mais uma das muitas culpas, e motivações nada saudáveis, que Bruce tem no filme, e se a morte dele for igual dos quadrinhos (mesmo depois de espancado pelo Coringa, ainda tenta salvar a sua mãe de uma explosão mortal) o fato dele salvar Martha não só gera a redenção em relação ao Superman e ao jeito como tratou, mas reencontra forças de finalmente fechar o ciclo fazendo aquilo que ele não pode fazer por Jason, e assim, diminuir um pouco da sua culpa nesse sentido.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-zgU_qqt2bD8/V1SqsxAvhHI/AAAAAAAAIXQ/bfrsiFWjPicKb7bvvU8kKqjbmBbuJUEiwCLcB/s1600/2343533-tumblr_lkvy2m70Sp1qgqek2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://1.bp.blogspot.com/-zgU_qqt2bD8/V1SqsxAvhHI/AAAAAAAAIXQ/bfrsiFWjPicKb7bvvU8kKqjbmBbuJUEiwCLcB/s400/2343533-tumblr_lkvy2m70Sp1qgqek2.jpg" width="400" /></a></div>
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Parte de mim acha que, como Clark Kent sabe a identidade do Batman, e tendo investigado sobre ele, se aproveitou da oportunidade para afetar exatamente aonde bate mais forte em Bruce, que é no psicológico. E mesmo que a principio ele não saiba que ambas suas mães tem o mesmo nome, o filme construiu corretamente a chegada até esse momento. Você tem todo o direito de discordar ou concordar comigo sobre esta questão e tudo o mais, mas é inegável o fato de que ela funciona. E no final o que acaba sendo mais importante? Essa questão é levantada por Josh Rosenfeld em '<a href="http://www.audienceseverywhere.net/mean-film-make-sense/">Battle of the Senses</a>': em certos filmes, especialmente blockbusters, na busca de se entender como A se conecta com B, acaba de se esquecer de dar emoção no momento. Josh não necessariamente gostou do filme, mas assume que a cena da Martha funciona porque tem uma emoção real em seu núcleo.<br />
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Aquilo é importante pro personagem e pra jornada que ele segue ao longo do filme, e de como isso afeta todos os outros personagens. Como Josh mesmo descreve, a cena tem uma "emoção crua" e um "poder nu" que a faz funcionar, e é isso que ao se ver um filme você procura sentir, de qualquer modo que seja, de fazer você se fato se conectar além do senso de lógica. Eu acho que a cena funciona tanto em um nível lógico e, mais importante, emocional, já Josh Rosenfeld acha que só funciona em nível emocional, mas independente disso e da reclamações e chacotas dos outros, o fato:<b> a cena funciona</b>, e isso ninguém vai poder tirá-la dela.<br />
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<b>"A Dream to Some, A Nightmare to Others"</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-EGjQ_oSOni4/V29ixjd1yHI/AAAAAAAAIZk/fVP3CYK8D6cuyrXMjlwktmOxL_FFd2p7QCLcB/s1600/excalibur-1981-001-poster_0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-EGjQ_oSOni4/V29ixjd1yHI/AAAAAAAAIZk/fVP3CYK8D6cuyrXMjlwktmOxL_FFd2p7QCLcB/s400/excalibur-1981-001-poster_0.jpg" width="255" /></a></div>
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Quando Bruce Wayne vai aos cinema junto com seus pais, o filme em que eles viram era o clássico 'The Mark of Zorro', mas outro filme estava prestes a estrear 'Excalibur'. Sua presença quase escondida no filme não o faz perceber a enorme significância que ele representa a 'Batman v Superman' e como muitos de seus elementos foram usados de inspiração para o filme. O filme de 1981 dirigido por John Boorman (diretor de clássicos como Zardoz e Deliverence, além de The Tailor of Panama) e foi um dos primeiros exemplos de clássicos do estilo "Sword and Sorcery" dos anos 80, junto com Willow, Ladyhawk, Legend e Beastmaster. O filme mostra uma versão mais estilizada e crua da lenda do Rei Arthur (Nigel Terry), que mostra um Arthur que busca entendeu seu papel de rei assim como as ações tomadas as pessoas ao seu redor, para no fim reconhecer que o Graal sempre esteve presente nele, pois ele como Rei, é a terra que comanda, e se seu rei cai, que caia para que sua terra possa viver. Se lembrou de algo? Certamente.<br />
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É interessante comentar a principio os papéis de Merlyn (Nicol Wiliamson) e Morgana LeFay (Hellen Mirren) e como eles se refletem aos papéis de Alfred e Lex Luthor, respectivamente. Mesmo Merlyn agindo de maneira que deixe a entender que ele é o protagonista, ele acaba sendo o guia e mentor tanto de Merlyn quanto da Távola Redonda, enquanto Morgana, irmã de Arthur, se reencontra com seu irmão depois de anos afim de ruir seu reino internamente. Merlyn retira Arthur dos braços de seus pais, destinados a morrer, e os deixa aos cuidados de um novo pai, que o cria com amor e carinho mesmo sem saber o futuro grandioso lhe o aguarda, o que de fato lembra muito a origem clássica do Superman.<br />
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Morgana, por outro lado, quer ter acesso a todo conhecimento de Merlyn, afim de manter-se eterna e destruir o reino de seu irmão Arthur, que o culpa por ter matado seu pai originalmente.Morgana, assim como Lex, é uma criatura movida por ódio e egoismo, que prefere ver o mundo ruir a dar razão ao próximo. As ações que levaram Arthur e Morgana a ficarem órfãos são culpa totalmente de seu pai Uther Pendragon (Gary Sinise), e sobre ele e Morgana caem o ódio de não fazer nada para reparar o passado, a não ser colocar suas frustrações em alguém no presente. Tanto Superman quanto Arthur representam algo que vai contra as crenças pessoas de Lex e Morgana, e que de certa maneira desafiam o papel deles no mundo, e por isso mesmo eles devem ser combatidos e exterminados.<br />
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A mitologia de 'Batman v Superman' também lida com o conceito de cilos de ódio, como foi dito acima, e a constante busca por poder e imortalidade. Mas o que é a imortalidade, e o que o poder pode lhe trazer a você de bom e de ruim? Arthur conseguiu limpar a terra de toda a maldade, mas o reino de paz não durou o suficiente graças as ações de Morgana, que forçaram o Rei a desmantelar a sua Távola Redonda e abandonarem seu postos, fazendo o mal se espalhar. e pior, colocando a culpa nos bons. Como Lancelote (Nicholas Clay), já distante da Távola diz em um momento perto do fim "Eles o fizeram Deus, e Deus nos abandonou!" que acaba se encaixando que nem uma luva sobre a percepção e expectativas da população em geral com o Superman em BvS.<br />
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Mas também há um terceiro personagem do qual Batman e Superman "circulam" tematicamente, e este é Sir Percival: servo de Lancelote por vontade, que acaba virando um dos Cavaleiros da Távola ao decidir combater Gawain (Liam Nesson) na ausência de seu senhor. Percival (e Lancelote) tem sonhos sobre o que se tratam sua missão (artificio esse usado para explicar as origens do Batman e o 'Knightmare', como explicado anteriormente aqui), mas Percival (Paul Geoffrey) é o cavaleiro que, assim como o Superman, passa por um calvário, é testado ao seu limite, e mesmo assim ainda não perde a esperança, mesmo prestes a morrer. E é na experiência de quase morte que há a iluminação de sua missão, tanto no Graal que ele busca quanto na missão de Arthur.<br />
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E o que seria o Santo Graal? E é aí que Arthur começa a se aproximar mais do Batman do que do Superman. No filme, o graal seria o responsável por trazer a terra de volta a prosperidade e a riqueza que foram tirados quando Guenevere (Cherie Lunghi) e Lancelote traíram Arthur. Os Cavaleiros estavam condenados a morrer sem achar o Graal, porque aqui, ele é algo mais simbólico do que físico, como nos delírios de Arthur deixa a entender. E ao entender isso, Percival dá aquilo que seu rei moribundo precisa: motivação. Digo isso pois interpretei o achado de Percival como algo mais lírico do que literal, já que um outro cálice foi oferecido a ele e por ação do destino lhe foi negado.<br />
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E com isso, o Santo Graal do Batman é exatamente trazer a paz ao seu "reino" que é Gotham City. É uma luta que ele batalha ferozmente a 20 anos, e assim como a busca pelo Graal, lhe faz parecer que os resultados não deram em nada. Temos novamente, assim como Arthur, um herói que "ele e a sua terra são um só", então se ele está desesperançoso, a sua terra natal vai sofrer os impactos e consequências do mesmo. O Graal de Batman na verdade mora no próximo, em especifico no "monstro" que ele tenta derrotar a principio, que é o Superman.<br />
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'Excalibur' tem seu monstro mitológico que é o Dragão. Mas o Dragão ali é mais mitologia do que fato de fato: nunca vemos o Dragão de fato, só seus efeitos, especificamente a nevoa mágica que Merlyn invoca para que Pendragon chegue ao castelo de Igraine (Katherine Boorman) no começo do filme. Mas ao longo do filme se confirma que o Dragão representa o desconhecido e do poder que ele não só traz mas que pode lhe afrontar. A jornada de Arthur a principio é domar o Dragão e obter seu poder, seu controle sobre a terra "selvagem", e obtendo esse controle sobre o Dragão, ele pode fazer que seu reino de fato fique em paz.<br />
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A jornada de Superman mora em domar esse dragão em frente ao mundo onde dito que "todo ato é um ato politico", onde fazer o bem tem que servir aos interesses de alguém. Não se pode domar o Dragão sendo totalmente bondoso e procurando fazer o bem, esse é o ponto de Luthor. Enquanto isso, o ponto de Batman é que destruir o Dragão é a melhor opção, para que ele a frente, mesmo com as melhores das intenções, não acabe com tudo e todos. Não há por parte de Luthor e Batman tentar entender o Dragão para compreender melhor seu sentido e significado, a principio.<br />
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Luthor, em sua comparação com Morgana LeFay, encarou os olhos do Dragão e possui a sua tecnologia, podendo assim possuir todo o poder necessário para destruir Arthur de vez, assim como o acesso a Nave/Fortaleza da Solidão deu a Luthor o poder de criar Doomsday. Doomsday é o "filho" de Luthor, por ser sangue do seu sangue, assim como Mordred (Robert Addie) é filho (de fato) de Morgana com Arthur, criado para destruir ele e tomar seu reino, desvirtuando a principio o que ele construiu.E assim nenhuma arma criada pelo homem pode destruir Mordred, nenhuma arma humana pode destruir Doomsday, que nos leva a conexão mais óbvia dentro do filme que a Excalibur neste filme é a Lança de Kryptonita em BvS.<br />
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A Excalubur, no filme de 1981 e na mitologia, a torna rei quem a empunhar. É uma espada construída a muito tempo e que tem poderes mágicos para aqueles que a empunham por direito. A espada dá um senso de heroísmo, e justifica as ações de quem a empunha como tal. Além disso, seus poderes se revelam quando ela emite uma intensa luz verde, que dentro de 'Excalibur' pode ganhar contornos mais alegóricos, porém claros, das ações de quem a empunha. A Lança de Kryptonita, e o poder que ela traz, é tomada pelo Batman para justificar sua ação de que o Superman é o inimigo a ser detido e morto, e ela tem conotações mais <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/05/homens-ainda-sao-bons-jornada-do-homem.html">alegóricas</a> se comparada com outras lanças mitológicas.<br />
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Mas o ato final, durante o diálogo sobre Martha, reflete outro momento importante de Excalibur: de quando Arthur, ainda plebeu, dá a Excalibur a seu primeiro inimigo, Sir Uryens (Keith Buckley), em sinal de confiança de que de ele de fato vai torná-lo um cavaleiro, e não matá-lo como plebeu. Uryens e Batman tem o mesmo conflito de as possíveis ultimas ações daqueles que eles consideram seus antagonistas mostram que eles são exatamente o contrário que eles defendem, e então a Lança e a Espada, que eram instrumentos de afirmação sobre si, se tornam instrumentos de correção de seus atos, de fato, errados. Ele não serve mais como um instrumento de julgamento, mas de redenção.<br />
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Mas é na luta contra Doomsday que os paralelos entre 'Batman v Superman' e 'Excalibur' gritam. Doomsday, filho nascido do ódio de Lex Luthor com o remanescente ódio de Zod, sai causando caos e destruição, e nenhuma arma humana, seja uma espada ou bomba atômica pode pará-lo, somente a Lança de Kryptonita. Mulher Maravilha era a unica na linha de defesa, e Batman não podia fazer muito. Claro, sempre haverá um ou outro que pergunta "porque a Mulher Maravilha não usou a lança" mas exatamente no filme (e na comparação com Excalibur) que mora a sua resposta: Superman e Arthur, diante de sua batalha final, sabem que não vão sair vivos. Sabem que ninguém mais pode sofrer pelos pecados (literais) deles.<br />
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Dar a lança a Mulher Maravilha para matar Doomsday vai pará-lo, mas não vai salvar o dia resolvendo a principal questão (e de fato, o principal vilão) do filme, que como explicado amplamente em meu primeiro <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/05/homens-ainda-sao-bons-jornada-do-homem.html">editorial</a>, que é a pergunta sobre o quão confiável é o Superman para ser nosso salvador se tudo e todos em nossa sociedade questionam se de fato alguém tão poderoso pode agir para nosso bem? Ao dar poder ilimitado a um camponês, ele está certo em comandar, por melhor que ele queira fazer a nós? Mas se Arthur e a terra são como um, Lois Lane não é para Superman apenas a sua amada, é a sua Dama do Lago, Filha da Terra, que dá ao Superman o maior poder de todos, desde o '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>': esperança. Por isso, para Lois, ela é "seu mundo", e por ele vale a pena morrer, pois o mundo vai seguir sem ele, mas não se esquecendo dos atos que fez.<br />
<br />
Arthur e Superman tem plena consciência de que suas ações vão ecoar na sua morte, e o que ela faz é ser significativa para mudar de fato a terra em que vivem. Inglaterra sempre haverá um rei, e o Universo DC sempre haverá heróis, mas as o ato de sacrifico ali funciona de maneiras opostas. A morte de Mordred e Doomsday e o sequente sacrifico de Arthur e Superman limpa os pecados da Terra, mas se no primeiro se encerra um ciclo, o segundo abre a porta para uma nova era começar. Eles tem plena consciência de seus papéis no mundo, e não hesitam em se sacrificar ao perceber o bem que sua grandiosa sua vida e consequente épica despedida, para limpar os erros do passado e tornar o mundo deles de fato algo melhor. Mas se a Era dos Cavaleiros da Távola Redonda se acaba com a morte de Arthur, a Era dos Super Heróis começa com o sacrifico do Superman.<br />
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E é engraçado que como o grande crítico de cinema <a href="http://www.rogerebert.com/reviews/excalibur-1981">Roger Ebert</a> define Excalibur, e como muito de sua critica acaba caindo na mesma classificação que pode também muito bem definir 'Batman V Superman': "Excalibur é uma visão revisionista de pessoas e tempos do qual Arthur pertencia [...] é um registro das idas e vindas de arbitrárias, inconsistentes e sombrias figuras que não são heróis mas simplesmente gigantes andando conosco."<br />
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E por hoje é só, pessoal!!! Esperem ver mais editorias sobre Batman v Superman, e outros filmes do DCEU no futuro! Leia meus reviews de 'Batman v Superman' do <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">Theatrical Cut</a> e do <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/06/review-batman-v-superman-dawn-of.html">Ultimate Edition</a>, além do primeiro editorial focado no Superman <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/05/homens-ainda-sao-bons-jornada-do-homem.html">aqui</a>.
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-29068294973587571362016-06-29T15:39:00.000-07:002016-06-29T15:39:45.090-07:00Review: 'Batman v Superman: Dawn of Justice' - Ultimate Edition<div align="justify">
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-pvzH-JSf9AE/V3RA_tAdGII/AAAAAAAAIaQ/h0J1BxNnhEg9vFSzhf6JMo1Smm6u7p47gCLcB/s1600/batman-v-superman-ultimate-cut-03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-pvzH-JSf9AE/V3RA_tAdGII/AAAAAAAAIaQ/h0J1BxNnhEg9vFSzhf6JMo1Smm6u7p47gCLcB/s400/batman-v-superman-ultimate-cut-03.jpg" width="400" /></a></div>
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Depois de alguns poucos meses e muita, mas muita discussão envolvida sobre, a versão estendida e original de 'Batman v Superman: Dawn of Justice' chegou (nas vendas digitais, o blu ray físico sai em Julho) e com muitas expectativas sobre como ele se sai, devido a forte incompreensão (e as vezes até má fé) as ideias do filme e do jeito que ele foi feito. Com a suspeita, e consequente <a href="http://batman-news.com/2016/06/28/batman-v-superman-3-hours-warner-bros-no/">afirmação</a> que a Warner tinha vetado anteriormente a versão de 3 horas do filme pros cinemas, o que o filme muda em sua trama e o que muda também na percepção do publico? Continua abaixo, com <b><span style="color: red;">SPOILERS</span></b>.</div>
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A primeira grande mudança do filme acontece na cena na Africa, onde de fato somos introduzidos a Jimmy Olsen, fotografo e Agente da CIA (ainda quero um spin off disso), e vemos que o exército americano tem uma participação bem maior nas ações ocorridas naquele dia, com eles querendo explodir o local com drones quando o disfarce é revelado enquanto um pequeno grupo de elite, a contragosto de seus comandantes, decide fazer uma intervenção no local. Superman destrói os drones, salva Lois, mas até isso acontecer, já é tarde. KGBeast (Callan Mulvey) e seu comparsas já haviam matados todos e queimado os seus corpos para por a culpa no Superman. Quando o exército americano chega ao local, só há mortos e choro.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-S-4rKEn317I/V3RIouvuEzI/AAAAAAAAIa8/4DwhMrbuc8MxMfSN7iq_m1vVsWbtip7oQCLcB/s1600/batman-v-superman-ultimate-edition-may-have-revealed-jimmy-olsen-is-alive-jimmy-olsen-i-1038546.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://3.bp.blogspot.com/-S-4rKEn317I/V3RIouvuEzI/AAAAAAAAIa8/4DwhMrbuc8MxMfSN7iq_m1vVsWbtip7oQCLcB/s400/batman-v-superman-ultimate-edition-may-have-revealed-jimmy-olsen-is-alive-jimmy-olsen-i-1038546.jpg" width="400" /></a></div>
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O que define o 'Ultimate Edition' no geral é tornar explicito o que era antes implícito. Se antes você fazia as informações serem processadas, agora elas estão bem a mostra na sua frente. Como vocês podem ver, não há brutais diferenças diferenças narrativas, mas te tira o trabalho de interpretar o que aconteceu. A cena continua sendo sobre uso do poder, continua colocando Superman como culpado, no ponto de vista de alguns, do atentado (mesmo que, novamente, fica bem claro que a culpa é de outros), só expõe mais sobre o que se trata ao invés de confiar a sua audiência sobre o que se trata. O que dá poder ao Superman, ou qualquer outro, de interferir na vida alheia? A diferença central entre o Theatrical Cut e o Ultimate Edition é essa, o quanto você expõe e o quanto você confia que o publico vai interpretar sobre, e se ele vai se dar ao trabalho disso.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-NhyX56ds1NM/V3RHHlkPlmI/AAAAAAAAIao/-kXDH61fY8oQeo9lDv3g6FPN_I_463Q8QCLcB/s1600/batman-v-superman-deleted-scenes-image-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="163" src="https://4.bp.blogspot.com/-NhyX56ds1NM/V3RHHlkPlmI/AAAAAAAAIao/-kXDH61fY8oQeo9lDv3g6FPN_I_463Q8QCLcB/s400/batman-v-superman-deleted-scenes-image-3.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas em certos pontos, essa explicação exacerbada pode acabar tirando a força de certos momentos antes poderosos no Theatrical Cut. Por exemplo, o fato de haver chumbo na cadeira de rodas de Wallace Keefe, por exemplo, foi uma boa adição pra narrativa contada no Ultimate Edition. Mas isso tira muito da força do momento que ela explode o Capitólio, porque muda o sentido e o contexto da situação. No fato de que o Superman não ter enxergado a bomba no Theatrical Cut é porque ele exatamente não estava contando que tinha uma bomba ali, o que demonstra a confiança que ele depositava que o julgamento seria o momento que daria oportunidade a ele de virar a mesa pra situação que ele foi colocado. Era a oportunidade que ele finalmente decidiu encarar de frente para ganhar, e isso é tirado dele quando a bomba explodiu.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-jgwRNheqqoY/V3RIoo-cmFI/AAAAAAAAIa4/MOco4QerIQ4mAJflxLgJ9L-HGi_RUQ02gCLcB/s1600/Batman-v-superman-ultimate-edition-016-1280x533-1-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://4.bp.blogspot.com/-jgwRNheqqoY/V3RIoo-cmFI/AAAAAAAAIa4/MOco4QerIQ4mAJflxLgJ9L-HGi_RUQ02gCLcB/s400/Batman-v-superman-ultimate-edition-016-1280x533-1-.jpg" width="400" /></a></div>
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A presença de chumbo ali é mais uma adição, que justifica essa ação de não ter como impedir a explosão, mas tira exatamente a força de o que pra mim a cena era originalmente, o "shock value" que a torna mais pesada na versão do cinema, mas suavizada nesta nova versão. Ver Superman num cemitério em chamas que virou o Senado, completamente "castrado" de sua posição como salvador, já demonstra ali que a confiança em relação a ele e dele consigo estava, antes bem abalada, acabou por ser completamente destruída. Mesmo a cena seguinte, com ele ajudando os bombeiros e médicos a retirar os sobreviventes do Capitólio, continue a mostrar esse mesmo fator, perde o impacto emocional que a cena anterior trazia por si só.</div>
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Outro grande exemplo disso é o fato dos criminosos com a Marca do Morcego serem mortos de propósito a mando de Lex Luthor. Isso suaviza a brutalidade do herói, e especialmente tirar o fato bastante importante de o herói ser reflexo da cidade. O ponto de Lex Luthor interferir em tudo e planejar a longo prazo é uma coisa que nos vemos bastante acontecer nos quadrinhos, mas tira a questão da escalada que é própria do Batman do Frank Miller e diminui exatamente o ponto sociológico forte da situação, de que as coisas em Gotham ficarem tão violentas que os próprios bandidos acabam dando suporte pro Batman ser mais violento.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-z7pyspSIYuE/V3RIook-byI/AAAAAAAAIbA/ELuPYF1QMxExDvXS5dvubAko6m3-EeoOwCLcB/s1600/Batman-V-Superman-Trailer-Newspaper.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-z7pyspSIYuE/V3RIook-byI/AAAAAAAAIbA/ELuPYF1QMxExDvXS5dvubAko6m3-EeoOwCLcB/s400/Batman-V-Superman-Trailer-Newspaper.jpg" width="400" /></a></div>
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Tirar a culpabilidade das mortes pela Marca do Morcego é, novamente, não só diminuir a construção do personagem, mas fazer isso ao favor de expor um plot point. Mas em contraponto a isso, o R-rated permitiu muito mais sangue nas cenas, especialmente no atendado na Africa e na cena de ação do Batman do armazém, o que torna a melhor sequencia de luta feita com o personagem em live action ainda mais gloriosa. Por mais que vai com certeza chocar a muitos, ver o Batman literalmente explodindo a cabeça de um cara com um caixote foi muito legal de ver, e só comprova que para muitos (inclusive aquele que vos escreve) Zack Snyder trouxe o Batman que os fãs sempre sonharam em ver na tela.<br />
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Uma ótima cena do Ultimate Edition que deveria ter entrado no Theatrical Cut é de Clark Kent visitando a Delegacia de Policia em Gotham, após a ultima "vitima" da Marca do Batman ser assassinada. Volto a repetir que tempo de tela não serve para julgar nível de importância, porque você pode ter um personagem hiper exposto desde o começo ou ter um personagem que aparece em só uma cena e muda o curso de tudo. Digo isso pois há reclamações do Superman não ter aparecido tanto e não ter agindo tanto em tela como repórter, mesmo de forma implícita deixando bem claro que ele fez uma investigação sobre o personagem. Mas gosto bastante dessa cena pois mostra exatamente aquilo que eu falei antes, de a própria estrutura da cidade alimentar o comportamento do Batman, enquanto é constantemente jogado na cara que ele não vai resolver a situação do Batman com palavras, mas sim com o punho. É um momento muito legal que ia acrescentar de forma positiva o Theatrical Cut, mesmo que essa mesma ideia tenha sido mostrada no filme todo o tempo.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-yAT9YYc4vLc/V3RK4j0gwUI/AAAAAAAAIbM/fEM-80oK-7IQ0XN7lV1fs01cDIp1lOwMgCLcB/s1600/Batman-V-Superman-Ultimate-Santos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-yAT9YYc4vLc/V3RK4j0gwUI/AAAAAAAAIbM/fEM-80oK-7IQ0XN7lV1fs01cDIp1lOwMgCLcB/s400/Batman-V-Superman-Ultimate-Santos.jpg" width="400" /></a></div>
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Um outro exemplo de adição legal é o fato de mostrarem a policia de Gotham socorrendo Martha Kent, e a clara alegria da parte dela de ser salva pelo Batman, emoção bem diferente da primeira vez que vemos o Batman salvar alguém no filme, com as jovens estrangeiras sequestradas completamente em pânico. A sequência dos enterros de Clark Kent também melhoram bastante, trazendo mais personagens ao seu funeral e cada um deles lidando de maneiras diferentes a despedido do amigo e/ou herói. A presença do Padre Leone (Coburn Goss) não só amarra com um dos acontecimentos de '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>', mas também prepara o terreno não só do twist do fim do filme mas também para aquilo que deve acontecer em 'Justice League'.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-_R9Ljq_EJsE/V3RL8DHL-pI/AAAAAAAAIbY/NReV4fdsmh0N_Z3Yn5IOwTIy8uXZqIEHQCLcB/s1600/Batman-V-Superman-Ultimate-Funeral-Perry.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://3.bp.blogspot.com/-_R9Ljq_EJsE/V3RL8DHL-pI/AAAAAAAAIbY/NReV4fdsmh0N_Z3Yn5IOwTIy8uXZqIEHQCLcB/s400/Batman-V-Superman-Ultimate-Funeral-Perry.jpg" width="400" /></a></div>
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Ainda dentro das partes positivas, vale citar o crescente papel de Anatoli Kniazev/KGBeast, personagem do qual os fãs do Batman tem profundo carinho, sendo muito bom em ser o cara mal e tendo mais coisa a fazer no filme. A surpresa fica com o tão comentado papel de Jena Malone no filme, fazendo Janet Klyburn, personagem do canon da DC Comics, mas até então sem conexões com o STAR Labs que nem os quadrinhos. A cena entre o Batman e lex Luthor no fim do filme fica ainda mais sensacional ao ver a reação de Lex ao saber que ele vai pro Asilo Arkham, e foi um bom toque do personagem forçar o encontro de Bruce e Clark no evento beneficente em sua casa. A cena que introduz o vilão oficial de 'Justice League', Steppenwolf, não fica tão dispersa dentro do filme como eu imaginava.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-PX93x2NJQRk/V3RHGc8QHmI/AAAAAAAAIag/IVOgWh7QoXg6aHPyy_fiolchFp6qhDXwACLcB/s1600/batman-v-superman-steppenwolf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://4.bp.blogspot.com/-PX93x2NJQRk/V3RHGc8QHmI/AAAAAAAAIag/IVOgWh7QoXg6aHPyy_fiolchFp6qhDXwACLcB/s400/batman-v-superman-steppenwolf.jpg" width="400" /></a></div>
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Ver mais de Lois Lane do Clark Kent em ação também foi bom, mas como dito aqui antes, neste caso ampliam mais coisas do que as acrescentam de fato. Algo conectado a isso que me desagradou, mas que também não muda muita coisa dentro do filme, é o fato de Karina Zihi (Wunmi Mosaku), a testemunha do atentado na Africa, ser na verdade uma atriz contratada pelo Lex Luthor, que novamente, retira muito da força da primeira cena do Capitólio e, novamente, suaviza a motivação de haver um antagonismo em relação ao Superman a principio, retirando um pouco da posição de real vilão do filme, que é a reação das pessoas em relação ao Superman. Clark Kent ir a trás dela, a principio, não dá em nada, mas mostra uma introdução do Batman ao personagem de maneira muito mais legal do que a mostrada no Theatrical Cut.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-wL2xTfV3iDs/V3RHG05rPxI/AAAAAAAAIak/nF-E5sTaxHwHgHRVJLj2aEP2wXuriScTwCLcB/s1600/batman-v-superman-ultimate-edition-image-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="https://3.bp.blogspot.com/-wL2xTfV3iDs/V3RHG05rPxI/AAAAAAAAIak/nF-E5sTaxHwHgHRVJLj2aEP2wXuriScTwCLcB/s400/batman-v-superman-ultimate-edition-image-4.jpg" width="400" /></a></div>
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No geral, não há mudanças absurdas no filme, apesar que muito do filme é acrescentado e expandido. Há coisas que de fato melhoraram, coisas que antes eram implícitas e se tornam explicitas e coisas que perderam a sua força em relação ao Theatrical Cut por ser diminuído a sua crueza. O filme toma uma abordagem mais tradicional em sua narrativa, o que deve agradar a muitos que não entenderam o esquema dominó que foi feito o corte original (de as informações apresentadas construírem um crescendo narrativo) ou tiveram preguiça de interpretar tal coisas, em parte por filme do tipo não pedirem necessariamente isso, me parte por falta do hábito mesmo.<br />
<br />
Como já falei aqui antes, 'Batman v Superman' nunca foi um filme ruim, muito pelo contrário, mas por muitos mal compreendido em sua grandeza. Acho que o Theatrical Cut te faz pensar mais como filme, porém entendo que o Ultimate Cut deixa tudo de mais fácil absorção e tende com isso as pessoas enxergarem o que sempre esteve presente ali. E se isso fazer as pessoas gostarem do filme, então no fim todos ganham, independente da versão, porque comprova mais do que nunca que 'Batman v Superman' não é somente a adaptação de quadrinhos, mas o blockbuster a ser dificilmente batido em 2016.<br />
<b><br /></b>
<b>NOTA: 9.0 </b><br />
<b><br /></b>
Você pode ler meu review da versão de cinema <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">aqui</a>, e meu editorial focado sobre o Superman no filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/05/homens-ainda-sao-bons-jornada-do-homem.html">aqui</a> (o mesmo sobre o Batman irá sair em, breve). Até a próxima.</div>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-4443624587285736362016-06-21T04:00:00.000-07:002016-06-21T04:00:31.863-07:00Revirando o Baú: Superman Returns (2006)<div align="justify">
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-9POEoOl2ERs/V2isr5ONCDI/AAAAAAAAIYU/u6WrDn3Wxc47Nl8AYb3Bp3wZg5PXJrELwCKgB/s1600/SpmRetPos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-9POEoOl2ERs/V2isr5ONCDI/AAAAAAAAIYU/u6WrDn3Wxc47Nl8AYb3Bp3wZg5PXJrELwCKgB/s400/SpmRetPos.jpg" width="270" /></a></div>
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Havia um tempo, a muitas eras atrás, especificadamente após 1987, que os filmes estrelados pelo Superman por mais que tentassem voar das paginas de projeto para um longa metragem de fato nunca dava certo. Sempre havia algo que nunca fazia os projetos irem para frente: Houve a tentativa de colocar Superman na cidade engarrafada de Kandor em 'Superman V' aka 'Superman Reborn', o filme nunca feito por Tim Burton, o radical e lendário 'Superman Lives, e a versão proposta por McG com seu 'Superman: Flyby'. Todos estavam travados na verdade, em um mesmo problema: como seguir em frente, fazendo algo novo, se tudo que é dito e falado sobre Superman aponta para uma unica direção, que são os filmes do Christopher Reeve?</div>
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Bryan Singer, depois de ter revolucionado o gênero depois de seus dois filme da franquia '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2014/05/analisando-os-x-men-de-bryan-singer.html">X-men</a>', chegou querendo assumir o filme do Superman com a unica proposta que ainda não tinha sido feita: em não mexer no time que está ganhando. A proposta do Superman dele era de exatamente utilizar os dois primeiros filmes de Richard Donner (e Richard Lester) como peça central para a construção do seu de fato retorno, afim de que lentamente colocasse outros elementos dos quadrinhos por essa ótica nas sequências. Mas como Singer percebeu ao sair o filme, havia uma questão de que eles, e muitos, não haviam percebido. E na celebração de 10 anos de 'Superman Returns', vamos relembrar o filme, mostrar o porque de sua importância e o que sempre trazermos ele a mesa nos faz lembrar. Continua abaixo.</div>
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'Superman Returns' serve de retcon do 'Superman 3' e 'The Quest For Peace', então ele serve para a cronologia como oficialmente o novo 'Superman 3'. Após Superman derrotar General Zod e botar novamente Lex Luthor na cadeia, astrônomos acharam vestígios do antigo planeta Krypton, que poderia indicar que sua população não estava completamente perdida. Tomando a difícil decisão de deixar a Terra para conferir a veracidade dos fatos, Superman parte em uma viagem que o que fez, nas palavras do próprio herói, um cemitério. Não havia nada para que voltar.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-mnfMn_MYkw4/V2iss796jsI/AAAAAAAAIYc/S1cE8jC5BgMDQj2ZHRdv0eK-2WpoJqf_ACKgB/s1600/mounted-newspaper.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-mnfMn_MYkw4/V2iss796jsI/AAAAAAAAIYc/S1cE8jC5BgMDQj2ZHRdv0eK-2WpoJqf_ACKgB/s400/mounted-newspaper.jpg" width="266" /></a></div>
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E essa viagem toda durou 5 longos anos, em que o mundo mudou e seguiu em frente sem a necessidade de um Superman. Luthor saiu da prisão e graças aos seus trambiques conseguiu uma fortuna, Lois Lane tem um filho e casou-se com Richard White, colega de trabalho e sobrinho de Perry White, e Clark Kent tem que encarar todas essas mudanças quando finalmente volta a Terra, enquanto todos tem que encarar o choque de novamente ter um Superman entre nós. Mas o que não se sabia é que Luthor ainda se lembra da Fortaleza da Solidão, e munido dos cristais de lá embutidos, tem planos bem específicos do que fazer com eles e tirar sua porcentagem de lucro, mesmo que custe a vida de bilhões...</div>
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Bryan Singer fez um filme consideravelmente dark em relação ao resto da franquia até então, mas que respeitava e transpôs nas telas com sucesso o tom e os principais elementos que tornaram o primeiro filme do Superman um clássico não só do cinema mas do gênero em si. Trouxe com cuidado e sutileza certos elementos dos quadrinhos para a linguagem dos filmes do Reeve, assim como tornou contemporâneo algumas coisas necessárias dos filmes clássicos, mas mantendo suas raízes e worldbuilding intactas no processo. O que ele fez junto com os roteiristas de X-Men 2 Dan Harris e Michael Dougherty, de fato, o Superman do Christopher Reeve feito em 2006. Alem disso, e valido destacar o maravilhoso trabalho de design e a decupagem do filme, que trazem um cuidado de fazer frames icônicos que não se vê muito hoje em dia seja nos filmes, seja em geral ou de gênero.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Jl4kaRB_7m0/V2isbpBC-WI/AAAAAAAAIY0/N8ZqqQruuNglupiQWN1TMIiCjn4d9e7KACKgB/s1600/dougherty-harris3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-Jl4kaRB_7m0/V2isbpBC-WI/AAAAAAAAIY0/N8ZqqQruuNglupiQWN1TMIiCjn4d9e7KACKgB/s400/dougherty-harris3.jpg" width="400" /></a></div>
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Brandon Routh teve o imenso desafio de reinterpretar Christopher Reeve em seu papel mais icônico, e mesmo das suas limitações como ator na época, conseguiu trazer não só o Superman do Reeve as telas como conquistou seu espaço para colocar seu toque naquele personagens nos pequenos momentos, nos gestos, na voz, no jeito em que se comporta em algumas situações. Ele teve um grande peso a carregar e demorou um tempo (e a chegada dele como Ray Palmer/Atom em Arrow) para as pessoas olharem para trás e dar mais credito ao trabalho dele neste filme.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-9c-_EV9r1_0/V2iste5qNSI/AAAAAAAAIYg/QdUQaoAvFz0pRd-Glr7xCN4q2T-aNiF0QCKgB/s1600/wizard-unedited.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-9c-_EV9r1_0/V2iste5qNSI/AAAAAAAAIYg/QdUQaoAvFz0pRd-Glr7xCN4q2T-aNiF0QCKgB/s400/wizard-unedited.jpg" width="266" /></a></div>
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Eu entendo que pela sua idade na época muitos torceram o nariz para a Lois Lane de Kate Bosworth, já que ninguém esperava que uma "mãe" Lois Lane seria alguém com menos de 30 anos, mas tem que se dar o crédito que mesmo assim ela ainda conseguiu fazer uma Lois Lane de respeito, equilibrando o seu trabalho de jornalista como mãe, e ainda se metendo em conflitos e situações que a obrigam a confrontar a verdade que a esconde de todos e especialmente de si mesma que está bem feliz com a volta do Superman, que de fato é o amor de sua vida.</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-lpAhT12RjBo/V2isr8oe9OI/AAAAAAAAIYQ/kbUxbgeNARYha7raJdk9PWhxLmlSXz8TACKgB/s1600/lois-newspaper.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-lpAhT12RjBo/V2isr8oe9OI/AAAAAAAAIYQ/kbUxbgeNARYha7raJdk9PWhxLmlSXz8TACKgB/s400/lois-newspaper.jpg" width="266" /></a></div>
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Kevin Spacey é do trio de personagens principais que mais teve de fato influência dos quadrinhos em sua composição. Havia ainda elementos fortes do Gene Heckman ali, mas dava pra perceber algo a mais, uma raiva real do que ele representa não só como antagonista dele, mas como um antagonista do mundo. Ele ainda quer terras, mas reconhece o poder de dominação que a tecnologia, e o poder que ela oferece. E acaba sendo um Luthor mais sujo debaixo da pose de milionário, devido ao seu tempo na prisão. Foi injetado, graças ao roteiro, uma nova vida a Luthor, que estava lentamente saindo de alegoria do Capitalismo na Guerra Fria para algo mais alinhado com o Capitalismo moderno, de criar demanda a algo que não necessariamente precisamos a principio, afim de suprir essa demanda e lucrar em cima.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-wqulXiU_V80/V2isoWxYhcI/AAAAAAAAIYA/mIaracrClIk-PylQvP1en5V9F6dafxjOwCKgB/s1600/lex-luthor1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-wqulXiU_V80/V2isoWxYhcI/AAAAAAAAIYA/mIaracrClIk-PylQvP1en5V9F6dafxjOwCKgB/s400/lex-luthor1.jpg" width="313" /></a></div>
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O filme também tem um elenco de apoio talentoso, que soube explorar quando devia as suas diversas habilidades. Parker Posey e Sam Huntington trazem uma solida fundação como os personagens coadjuvantes e alívios cômicos Kitty Kolowsky e Jimmy Olsen, Frank Lagela trouxe uma nova gravitas a Perry White, James Madsen foi bem melhor aproveitado como Richard White do que como Cyclops (apesar de ainda não ficar com a garota no final). Eva Marie Saint foi uma boa escolha como Martha Kent, apesar de não ter sido tão explorada como devia (e deixar de fora a aparição de seu vizinho -e atual interesse amoroso- Ben Hubbard (James Karen), citado apenas de nome no primeiro filme, foi a principal oportunidade mal explorada).<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-0Ot4qNWjVNc/V2iuWm1oXUI/AAAAAAAAIZA/Dr00dE_yH6gsZlmhMtI4gFrQgFF4BDW9QCLcB/s1600/2006_superman_returns_076.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-0Ot4qNWjVNc/V2iuWm1oXUI/AAAAAAAAIZA/Dr00dE_yH6gsZlmhMtI4gFrQgFF4BDW9QCLcB/s400/2006_superman_returns_076.jpg" width="400" /></a></div>
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'Superman Returns' se trata sobre, obviamente, o retorno do Superman em uma sociedade que não era a mesma de quando ele a deixou, e os questionamentos sobre a necessidade de um herói desses em nossa sociedade. Em paralelo, também se trata sobre Clark Kent encontrar reais motivos para se sentir completo como pessoa, achar seu senso de família perdido após ter feito uma jornada em vão para encontrar o seu "povo". Coloquei entre aspas isso pois isso acentua exatamente a própria alienação do personagem em sua humanidade, palavra essa que vai muito além de genética e local de nascimento.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-9nhBW2MPNfs/V2istEGrlmI/AAAAAAAAIY4/7RV47uCddccrL5d8OlRNji2tttBbfEFwwCKgB/s1600/superman4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-9nhBW2MPNfs/V2istEGrlmI/AAAAAAAAIY4/7RV47uCddccrL5d8OlRNji2tttBbfEFwwCKgB/s400/superman4.jpg" width="266" /></a></div>
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Os dois primeiros filmes exploravam isso bem: Superman decide quebrar a regra imposta por seu pai Jor-El e reverter o tempo para salvar Lois por amor, e por amor ele abdica seus poderes, mesmo se mostrando uma decisão de péssimo timing na época. Clark Kent aqui, é retirado de tudo que lhe é familiar, obrigado a encarar um novo mundo e ver onde se encaixa, e novamente usa o Superman como instrumento para tal fim. A surpresa para ele fica em ver que, mesmo que a distancia fizesse as pessoas esquecerem dele por um momento, não significa que ele seja irrelevante, e não tenha seu próprio senso de comunidade e família.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Y4facLftNUQ/V2isoJGJ0AI/AAAAAAAAIY4/K6yHj_e6fkI8xpscrRAzpUspcgi-lKkvgCKgB/s1600/lex-jorel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://1.bp.blogspot.com/-Y4facLftNUQ/V2isoJGJ0AI/AAAAAAAAIY4/K6yHj_e6fkI8xpscrRAzpUspcgi-lKkvgCKgB/s400/lex-jorel.jpg" width="400" /></a></div>
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O mundo continua a querer ele como herói, seus amigos e amores continuam se importando com ele, mas o fator que realmente o faz sentir-se completo são dois: o fato de se sentir realizado novamente em ser Superman e sentir a gratidão do mundo, e especialmente seu filho Jason (Tristan Lake Leabu), ideia original do Bryan Singer no filme, e grata interpretação por tratar uma criança como criança e não um adulto em miniatura. O fato de descobrir que é pai faz ele pela primeira vez se sentir um humano, no sentido que tem alguém ali que vai dar continuidade pelo sangue e pelas ideias de quem ele é como individuo.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-KBwrU5b3Fdg/V2iuVo8S6nI/AAAAAAAAIY8/27flapuRfvQ8gTbAb1nJzEsvbWaH83cgwCLcB/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://2.bp.blogspot.com/-KBwrU5b3Fdg/V2iuVo8S6nI/AAAAAAAAIY8/27flapuRfvQ8gTbAb1nJzEsvbWaH83cgwCLcB/s400/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></div>
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Tendo aí de fato reconstruído a Casa dos El, é percebido que até mesmo o Homem de Aço as vezes não dá o valor justo por aquilo que tem ao seu redor como Clark Kent, porque ser Superman acaba sendo uma tarefa messiânica e que tem que colocar todos os humanos em pé de igualdade. Há uma sensação no final de que Superman aqui acaba sendo a verdadeira identidade predominante, e que ele está feliz com isso, coisa que acaba pegando muito da vibe pré-Crise do personagem em que começa a se questionar o seu pape no mundo enquanto ele fica praticamente um deus invencível, especialmente na época entre 1975 e 1985, e que em as sementes dessa conclusão exatamente nos dois primeiros filmes do Christopher Reeve. Clark Kent acaba sendo a máscara, enquanto no Superman de Zack Snyder, Superman é a máscara.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-zO6oWTqDxFU/V2ixyZm3JdI/AAAAAAAAIZU/h5q07uEkuPgDJYywBsV66Nt1S359gwBGACLcB/s1600/SMKN_SC-Cover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-zO6oWTqDxFU/V2ixyZm3JdI/AAAAAAAAIZU/h5q07uEkuPgDJYywBsV66Nt1S359gwBGACLcB/s400/SMKN_SC-Cover.jpg" width="258" /></a></div>
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E com tudo isso dito e mostrado, a grande pergunta que fica é: se esse é teoricamente não só o tipo de Superman que queríamos ver mas também como é, na visão de muitos, o jeito certo, o que deu errado? Porque o filme não foi o sucesso esperado, gerando sequências e quem sabe o inicio de um universo DC cinematográfico ainda naquela época? O problema é que, por melhor que o filme seja, ele escancarou um enorme problema que até hoje aparece entre os fãs do Superman: de achar que o Christopher Reeve é maior que o personagem, e com isso, do Reeve acabar por se transformar numa corrente que não deixa o personagem ir pra frente. Quebrou o conto de fadas sobre não ter nada errado com o Superman e com o fato de estreitarem a visão dele a uma unica coisa, e como isso afetou negativamente o personagem e a forma de como ele é recebido. <br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-341xPbijxD0/V2islCOUF4I/AAAAAAAAIY4/wJLl4fBEZSgfNtffRJcBHXowohVQUv2MQCKgB/s1600/kalel-returns.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-341xPbijxD0/V2islCOUF4I/AAAAAAAAIY4/wJLl4fBEZSgfNtffRJcBHXowohVQUv2MQCKgB/s400/kalel-returns.jpg" width="266" /></a></div>
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Se 'Returns' fosse de fato o 'Superman 3' original, seria considerado uma trilogia clássica de filmes impecáveis, mas quando lançado, reclamaram sobre a falta de ação mais "moderna", sobre o romance, sobre o filho, de exatamente ficar acorrentado demais aos filmes clássicos. E para você ver o quão problemático é a visão das pessoas sobre isso, quando 'Man of Steel' saiu trazendo as soluções a esses problemas e muito mais, reclamaram, entre outros absurdos, exatamente por "não ser como o Superman do Reeve". O bom do fracasso dele de bilheteria e de certo modo a apatia da maior parte do publico não presa a nostalgia dos filmes antigos é que eles nos obrigaram a pensar sobre o personagem e sobre o que ele precisa ser e questionar para recuperar seu lugar de devido direito como o ícone que é.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-bki9Z3_vVnQ/V2isrl0gYnI/AAAAAAAAIY4/fCxaoGx9aqYUfhK_B2GpcVAip9_2GiaIACKgB/s1600/lois-jason-lex.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-bki9Z3_vVnQ/V2isrl0gYnI/AAAAAAAAIY4/fCxaoGx9aqYUfhK_B2GpcVAip9_2GiaIACKgB/s400/lois-jason-lex.jpg" width="400" /></a></div>
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Já tinha comentado sobre este fato antes quando falado dos mais <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2010/12/5-contra-1-os-mais-importantes-filmes.html">importantes</a> filmes da DC na década passada, e sua colocação em primeiro lugar não é gratuita. Ela não só questiona o papel e interpretação do Superman nos filmes, mas também em sua mídia mãe, que são os quadrinhos. As melhores <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2012/12/as-10-melhores-historias-do-superman-da.html">histórias</a> do Superman de 2006 em diante são aquelas que exatamente questionam o papel do personagem, seu status quo.Ainda sim há dificuldade e resistência de enxergar o personagem sobre diferentes óticas, mas a reação ao que foi 'Superman Returns' ajudou a galgar um movimento que finamente trouxe o personagem de fato para o século XXI, começado nesse filme, explorado nos quadrinhos em diferentes formas (boas e ruins) e consolidado em 'Man of Steel'. </div>
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Muitos renegam 'Returns', mas esse é um filme que mantém a qualidade dos clássicos e como um produto feito por fãs, dá um emocional, agradecido e digno encerramento a trajetória do Superman feita por Christopher Reeve, e mesmo que a principio com sua recepção mais puxada para a negativa, ajudou a finamente botar o personagem de volta aos trilhos. Superman vai sempre estar por aí. Só que como qualquer personagem que ainda se mantém na ativa após quase um século não pode se manter preso a uma só imagem ou interpretação. Mas se for pra dizer adeus, que diga com qualidade, e felizmente isso foi feito.</div>
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<b>NOTA: 8.0</b></div>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-81376157962139373322016-06-03T04:30:00.000-07:002016-06-03T04:30:23.632-07:00Short Reviews: DCTV temporada 2015-2016<div align="justify">
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-b7sU-Hub_2w/V0-EcFv0iHI/AAAAAAAAIXA/aWmPrvNgaJssPHyPVeWuIT9dx515-FgHgCKgB/s1600/CirWjcOUoAAjIod.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" src="https://2.bp.blogspot.com/-b7sU-Hub_2w/V0-EcFv0iHI/AAAAAAAAIXA/aWmPrvNgaJssPHyPVeWuIT9dx515-FgHgCKgB/s400/CirWjcOUoAAjIod.jpg" width="400" /></a></div>
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Por motivo da mais absoluta preguiça (além de estar ocupado com outros textos que, acreditem, vão valer a pena a espera), decidi desenterrar o 'Short Reviews' para falar sobre as séries de TV da DC Comics, incluindo algumas que eu não tive a oportunidade de falar sobre em temporadas anteriores. Como a maioria das series se saiu? Qual foi a maior surpresa? E qual show merece sua desistência e porque é Arrow? Confira abaixo:</div>
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<a name='more'></a><b>The Flash - Segunda Temporada</b><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-EGgjDsChzFA/V0-Ec855QwI/AAAAAAAAIXA/sFCKRyOyhTwEPH-Rny8rysQfaBl475xnQCKgB/s1600/cnxltvlu8aa6ejf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://4.bp.blogspot.com/-EGgjDsChzFA/V0-Ec855QwI/AAAAAAAAIXA/sFCKRyOyhTwEPH-Rny8rysQfaBl475xnQCKgB/s400/cnxltvlu8aa6ejf.jpg" width="400" /></a></div>
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A melhor serie de TV da DC do ano passado começou bastante promissora e explorando como tema central a terra 2 e a ideia de mundos paralelos. O grande vilão da vez foi Hunter Solomon, Zoom (Teddy Sears), o primeiro grande vilão do 'Berlantiverse' que realmente é um psicopata, gerando ótimos momentos de tensão e o único episódio da série que se assimilou a um filme de horror (do qual aprovamos totalmente). A série também trouxe de volta Harrison Wells, no caso o Harry da terra 2, que se demonstrou um personagem com semelhanças com o Wells "clássico" ao mesmo tempo que traz algo novo e a altura do talento de Tom Cavanaugh. </div>
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Além disso, continua desafiando Barry Allen a seguir em frente tanto como velocista quanto pessoa, mas é de sua natureza tomar decisões ligadas ao passado ou o que ele considera certo, e isso é que dá gosto de ver: não há só um crescimento dele como herói, mas também constantes testes dele como pessoa afim de que ele finalmente avance pra frente na vida. Mas vimos que, por melhor herói que Barry seja, ainda tem o peso de ter um passado que ele não pode ter mais, e forçar isso pode ter consequências desastrosas. E isso se estende ao que aconteceu na Terra 2 como um teste prematuro do futuro que iria vir, e das consequências que ele não consegue aceitar de maneira alguma. </div>
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A segunda temporada começou num ritmo que criar o cenário para apresentar Legends of Tomorrow acabou a travando um pouco a história que queriam contar, mas da midseason pra frente o show recuperou o seu pique e trouxe uma leva de episódios de qualidade que culminaram num final que conseguiu ser ainda mais épico do que a da primeira temporada, e que ainda introduziu o Black Flash e fez (finalmente) John Wesley Shipp se tornar o (verdadeiro) Jay Garrick. O show pode não ter sido infalível como na primeira temporada, mas ainda se mantém fácil como um dos melhores seriados da TV recentemente. <b>Nota: 8.5</b></div>
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<b>Arrow - Quarta Temporada</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-9y5ekSt7XLE/V0-EceHw21I/AAAAAAAAIXA/i7NU-8WgaZgH8hhIYpnHKSZSz_PE9w6QACKgB/s1600/arrow.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="147" src="https://1.bp.blogspot.com/-9y5ekSt7XLE/V0-EceHw21I/AAAAAAAAIXA/i7NU-8WgaZgH8hhIYpnHKSZSz_PE9w6QACKgB/s400/arrow.png" width="400" /></a></div>
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Agora chegamos na parte complicada da história... Arrow foi o primeiro show pós Smallville e que abriu a leva não só de mais series de Tv da DC Comics, mas em quadrinhos em geral numa época em que se não acreditava que poderiam fazer coisas do tipo com a qualidade que se achava necessária. 'Arrow' não só provou ao contrário como era algo refrescante de se ver, não só em relação a seriados de quadrinhos, mas seriados em si. Mas, infelizmente, já a muito tempo que Arrow um dia já foi o carro chefe da Era de Ouro dos Quadrinhos na TV (como comentado por mim <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/05/arrow-e-celebracao-da-era-de-ouro-das.html">aqui</a> logo após a primeira temporada). Hoje em dia, Arrow virou uma chacota de si mesma, minando lentamente todos os elementos que a tornaram um dia grande afim de agradar uma parcela minima, mas bem vocal, da audiência que está mais interessada em acompanhar (e auto-refletir) a jornada da Felicity Smoak do que tentar contar minimamente uma boa história do Arqueiro Verde. Mas falar sobre a decadência de Arrow é contar uma história em 3 atos.<br />
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A <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/05/review-arrow-terceira-temporada.html">terceira temporada</a> de Arrow é bem irregular em comparação as anteriores, mas ainda havia espaço para se experimentar e se ousar no show, e isso é um crédito que ninguém pode tirar. Mas devido as (justas) reclamações, a abordagem foi mudada: saindo do "dark'n'gritty" e indo em direção que se assemelha mais ao Flash e a ideia de que tudo, TUDO pode acontecer. Temos Damian Dahrk, feito brilhantemente por Neil McDonaugh, que elevava o nível do show mesmo nos piores episódios da temporada/série. Um vilão da qual a base era mágica, e o caso raro dele ser constantemente na série, graças também a chegada da H.I.V.E. Dos episódios 01 a 08, o show parecia outro, graças ao fato de ter que se ligar com Legends of Tomorrow, que forçou o show a mostrar o que o pessoal realmente queria ver: focado nas ações dos heróis, com Canário Negro ganhando mais espaço como segunda heroína da série e suprimindo o máximo que dava da Felicity e o veneno que se tornou o "Olicity", vilões e acontecimentos que de fato fazia você se importar, o retorno das alegorias sociais e politicas. JOHN FUCKING CONSTANTINE! Não era só eles voltando as origens, mas o passo adiante num mundo com meta-humanos e viajantes do tempo.<br />
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Mas aí chegou o midseason finale, e lentamente os outros plots mais relevantes da temporada começaram a ficar mais suprimidos. A morte da Amanda Waller e a relação entre Diggle e seu irmão? Suprimidos pelo fato de Felicity ter se tornado paraplégica. A campanha eleitoral de Oliver? Suprimido pelo relacionamento da mãe da Felicity com o capitão Lance. Sentiu o padrão? é como aquela <a href="https://youtu.be/RgMmbAWF6bY?t=2m28s">cena</a> do Wall-E que o Capitão finalmente percebe que nunca esteve no comando do Navio, e sim a inteligência artificial. Os roteiristas e produtores estavam claramente desistindo, ouvindo mais as opiniões dos fãs de Olicity guiarem o show do que a própria criatividade deles e os quadrinhos em si para dar um rumo a trama. E com isso, claro, a qualidade da serie caiu, e muito.</div>
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E com isso chegamos ao terceiro ato: a morte de Laurel Lance. Depois de esperar 3 temporadas para ela finalmente se tornar a heroína que esperávamos que ela fosse, depois de ter uma das melhores evoluções como personagem da série (e a unica, em todo show, que foi atualmente <a href="http://www.justjared.com/2015/07/18/katie-cassidy-honored-at-prism-awards-2015/">premiada </a>por sua atuação, não por coisas como melhor shipping do ano) teve uma morte vazia, no sentido de choque gratuito, e pior, graças as escolhas dos roteiristas e diretores, resumiu seus últimos momentos de vida para falar sobre... Olicity. A morte dela não representa só a morte de tudo de bom que foi construído nos 3 anos de show, mas também do potencial que o show tinha e decidiu apenas não explorar em favor de alimentar a "Síndrome de Rose Tyler".<br />
<br />
No fim das contas, tanto Laurel Lance quanto Katie Cassady eram boas demais pro que o show se tornou. A season finale foi risível de ruim, e a afirmação no fim para quem de fato eles estão fazendo o show, o que faz quem procura uma boa adaptação do Arqueiro Verde ou apenas uma boa história desistir de vez do seriado. Os estragos feitos foram irreversíveis, e pelo fato das Birds of Prey estarem com um <a href="http://www.hollywoodreporter.com/heat-vision/margot-robbies-harley-quinn-movie-894486">filme</a> engatilhado alimenta as esperanças que tanto a Canário Negro quanto o Arqueiro Verde vão ter uma adaptação live action relevante nas telas no futuro. <b>Nota: 5.0</b><br />
<b><br /></b>
<b>Legends of Tomorrow - Primeira Temporada</b><br />
<b><br /></b>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-vXLNZRw00rE/V0-EcAc9nBI/AAAAAAAAIXA/tcYN1fyJBzAgWblieH8OaO5UVEo1LapggCKgB/s1600/7467420_new-legends-of-tomorrow-promo-the-good_9c8cda7e_m.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://2.bp.blogspot.com/-vXLNZRw00rE/V0-EcAc9nBI/AAAAAAAAIXA/tcYN1fyJBzAgWblieH8OaO5UVEo1LapggCKgB/s400/7467420_new-legends-of-tomorrow-promo-the-good_9c8cda7e_m.jpg" width="400" /></a></div>
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Legends of Tomorrow teve uma premissa ousada: a primeira série de equipes feita dentro do Berlantiverse, mas sem necessariamente heavy-hitters, mas sim personagens secundários de Flash e Arrow procurando seu espaço para brilhar. De escolhas óbvias como Atom e Firestorm até acréscimos fora da caixa como Captain Cold e Heatwave, a série tinha como objetivo expandir o Berlantiverse a novas fronteiras, tanto no passado como no futuro. E com isso acabou entregando o melhor show sobre a batuta de Berlanti, sendo por momentos Doctor Who, outros Star Trek, mas no geral um ótimo show de ficção cientifica, mesmo que sua abordagem que utilizava a estrutura mais clássica do que a moderna de ambos dos shows tenham a principio dado dificuldades pra quem não era acostumado a esse material em sua "forma bruta".<br />
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O eterno Centurião Arthur Darvill faz um ótimo trabalho interpretando um Rip Hunter com fortes influências da Era de Prata, além de uma boa utilização dos Gaviões, Carter e Shayera Hall, em especial a inusitada relação de Shayera com Ray Palmer (Brandon Routh, que eu sempre defendi, continuando a ser sensacional) que eleva a amizade dos quadrinhos a outro nível (além de ser um dos poucos romances do show feito de maneira certa). Caity Lotz fez provar que a ressurreição de Sara valeu a pena demais, Cold se tornou um dos personagens mais populares da série, mas Heatwave foi a grande surpresa, sendo o personagem com a melhor evolução do show. Jax Jackson junto com o Stein fazem uma dupla tão boa, ou até melhor, do que Stein e Raymond (apesar que ambos tiveram menos tempo de tela, ainda tinham uma ótima química -pun intended-), e Casper Crump fez um maravilhoso Vandal Savage, fazendo muita justiça ao personagem e dando um antagonista que você tem prazer em odiar.<br />
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O seriado não teve medo de economizar para ser grande quando era pra ser, e também tinha muita confiança que quando o espetáculo não iria vir, que os diálogos e atuações iriam segurar a barra, e foi uma aposta que se pagou maravilhosamente. A trama toda da temporada se torna um estudo sobre a noção de destino, e o que fazer com ele quando tudo indica que está previamente escrito. Não podemos mudar o que é inevitável no passado, mas podemos fazer valer que as decisões em nosso futuro sejam de nossa escolha, não de manipulação ou opressão por parte dos outros. E pra isso, inevitavelmente temos que encerrar o ciclo de quem eramos para encontrar aquilo que iremos ser.<br />
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Mesmo entendendo o adeus aos Gaviões (apesar da <a href="http://www.vinereport.com/article/dcs-legends-of-tomorrow-news-ep-marc-guggenheim-discusses-rotating-roster-hawkgirls-departure/11015.htm">desculpa</a> mal dada de Marc Guggenheim), já que duas temporadas seguidas focados neles poderia certamente bloquear outras, e mais interessantes possibilidades, eles sempre terão Thanagar para voltar numa terceira temporada. E falando em possibilidades. a épica chegada da Sociedade da Justiça da América em sua segunda temporada (e a muito enrolada <a href="http://www.hollywoodreporter.com/live-feed/cw-developing-drama-based-dc-653261">estreia</a> do Hourman em uma série de TV) já faz prometer que LOT vai manter o pique que conquistou em sua primeira temporada como o melhor programa do Berlantiverse. <b>Nota: 9.0</b></div>
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<b>Gotham - Segunda Temporada</b><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-TTq4D4rCvyE/V0-EdRTSxdI/AAAAAAAAIXA/3eD6TXjBk8YDewmsScxgOgOnRdiCR71LACKgB/s1600/gotham-season2-bannerreview.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="173" src="https://4.bp.blogspot.com/-TTq4D4rCvyE/V0-EdRTSxdI/AAAAAAAAIXA/3eD6TXjBk8YDewmsScxgOgOnRdiCR71LACKgB/s400/gotham-season2-bannerreview.jpg" width="400" /></a></div>
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Após uma primeira temporada muito boa, mas que estava procurando achar seu chão, Gotham veio com tudo numa espetacular segunda temporada. Vindo com trilogias, e mais pro final two-parters temáticos sobre arcos relevantes para a história maior, o seriado voltou mais violento, mais seguro de si e abraçando sem vergonha nenhuma o fato de que é baseado em uma história em quadrinhos e indo completamente beserk para esta direção.<br />
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Ainda no trajeto transformou Barbara Kean numa personagem que vale a pena permanecer no show, deu os primeiros passos na criação do conceito do Coringa (graças a Cameron Monaghan e seu clássico Jerome), deu um fechamento importantíssimo para a primeira etapa da jornada de Bruce Wayne a Batman, trouxe a primeira (e gloriosa) interpretação live action de Azrael e a ordem de São Dumas. Além disso, nos deus uma dadiva dos deuses na forma de BD Wong como Hugo Strange e Nathan Darrow como a redenção do Mr Freeze em live action, e enquanto Pinguim lida com sua queda e a real motivação de fazer o que faz, Edward Nigma dá seus primeiros passos como Charada, mesmo que ainda numa versão beta.<br />
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Numa temporada que não só mostrou a mudança radical do tipo de criminalidade na cidade, mas também levou James Gordon ao seu limite como pessoa e policial, a lição que fica é que não podemos escapar do nosso lado sombrio, mas podemos fazer algo para não ser engolido por ele, Há um preço, e um crescimento após isso, em se cruzar a linha, a questão que separa homens bons dos maus é se após aprendemos a nossa lição ainda insistimos nos mesmos erros.Gordon foi ao inferno e voltou, e provavelmente vai lidar com os futuros problemas da cidade de forma BEM diferente que se alinhem com sua moral na primeira temporada, mas com toda a sagacidade adquirida nesta temporada. E que venha a Corte das Corujas! <b>Nota: 9.0</b><br />
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<b>iZombie - Segunda Temporada</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-9ublcc3NeCI/V0-EdCuk5dI/AAAAAAAAIXA/PkFIU8vOX9USLY69XMjKrtQSn-Q1Ir1UwCKgB/s1600/cw15_izo_show_banner_2015_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="https://3.bp.blogspot.com/-9ublcc3NeCI/V0-EdCuk5dI/AAAAAAAAIXA/PkFIU8vOX9USLY69XMjKrtQSn-Q1Ir1UwCKgB/s400/cw15_izo_show_banner_2015_02.jpg" width="400" /></a></div>
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iZombie é uma serie que eu me arrependi em não ter escrito antes o quão sensacional ela é. Se antes a maioria não dava nada por lá, o seriado acabou virando as mesas e provando seu alto valor numa primeira temporada sensacional e que elevou o show a um status cult. A segunda temporada segue a história da primeira fechando o ciclo e germinando as sementes plantadas ao longo da primeira temporada. Apesar de não ter mostrado exatamente as consequências da escolha de Liv não doar o sangue para seu irmão (não transformando ele em zumbi) e o consequente afastamento de sua família, o show tinha coisas maiores e mais importantes.<br />
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Que coisas seriam essas? A ascensão de Vaugh Du Clark como grande vilão da história (e o maravilhoso fato dele ser completamente baseado no Michael Bay) e como ele manipula Major (e vice versa) ao longo da história, a ascensão e queda(?) de Blane, o surgimento do Mr Boss, que já deu sua fatia de dor de cabeça nessa temporada. e o iminente crescimento de uma epidemia zumbi em Seattle, o que não levou somente a Clive descobrir a verdade, o que afeta profundamente sua vida profissional e pessoal quando passou a namorar a agente do FBI que investigava o atentado ao Meat Cute, mas também a chegada de um novo inimigo que promete elevar o nível de risco na próxima temporada.<br />
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iZombie soube equilibrar perfeitamente a grande história a ser contada, e os casos do dia que dão a todo episódio um sabor único e especial, e isso não mudou de forma alguma na segunda temporada, apenas evoluiu. Além de elevar o nível dos conflitos, também fechou todos os arcos iniciados da primeira temporada enquanto as sementes para a terceira foram plantadas e lentamente germinadas. Assim como sua primeira temporada, iZombie é televisão de extrema qualidade e que entende muito bem do que se trata o conceito da série, e a decisão de minar esse conceito do que fazer uma adaptação mais literal mostrou que consegue extrair muito mais fora do formato de adaptação comum. <b>Nota: 9.0</b></div>
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<b>Lucifer - Primeira Temporada</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-2ArSkKEFyQI/V0-E88qmviI/AAAAAAAAIXE/oxGX-evnx44HT8yejvWxhbvceZGez8zmQCKgB/s1600/lucifer03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://4.bp.blogspot.com/-2ArSkKEFyQI/V0-E88qmviI/AAAAAAAAIXE/oxGX-evnx44HT8yejvWxhbvceZGez8zmQCKgB/s400/lucifer03.png" width="400" /></a></div>
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Lucifer, spin-off do clássico Sandman de Neil Gaiman, ganhou sua série e seguiu o mesmo preceito de iZombie no sentido que decidiu focar no core do que se trata a história do personagem do que fazer uma adaptação mas literal, mas a abordagem aí tem diferenças da série anteriormente comentada. Ela de fato tem muito mais elementos da HQ em sua estrutura do que em iZombie, e seu core definitivamente é o mesmo, mas percorre um caminho diferenciado das HQs, o que deixou, como sempre, os mais puristas irritados.<br />
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Porém, os resultados foram surpreendentemente positivos. Lucifer pega a ideia principal do personagem, de sua busca por livre arbítrio, e mostra as dualidades de alguém que procura alcançar esse status de "pessoal livre" enquanto procura permanecer com o mesmo tipo de poder que possuía antes enquanto descobre seu próprio senso de humanidade. E isso acaba sendo estendido a todos os outros personagens, sejam anjos, demônios e até mesmo humanos, de se libertar das correntes que os prendem e qual é o papel de Deus, ou da figura maior que se eles procuram se colocar para alcançar ser o que eles querem.<br />
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O que começou sendo motivo de revolta acabou gerando em um dos melhores seriados da DCTV, que entrega drama policial, humor, conflitos psicológicos e confrontos místicos provando que todo e qualquer personagem tem espaço pra múltiplas interpretações no momento que se respeita o que faz esse personagem tão especial. Lucifer é uma celebração ao personagem nas HQs de uma maneira que consegue, ironicamente, ser livre como produto e se sustentar por si, e nos entregar ótimos episódios e personagem que desafiam o padrão que, que a principio, parecem se encaixar na hora de classificar a serie. <b>NOTA: 9.0</b><br />
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E por hoje acabamos por aqui, espero que no próximo ano eu seja menos preguiçoso na hora de escrever (hehehe). Até a próxima!<br />
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PS 1: Para aqueles que desistiram de 'Arrow', a 'series finale' não oficial da série, mas que fecha os bons tempos da série em espírito, está presente em 'Legends of Tomorrow', em especifico no episódio '<a href="https://www.youtube.com/watch?v=AFZelqNIG5Y">Star City 2046</a>'.<br />
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PS 2: Curtiu as mini resenhas? Então veja minha resenha mais detalhada da primeira temporada de Supergirl <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/04/review-supergirl-primeira-temporada.html">aqui</a>.</div>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-51557797395120666822016-05-21T04:00:00.000-07:002016-05-21T11:59:55.763-07:00Review - X-Men: Apocalypse<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-aqkn1O3cbkI/Vz_b91wZUJI/AAAAAAAAIT8/2wevrNtN-ZE7MOUiqJpDXuVga5En9CvDwCKgB/s1600/X-Men-Apocalypse-launch-quad-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://3.bp.blogspot.com/-aqkn1O3cbkI/Vz_b91wZUJI/AAAAAAAAIT8/2wevrNtN-ZE7MOUiqJpDXuVga5En9CvDwCKgB/s400/X-Men-Apocalypse-launch-quad-poster.jpg" width="400" /></a></div>
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A Fox nesses últimos anos pós <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/05/review-x-men-days-of-future-past.html">DOFP</a> começou de fato a planejar o seu chamado 'Universo X Cinematográfico' nas telas (já que a presença do <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/08/review-fantastic-four-2015.html">Quarteto Fantástico</a>, devido ao seu fracasso de bilheteria, não deve estar presente tão cedo neste meio). Depois de anos sendo o "Star Trek das adaptações de quadrinhos", chegou a hora de assim como a franquia que a de fato a inspira (seja Star Trek de fato ou as revistas dos X-men), ir para outros caminhos. No começo do ano tivemos o surpreendentemente bom <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/02/review-deadpool-2015.html">Deadpool</a>, e agora chegou a hora decisiva para a Franquia X marcar seu lugar na batalha dos "universos compartilhados" com um filme que tem a missão de não só encerrar uma trilogia mas de certo modo 6 filmes, meio que retroativamente? <b><span style="color: red;">CONTÉM SPOILERS!</span></b><br />
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<a name='more'></a>Antes de mais nada, a sinopse: Eras atrás, no Antigo Egito, En Sabah Nur (aka Apocalypse, interpretado por Oscar Isaac), o primeiro mutante da face da Terra, passa por seu processo de troca de corpo, que garante a sua imortalidade. mas no meio do processo, ele é traído, e a transferência nunca completada, deixando-o aprisionado por séculos. Enquanto isso nos anos 80, a humanidade segue num equilíbrio melhor entre mutantes e humanos, mas não completo. Mistica (Jennifer Lawrence), agora uma mercenária pró-mutantes, se tornou o rosto de uma revolução da qual ela não acha que a representa, Magneto (Michael Fassbender) tem uma nova vida com sua esposa e filha enquanto Charles Xavier (James MCvoy) cuida se Instituto para "Crianças Superdotadas" com todo seu potencial. O problema começa quando Moira McTaggert (Rose Byrne) a procura da Seita de En Sabah Nur, acaba testemunhando o retorno do mesmo, o que põe até então esses personagens separados em rota de colisão, quando Apocalypse tem planos de dizimar a terra para purificar os impuros (humanos) e fazer os fortes (mutantes) a dominarem. Enquanto os X-Men são forçado a uma volta com novos membros, Apocalypse procura seus '4 Horsemen' para ajudar a colocar seu plano de destruição em ação.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-3TR8A8YEbzo/Vz_fIeURSQI/AAAAAAAAIU4/C2uXwq4gXc4XcwGrK9PWnQ6TPkgFW3uZgCLcB/s1600/xmen2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://2.bp.blogspot.com/-3TR8A8YEbzo/Vz_fIeURSQI/AAAAAAAAIU4/C2uXwq4gXc4XcwGrK9PWnQ6TPkgFW3uZgCLcB/s400/xmen2.jpg" width="400" /></a></div>
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Como eu disse acima, Bryan Singer não só teve que fechar a história contada desde 'First Class' mas também de certo modo fechar os 6 filmes da saga até então, antes da expansão da franquia. E ele não só fez isso, mas fez isso muito bem, inserindo uma serie de novos-velhos mutantes com atuações e personalidades fortes o suficientes para se manter por si, mas também fez reverencia e homagens aos filmes antigos (e validos) da franquia utilizando a mesma técnica que 'Terminator: Genisys' utilizou tão bem: pegar aquilo que seria uma homenagem e inseri-la em um contexto novo, que não só se mantenha como referência mas que consiga funcionar por si só. é um adeus ao velho e um bem vindo ao novo de maneira bem fiel e respeitosa não só apos quadrinhos mas a história contada até então.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-e1w-yN27KEg/Vz_b_CnJwJI/AAAAAAAAIUE/OhaGj0ojML8Qib4omHOFZsz9Y08TAzcLwCKgB/s1600/xmennew1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-e1w-yN27KEg/Vz_b_CnJwJI/AAAAAAAAIUE/OhaGj0ojML8Qib4omHOFZsz9Y08TAzcLwCKgB/s400/xmennew1.jpg" width="400" /></a></div>
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Mistica se torna uma heroína para vários mutantes, mas não sabe lidar com a pressão de ser um simbolo. Se antes ela era "mutante e orgulhosa", e em certo ponto até extremista, agora ela atua nas sombras, fazendo o pouco que pode para ajudar outros mutantes em necessidade, sem se ver necessariamente como uma heroína. Isso demonstra um certo medo e auto-culpa das falhas do passado: lembre-se, a Irmandade e alguns outros X-men foram mortos exatamente na luta por um mundo melhor, ao ver o mundo de fato salvo por um ato de não-violência, isso claramente mexeu nela e na missão que ela procura seguir. Com a chegada de Apocalypse, e a pressão por parte do Henry McCoy/Fera (Nicholas Hout), ela começa a enxergar de novo a líder em si e porque ter os X-men é algo importante para ela e o mundo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/--UE2cErcmv4/Vz_cBepsegI/AAAAAAAAIUU/fgH5vurOlEE82Zq43eyxWvaMdz3IIZppQCKgB/s1600/xmna16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/--UE2cErcmv4/Vz_cBepsegI/AAAAAAAAIUU/fgH5vurOlEE82Zq43eyxWvaMdz3IIZppQCKgB/s400/xmna16.jpg" width="265" /></a></div>
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Magneto tem a história mais triste de todas as suas aparições na tela até agora, pois aqui lhe é dado a principio algo que ele nunca teve de fato: felicidade. Vemos ele com uma esposa e uma filha (também mutante), vemos ele trabalhando, tendo relacionamento com amigos, e ver tudo isso ser destruído por um simples ato de bondade, ao usar seus poderes para salvar alguém. A consequência foi por um acidente por parte da policia matar toda sua família, deixando Eric sem vontade de viver e abraçando o seu "monstro" interior. E isso só piora quando Apocalypse chega e alimenta mais a vontade de sangue, sem saber que Quicksilver (Evan Peters, sendo genial novamente no papel) descobriu que de fato é seu filho, mas que ainda tem receio de ter um relacionamento com alguém tão volátil, parte também da sua própria dificuldade em se relacionar com os outros.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-q4W92vQyfjI/Vz_cAb9pusI/AAAAAAAAIUM/gXX0C28v6SwYcI2WrulEJimkb-D5aA3lACKgB/s1600/xmna08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-q4W92vQyfjI/Vz_cAb9pusI/AAAAAAAAIUM/gXX0C28v6SwYcI2WrulEJimkb-D5aA3lACKgB/s400/xmna08.jpg" width="400" /></a></div>
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Xavier está feliz e mais seguro de si como Professor, e acredita que o mundo não precisa de "soldados, mas sim estudantes". Uma critica de Raven em relação a Charles, que é correta dentro do mundo do filme, é que Charles se fechou dentro do mundo do instituto. Ele não vê a necessidade de intervenção dos conflitos porque para ele isso não existe mais de fato, mas isso não parte de um fator egoísta de sua parte, mas de se esforçar em proteger aqueles que ama. Isso acaba por se transformar em uma alegoria ambulante na forma de Moira, que mostra que de certos problemas não se pode virar as costas e fingir que existem, nos obriga a tomar uma posição sobre e de fato ir a luta. E é isso que ele faz quando confronta o Apocalypse, mostrando o seu lado lutador e obrigando aqueles que antes o protegia debaixo de suas asas a fazer o mesmo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-qYQALvKQlqU/Vz_cDGkt3MI/AAAAAAAAIUc/_WgxdU7rpbc9sjgwqxTanBfmbeAtZAV3gCKgB/s1600/xmna21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="https://3.bp.blogspot.com/-qYQALvKQlqU/Vz_cDGkt3MI/AAAAAAAAIUc/_WgxdU7rpbc9sjgwqxTanBfmbeAtZAV3gCKgB/s400/xmna21.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Pessoalmente senti mais espaço pro Fera brilhar, apesar de que, em relação ao resto da formação antiga, ele é o que está mais em paz consigo mesmo. Ele ainda tem o fogo de lutador e quer por os X-Men de volta na ativa, mas ao mesmo tempo se sente feliz no trabalho que faz no Instituto, assim como ele claramente nutre sentimentos por Raven, mas que sempre acaba se desapontando por todos os motivos deles se reencontrarem sejam por causa do Eric. Mesmo que não mostrem isso a fundo (comentarei mais a frente sobre) é legal ver ele tendo de certo modo um final feliz, com seu objetivo de ter todos da sua velha família reunidos novamente e sendo X-men de fato.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-8NasmQ2U6Ww/Vz_fH1L-85I/AAAAAAAAIU0/kWH_csvhSHwtae2lcWCM52uvCrFwfjjzACLcB/s1600/xmna05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="351" src="https://2.bp.blogspot.com/-8NasmQ2U6Ww/Vz_fH1L-85I/AAAAAAAAIU0/kWH_csvhSHwtae2lcWCM52uvCrFwfjjzACLcB/s400/xmna05.jpg" width="400" /></a></div>
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Do pessoal novo que entrou, sem comentários. Mesmo que mais deles seria bom de se ver, provam que o futuro da franquia está em ótimas mãos. Jean Grey (Sophie Turner) tem o nível de maturidade certa de alguém que tem consciência das maravilhas e coisas terríveis que seu poder pode trazer. O Nightcrawler de Kodi-Smit McPhee mantem o mesmo nível de qualidade do Allan Cumming e Tye Sheridan finalmente trouxe o respeito ao Ciclope em tela, tendo espaço para brilhar e mostrar o que o personagem pode realmente fazer. E particularmente, achei que Jubilee (Lana Condor) deveria ter tido mais espaço, a a caracterização e interpretação dela foram ótimas e espero que tenha espaço pra ela em algum spin-off ou sequência.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-r3A8ZKTOJJo/Vz_b-KEFyuI/AAAAAAAAIUA/WIPjnETS3K4b8P4ZykECYykzdM7GrkrowCKgB/s1600/xmen0002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://2.bp.blogspot.com/-r3A8ZKTOJJo/Vz_b-KEFyuI/AAAAAAAAIUA/WIPjnETS3K4b8P4ZykECYykzdM7GrkrowCKgB/s400/xmen0002.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E assim chegamos ao resto dos 4 Cavaleiros, que tem suas noções de quem são e o que pensam transmitidas de maneira bem simples e rápida. Storm (Alexandra Shipp) apenas sobrevive, mantendo a esperança em ícones para seguir seu dia a dia em frente. Psylocke (Olivia Munn) é uma matadora de aluguel que se sente subjugada por seu atual trabalho, sabendo que é a melhor no que faz. Angel (Ben Hardy) é um lutador, headbanger que não foge de uma briga e sucumbe ao desespero e a vícios quando sua principal arma, suas asas, são parcialmente destruídas. Apesar de não ser explorados a fundo, é de fácil entendimento do que se trata esses personagens e como Apocalypse os manipula para seu bel prazer.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-zNBvx8a3zCE/Vz_cBM-aE3I/AAAAAAAAIUQ/qFwRR-gKEpoBMdROyBapCzzJ2p07w0b9QCKgB/s1600/xmna14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-zNBvx8a3zCE/Vz_cBM-aE3I/AAAAAAAAIUQ/qFwRR-gKEpoBMdROyBapCzzJ2p07w0b9QCKgB/s400/xmna14.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E assim chegamos ao vilão principal do filme, e o que ele representa. A trama toda é um grande exercício e discussão sobre fé, e a própria existência do Apocalypse desafia esses conceitos. Temos aqui alguém com poderes praticamente ilimitados e com suas constantes conquistas acha que pode moldar o destino dos outros. Enquanto outros procuram respostas e salvação em figuras religiosas, Xavier utiliza esse mesmo conceito, mas com uma resposta diferente: a fé que depositamos no próximo é a grande resposta para a ideia de religião, e de que as nossas conexões com os outros que farão a gente se redimir. mas diferente das opções fáceis que Apocalypse dá, Xavier tem consciência de que esse não é um caminho fácil, porque na vida não há caminhos fáceis, mas que alguma hora se paga eventualmente.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-DKu87hJkazo/Vz_hnjH87yI/AAAAAAAAIVM/8oc5kp-5ejYubvAkynZk9g-_qGOXO9s0QCLcB/s1600/xmen1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://4.bp.blogspot.com/-DKu87hJkazo/Vz_hnjH87yI/AAAAAAAAIVM/8oc5kp-5ejYubvAkynZk9g-_qGOXO9s0QCLcB/s400/xmen1.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E por isso mesmo que, Apocalypse também é considerado um falso deus por Charles, pois ele é aquilo que a história sempre repetiu: sempre haverá alguém que vai adquirir poderes demais que nunca vai perceber que isso é uma dadiva que é para ajudar os outros, mas que acaba se colocando como centro de tudo. Cada mutante, com suas habilidades, tem a inevitável obrigação de saber usar seus poderes e aturar as consequências de usá-los, com a consciência de que eles não vivem sozinhos e o compartilhamento é importante. Isso acaba como uma grande alegoria, o que sempre foi o ponto forte da equipe. O mundo está um pouco mais aceitável para os mutantes mas isso não signifique que isso seja um felicidade plena. Igualar os lados, matando todos os humanos ou mutantes, como se fosse uma Guerra Fria racial, o que tem que se aprender é unir os dois lados afim de um bem comum a todos.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-STNsZuZ2gIY/Vz_cCP0XnOI/AAAAAAAAIUY/5AcbBdxqrVUvai7WwQVjkgbCZld4l8Y3QCKgB/s1600/xmna19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-STNsZuZ2gIY/Vz_cCP0XnOI/AAAAAAAAIUY/5AcbBdxqrVUvai7WwQVjkgbCZld4l8Y3QCKgB/s400/xmna19.jpg" width="400" /></a></div>
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De certo modo acaba sendo o reverso do pensamento de Bolivar Trask no filme anterior: se ele pensava que o fato dos humanos ficarem obsoletos perante os mutantes é o que acabaria a Guerra Fria, aqui entende-se que o mal uso do poder, de qualquer lado, é o que nos levaria a aniquilação. A solução do conflito final foi dado, pela mídia, como algo "divino", sendo que foram feitos por gente que lutou contra a ideia do poder absoluto. Mas demonstra-se algo interessante dentro da abordagem de se trabalhar pesadamente em cima de uma timeline real a história dos X-men, é que no fim das contas a presença dos mutantes de certo modo não afeta tanto as grande mudanças históricas, mas obriga o mundo a uma melhor percepção do próximo mesmo que tudo indique ao contrário disso. Mas nada dessa alegoria não daria certo se não tivesse Oscar Isaac por trás de uma icônica atuação e interpretação do personagem. Fala mansa, extremamente auto-confiante, ar de superioridade e de temor quando demostra seus poderes, acaba sendo digno do legado do personagem. Sendo que ia ficar maravilhoso só discursando, mas se comprova também um ótimo desafio nas acenas de ação, alternando entre a consciência e o real trazendo algo de novo para as cenas de climax em um filme de ação, uma das mais originais do gênero.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-SQCWSCbb-D0/Vz_cDtzdRUI/AAAAAAAAIUg/eqEaVZVmB1ASCxEFoB9UGCdQ9uARkbUSQCKgB/s1600/xmna25.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://4.bp.blogspot.com/-SQCWSCbb-D0/Vz_cDtzdRUI/AAAAAAAAIUg/eqEaVZVmB1ASCxEFoB9UGCdQ9uARkbUSQCKgB/s400/xmna25.jpg" width="400" /></a></div>
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Falando disso, vale citar a fantástica aparição do Arma X (Hugh Jackman), fazendo as pessoas se empolgarem em ver o Wolverine na tela depois de um BOM tempo. E com isso vale também citar que este é, de fato, o filme mais fiel dos personagens até agora nas telas, provando o que muita gente criticava sobre Bryan Singer não conhecer e gostar dos personagens. Ele não trouxe só fidelidade visual e narrativa, mas também foi bem inteligente de auto-homenagear a franquia, como já dito aqui, fazendo as homenagens serem muito mais do que apenas isso, invocando momentos que de certa maneira fecham tematicamente a velha trilogia mas que ganham significado e profundidades completamente diferentes na nova trilogia. Esse ponto é melhor mostrado na ótima cena entre a Arma X e a Jean Grey. É empolgante ver a volta do Coronel Stryker (Josh Helman), mostrando que desde os eventos de DOFP ele tem se mantido de olho em atividades de Xavier e cia enquanto preparava seu próprio exército pessoal, ver que os Sentinelas dando as caras novamente, ver os personagens bem caracterizados, isso pra quem é fã da franquia, seja nos filmes ou nos quadrinhos, é muito recompensador.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-fQrRcj7g8DI/Vz_b810CtQI/AAAAAAAAIT4/ScDVQ34Ii8omyWwjnmUYpOCkBrJqU-bhwCKgB/s1600/xaft06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://3.bp.blogspot.com/-fQrRcj7g8DI/Vz_b810CtQI/AAAAAAAAIT4/ScDVQ34Ii8omyWwjnmUYpOCkBrJqU-bhwCKgB/s400/xaft06.jpg" width="400" /></a></div>
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E falando em recompensador, a cena pós créditos, apesar que pra maioria a primeira vista seja algo comum, trás imensas possibilidades para o futuro da franquia, indo além dos filmes dos 'X-men'. Essex é a empresa pertencente ao clássico vilão dos mutantes, Nathaniel Essex aka Mr Sinister, que tem envolvimento direto na criação do filho entre Jean Grey e Scott Summers, Cable, personagem que vai estar presente na sequência do <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3aYp-pJO9FA">Deadpool</a>, além de poder levar o grupo de assassinos mutantes chamados Marauders as telas novamente (vocês acham que a Psylocke sobreviveu de graça no final? Eu não). Mas outro ponto importante é que eles tem o sangue do Wolverine nas mãos, que pode gerar futuramente a X-23, que deve aparecer no filme da X-Force e, aparentemente, o <a href="http://collider.com/female-wolverine-x-force-bryan-singer/">lobby</a> do Bryan Singer de ter a personagem nos filmes deu certo...<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-I4YMpNWBNGo/Vz_hnMg_MwI/AAAAAAAAIVI/0sVhmYGalKsRxphQ9IZcHcgtUJ8h-l5OwCLcB/s1600/2021881-1317055662.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-I4YMpNWBNGo/Vz_hnMg_MwI/AAAAAAAAIVI/0sVhmYGalKsRxphQ9IZcHcgtUJ8h-l5OwCLcB/s400/2021881-1317055662.jpg" width="265" /></a></div>
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Minha unica reclamação em relação ao filme é que mesmo que o pace dele seja bem fluido e a simplicidade da história (e o nível de poder do inimigo) facilite isso, ele não teve um momento de pausa, ou uma cena ou outra extra que pudesse melhor explorar as motivações de certos personagem ao invés de apenas oferecer a informação principal e ir adiante. Nos personagens já solidificados pelos filmes anteriores fica mais fácil entender suas motivações, mas isso afeta especialmente os mais novos. Há uma cena estendida e deletada dos "novos mutantes" dentro do shopping (como a imagem abaixo mostra), porém quem sofre mais nesse quesito é a Storm especialmente, do qual sua opinião dela muda no final em um estalo e mesmo você entendendo os motivos para aquilo, faltou explorar melhor a visão dela em relação aos outros Horseman, que nem seja em um só momento, pra aquilo tornar mais verossímil.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-zNY32_vFTgI/Vz_cQvydsxI/AAAAAAAAIUk/f4MIsr9dN0kQS94jN1xg2666RmnT2D_nACKgB/s1600/chmqllvwyaawyyr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-zNY32_vFTgI/Vz_cQvydsxI/AAAAAAAAIUk/f4MIsr9dN0kQS94jN1xg2666RmnT2D_nACKgB/s400/chmqllvwyaawyyr.jpg" width="400" /></a></div>
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No fim, 'X-men: Apocalypse' trouxe um filme bastante divertido e uma bela carta de amor da franquia. Não é melhor que seu antecessor (que ainda é o melhor filme da saga) mas ainda sim uma sólida adição a franquia. Um filme que, mesmo sendo pesado na ação, ainda te faz pensar no real papel da fé, aonde investi-lá e o que isso de fato significa. Se o passado era confuso e aparentemente perdido, o futuro guarda agora novos horizontes e fronteiras grandiosas do nível de uma franquia e equipes de tal importância.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-GTjp0IBFrwI/Vz_b_ie2hzI/AAAAAAAAIUI/AKj-Uq34pkAqDCJienbNOnQZxZUTVq3hgCKgB/s1600/xmna04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-GTjp0IBFrwI/Vz_b_ie2hzI/AAAAAAAAIUI/AKj-Uq34pkAqDCJienbNOnQZxZUTVq3hgCKgB/s400/xmna04.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>NOTA: 8.0</b><br />
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PS: Eu não sou muito fã da banda, mas a cena da transformação do Anjo é a coisa mais heavy metal já feita num filme de quadrinhos, e agradeço eternamente o Bryan Singer por isso.<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kLHnP7-90Ks" width="420"></iframe>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-11874787896256318882016-05-09T04:00:00.000-07:002016-06-06T16:12:05.570-07:00Homens Ainda São Bons: A Jornada do Homem de Aço em 'Batman v Superman'<div align="justify">
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-BQuhcby0VHM/Vx6zKdZx2eI/AAAAAAAAIRw/XC2SK_J0fAMKeZNkqZ2W4kjYStSlUQDPACLcB/s1600/Batman%2Bv%2BSuperman%2B%25282016%2529%2Bby%2BCraft%2Band%2BGraft%2B%2B02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-BQuhcby0VHM/Vx6zKdZx2eI/AAAAAAAAIRw/XC2SK_J0fAMKeZNkqZ2W4kjYStSlUQDPACLcB/s400/Batman%2Bv%2BSuperman%2B%25282016%2529%2Bby%2BCraft%2Band%2BGraft%2B%2B02.jpg" width="283" /></a></div>
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Bem, finalmente '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">Batman V Superman: Dawn of Justice</a>' foi lançado nos cinemas, e a reação, por incrível que pareça, foi de maneira igual, porém de proporções bem mais exageradas, se comparada a 'Man of Steel'. E claro, isso novamente gera de uma reação que, em sua maioria, não atendeu ou não se abriu ao fato que essa é uma nova versão do personagem, que abre todo um novo leque de interpretações e pensamentos afim de que se evolua (ou no caso, continue evoluindo) o mesmo. Então, se em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>' temos um Superman lidando com uma jornada de auto-descoberta, enquanto suas ações, seja em pequena ou grande escala, fazem que as pessoas mostrem o melhor delas. Mas uma coisa é atingir um pequeno contingente de pessoas, outra coisa é se expor ao mundo inteiro, do qual as reações vão vir de maneira BEM mais agressiva. Esse editorial procurar analisar a jornada do personagem, no ponto de vista com dentro e fora dos quadrinhos, para que possa ajudar as pessoas entenderem o que foi feito naquilo, que mesmo com um Batman e Mulher Maravilha, ainda sim é um filme sobre o Superman. Continua abaixo:<br />
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<a name='more'></a><b>"O Filho se torna o Pai, e o Pai se torna o Filho"</b><br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-kgxQ4S08y4A/Vx6y_ccs-HI/AAAAAAAAIRo/4-vC3Teo3YgBcn06K3d_FRLS6hYvpWIYQCLcB/s1600/kevin-costner-clark-kent-jonathan-kent-man-of-steel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://3.bp.blogspot.com/-kgxQ4S08y4A/Vx6y_ccs-HI/AAAAAAAAIRo/4-vC3Teo3YgBcn06K3d_FRLS6hYvpWIYQCLcB/s400/kevin-costner-clark-kent-jonathan-kent-man-of-steel.jpg" width="400" /></a></div>
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Vemos Superman neste filme, sendo, bem, um herói, mas que tipo de herói é bem importante definir. Em 'Man of Steel', Clark se tornou um herói por uma escolha até então imposta e depois mantida, vinda de algo que esteve sempre enraizada nele: de que ele é uma boa pessoa, e com os poderes que tem, ele deve ajudar essas pessoas. Vemos que Clark também foi criado, de certo modo, em uma "cultura de medo". Ao mesmo tempo que os Kent queriam que ele tivesse as melhores escolhas de vida possíveis, sempre houve uma preocupação e um receio de que algum desvio no caminho pudesse levar seu filho a ser uma má pessoa, e com isso a utilizar seus poderes para o mal.<br />
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Alias, é a preocupação normal de qualquer pai querer que se filho se torne a melhor pessoa possível, mas como humanos, temos inclinações para caminhar nos dois lados. Mas a conversa de "você é especial, e merece ser alguém especial", nesse caso, é muito válida, e de uma educação "extrema" para que Clark fosse e entendesse sobre a importância de ser bom, também teve exemplos extremos (como o sacrifico de Jonathan Kent) que o levaram a questionar e (re)pensar suas escolhas, como<b> humano</b> que de fato ele se sente.<br />
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Chegando a esse ponto, percebemos que 'Man of Steel' é sobre escolher a pessoa que você quer ser, enquanto 'Batman v Superman' lida com as consequências sobre a pessoa que você escolheu ser. E a partir desse fato, vemos que as ações de seu pai de criação volta a se repetir aqui. Superman decide proteger a terra, tentando fazer suas ações falarem por si, sendo a mão amiga em desastres e impedindo maios catástrofes acontecerem, tentando evitar em problemas que possam ocasionar em crises políticas maiores. Mas isso, as vezes leva a escolhas de cunho pessoal. Salvar Lois e levá-la a um lugar seguro é uma escolha dessas, mas as consequências é deixar a vila onde ela estava desprotegida dos ataques da ditadura local. Não se pode salvar todo mundo, pois só Deus é onipresente e onisciente (chegaremos depois nessa questão). E a pergunta que a própria Lois faz depois que é salva é: "como você pode me amar e continuar a ser você?"<br />
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Particularmente, sempre vi que Pa Kent sempre quis que seu filho tivesse a opção de escolher o que ele quis ser, mas sempre esteve claro para ele e para Martha que ele estava destinado a coisas maiores que uma fazenda. O conflito principal de Jonathan Kent é o medo dele, como pai, de que seu filho não esteja preparado para seja o que for o que escolher fazer de sua vida com as capacidades que tem. Clark salvou as crianças de se afogarem do ônibus, mas ele deveria ter feito isso? E se deixasse todos morrerem, isso valeria a pena para manter o seu segredo? Ao fazer isso ainda jovem, ainda cheio de duvidas e receios, Clark reafirma o seu proposito, ao mesmo tempo que entra no embate de tentar conviver com os outros guardando segredos. A lição que fica desde cedo para Clark é que não é apenas agir, mas aguentar as consequências do mesmo. Então Jonathan sempre tenta tirar a melhor mensagem das situações, mas chega a momentos extremos que você tem que fazer uma escolha. E pra provar seu ponto, Jonathan foi a extremos de se sacrificar para que seu filho não revelasse seus poderes em publico.<br />
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Naquele ponto Clark, mesmo entrando na vida adulta, ainda não estava pronto para entender e fazer uma escolha válida em sua vida com os poderes que tem. Zombava da vida que levava e de ficar preso tanto tempo, querendo conhecer o mundo, mas não para achar a si mesmo. Anos depois, vemos Clark, adulto, passar pelo mesmo dilema que Jonathan encarava com o jovem Clark, mas com uma diferença crucial: não lhe foi dada oportunidade de falar. Como a Senadora Finch diz, se em uma democracia, as coisas são resolvidas numa conversa, rapidamente isso é jogado por terra quando quando ela diz que o "diálogo" com Superman é uma "decisão unilateral" tanto quanto suas ações. Deixa a impressão que fazer o que eu faço não vale de nada, especialmente quando certas situações escalam do simples ao complicado. Jonathan, por um lado, lidava com algo "simples" por comparação. Clark, como adulto, encara as consequências de suas ações em escala global.<br />
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Essa versão do Superman não procura se expor publicamente, dando entrevistas e contando sobre sua vida. Ele está ali para ajudar, e não para servir, e pelo exemplo, esperava-se que outros começassem a fazer o mesmo. Mas o mundo o conhece em uma de suas horas mais negras, quando um ataque terrorista interplanetário destrói o centro de Metropolis. Se muitos os vêem como o salvador daquela situação, há já o preconceito enraizado de "alguma hora ele vai acabar que nem eles." É o poder das palavras sobrepujando o poder das ações, o que de fato acaba sendo uma ironia: se antes o filho tinha dificuldades de entender o pai por meio de suas palavras, as ações demonstravam muito bem seu ponto. Já adulto, ele entende o ponto de vista do pai, de suas ações falarem por si, e mesmo assim não ter voz de resposta no diálogo, especialmente quando a sua impopularidade sua cresce.<br />
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Algumas ações, por mais boas que sejam, pode gerar resultados indiretos ruins. Mas no fim das contas, na nossa condição de humanos, somos falhos em tentar concertar todos os problemas do mundo. O que precisamos é ter alguém que nos coloque nos eixos e que nos faça ter a certeza que as escolhas que fazemos, no fim das contas, nos mostrem que vale a pena investir em fazer o bem e seguir em frente com isso, mesmo com algumas pedras no caminho nos desanimem. Clark sempre teve o amor pela humanidade, e isso é o que move a ser Superman, mas precisa de Lois e de Martha pra as vezes ponderar sobre questões que mesmo seus super-poderosos ombros não conseguem carregar sozinhos. Elas são figuras que dão apoio ao as ações de Clark quando ninguém parece mais dar.<br />
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E aí mora a importância da cena em que Clark encontra o "fantasma" do pai: mostra que no fim das contas, o objetivo do pai e filho era mutuo, e por mais tortuosa que seja a estrada para essa realização, por causa da natureza super protetora de Jonathan e dos eventuais conflitos entre pai e filho, ela se concretizou. Clark não precisava de alguém para responder suas duvidas naquele momento, pois teve alguém que teve a vida toda ensinando essa lição. Aquele momento todo, é de auto reflexão, de maneira oposta de como isso ocorre com Bruce no filme, mas que especificam bem os personagens e seu combustível para fazer o bem: Clark precisa de motivação para se sentir esperançoso e entregar essa esperança em troca, enquanto Bruce precisa constantemente alimentar seus medos para se lembrar, e se sentir confortável, em combater o crime. A solução que fez Jonathan seguir em frente, foi Martha, o seu "mundo", e seguir em frente agindo da maneira que considerava melhor porque sabia que, nos momentos bons e ruins, teria alguém para lhe lembrar porque vale a pena continuar e acreditar em si.<br />
<br />
E isso é claramente mostrado no final do confronto com Doomsday é "[...] onde ele finalmente percebe o que Jonathan significava, reconhecendo que Lois tornou-se o que sua mãe tinha sido para seu pai. Para ele, como Jonathan, o novo senso de propósito é imediatamente claro, mesmo com a trilha sonora do filme conduzindo o repouso do ponto. Realmente não deve ser subestimado: este é um dos, se não o momento mais humano imaginável para o personagem, com Clark mortal, lesionado, e não realmente pensando em ser um herói ou de compreender seus deveres para com a humanidade. Ele é apenas um homem que encontrou uma mulher para amar, como seu pai antes dele, que havia se tornado "o seu mundo".Tendo finalmente feito o caminho de um homem - não um Superman, ou estrangeiro, ou qualquer outra coisa - e ter experimentado a dor e o medo que, de acordo com Batman, eram as únicas coisas que faz a bravura ser possível, ele abriu um sorriso, beijou Lois em adeus, e voou em direção a sua morte." (<a href="http://screenrant.com/batman-v-superman-best-story-movie/">Screenrant</a>)<br />
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E em sua morte, assim como na morte de Jonathan Kent, houve uma reavaliação das lições dele em vida, e uma busca para a partir de agora aplicá-las para sermos pessoas melhores por parte de quem sobreviveu. E isso casa com um velho tema do Snyder como diretor, que o sacrifício define o herói. É como a frase que Marlon Brando (e Brandon Routh) tinha dito antes, que se alinha com aquilo que é o cenário de todos os filmes de Zack Snyder: decisões grandiosas e consequências reais em um mundo surreal. O sacrifício, assim como a critica ao longo da jornada, nunca é em vão. A vida é de fato um eterno aprendizado, tanto para quem ensina quanto pra quem aprende.<br />
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<b>"Não falei que o Superman é real, eu disse que Deus é real"</b><br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-3tWScaj5n5s/Vx6wTDdZ8GI/AAAAAAAAIRI/7eWo6HEzieYdGPi5u6VUZigQTnNfP87qQCKgB/s1600/Batman-v-Superman-Dawn-of-Justice-Superman-Flying.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://1.bp.blogspot.com/-3tWScaj5n5s/Vx6wTDdZ8GI/AAAAAAAAIRI/7eWo6HEzieYdGPi5u6VUZigQTnNfP87qQCKgB/s400/Batman-v-Superman-Dawn-of-Justice-Superman-Flying.jpg" width="400" /></a></div>
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Esta frase acima, é tirada de Watchmen, que também é outra adaptação feita por Zack Snyder, quando se fala do Dr Manhatthan, personagem de poderes ilimitados que é tipo também como uma quase figura divina em sua história. Mas não citei Watchmen aqui para servir de paralelo aos eventos desse filme, mas essa frase é o ponto de partida que revela de fato quem é o grande vilão do filme. Não é o Batman, nem o Lex Luthor. Somos todos nós, Luthor e Batman inclusos, e a imagem que refletimos sobre quem queremos que o Superman seja.<br />
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O filme todo gira ao redor da opinião publica divida sobre o Superman, e suas ações no mundo. Como já falamos antes, o ponto de partida no masterplan de Lex Luthor é exatamente uma pequena aldeia da Africa ter sido massacrada por ditadores locais logo após Superman impedir que Lois Lane morresse. mesmo sabendo que o catalizador desse evento foi uma emboscada planejada pelos capangas de Luthor (entre eles KGBeast), nem os moradores da aldeia, nem o mundo sabe. Só sabem que Superman preferiu salvar uma pessoa do que proteger uma vila inteira. E isso é só mais uma das muitas reclamações sobre os atos dele ali, de ambos os lados. Há discussões sobre botarmos regras nele ou não, o que sua presença faz de nós humanos, afetando as visões religiosa e geopolítica. E é irônico pensar que, dentro do filme, isso parte de algo simples e canônico nas histórias, de Superman salvar a Lois. Vimos isso acontecer em 'Superman 2', mas o filme não se prende a ramificações políticas do mesmo, pois na época não se pensava e não interessava em ver o personagem por essa ótica.<br />
<br />
E o lado político pesa muito dentro do filme, e é até então a primeira grande barreira imposta ao Superman. A Senadora Finch (Holly Hunter) não é exatamente uma antagonista no sentido de "vilã", é mais como uma intermediadora do governo. Ela não o vê como uma ameaça, o que ela procura é, dentro dos poderes que ela tem, fazer que ele se responda ao governo daquele que diz ser seu país de criação, pois ela, representada pelo governo, o vê como um soldado, fato este confirmado em seu funeral em Washington. E como todo soldado que age por si, o governo precisa que ele lhe dê respostas de seus atos. E diferentemente de Lex Luthor, ela não pode permitir que alguém crie algo que tire a vida de um de nossos (considerado) soldados. Isso impõe uma contradição interessante ao papel do Superman em 'The Dark Knight Returns', mas haverá uma outra hora onde irei explorar essas (e muitas outras) conexões entre essas duas histórias.<br />
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Vemos esse conflito entre herói/deus/soldado na montagem em que é mostrado vários resgates feito pelo Superman intercalado com uma série de entrevistas. vemos imagens evocativas de figuras divinas,como carregar a cruz/navio e pedir ajuda e salvação ao deus-sol, sol este do qual Superman está cuidadosamente posicionado sobre. E curiosamente, temos um callback a 'Man of Steel', onde vemos pessoas pintadas de caveira o "enterrando" em salvas e agradecimentos. Se as caveiras antes o enterravam no pesadelo que ele tinha medo em não conseguir evitar que acontecesse, agora essa mesma imagem mostra de fato exatamente o peso da que a humanidade joga sobre ele com sua visão divina.<br />
<br />
Mas no conflito direto do filme, Lex Luthor e Batman demonstram realmente essa visão sobre ele que se torna o verdadeiro antagonista, de maneira muito mais agressiva. São dois personagens que sofreram grandes traumas na infância, e não teve nenhum Superman para salvá-los. E isso os moldou como os adultos que se tornaram. Um acha que o o mundo só faz sentido se você implantar o mesmo sentido a força, enquanto o outro se constrói como absoluto, pois reconhece que o potencial humano pode atingir o máximo do poder, e ele é alcançado abraçando exatamente as imperfeições humanas. Alguém perfeito e absolutamente bom é um paradoxo que deve ser não somente eliminado, mas provado errado. Como bem disse o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=hNR5GoaHka0">Nerdnest</a>: "se ninguém, nem mesmo deus, pode ser totalmente bom, deveríamos pegar esse poder para si?"<br />
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E nesse momento, vemos que, como Watchmen, a relação entre os humanos e a "divindade "se trata, no fundo, sobre poder. Ao poder que é dado ao outro, a confiança que lhe é dada ao individuo de como usá-la (se tiver essa confiança em primeiro lugar), e como, ou se podemos utilizar esse poder a nosso favor. No caso do Superman, temos alguém que está constantemente tentando convencer as pessoas que ele é merecedor de possuir isso pelas ações que toma, que é exatamente usar isso para ajudar as pessoas, mesmo que certas auto-imposições acabaram sendo quebradas quando seu lado humano fala mais alto. Mas é sobre isso no fim das contas não? Superman não é deus, não é onisciente e onipresente, mas tenta, com os poderes que tem e como a pessoa que é, ser e agir como o melhor que pode. Então, todo o repúdio e pressão colocadas sobre o Superman mostra seu real papel no filme, como diz Mark Hughes a <a href="http://www.forbes.com/sites/markhughes/2016/03/29/zack-snyder-loves-superman-and-batman-v-superman-proves-it/">Forbes</a>: "[...] essas coisas são todas destinadas a criticar Superman e o que ele representa. O truque é, você deveria perceber que eles estão todos errados, porque esse é o ponto real do filme - zombar e criticar o Superman está errado."<br />
<br />
"Superman se mantém em um contraste gritante com o mundo cínico que vive. Ele quer ser um símbolo de esperança, ele quer usar seus poderes para o bem, ele quer inspirar-nos a superar nosso ceticismo e aprender a ter fé novamente, para acreditar que haverá bons dias em nosso futuro. Então ele levanta todos os dias e vai para nos salvar, para nos redimir por si próprio, mesmo quando dizemos-lhe para parar e ir para casa. Superman é idealista, e Batman v Superman demonstra isso toda hora."<br />
<br />
Ele foi criado para ser um bom indivíduo, e na hora certa, a sua criação como pessoa o guiaria no caminho que escolheu. Mas o caminho dos bons é tortuoso, e é de se esperar que, nos dias de hoje, haja desafios que tente impedir isso. E vivemos num momento, que nós, como sociedade, temos a tendência de levar discussões sobre alguma coisa a extremos, tentando provar nossas opiniões no berro além de sentar e analisar de fato a respeito, fruto isso da ignorância e medo do futuro, especialmente quando de certo modo estamos dando uma autorização ao outro de afetar as nossas vidas. Como fala <a href="http://www.audienceseverywhere.net/zack-snyders-superman/">Dave Shreve</a>, sobre a cena do capitólio:<br />
<br />
"[...] mas, para ele (Superman), (o atentado) não é tanto um princípio ou credo, pois é uma declaração do problema. Ele é desanimado não por obrigação, mas na realização de sua posição fictícia em uma paisagem moral não-ficcional. É quase como se ele estivesse ciente que ele foi removido do mundo dos quadrinhos de certeza moral, sua casa fictícia à oito décadas, e colocado em um mundo que faz com que sua existência conceitualmente impossível.
Superman, em Dawn of Justice, não é relutante em ser um herói, ele só existe no purgatório dos super heróis que é de 2016. "<br />
<br />
Mas então, como Superman consegue se sobressair a essa, até então, insuperável situação? Vamos chegar lá em breve.<br />
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<b>Liderança pelo exemplo</b><br />
<b><br /></b>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-HVLE8LsUxd8/Vx6wOey0vmI/AAAAAAAAIRE/0f_bSf2GUu09O9fSdjWdX2TUSPnBrO_BwCKgB/s1600/batman-v-superman2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-HVLE8LsUxd8/Vx6wOey0vmI/AAAAAAAAIRE/0f_bSf2GUu09O9fSdjWdX2TUSPnBrO_BwCKgB/s400/batman-v-superman2.jpg" width="400" /></a></div>
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A palavra chave para a jornada de Clark Kent para se tornar de fato Superman em 'Man of Steel' são duas: escolha e limites. Clark procura descobrir de onde veio para tomar, de fato uma decisão em sua vida, e as circunstâncias forçaram a ele virar o herói, papel este que acabou aceitando em sua vida. Se ele tinha limites durante a infância do que poderia fazer, quando adulto esses mesmos limites são impostos em seu grande desafio de salvar a terra. Sabemos que matar é ruim, mas mesmo assim, devido ao limite que Zod impôs sobre ele, Clark acabou o matando. Mas importante frisar, essa não é uma escolha primária feita da parte dele, ela é forçada pelas ações do outro. Zod teve muito mais controle (e culpa) das ações do terceiro ato de 'Man of Steel' do que Clark. Mantenha isso em mente, pois é importante.<br />
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Cortamos para dois anos depois, onde a primeira vez que vemos Superman, é em uma situação que ele é manipulado a estar lá, afinal, Lois se meteu em perigo enquanto entrevistava o senhor das armas local, e logo após os capangas de Luthor chacinarem a todos, Superman vem ao resgate de sua amada. Mas não sabemos, a principio, que KGBeast e seus asseclas estavam lá a mando de Luthor. E Superman sair do local e deixar as defesas baixas para que a ditadura local chacinasse a todos foi uma atitude, de fato, errada. Superman poderia ter derrubado o traficante ou a ditadura que se mantém na região facilmente? Sim. Mas vemos depois que Superman não interfere nesse tipo de conflito exatamente pelas complicações politicas que isso gera.<br />
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E complicações politicas são o que de fato acontecem, com a Senadora Finch abrindo uma comissão para regular as ações do Superman no país e no mundo. E vemos que as ações em que ele ajuda os outros, salvando de desastres ou impedindo que os mesmo aconteçam, não são o suficiente. Interessante a cena que mostra o apartamento de Wallace Keefe (Scott McNairy), e que os recortes de jornais mostram que não só se resumem a desastres naturais ou acidentes humanos de grandes escala, mas também questões mais mundanas como assaltos, por exemplo. Mesmo que acabe sendo um grande easter egg de ações dos filmes anteriores do personagem, mostram que, em sua essência, ele ainda é o mesmo personagem das revistas, e que defende as mesmas coisas.<br />
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Seu antagonismo com o Batman é por levar a ideia de justiça a extremos, sem pensar nas consequências, e mesmo quando intervem, é em forma de aviso, sem necessariamente procurando conflito direto. Ele procura tentar fazer os jornais denunciarem, mas estão preocupados com outras coisas que consideram mais importantes, tanto para eles quanto empresa quanto para o publico que o lê. Quem não ia se importar com um vigilante torturando bandidos e oprimindo cidadãos no processo? Ele tenta pressionar Perry a aceitar a pauta, mas ele nega veemente, pois na sua posição como editor, não acha que isso vende jornais.<br />
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O que Clark está fazendo é bom, é justo, mas mesmo assim ainda é criticado, julgado, e pior, desprovido de uma explicação de sua parte. As ações parecem não fazer valer o que ele busca, e por mais que ele tente apertar nessa tecla, a pressão publica é demais. Como foi dito antes, as pessoas projetam a imagem dele de várias formas, apesar dele mesmo não se projetar desse jeito. Mas ele, como repórter, entende que a recepção do publico é imprevisível, por mais que você planeje demonstrar algo de bom para eles. Mas o que o repórter compreende, o indivíduo tem dificuldades em lidar. Mas é a vida que ele abraçou para si, e tenta, tando como jornalista e herói, fazer seu ponto valer. Como diria o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Gentileza">profeta</a>, a mensagem que Superman passa é "gentileza gera gentileza". Não é só ser bom, mas repassar o bem a outros. Voltaremos a isso também mais a frente.<br />
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Então acontece a cena do Capitólio, onde Superman supostamente deveria responder sobre suas ações. Mas aí, descobre-se que o dialogo só iria ocorrer de um lado, com os julgamentos e imposições do estado sobre o herói, e logo após a intervenção de Luthor estragar os planos de Superman e de Finch, explodindo o local e causando inúmeras mortes. Superman não vê que o incidente em Washington era iminente pois, em suas palavras, não estava procurando por isso, pois acreditava nas pessoas e que a bondade que ele compartilhava iria fazer o mundo dar este mesmo voto de confiança de volta. O salto de fé ali não se pagou. Ele contava que, mesmo com duvidas e receios, a humanidade ainda era boa, que haveria espaço pra diálogo, seja qual for. Mas não era o caso. E quando a bomba explode, o simbolo é naquele momento quebrado pela vontade alheia. E para alguém que lutou tanto pelo direito de escolher por si, viu seu destino novamente ser prendido a essa mesma vontade alheia. Naquele momento, tudo que ele fez pareceu que não adiantava, e tudo aquilo construído naqueles dois anos é destruído.<br />
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E então, para surpresa de todos, Jonathan Kent volta como um "fantasma introspectivo". Sabemos que Clark está sozinho, mas as histórias, as lições, a memória do pai, ainda estão vivas na cabeça dele. Há um grande erro de interpretação sobre o que foi dito daquela cena por parte de muitos, mas eles não poderiam estar mais enganados. Obviamente Jonathan não queria que a fazenda vizinha fosse alagada, mas a ação que ele tomou foi de salvar a sua, porque essa era a sua prioridade. Vimos como isso afeta o Superman como pessoa, mas isso demonstra algo bem claro ao ponto de vista sobre a mensagem que o personagem quer passar: controlamos nossas ações, e por consequência nosso destino, mas algo mais difícil é tentar controlar o destino de todos. Haverá momentos de falha, mas o sentido é nunca parar de tentar fazer o bem, e ter alguém que nos faça lembrar isso.<br />
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E aí voltamos ao tema da escolha. Clark decide voltar a sua amada, mas acaba no processo entrando no jogo de Luthor. Ao confrontar Batman, ele não procura se corromper e exatamente matá-lo como Luthor queria que fosse feito. Em paralelo, o que ele fez com Zod foi uma necessidade do momento não imposta por ele. Ele entra na briga, não para matar o Batman e a principio tentando estabelecer um diálogo, mas também há limites para tudo, até para se oferecer a outra face. Ele tem consciência se quisesse Batman morto, ele faria. Mas não é sobre isso que ele está ali. Sim, ele é um Clark que conheceu as maldades do mundo, mas como foi muito bem mostrado em 'Man of Steel', a presença e seus atos ali influenciam aqueles ao redor a tentarem ser melhores. Tudo que ele faz a partir da ameaça de Luthor, é para tentar comprovar que as pessoas ainda são boas, mesmo que a principio pareça que ninguém permanece bom para sempre.<br />
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Mesmo que ele morra, ele coloca a preocupação com a mãe em primeiro lugar. E no momento que diz Martha, isso começa a se pagar, quando Batman percebe o quão grande é o erro que ele comete. Mas como isso afeta o Batman vai ser explicado mais a fundo em outro texto. E no caso de Clark, isso cementa a decisão que ele faz no final. Doomsday, a personificação de todo ódio e todas as falhas de Superman, sai da sua tumba para causar destruição. Quando ele pega a lança, sabia que ia morrer, mas fez com a certeza de que ele entrou nesse caminho por isso. Para salvar as pessoas que ama e o planeta que o acolheu, mesmo o julgando mal, valia a pena se sacrificar, pois era um ato de amor. E para demonstrar esse ato de amor foi escolhido um ato extremo, mas consciente, de que a decisão era dele, e que não iria deixar o outro subjugar sua vontade sobre isso.</div>
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E aí, não só descobrimos o limite da pessoa física, mas que o simbolo que ele construiu é ilimitado. Vemos que um antes um Superman despreparado e em formação teve real iluminação de sua missão, e a fez valer. Vemos que, como outros exemplos anteriores na humanidade, só não tocamos da importância de certas figuras quando as perdemos. E seu sacrifício, nos uniu como indivíduos pela tragédia. Se antes, víamos Superman como nossa ligação a Deus, e projetamos nossos desejos e frustrações com o mesmo a ele, agora o mantemos no chão, assim como os nossos metafóricos pés em relação ao que ele foi em vida e o que ele nos queria dizer. "Quer ver o seu monumento? Olhe ao redor." E pra isso e por isso que temos que nos unir: por amor ao próximo. Para utilizar o poder que temos, seja muito ou pouco, para fazer de nós todos heróis. Mas todos realmente entenderam a intenção do ato? Seremos melhores por causa disso daqui para frente? Não se sabe. Mas se sabe que isso afetou as pessoas certas, afinal a Liga da Justiça está vindo aí...<br />
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<b>"I see the end"</b><br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-rPj09GBMbLk/Vx6wTrJ9xWI/AAAAAAAAIRM/kv_U0nVoWjk__QHzAKXrOYMaVC_jutJuACKgB/s1600/batman-v-superman-lex-luthor-gives-superman-orders_3xuf.640.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-rPj09GBMbLk/Vx6wTrJ9xWI/AAAAAAAAIRM/kv_U0nVoWjk__QHzAKXrOYMaVC_jutJuACKgB/s400/batman-v-superman-lex-luthor-gives-superman-orders_3xuf.640.jpg" width="400" /></a></div>
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Essa é uma frase de Lex Luthor dita na revista de mesmo nome escrita por Brian Azzarello e desenhada por Lee Bermejo. Ele diz isso a Superman, explicando todo seu ódio e rancor em relação a um calado Superman. Ele explica que vê Superman como um objetivo inalcançável, e que toda a humanidade está ameaçada por sua existência, pois ele enxerga na humanidade um potencial ilimitado, mas também percebe que a escada até a perfeição não é uma trilha para os inocentes. Ele reconhece que tanto quanto nossa capacidade para o bem, mas nossa capacidade para o mal, pode nos levar ao topo. Mas o que acontece quando você chega lá e encontra um ser perfeito E absolutamente bom?<br />
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Essa é a questão apresentada pelo Lex Luthor de Jesse Eisenberg. Vemos aqui que ele se manteve alinhado com sua contraparte dos quadrinhos, mas passando por algumas atualizações e acréscimos a sua personalidade. Vemos no filme as mesmas qualidades dos quadrinhos a mostra: temos o egocentrismo do personagem, assim como a demonstração e a imposição de poder. Temos o lado "cientista maluco" da Era da Prata e do bilionário maligno após a primeira Crise, que juntos refletem bastante o atual Lex Luthor dos Novos 52 e adiante. Mas além disso, tem coisas inseridas a parte: o fato dele ser um "millennial", a psicopatia e a apatia.<br />
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A atualização dele para o perfil de um dos jovens mais ricos do mundo não foi de graça, <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2014/02/5-contra-1-coisas-serem-ditas-sobre.html">comentado</a> por mim anos atrás quando Jesse foi contratado ao papel. pessoas na faixa dos 30 anos tem ficado bilionárias graças a ações na internet e outras inovações tecnológicas, e como os virais do filme deixaram bem claros, a mudança de perfil logo após que Lex Luthor Sênior morreu, de acordo com a <a href="http://fortune.com/contentfrom/2015/10/5/lex-luthor-jr/ntv_a/3dsBA58oDAfxgFA/">Fortune</a>,
que "transformou uma petroquímica envelhecida e com uma maquinaria jurássica pesada em uma queridinha tecnologica".<br />
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E o fato dele pertencer a uma geração "millennial" demonstra também alguns trejeitos de sua personalidade, como por exemplo traços de confiança e tolerância, mas também um senso de direito e do narcisismo (Generation Me, Jean Twenge). Além disso, traços da personalidade deles estão entrelaçados a condição social, normalmente ligado a homens brancos, classe média alta/ricos, que tem o capital financeiro essencial para fazer seus filhos atingirem o potencial de ser "especiais" de fato (Fred Bonner, Diverse Millennial Students in College: Implications for Faculty and Student Affairs). Obviamente nem tudo que se classifica os "millennials" se adéqua a essa versão do Lex Luthor, mas tem elementos claros dessa geração que se estão bem presentes no personagem e que o molda.<br />
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A questão da psicopatia, acho que é o ponto mais divisível entre os fãs, e a principal adição de Snyder ao personagem. mas vendo muitas das ações de Luthor nos quadrinhos, ao longo dos anos, fica difícil não atrelar esse conceito a ele, só que no filme foi feito de maneira muito mais explicita. E de sua psicopatia que o leva a um tema recorrente nos filmes de Snyder: a apatia. Mas se antes a apatia era relacionada a como as pessoas lidavam em negação alguma situação, Lex se torna uma personificação física da mesma, e sua apatia tem que ser constantemente combatida dentro do filme. Outra reclamação de alguns é que ele acabou parecendo muito o Coringa do Ledger, especialmente em relação ao humor, o que é errado tanto em comparação aos personagens e a atuação de seus atores. O humor de Luthor aqui, é utilizado para ofender, irritar, enquanto a base do humor do Coringa, seja qual versão, é de exatamente corromper algo puro e engraçado em algo trágico e assustador.<br />
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E o Lex, como comentei em meu <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/03/batman-v-superman-o-despertar-dos.html">review</a>, é instável demais para se conviver em sociedade, mas ele esconde isso muito bem, porque é extremamente inteligente. Como o <a href="http://nerdifi.com/2016/04/batman-v-superman-re-review/">Nerdifi</a> explica: "Uma criatura socialmente estranha e incorreta, convencido de que ele é um magnata encantador. Ele é dinheiro velho reciclado como um empreendedor. Quando ele tem que improvisar, se enrola, e deixa a verdadeira face a mostra. A cena em que ele discursa no evento em sua homenagem mostra bem isso: sua mente e sua boca funcionam em níveis diferentes." Já o Coringa, especialmente do Ledger, abraça o que ele realmente é, e se diverte com isso. O Coringa do Ledger é um agente do caos procurando proporcionar exatamente isso a cidade, enquanto Luthor utiliza de todos os seus recursos para, basicamente, derrubar e destruir a imagem aquele que ele, e muitos, consideram Deus.<br />
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Além disso, mostra que Lex prefere que os outros sujem as mãos por ele (mas mesmo assim, como foi visto por Lois, se for necessário ele fazer com suas próprias mãos, ele faz), enquanto toda a versão do Coringa sempre o define como alguém que sem,pre põe a mão na massa. Além disso, se o Coringa é mais direto em sua abordagem, Lex "obscurece o significado [de suas palavras] e intenções com duplo sentido, jogo de palavras , sarcasmo, ironia, etc , mas na maioria das vezes ele ou está dizendo a verdade ou suas intenções podem ser descobertos no que ele está dizendo." (<a href="http://www.manofsteelanswers.com/lex-luthor-explained/">MOS Answers</a>) Comparar os dois não é só errado por esses motivos, mas também mostra que, para muitos, não houve a real compreensão sobre o que foi o Coringa do Ledger, ou o Coringa em si, e o Luthor do Jesse. São dois psicopatas sim, mas com trejeitos e objetivos completamente diferentes.<br />
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Mas algo que a versão do filme se alinha bem com a versão do Lex Luthor dos quadrinhos são a razão do antagonismo dele com o Superman. Como vimos no primeiro tópico de discussão, Luthor foi ensinado que, se você não estiver no poder e fazer o que tiver que fazer para alcançar e manter isso, não vale a pena viver. Luthor acredita que o ser humano possa ser absoluto, e em especial, quem tem o dever se ser absoluto é ele. Por isso ele mata, manipula e comanda sem ter remorso, pois tudo é valido para colocar ele na posição que, em seu ponto de vista, nasceu para ser. Se, como comentado no primeiro tópico, "o filho se torna o pai" e vice versa, aqui acontece a mesma coisa com Luthor, com um twist macabro.<br />
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Os virais dão a entender claramente que Lex matou sei pai e tomou a empresa para si, e como dito acima, ainda ostenta a imagem do pai de "magnata encantador", enquanto a verdade é muito mais suja que se apresenta. Tudo que é é nesse filme é ser o reverso do que o Superman é. Se Superman é humilde perante a humanidade, Lex se vi acima dela. Se Superman luta diariamente para salvar vidas, Lex as vê como descartáveis para atingir seu propósito. Se Superman procura concertar erros para um fantasma, Lex tenta manter a imagem do fantasma como escudo para encobrir seus planos. Essa dualidade é <a href="http://geektyrant.com/news/lex-luthors-theme-is-just-a-distorted-and-reversed-version-of-supermans">confirmada</a> pelos próprios temas do personagem, com a canção de Lex sendo uma versão distorcida e reversa a do Superman.<br />
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Além disso, não é só sobre derrubar um Deus, mas derrotar a imagem daquilo que refletimos no Superman, e da culpa que colocamos nele por não existir antes quando precisávamos. E a própria presença do Superman é uma afronta ao pensamentos e crenças de Luthor, pois como assim todo poder foi dado a um ser totalmente bom? Ele não é merecedor disso, pois não tem a coragem de fazer o que tem que fazer, por mais cruel que seja. E por isso, esse poder tem que ser tirado dele, no sentido mais filosófico do que literal, de destruir todo seu trabalho e o que ele representa. E <a href="https://www.youtube.com/watch?v=s-MUzvASr8s">vimos</a> que Lex soube, e até presenciou, coisas dentro da "Fortaleza" que fazem seu medo e paranoia dos "demônios vindos do céu" cada vez maiores.<br />
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Além disso, há a parte má reconhecida e interpretada por muito sobre o conhecimento de Lex Luthor de outros <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Metahuman">meta-humanos</a>. Vemos, que, tirando Batman e Superman, os outros membros da futura Liga da Justiça não necessariamente estão atuando contra o combate ao crime e a paz mundial. Alguns vivem isolados (Diana, Arthur), outros apenas deixam a entender que ganharam seus poderes recentemente (Barry), enquanto outros são, literalmente, um segredo de estado (Victor). É engraçado e bastante original que Luthor tenha denominado nomes a eles, e que como esses nomes de fato soam exagerados e flamboyants se for analisar, mostrando aqui uma oportunidade de Luthor sacanear as mesmas imagens divinas que odeia num ato que demonstra claramente seu tipo de humor. Lembrando que, dentro do DCEU, Superman é um nome dado por Lois e perpetuado a partir do uso entre os militares, e o Batman nunca é chamado de "Batman", mas sim de "Morcego" ou "Morcego de Gotham".<br />
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Isso também, por outro lado, mostra que Luthor não quer só a cabeça do Superman, mas de outros meta-humanos que possam ser considerados uma ameaça, baseado na sua visão de mundo. E se por um lado, a morte do Superman traz a todos inspiração para sermos melhores, perpetuarmos a bondade entre nós, e influenciar a outros heróis seguirem o seu exemplo, o <a href="http://www.manofsteelanswers.com/lex-luthor-explained/">MOS Answers</a> revela uma interessante interpretação que torna o fim do filme interessantemente ambíguo:<br />
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"É fundamental compreender que Lex não quer apenas ver Superman morto. "Eles precisam ver a fraude que você é." Simplesmente matar Superman poderia gerar uma discussão sobre o Superman era um "poder", mas não iria expor o fato de "o poder poder ser inocente" como uma mentira. Apenas matando o Superman, enquanto ele era publicamente percebido como inocente, apenas o remove como um exemplo do poder . Pior, ele o convida para ser martirizado e substituído por outros meta-humanos que perpetuam a mesma mentira. Esta é, de fato, como o filme na verdade termina!"<br />
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E vendo por essa ótica, tudo que ele faz no filme é MUITO Lex Luthor da parte dele.</div>
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<b>A Lança dos Deuses</b><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-pF1TmhzEGPM/Vx6wUZ49MQI/AAAAAAAAIRQ/hk22qO_RlJ82bOR52EGeEZAMhfy00EFqQCKgB/s1600/batman-v-superman-hd-image-7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="285" src="https://4.bp.blogspot.com/-pF1TmhzEGPM/Vx6wUZ49MQI/AAAAAAAAIRQ/hk22qO_RlJ82bOR52EGeEZAMhfy00EFqQCKgB/s400/batman-v-superman-hd-image-7.jpg" width="400" /></a></div>
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A Lança, como arma, é presente em inúmeras religiões, com objetivos diferentes entre si. A mais famosa lança entre as religiões foi aquela usada para perfurar Jesus Cristo na cruz, a Lança Sagrada. Mas temos outros exemplos interessantes, de outras culturas, como pro exemplo a Amenonuhoko, que na mitologia japonesa ajudava os deuses Izanagi e Izanami a criarem massas de Terra, ou a Atgeir de Gunnar na mitologia nórdica, que anunciava com um som (ou uma canção) em antecipação a carnificina que iria ocorrer. E na cultura indiana, temos Vel, lança divina usada pelo deus da guerra Hindu Karthikeya contra o temível Soorapadam. <br />
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A principio, você pensa, o que isso tem haver diretamente com Batman V Superman? Muita coisa. Primeiramente, isso se conecta diretamente com temas da <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2013/12/analisando-zack-snyder-20.html">filmografia</a> de Snyder, como exatamente a humanização do mito. Leônidas mostrou ao mundo que deuses podem sangrar, ao jogar sua lança e rasgar a bochecha de Xerxes em '300'. O movimento não foi feito de graça da parte do Batman ao fazer "o deus sangrar" fazendo um corte exatamente em seu rosto. E a mais obvia relação é exatamente uma lança ser o instrumento de morte de alguém que é tratado o filme inteiro como Jesus Cristo.<br />
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Mas os exemplos que eu apontei no primeiro parágrafo não são de graça. Mostra que Snyder, Terrio e Goyer realmente pesquisaram sobre a utilização da arma em um contexto mitológico e interpretaram isso em sua história para demonstrar sua própria versão. Assim que Batman retira a lança, ela emite um zunido de energia, toda vez que é usada, mas fica em evidência especialmente quando é ativada, na preparação para a batalha do Superman, como como a Atgeir.<br />
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A Amenonuhoko aqui ganha conceitos mais simbólicos, já que a utilização da lança tanto da parte de Batman quanto a do Superman faz que esse acabe sendo um instrumento que de fato dê um passo para a criação um novo mundo, num sentido mais lírico. Se após criarem a primeira ilha Izanagi e Izanami se estabeleceram nela. a utilização da lança para tentar matar o Superman e posteriormente para matar o Doomsday, oficialmente inicia e estabelece um novo mundo, por meio da era dos Super Heróis. Com a morte do Superman, outros vão seguir se exemplo (Liga da Justiça) ou tentar preencher o vazio que ele deixou (Esquadrão Suicida).<br />
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Mas uma das mais interessantes comparações aos eventos de Batman V Superman pode se fazer com a Vel, pois assim como uma comparação direta com 300, as linhas ficam borradas sobre quem é quem na história. Mesmo Batman e Superman sendo arquétipos mais solidificados, na história contada por Snyder permite uma certa extensão da interpretação exatamente na humanidade que ele injetou em seus personagens e em seu mundo.<br />
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Karthikeya carrega várias armas, e cada uma delas tem um significado que fala algo sobre a entidade. Ele é reconhecido pela sua capacidade de superar as dificuldades, por sua força, inteligência, por estender a proteção que oferece a diversos lugares, e usa o pavão como simbolo a destruição do ego. E Batman tem vários gadgets, é reconhecido pela sua capacidade de superar as dificuldades, por sua força, inteligência, por estender a proteção que oferece a diversos lugares, e usa o morcego como simbolo de justiça e superação. Coincidência? Acho que não.<br />
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Mas o que importa aqui é a lança, e a lança, para Karthikeya, e esta serve para indicar a purificação das doenças humanas, sendo doença aqui, interpreto eu, sobre o mal que assola os homens. O Mal, neste caso, é Soorapadam, um asura (semideuses com boas ou más qualidades em sua personalidade), que recebeu uma dádiva de ser praticamente imortal, só podendo ser morto por entidade enviada por Shiva em pessoa, e partindo dessa premissa, decide cometer atrocidades pelo mundo. Ao encarar Karthikeya, ele é derrotado, e tanta escapar se disfarçando de árvore, mas acaba sendo morto quando Karthikeya corta a árvore em duas (destruindo assim a o mal desenvolvido, mas não necessariamente sua raiz), gerando o pavão (que lhe serve de transporte) e o galo (que vira um simbolo em sua bandeira), que criam a sensação de legado, assim como o ato de Superman ter derrotado Doomsday gerou o legado que outros tentarão manter e respeitar.<br />
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O que fica bem claro na comparação com BvS é o fato de um deus querer matar outro. Mas quem são Batman e Superman nessa situação? Aí as coisas começam a ficar interessantes. Pois se por um lado tanto Batman e Superman são "deuses" com capacidades tanto para o bem quanto para o mal, são as <b>escolhas</b> que eles fazem que acabam o definindo. Se no caso da mitologia Hindu os papéis de herói e bandido estão bem definidos, na mitologia do filme não está, o que acaba por ser um dos fundamentos do conflito no filme. E aí temos a lança, que a partir das revelações do conflito corta a "árvore do ódio" enraizada em Bruce, mas também ajuda a criar o legado do Superman ao ser utilizada pelo mesmo ao se sacrificar para matar Doomsday.<br />
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<b>The Devil You Know</b><br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-PMcUZ5eQxw0/Vx6xlqXFEEI/AAAAAAAAIRY/FhW8vNUcR7cV5NzR4v4mNsEKqPvPlFvfgCLcB/s1600/doomsday-superman-vs-batman1-2015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://2.bp.blogspot.com/-PMcUZ5eQxw0/Vx6xlqXFEEI/AAAAAAAAIRY/FhW8vNUcR7cV5NzR4v4mNsEKqPvPlFvfgCLcB/s400/doomsday-superman-vs-batman1-2015.jpg" width="400" /></a></div>
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Uma das coisas que podem definir a principal reação de Lex Luthor e Bruce Wayne em relação ao Superman é ódio. Ódio fruto da reflexão que eles tem do Superman baseado no que testemunharam em sua primeira aparição. Ambos plantam suas frustrações de vida de não haver um Superman na hora que eles mais precisavam, e cada um tenta do seu jeito acabar com essa divindade. Se Batman prepara para uma caça a seu inimigo, Lex Luthor prepara um elaborado plano que não planeja só destruir ele fisicamente, mas também seu legado.E parte do seu plano inclui Doomsday, o monstro que nas revistas tinha matado Superman, em uma das mais importantes sagas dos anos 90.<br />
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Doomsday é um experimento dos primórdios de Krypton, onde o cientista Bertron manipulou geneticamente um kryptoniano, sempre o matando e o clonando até evoluir na sua forma considerada perfeita, que se adapta facilmente as situações de conflito, evoluindo ainda mais a partir disso, e praticamente pode se tornar imortal. Famoso mais pelo feito de ter matado o Superman do que exatamente ser um personagem que tem profundidade, por assim dizer, teve outras versões todas baseadas nesse mesmo conceito: se Superman faz o que faz como um ato de amor para nós, Doomsday é a maquina de ódio definitiva.<br />
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E com isso chegamos a versão do filme, e o interessante contexto em que ele é apresentado. Zod foi morto no final de Man of Steel, do qual gerou desnecessárias polêmicas sobre, e quando os rumores apareceram pela primeira vez sobre a presença de Doomsday no filme, a ligação óbvia foi "vão fazer o Doomsday a partir do Zod". Mas por mais simples que seja a conexão dos pontos ali, o fato de Doomsday ser uma continuidade do Zod permite dar uma profundidade que até então o personagem não possuía.<br />
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Vemos Zod em 'Man Of Steel' como um reflexo da sociedade que o criou: nascido e treinado toda sua vida para ser o guerreiro perfeito para proteger sua nação, que acabou isolado na Zona Fantasma por tentar cometer um golpe de estado antes que o planeta explodisse. Ele queria o Codex para poder restabelecer Krypton com uma nova linhagem que, ao seu julgamento, não levaria ao mesmo destino de seu planeta outrora explodido. Ao vagar por espaço durante anos, finalmente encontra Kal-El, do qual o Codex foi embutido em suas células. Além do ego e da vingança, que o faz querer reconstruir seu planeta na Terra, algo mais aterrorizava Zod: a sensação de escolha.<br />
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Zod comenta com a projeção de Jor-El que não valia a pena viver junto com so terráqueos porque "demoraria anos para se adaptarmos a eles". Zod, dentro da cadeia de comando de Krypton, ele está no topo, pois foi moldado para tal. Na Terra, ele voltaria a estaca zero, e perdido perante o que fazer da sua vida. Escolher seu destino não era algo comum em Krypton, lá você já é pré-selecionado a um destino do qual nunca vai poder mudar. E quando a Black Zero e a Nave/Fortaleza da Solidão é destruída, Zod perde o senso de proposito. Ele se torna uma maquina cheia de ódio que quer destruir Kal-El e o planeta que ele ama.<br />
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E com isso pulamos para os eventos de BvS, onde Luthor consegue acesso a aos destroços da "Fortaleza" e o corpo de Zod, parte do grande plano de fazer de destruir a imagem divina do Superman e o homem (de aço) em pessoa. Doomsday acaba sendo gerado da manipulação genética do corpo de Zod com o DNA de Lex Luthor. O que se diferencia aí da versão doas HQs, se antes ele era um clone, aqui ele é transmutado de volta a vida, como um literal Frankenstein. E isso é algo importante, pois no fundo, Doomsday ainda é Zod.<br />
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Ele ainda tem memórias da vida passada ele, e em seu primeiro ataque contra o Superman, isso fica bem claro, ao encarar a estátua de Kal-El sendo tratado como um salvador. Isso não só joga a derrota na cara dele novamente, mas é interessante como sua ação depois disso resume todos os atos que Lex Luthor tenta fazer ao longo do filme: fazer o peso das vitimas de seus atos recair sobre seus ombros (com o bloco com os nomes dos mortos do Evento Black Zero sendo usado para derrubar Superman) e destruir a imagem divina/heroica construída dele (com Doomsday destruindo a estátua utilizando o próprio Superman).<br />
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Depois disso, ele parte para o topo da torre da Lexcorp, e ao expelir sua energia. é mostrado o monstro de fato. E ali é revelada a verdadeira face do "Diabo", e sua relação com "Deus": se Superman é tudo sobre controle do poder e saber direcionar isso para algo bom, Doomsday é sobre poder sem controle, e como ele atinge e machuca tudo e todos sem diferenciar. O ciclo do filme anterior finalmente se fecha. Zod, na pós morte, ganha um novo propósito, que é matar e destruir discriminalmente, e ele o abraça sem pensar, pois a razão já lhe foi tirada em vida.<br />
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E isso causa um espelhamento entre os dois personagens, onde ambos acabam sendo moldados pelas ações que fizeram em 'Man of Steel', e encerram por aqui seu conflito. Você percebe a expressão de prazer de Doomsday matando o Superman, porque no fundo do que resta do subconsciente de Zod, ele se sente realizado. Ele finalmente o achou (como prometeu a Lara) e o matou (como prometeu a Jor-El), e mesmo que não tivesse reconstruído Krypton, por um momento destruiu o legado considerado "imundo" em seu ponto de vista. Ao mesmo tempo, o conflito evolui de Clark escolher o seu mundo para Superman proteger o mundo que ele escolheu. E na sua morte, finalmente Zod pode descansar em paz e uma tridimensionalidade nunca vista antes em relação ao Doomsday foi presenteada a nós, o publico.<br />
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<b>Venha nós ao Vosso Reino</b><br />
<b><br /></b>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-uGHyZL_cJZk/Vx6yZxcNdxI/AAAAAAAAIRg/1sS4oWXup4I0n-bsRyQWeENBYc19mie_wCLcB/s1600/Batman-V-Superman-Turkish-Airlines-Super-Bowl-Ads.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-uGHyZL_cJZk/Vx6yZxcNdxI/AAAAAAAAIRg/1sS4oWXup4I0n-bsRyQWeENBYc19mie_wCLcB/s400/Batman-V-Superman-Turkish-Airlines-Super-Bowl-Ads.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
O jornalista Walter Chaw odiou Batman v Superman. Mesmo com muitos de seus <a href="http://www.filmfreakcentral.net/ffc/2016/03/batman-v-superman-dawn-of-justice.html">argumentos</a> serem radicais (porque se encaixam em parte na 'Síndrome do Superboy Prime', da qual vou falar em detalhes sobre este ano), ele apresentou um ponto de vista interessante sobre o porque do boom e do sucesso de filmes de super herói no geral:<br />
<br />
"Eu sei que os Estados Unidos começaram a refazer os filmes de terror niilistas que o Japão tinha produzindo há décadas, e eu sei que isso é porque depois de 9/11, os EUA se tornaram a segunda nação moderna industrializada a experimentar os efeitos das armas de destruição em massa detonadas sobre uma área civil. A outra coisa que tínhamos em comum é a arrogância de acreditar que algo sobre a nossa insularidade nos deixou imune a esse tipo de crime. Eu sei que a maioria das outras nações do planeta não vivem de acordo com essas ilusões."<br />
<br />
"Se aceitarmos a premissa de que o filme, como toda arte, é a sociologia e história, em seguida, 9/11 é o evento incitante que nos aproximou como uma cultura, cinematograficamente, do Japão. O mito da indominabilidade, seja de que seu imperador é o descendente do "Deus vivo" (revogada em 1946 a pedido do Comandante Supremo Douglas MacArthur) ou que você é a ilha "nação" de Manhattan e seus símbolos priápicos de poder financeiro ficaram como guardiões da passagem para o mundo, de repente, dissipadas por uma potência estrangeira. Poof. Bem desse jeito."<br />
<br />
"E de repente você é um cidadão de um lugar diferente onde os deuses são caprichosos e talvez não do seu lado, e as coisas terríveis acontecem sem motivo. O mundo conseguiu ficar mais perigoso, o continente acaba de perder sua virgindade. Sei, também, que os japoneses tiveram sua <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Kaiju">Kaiju Eiga</a>, filmes sobre "bestas estranhas" ou "monstros" que às vezes são heróis, às vezes não (e sempre destruindo cidades de qualquer forma), desenvolvemos filmes de super-heróis sobre "bestas estranhas" que às vezes são heróis, às vezes não, e as cidades sempre sendo destruídas."<br />
<br />
É interessante notar que esses argumentos de fato estão corretos sobre como as adaptações de quadrinhos se tornaram as gigantes que são nos dias de hoje. Esse crescimento deste tipo de filme é fruto do dos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos, por partir de uma necessidade deles, e também nossa (vendo em paralelo), de termos heróis que de fato realizem a nossa fantasia de prever esse tipo de atentado. Mas obviamente isso virou acabando um espetáculo (pois, filmes ainda fazem parte de uma industria, que precisa fazer dinheiro) e o tipo de imagem que anteriormente nos chocava por causa do 9/11 hoje em dia se tornou algo normal no tipo de filmes dessa escala.<br />
<br />
E vemos por esse angulo, a pergunta que fica é: porque certas pessoas odiaram tanto 'Batman v Superman: Dawn of Justice'? Sim, o filme tem uma estrutura mais complexa do que os filmes comuns do gênero. Sim, ele insere linguagens que, para os leitores de quadrinhos, são comuns, mas que para o gênero de filmes, é algo relativamente novo em algumas áreas. Mas especialmente, como muitos indicam, o filme causa desconforto, desconforto que, historicamente, não procuramos nesse tipo de filme. Em resumo a grande verdade do filme, a principio, é:<br />
<br />
<u>Se o Superman existisse, nós iriamos ter medo dele.</u><br />
<br />
Não vou me aprofundar agora no lado do Batman, e focar no momento sobre o que é a jornada do Superman no até então no DCEU. 'Man of Steel' até então jogou a imagem mais forte dentro desse tipo de filmes sobre refletir a imagem do 9/11 dentro de um filme do gênero até seu lançamento. Vemos de fato, General Zod fazer um ataque terrorista ao planeta Terra na tentativa de terraformar a mesma para transformar o planeta em uma Nova Krypton. Mas tanto em MOS quanto em BvS, o ataque de Metropolis não esconde nem as mortes nem o dano colateral que, pelo fato de dois serem superpoderosos se enfrentarem, inevitavelmente vai acontecer. É uma verdade, mas uma verdade muitas vezes maquiada. Como disso por Sonny Bunch ao <a href="https://www.washingtonpost.com/news/act-four/wp/2015/05/13/the-avengers-vs-man-of-steel/">Washington Post</a>:<br />
<br />
"Tenho a sensação de que o que faz algumas pessoas ficarem desconfortáveis em relação a 'Man of Steel' é que ela reflete mais de perto a forma como a guerra é travada hoje do que um filme como 'Age of Ultron'. A nossa é uma época de terror e drones, das campanhas de bombardeio e as tropas no terreno em áreas urbanas e dos danos colaterais que ela resulta. O filme de Joss Whedon, com sua agressão supostamente livre de acidentes a civis em uma nação do Leste Europeu, chama a atenção para a concepção de guerra a partir de meados dos anos 1990, uma época em que as bombas inteligentes e munições guiadas com precisão deveriam impedir a guerra de afetar inocente pessoas."<br />
<br />
"A ideia de que você pode parar de monstros com mísseis, poupando civis inteiramente, é uma fantasia agradável (se falsa), que pode ajudar a explicar por que 'Age of Ultron' ultrapassou 'Man of Steel' na bilheteria em apenas nove dias. Algumas pessoas preferem falsidades calmantes ao invés verdades duras."<br />
<br />
Algo comum dentro da filmografia do Zack Snyder é ele te dar o espetáculo, mas não esconder que por trás daquilo há uma terrível verdade. A questão é que, como é comum em filmes de super heróis, para atingir as nossas expectativas, esperamos que todos sejam salvos ou que o espetáculo em si nos desvia a atenção de que há muitos danos colaterais ao redor. Quando percebemos essa verdade, consideramos errado baseado no que é vigente, e aí nos damos conta exatamente da necessidade desse tipo de filme em nossa sociedade atual. Mas podemos abraçar esse fato como um elemento narrativo alternativo e bastante interessante de ser explorado, ou reclamamos sobre isso, pois não se encaixa nas expectativas da formula que, inevitavelmente, acabou se criando e o cercando como gênero.<br />
<br />
Podemos aceitar Christopher Reeve dar um soco num Zod sem poderes e afundar nas águas gélidas do Polo Norte e depois enterrá-los numa pilha de cristais gigantes (na versão do Superman 2 de Richard Donner), mas nossa atenção é desviada pelo fato que o herói derrota os vilões, e sai voando com sua amada Lois. Mas quando Clark se ver obrigado a quebrar o pescoço de um Zod que definitivamente não quer resolver as coisas pela conversa é considerado heresia, mas contextual e narrativamente faz todo sentido e não desrespeita o personagem, porque vemos a ação e a reação do ato que ele decidiu tomar, quebrando assim, a formula estabelecida. E com isso, nos leva a real pergunta: <u>Se a figura do Superman nos causaria medo se ele fosse real, como então ele, sendo Superman, nos convenceria do contrário?</u><br />
<br />
Umberto Eco escreveu em 1962 o 'Mito do Superman', uma editorial explicando sua visão sobre os quadrinhos baseado nas histórias do Superman e como ele, de fato, moldou os quadrinhos como conhecemos hoje em dia. Um dos pontos que ele comenta é que as histórias desse meio são pré programas a se auto-reiniciar, mesmo seguindo uma estrutura consequente, algo definido por ele como uma "mensagem altamente redundante". "Ele deriva um prazer para a não-história (se de fato a história é um desenvolvimento de um ponto de encerramento para um ponto de partida a um ponto de começo que nós sequer sonhávamos em chegar), a distração mora na refutação do desenvolvimento de um evento, de retirar a tensão de um passado-presente-futuro e colocar parta o agora, algo amado pois é recorrente" (Eco, Umberto)<br />
<br />
A história continua, mas a formula se mantém. Hoje em dia, com universos compartilhados em filmes em peso, sabemos que, inevitavelmente, os personagens vão voltar, porque queremos ver mais deles. Então, como sair da estrutura de não aumentar o nível de perigo, apenas repeti-lo? Você quebra o molde de contar essas histórias, e faz o que Zack Snyder faz maravilhosamente bem, faz dentro dessa estrutura a jornada ser melhor que o objetivo. Esse objetivo, seria, no caso, salvar o dia, mas como ele chega ali e como ele trabalha com o lore desses personagens, são de maneiras "fora da caixa" que faz você refletir e pensar porque eles são do jeito que são, e se tirarmos fora de seu ambiente preto e branco, como eles se sobressaíram como ícones que eles sempre serão de fato num ambiente extremamente cinza. Como Richard Newby relata perfeitamente em seu <a href="http://www.audienceseverywhere.net/batman-v-superman-dawn-justice-peak-comic-book-movie-experimentation/">review</a> do filme:<br />
<br />
"O filme de Zack Snyder é aquele que se recusa a baixar o tom da sua temática elevada e se recusa a jogar seus momentos absurdos com piscadelas. Pega fãs e não-fãs igualmente e os arremessa de cabeça naquilo que os quadrinhos realmente são: as coisas mais importantes do mundo e as menos importantes. Quadrinhos uma colisão dos fatos e idéias que compõem os ossos do storytelling, e a tolice inerente, mas raramente reconhecida que vem de assistir homens crescidos em trajes enfrentar crises pseudo-cientificas e crises de identidade existencial. Em Batman v Superman, tudo aqui é apresentado em um pedestal cerimonial, tudo pronto para uma trilha sonora assombrosamente romântica por Hans Zimmer e Junkie XL. Cada linha e imagem é linda e está grávida de história dos quadrinhos."<br />
<br />
"Na verdade, o filme funciona muito da mesma maneira que a DC Comics tratam a tempo seus personagens e histórias, com cada evento, cada reinicialização, e cada questão a ser relíquias sagradas deste universo ficcional. O filme de Snyder é muito reminiscente da leitura de uma revista de quadrinhos como se fosse pela primeira vez, não como uma primeira edição, mas um em que a mitologia do mundo foi construída sobre o fundamento de décadas de lore. É totalmente compreensível de como o filme pode e vai deixar deslocados alguma parcela do público, mas há muita coisa boa aqui para chamar o filme remotamente perto de um fracasso."<br />
<br />
"Nós chegamos a um ponto agora onde filmes de quadrinhos não pode simplesmente ser julgados por uma sólida ação e permanecer fiel ao que é reconhecível. Esses aspectos, tanto em cinema quanto em quadrinhos, acabará por ser substituído. O que é insubstituível, porém, é o compromisso da Snyder e Terrio a desafiar nossas percepções do filme de quadrinhos e não ter medo e vergonha de usar os conceitos que empurraram esses personagens para a frente através do tempo."<br />
<br />
O que vemos é a quebra da expectativa de ver apenas ver eles ganhando, e nos fazer ser mais introspectivos sobre as ações que eles fazem. é um caminho que vai ao contrário e ao mesmo templo complementa o que foi estabelecido por Christopher Nolan. Se ele utilizou super heróis para falar de nosso mundo, Snyder utiliza do nosso mundo para falar algo sobre super heróis. Da reação do publico aos eventos a própria expectativa do que se esperar do personagem e do filme em si, nenhuma das criticas ali é vazia ou gratuita, mas procura exatamente desvendar a relevância deles nesse momento da história.<br />
<br />
E é isso o que vemos no caso de BvS: Superman quer genuinamente ajudar as pessoas, mas ele sabe que a sua interferência traz tanto ajuda quanto problemas por um prisma político. Sabemos que ele não é onisciente e onipresente, ele não consegue escutar todo mundo na Terra, mas procura sempre estar ao seu alcance de ajudar as pessoas. Ele trabalha em um jornal, para que como foi dito no final de MOS, pudesse ficar de olho para quando surgisse problemas ele fosse correr para resolver, mas utiliza o seu poder como repórter para tentar fazer algum bem a sociedade ao seu redor. A intervenção que ele faz ao Batman é a primeira vez que ele sai da "zona de conforto" de resgate e salvamento para se impor a alguém que ele considera um criminoso por causa de seus métodos (coisa que, a certo nível, ele estava certo).<br />
<br />
Ele acreditava que estava fazendo bem, e tudo isso entra de acordo com a personalidade do personagem em sua fonte original, mas o grande vilão da história de fato é a visão do mundo sobre ele. Jonathan Kent alertou sobre este fato, mas até quando se achar preparado é realmente estar preparado? Após ser brutalmente massacrado em sua crença, afinal, a confiança que ele depositou na humanidade não foi depositada de volta, ele encara o teste definitivo, que no caso cumpri-lo, provará de fato o ponto de Luthor. Mas tudo que ele faz é exatamente para comprovar o contrário: mesmo entrando em confronto com o Batman, ele faz de tudo para tentar fazer parar a sede de sangue do Batman, e se colocou disposto a ser o dano colateral para que Doomsday não pudesse machucar mais ninguém.<br />
<br />
Nesse tempo, Superman não só faz Batman voltar a si sobre qual é o real fundamento de sua missão, mas também tirou a Mulher Maravilha da aposentadoria auto-imposta por ela. Ambos são guerreiros cansados de suas missões que procuram afogar a sua dor em mais violência (no caso do Batman) ou em não olhar para trás e viver a vida (no caso de Diana). Superman os trouxe a um denominador comum que mostrou que sim, vale a pena lutar por um mundo melhor, e vale a pena enfrentar o nosso próprio cinismo e desconfiança como sociedade para isso. A tão falada (por motivos bons e ruins) cena dos arquivos da Lexcorp se demostra bem importante porque não só faz o Batman chamar Diana de volta pra esse tipo de combate, mas também mostra o status quo dos outros futuros heróis, que não agem ainda como tal, mas que se tiverem pessoas dispostas a seguir o exemplo do Superman, podem de fato se tornar heróis.<br />
<br />
Mesmo que Bruce tenha mandado os arquivos com segundas intenções, afinal ele teve uma indicação que eles precisam se unir e agir para derrotar a iminente ameaça ao futuro da Terra (timey-wimey stuff), o ponto de partida para que isso ocorra de fato é exatamente manter e seguir o exemplo do que foi feito pelo Superman. O que Bruce fala a Diana no funeral de Clark é o inicio do verdadeiro legado do Superman como herói naquele ponto: a Liga da Justiça. E vemos já, no <a href="https://www.youtube.com/watch?v=5AwUdTIbA8I">trailer</a> do Esquadrão Suicida, que a própria equipe é uma opção volátil por parte do governo para tentar preencher o vazio do Superman na sociedade. E novamente, dentro da filmografia de Snyder, um sacrifício ajuda a salvar o mundo, mesmo que relativamente a longo prazo.<br />
<br />
Mas por outro lado, esse sacrifício pode mostrar um lado não só mais obscuro dos super heróis, mas de nós mesmos em relação a esse tipo de material. Voltamos então para o começo: se Godzilla foi feito como uma forma dos japoneses de encarar e retratar o horror de Hiroshima e Nagasaki, os filmes de super heróis estão em nossa sociedade para exatamente nos fazer esquecer dos horrores que o Estados Unidos (e o mundo) presenciaram. Eles atendem as nossas expectativas de que essas pessoas vão salvar o mundo. Mas algumas das criticas (construtivas) sobre o DCEU apontam que no geral é isso é um ciclo vicioso, e que 'Batman V Superman' mostra isso: super heróis e vilões, seja de qual editora for, são criaturas constituídas de ego, e o jeito que como lidamos com ele é alimentar as nossas ilusões e preencher o espetáculo, sem perceber que, se fossem pessoas reais, estaríamos alimentando o ego das mesmas em dar razão em fazê-las pensar que elas podem moldar e mudar o mundo a sua vontade, a principio, sem a nossa permissão.<br />
<br />
O exemplo de Lex e do Batman são os mais claros, mas o que muitos acusam no caso, é de Superman fazer parte dessa equação. Como foi dito no <a href="http://kotaku.com/batman-v-superman-isnt-like-other-superhero-films-and-1768676827?utm_campaign=Socialflow_Kotaku_Facebook&utm_source=Kotaku_Facebook&utm_medium=Socialflow">Kotaku</a> "Este Superman não é um alienígena nobre, altruísta que não se contém em fazer o bem em cima da hora . Ele é um narcisista egoísta, cujas falhas principais são todos causados por sua incapacidade de ver a si mesmo em relação ao mundo (que, como a sequência do Knightmare mostra, pode levar a um ponto muito destrutivo)." Esse comentário aponta algo sobre o filme que complica algo simples que sempre esteve ali no canon do personagem: Superman vai sempre tentar salvar Lois. Não é algo novo. O negócio complica quando este Superman, em sua posição de não interferir em eventos diretamente políticos, acaba se vendo obrigado a salvar Lois da morte certa, e ao fazer isso, abre uma reação em cadeia que faz as coisas acabarem mal para outras pessoas e cair no exato problema que ele tenta evitar.<br />
<br />
Na minha opinião, isso demonstra algo, que não queremos ver os nossos heróis serem: humanos demais, e por consequência, falhos demais. Não concordo de modo algum que Clark Kent seja um narcisista egoísta, por inúmeros motivos dito anteriormente aqui, além do fato de ser algo que, se estivéssemos nós na mesma situação, iriamos fazer, sem necessariamente pensarmos nas consequências. Isso mostra, desde cedo, como é difícil ser um Superman. Todo movimento que ele fizer será vigiado, calculado e julgado. Mas algo que eu concordo, de fato, é que ele não se vê como "um de nós", mas isso de forma alguma é um desserviço a construção do personagem, porque o "ele" no caso, não se refere a Clark, mas ao Superman. Clark Kent, como individuo, conseguiu achar seu lugar do mundo e objetivo de vida em' Man of Steel', mas ele, como Superman, sobre constantemente julgamento e tendo a trama do filme como sua "Paixão de Cristo", vendo todo seu trabalho como se resultasse em nada, como em muitas vezes nós mesmos nos vemos nesse tipo de situação, porém gerando mais problemas do que aqueles que ele sempre quis resolver.<br />
<br />
Seguindo outros exemplos de alienígenas que vivem e tentar agir que nem nós (como David Tennant em 'Doctor Who'), Superman sofre do mal de ser "more human than human". Em tentar ser como nós, ele acaba tendo as nossas mesmas emoções, mas de forma muito mais exagerada. Ele, como qualquer um que se considera humano, precisa de figuras amigas por perto não só para ajudar nos momentos de dificuldade, mas para cultivar o senso de família e amizades que todos pós temos uns com os outros. E mesmo assim, esse problema se encaixa exatamente nas responsabilidades gigantes que de fato ele carrega. Por outro lado, essa necessidade de ajudar e se comprovar como parte de nós é a sua vantagem, e por isso mesmo ele como pessoa se encaixa no arquétipo de herói: ele precisa fazer o bem, não tem opções disso não acontecer. E isso é uma característica que por mais clichê que seja, é básica para qualquer super herói. Clark tem figuras que lhe aceitam como semelhante, mas o grande desafio aqui é ele, como Superman, chegar ao mesmo equilíbrio com aqueles que lhe serve.<br />
<br />
E é nesse ponto que isso responde a grande pergunta, não só em relação ao Superman, mas de certo modo da Trindade até o ponto mostrado: Se a figura do Superman nos causaria medo se ele fosse real, como então ele, sendo Superman, nos convenceria do contrário? A resposta para isso é muito simples, mas é um preço que muitos acham caros demais para se pagar: teremos em reconhecer que nossos deuses, esses mitos vivos, são tão humanos quanto nós. E que diferente que apenas esperar eles descerem de seu trono no céu, salvar-nos e esperar a próxima vez, é jogado na nossa cara que sim, ele é humano, mas irá defender tudo aquilo que não só ele, mas nós acreditamos, que um super herói deva fazer. Mas o preço ali a se pagar não é virar as costas para os problemas que os outros podem resolver, ou investir na raiva surgida da frustração de que nem tudo pode acabar de maneira perfeita e intacta, é encarar exatamente esse desafio de ser uma boa pessoa de frente.<br />
<br />
Nossos erros podem ser apontados o tempo todo, mas as nossas ações boas são aquelas que nos farão ser redimidos, e no caso, ser exemplos a ser seguidos. A existência de super heróis não está ali para nos servir, mas sim para nos inspirar a atingir nesse nível de grandeza e bondade, por mais humanos, e por consequência falhos, que somos. No fim das contas, como já foi dito aqui, o que foi mostrado em MOS em pequena escala se paga em BvS em grande escala: bondade gera bondade. Não é só receber o bem do outro, mas é reconhecê-lo e também fazer o bem ao próximo. Mark Hughes especifica bem isso (<a href="http://www.forbes.com/sites/markhughes/2016/03/29/zack-snyder-loves-superman-and-batman-v-superman-proves-it/">Forbes</a>):<br />
<br />
"Batman v Superman não está zombando o idealismo de Superman, que depende dele e usa como base temática para redimir o Batman e todo o mundo, e que levou à criação da Liga da Justiça . O cinismo é intencionalmente enquadrado como a rejeição do mundo ao Superman, que representa os argumentos modernos da vida real sobre se Superman é relevante e compreensível para o nosso mundo, e as reivindicações de um monte de gente que diz que Superman não pode ser interessante por causa de sua bondade e idealismo. Batman v Superman argumenta que em um mundo com tão poucos bons que permanecem desse jeito, com tantas razões para desistir e parar de ter fé, o idealismo de Superman é mais importante do que nunca, mais relevante do que nunca."<br />
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E complementando, Andrew Dyce do <a href="http://screenrant.com/batman-v-superman-best-story-movie/">Screenrant</a>:<br />
"Quando confrontados com o conto impossível de um homem de dois mundos, dois pais, duas ideologias completamente diferentes, Zack Snyder e sua equipe descobriram uma maneira de não fazer mais do que satisfazer um dos lados - a riqueza de 'Super' em Man of Steel - ou até mesmo fazer alguma grande declaração mais ampla sobre a impossibilidade de satisfazer ambos - tema mais óbvio do Batman V Superman. Apesar das probabilidades, eles conseguiram levantar essas questões e mais um pouco... antes de satisfazer ambos os lados da identidade de Kal-El. E no reino da mitologia do Superman, essas histórias são nem de longe tão comuns como alguns podem acreditar."<br />
<br />
É uma lição que é ensinada de maneira desconfortável para muitos, e que muitos ainda vão permanecer de cara virada pelo jeito que ela é ensinada, mas nos faz entender porque muitas desses heróis se mantém na ativa e relevantes a quase 80 anos. E mostra que, se antes o molde de se contar histórias do Superman foi quebrado, também mostra que o molde de fazer filmes baseados em quadrinhos também se quebrou. E se o gênero como tal quiser continuar vivo, e relevante, questionamentos como os feitos no filme vão sempre precisar ser levantados. E ninguém melhor para fazer repensar esse tipo de história com aquele que de fato começou esse tipo de história.<br />
<br />
E depois disso tudo, acabamos por aqui, esperem bem em breve a analise da jornada do Batman em 'Batman v Superman: Dawn of Justice'. Espero que vocês tenham curtido o texto tanto quanto eu curti fazer e recomendo ler esse outro <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/07/porque-superman-e-o-novo-superman.html">editorial</a> meu que explora de maneira igualmente detalhada a jornada do Superman em 'Man of Steel'. Até a próxima!</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-37644102654410769762016-05-02T04:30:00.000-07:002016-05-07T12:06:52.061-07:00Review - Captain America: Civil War<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-5Br2xILg8ik/VyatzknqluI/AAAAAAAAISI/DfuDooAYub0gvdkBKhf7iaFUAHJuH0GzgCKgB/s1600/56e1a8b8ee1f6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-5Br2xILg8ik/VyatzknqluI/AAAAAAAAISI/DfuDooAYub0gvdkBKhf7iaFUAHJuH0GzgCKgB/s400/56e1a8b8ee1f6.jpg" width="270" /></a></div>
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O mundo ficou parcialmente empolgado (mas não exatamente surpreso) com o anuncio que a Marvel Studios iria iniciar a sua Fase 3 adaptando a sua mais famosa obra recente: Guerra Civil, de Mark Millar e Steve McNiven. A preocupação morava em tornar utilizar o filme do Capitão América para isso (indo contra o que a revista de fato é) e essa mesma preocupação aumentou quando ficou evidente a certo ponto que não seria uma adaptação tão fiel quanto esperava, mas como isso iria afetar o resultado final, depois de uma Fase 2 tão problemática? A resposta para isso mora, estranhamente, em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2011/05/revirando-o-bau-especial-x-men-3-o.html">X-men: The Last Stand</a>', que mostrou novamente uma terceira parte repetindo o mesmo erro. <b><span style="color: red;">CONTÉM SPOILERS!!!</span></b><br />
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<a name='more'></a>Vamos a sinopse: o filme começa com os Vingadores, liderados pelo Capitão América (Chris Evans), numa missão na Africa, tentando recuperar uma arma biológica do criminoso Brock Rumlow (Frank Grillo), agora conhecido como Crossbones. A falha da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) em tentar conter a explosão causada pelo vilão é o prego final na lei criada pela UN para sancionar as ações dos Vingadores. Enquanto Tony Stark (Robert Downey Jr) tenta convencer a equipe que isso é uma coisa boa, Steve Rogers olha isso com desaprovação, Uma explosão em Viena causada supostamente pelo Soldado Invernal (Sebastian Stan) põe T'challa (Chadwick Boseman), o novo rei de Wakanda e também conhecido como o herói Pantera Negra, numa caçada pessoal a Bucky Barnes, enquanto a tentativa de Rogers proteger seu melhor amigo faz Os Vingadores se racharem ao meio e por Tony Stark a uma caçada ao Capitão América, sem saber que o misterioso Coronel Zemo (Daniel Brühl) manipula as cordas de todos esses eventos sem ser notado... Ainda.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-LopJBA-f11s/Vyat0f8CwoI/AAAAAAAAISM/0ZJMpz8QdhUKlEkrn2KAT5meD-KHsE6RACKgB/s1600/56cb702b7cf7f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-LopJBA-f11s/Vyat0f8CwoI/AAAAAAAAISM/0ZJMpz8QdhUKlEkrn2KAT5meD-KHsE6RACKgB/s400/56cb702b7cf7f.jpg" width="400" /></a></div>
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Os irmãos Russo ainda se demonstram bem talentosos em fazer sequencias de ação, mas acabaram por fazer o mais fraco dos 3 filmes do Capitão América. Mas não se engane: pelo fato de sim, ser o filme mais fraco do três, e de sim, ter problemas bem sérios em comparação ao trabalho anterior dos irmãos. Ainda sim se demonstra uma divertida porta de entrada pra Fase 3, mesmo que no fim das contas, o fator diversão seja mais forte que o fator inspiração. Assim como os outros filmes do personagem, auto-sabota as suas possibilidades, mas não se estraga. Tem ótimas cenas, quando são vistas apenas por isso, pois elas em conjunto demonstra que a liga que deveria as unir não é forte quanto deveria. Acaba que o produto oferecido é mais uma colagens de boas cenas do que um filme de fato.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-1BeRKpqxo1I/Vyat0apUIcI/AAAAAAAAISQ/V0UZE8CsIVsv92e_RDBQmBBYQHWNngYugCKgB/s1600/56d4dde3223cf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-1BeRKpqxo1I/Vyat0apUIcI/AAAAAAAAISQ/V0UZE8CsIVsv92e_RDBQmBBYQHWNngYugCKgB/s400/56d4dde3223cf.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas acho que o grande problema para muitos é a grande verdade que o filme não foi uma adaptação de Civil War. Utilizaram o mote principal da revista para contar uma outra história tão interessante quanto, mas no das contas não entrega o que prometeu, afinal, os heróis estão se batendo! E todos batendo palmas como se isso fosse o ponto real da série. Aí cai naquilo que eu disse no começo desse texto, de ter o mesmo problema de 'The Last Stand': o plot da origem do Soldado Invernal, e de como há outros como ele, assim como a trama do Tratado de Sokovia, que acaba por justificar bem a trama do Zemo, são duas histórias boas que esmagadas juntas, enfraquece os dois lados, e te faz esquecer do que aquilo deveria se tratar de fato sobre a Guerra Civil, que nem chegou a ser guerra de fato, porque não impacta em nada a não ser os personagens.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-l75norPa24c/Vyavf59MvHI/AAAAAAAAIS4/uox5DIjdw5YnndOLXQgGZAiPBf1SVad3QCLcB/s1600/daniel-bruhl-captain-america.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-l75norPa24c/Vyavf59MvHI/AAAAAAAAIS4/uox5DIjdw5YnndOLXQgGZAiPBf1SVad3QCLcB/s400/daniel-bruhl-captain-america.jpg" width="400" /></a></div>
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Vemos a versão do filme de Zemo ser um vilão bem acima da média dos filmes da Marvel Studios, mas que diminui um vilão clássico a uma adaptação que inexiste nesse caso. Você põe o General Ross de volta com um papel que, se eles se preocupassem em de fato adaptar Civil War, poderia ter gerado um vilão fenomenal e uma evolução de fato do personagem, não um garoto de recados do governo. Você tem a possibilidade de apresentar uma cena fenomenal de ação com, basicamente, um exército de Soldados Invernais, e pior, construindo todo um cenário que indicava que isso iria acontecer, para que no final... fossem mortos com um tiro na cabeça enquanto dormia, deixando bem claro que esse era o plot com que os Russos queriam trabalhar desde o começo, sendo forçado a se encaixar, e posteriormente ser jogado fora, para a cena de luta entre o Homem de Ferro e o Capitão América acontecesse.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-F7LMoufBbrg/Vyat05dKrZI/AAAAAAAAISw/M1avYulQAPU9C6lPTkYsjdaKlXZB8mHMACKgB/s1600/56e1dbfe1692a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://2.bp.blogspot.com/-F7LMoufBbrg/Vyat05dKrZI/AAAAAAAAISw/M1avYulQAPU9C6lPTkYsjdaKlXZB8mHMACKgB/s400/56e1dbfe1692a.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas a grande questão é: se a ideia era os dois brigarem, valia a pena queimar o cartucho de uma história tão boa, e clássica? Não estou julgando mal a cena, porque o lance de revelar ali que Bucky matou os pais do Tony foi uma boa sacada, mas não seria melhor utilizar essa ideia como mote principal do filme e, de fato, ter um conflito com certa profundidade a ser trabalhada? Da amizade dos dois ter sido abalada com uma mentira que no final os tornasse inimigos de fato? Mas as pessoas querem piadas, heróis brigando e a sensação bi-dimensional dos heróis derrotando os vilões e tudo ficar bem no final.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Yov6qW-eNl0/Vyat0ebapXI/AAAAAAAAISw/Q5lztZrMMR4M_r9qZWORQjWBxit89geVgCKgB/s1600/56e1d59f913d9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://2.bp.blogspot.com/-Yov6qW-eNl0/Vyat0ebapXI/AAAAAAAAISw/Q5lztZrMMR4M_r9qZWORQjWBxit89geVgCKgB/s400/56e1d59f913d9.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas é exatamente vendo as cenas como algo fechado que você consegue ao menos se divertir no processo. Pantera Negra e Homem Aranha estão sensacionais, assim como a interação deles com os outros Vingadores. Ver o Homem Aranha tentando derrubar o Scott Lang como Giant Man foi fantástico, mas a presença dele ali na cena do aeroporto é forçar demais a barra da descrença. A luta em si no aeroporto é o maior, e mais divertido fanservice desse últimos anos em filmes do gênero. Ver Steve finalmente pegar uma garota depois de 3 filmes solo e 2 filmes de equipe, assim como a amizade do Falcão e Bucky se fortalecendo também são momentos bacanas.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-GMNrks3Z2Kw/Vyat0u2cjzI/AAAAAAAAISY/ckEv76m4RO0nujfoY-KrP_0LRgW9UEAhACKgB/s1600/56e1d73626623.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://2.bp.blogspot.com/-GMNrks3Z2Kw/Vyat0u2cjzI/AAAAAAAAISY/ckEv76m4RO0nujfoY-KrP_0LRgW9UEAhACKgB/s400/56e1d73626623.jpg" width="400" /></a></div>
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Ver o Hawkeye (que eu já <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/03/reunindo-os-vingadores-dossie-gaviao.html">falei</a> antes, é O MELHOR AVENGER) basicamente sendo a versão do Matt Fraction é de deixar qualquer um com um sorriso do rosto. A presença fantástica de Wakanda na cena pós créditos (gravada no Brasil -!!!-) e das interações de Peter Parker com a nova Tia May (Marisa Tomei) provam que no fim das contas 'Homecoming' pode não ser tão inútil quanto muitos acusam. Foi legal ber o Crossbones finalmente brilhar, mesmo que o sacrifico de Frank Grillo (que ainda vai ser um grande astro de ação, podem escrever) não tenha valido a pena. E os Russos ainda mantem a qualidade de dirigir ótimas cenas de ação, mesmo que a trilha e a fotografia deixem a desejar bastante, sendo opacas e repetitivas ao ponto de pensar que você ouviu a mesma musica em looping e uma cores opacas que chega a doer os olhos.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-rCqp35bp0xk/Vyat1puOVuI/AAAAAAAAISs/JvmqHzbK-dwkyl021JkcyyKeV_FUS7eYwCKgB/s1600/56e1e0166ac26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://3.bp.blogspot.com/-rCqp35bp0xk/Vyat1puOVuI/AAAAAAAAISs/JvmqHzbK-dwkyl021JkcyyKeV_FUS7eYwCKgB/s400/56e1e0166ac26.jpg" width="400" /></a></div>
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O filme acaba com os Vingadores do lado do Capitão América como foragidos da justiça, enquanto Tony Stark acaba com quem restou do resto dos membros do seu "lado" da equipe. Porém, por outro lado, não faz que é um dos grandes charmes para mim em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/04/review-iron-man-3.html">Iron Man 3</a>': mesmo sabendo que eles vão voltar, tem uma sensação que você pode ver os três filmes solo como de fato uma trilogia fechada. Se por um lado dá razões para que Tony Stark continue com os Vingadores (porque de fato é tudo que lhe resta, tanto como amigos e família) e de fato ainda o torne relevante ao longo da Fase 3, Steve não tem o mesmo senso de encerramento, apenas empurrando ele para a próxima guerra, mas sem mais ressentimentos com Tony. O motivo para isso acaba no fato que o filme não se trata sobre os Vingadores, ou mesmo sobre o Capitão América. O verdadeiro protagonista de Guerra Civil é de fato o Soldado Invernal, e o filme acaba, inevitavelmente, orbitando ao seu redor, e servindo especialmente a sua história.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-YrMXPdnxPC0/Vyat1Oej5NI/AAAAAAAAISw/ZwpMk5Zi58sagIXErPEvoJ8Yy7W7Eh0AACKgB/s1600/56e1dd8d0b4c4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://2.bp.blogspot.com/-YrMXPdnxPC0/Vyat1Oej5NI/AAAAAAAAISw/ZwpMk5Zi58sagIXErPEvoJ8Yy7W7Eh0AACKgB/s400/56e1dd8d0b4c4.jpg" width="400" /></a></div>
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Porém, o aspecto mais positivo do filme, para mim, é o fato de finalmente a Marvel Studios ter concertado um de seus maiores erros: as ações finalmente tem consequências e elas serem as engrenagens que movem a história daquele universo para frente, fazendo quase valer a pena <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">"Age" of "Ultron"</a> ter existido. Os eventos desse filme justificam as ações do Zemo durante a história e realmente dá base para o vilão e o faz acreditar nas suas motivações, além de, a principio, fazer o mundo começar a questionar as ações dos Vingadores e qual o preço deles salvarem o mesmo, mostrando que nem tudo é piadas e shawarma depois que a equipe conclui suas missões, e suas ações não afetam só a equipe, mas uma sociedade inteira. Mas como os heróis podem salvar o mundo sem nenhum dano colateral real (e não aquele absurdo e involuntariamente hilário contador de danos apresentado por Ross)? A resposta definitivamente não mora nesse filme, mas pelo fato dela ter sido levantada já é um bom começo.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-P4N_Uriiz6g/Vyat1ZFVTYI/AAAAAAAAISw/h-QxFgSZhOgMQPcadgi9vcHrQwiw9CrNQCKgB/s1600/56e1dfd13272a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://1.bp.blogspot.com/-P4N_Uriiz6g/Vyat1ZFVTYI/AAAAAAAAISw/h-QxFgSZhOgMQPcadgi9vcHrQwiw9CrNQCKgB/s400/56e1dfd13272a.jpg" width="400" /></a></div>
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Porém, a justificativa dos Tratados de Sokovia é fraca e só confirma ainda mais que a Marvel lida com o MCU dentro do formato de série de TV, dobrando a vontade dos eventos para poder contar a história que queiram contar naquele momento, pois afinal é estranho essa intervenção governamental não ter acontecido depois de 2 invasões alienígenas em menos de 2 anos (Nova York e Londres), uma das armas mais poderosas do mundo ser manipulada para sequestrar o presidente americano e a principal linha de defesa das nações do mundo não só estar infiltrada a décadas pelo inimigo mas ser destruída de fato, além deles desconsiderarem que a SHIELD ainda está na ativa (porque afinal, tudo não está conectado no fim das contas... Como por exemplo a total desconsideração com Agents of SHIELD e o fato de Alfre Woodard, a vilã Mariah Dillard da futura série do Luke Cage, estar fazendo um papel totalmente diferente no filme.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-AaU7oOo56O0/Vyat1AtwG_I/AAAAAAAAISw/IuRT2rdlN-QBxTTz32Eidu6CLA29WseiwCKgB/s1600/56e1db264a831.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://4.bp.blogspot.com/-AaU7oOo56O0/Vyat1AtwG_I/AAAAAAAAISw/IuRT2rdlN-QBxTTz32Eidu6CLA29WseiwCKgB/s400/56e1db264a831.jpg" width="400" /></a></div>
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No fim das contas, 'Civil War' não é o filme que vai fazer você desistir de vez de acompanhar os longa metragens da Marvel Studios, mas está próximo disso, e te mantém ainda alerta sobre o futuro e o simples fato de quem procura um filme que se leve a serio como tal feito por eles está começando a realmente enjoar do processo, e vai inevitavelmente perder a vontade de acompanhar os diversos filmes deles que irão vir. Netflix, as séries de TV e os filmes da Fox sejam locais onde realmente possa valer a pena os fãs da Marvel investirem seu tempo. Até lá, o pão e o circo continua a ser servido as massas, com os cumprimentos da 'House of the (M)ouse'.<br />
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<b>NOTA:6.5</b></div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-80319358168812704052016-04-19T13:09:00.000-07:002016-04-19T14:02:06.912-07:00Review: Supergirl - Primeira Temporada<div align="justify">
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-23AGbw19UeM/VxLTzQvj9dI/AAAAAAAAIPs/V5wV7pHbFhk6GH_ouiAHeG4FMOrn7mBqwCLcB/s1600/600x600bb-85.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-23AGbw19UeM/VxLTzQvj9dI/AAAAAAAAIPs/V5wV7pHbFhk6GH_ouiAHeG4FMOrn7mBqwCLcB/s400/600x600bb-85.jpg" width="400" /></a></div>
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Bem, estamos de volta depois de muito tempo fazendo review de uma série, neste caso em específico falando sobre a incursão da Garota de Aço na TV, e a primeira produção em live action com a heroína em praticamente 30 anos. Com o sucesso de '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>', houve um interesse maior das pessoas em consumir e conhecer mais de seu universo, e a série serve de ótima porta de entrada para isso. Confira abaixo minha analise dessa primeira temporada.<br />
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<a name='more'></a><b>1) "O que tem de errado com Garota?"</b><br />
'Supergirl', sendo curto e grosso, é basicamente o 'Batgirling' atingindo os seriados de TV baseados em quadrinhos. Mas não pensem que, de forma alguma isso é ruim, pelo contrário. Assim como o movimento nas revistas não só trouxe mais leitoras e ajudou a equipes criativas formadas por mulheres a terem mais destaque, também abre uma necessária porta para igualdade de oportunidade dentro da industria cinematográfica. É tudo sobre atrair um publico que está lá, mas não necessariamente tem algo exclusivo feito para elas, e é importante essa inclusão, que inevitavelmente vai atrair também a fatia masculina fã do gênero por ser um seriado baseado em quadrinhos.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-d5pLoJJu32g/VxLT6OZM-3I/AAAAAAAAIQQ/4gxyvWfPrpcEmpee0smJNG_ehwRztItiQCKgB/s1600/Supergirl-110-1-600x401.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-d5pLoJJu32g/VxLT6OZM-3I/AAAAAAAAIQQ/4gxyvWfPrpcEmpee0smJNG_ehwRztItiQCKgB/s400/Supergirl-110-1-600x401.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>2) A ascensão de Cat Grant</b><br />
Cat Grant foi criada por Marv Wolfman e Jerry Ordway em 1987 como uma colunista de fofocas do Planeta Diário e possível novo interesse amoroso de Clark Kent, e nos anos que se passaram, e com as histórias contadas, se mostrou uma personagem com bastante possibilidades, podendo usar ela tanto em comédias quanto em tragédias. Mas a grande surpresa aqui mora em como Cat Grant não é só a melhor personagem de todo show mas também a mais bem escrita. Misturando elementos dos Novos 52, com coisas da fase do Sterling Gates e alguns outros elementos chave de sua construção como personagem ao longo dos anos, a atuação de Calista Flockhart vai SEMPRE alguma hora do show roubar a cena, definitivamente sendo a que menos sofre com as irregularidades que as vezes a série apresenta.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-WmnuYRUd5X0/VxLT5OLA3fI/AAAAAAAAIQQ/-QDDFn-hs7w3ePsTj4lwFWv472FFvfiPQCKgB/s1600/MTMzOTExNTgyNDYyNzQ1MDU0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-WmnuYRUd5X0/VxLT5OLA3fI/AAAAAAAAIQQ/-QDDFn-hs7w3ePsTj4lwFWv472FFvfiPQCKgB/s400/MTMzOTExNTgyNDYyNzQ1MDU0.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>3) Um conto de dois Olsens</b><br />
A ideia de trazer um Jimmy Olsen mais velho e madura foi uma ótima ideia de tornar a mitologia da série algo própria, além de dar um elemento a mais entre o relacionamento de Jimmy e Kara. E a dinâmica funciona, assim como a interpretação de Mehcad Brooks merece mais carinho por parte dos fãs, já que interpreta um Jimmy Olsen que respeita as suas origens mas que tem uma maneira diferente de olhar o mundo. O grande problema foi tornar a principio essa relacionamento em um triangulo amoroso com a chegada de Winn Schott Jr (Jeremy Jordan), filho do clássico vilão Toyman.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-QZ3gwDcoRgY/VxLT-Ok3jEI/AAAAAAAAIQA/K5yeqldFy2kOUI8dTmWgIJ3Xe3vAFMWJwCKgB/s1600/Supergirl-Episode-2-Wynn-James-Olsen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-QZ3gwDcoRgY/VxLT-Ok3jEI/AAAAAAAAIQA/K5yeqldFy2kOUI8dTmWgIJ3Xe3vAFMWJwCKgB/s400/Supergirl-Episode-2-Wynn-James-Olsen.jpg" width="400" /></a></div>
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Winn era, basicamente, o Jimmy Olsen clássico, e aí bate na velha questão de porque ter dois personagens com o mesmo arquétipo "brigando" pela mesma garota? Foi preciso chegar o episódio em que aparece o Toyman para Winn dar uma guinada como pessoa e personagem, e se tornar um amigo melhor, tanto da Kara quando de Olsen, e ter suas próprias narrativas, suas próprias aventuras. Enfim, em se tornar, de fato um personagem por si só, numa evolução que começou ruim mas que se pagou muito bem no final.<br />
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<b>4) As duas faces de Alura</b><br />
Alura em 'New Krypton' era uma personagem fascinante de se ler. Se por um lado tínhamos a mãe carinhosa e protetora, por outro lado tínhamos a politica mão de ferro que fazia valer sua vontade. o show se utilizou bem disso em dividir a personagem em duas: Alura (Laura Benanti), a mãe carinhosa que trabalhava no conselho de Krypton, e Astra, a irmã gêmea rebelde que tentou cometer um atentado terrorista na tentativa de "salvar o planeta", e em especial, como as diferenças e as coisas em comum, sejam positivas ou negativas, entre elas afetam a relação das mesmas com a Kara. A morte de Astra no meio da série foi uma surpresa que só faz vários personagens crescerem e amadurecem.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-_bpO2bNJqdI/VxLT95eR2WI/AAAAAAAAIP8/loLVjG5TLAsFdmTMzWT13bTFjQBJ8LZMACKgB/s1600/super-girl-04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://2.bp.blogspot.com/-_bpO2bNJqdI/VxLT95eR2WI/AAAAAAAAIP8/loLVjG5TLAsFdmTMzWT13bTFjQBJ8LZMACKgB/s400/super-girl-04.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>5) O Salvador de Marte e o "problema" chamado Alex</b><br />
'Supergirl' tem alguns problemas (a serem tratados mais a frente), e entre eles estava em tentar trazer o publico cativo (masculino) da DCTV para um show que não se demonstrava firme em ser um show puxado mais para o lado infantil ou um show leve que englobasse todas as faixas etárias. A introdução de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Hank_Henshaw">Hank Henshaw</a> na série gerou uma série de suspeitas, especialmente por causa do vilão que é é nas revistas, o Super-Ciborgue, mas acabou que ele se revelou como J'onn J'onzz, o Caçador de Marte, com uma maravilhosa e bem fiel adaptação interpretada por David Harewood. A revelação não só trouxe um amado personagem as telas, mas por seu trágico background obrigou a série a amadurecer seu jeito de contar histórias, e com isso fez criar um "problema" entre aspas que eu indiquei.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-97nbWP6FR9c/VxLTzwHoTCI/AAAAAAAAIQQ/cyGghy72gtkXmGwNf-r2sh0XVAE8e3bBgCKgB/s1600/107567_wb_0939bc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://3.bp.blogspot.com/-97nbWP6FR9c/VxLTzwHoTCI/AAAAAAAAIQQ/cyGghy72gtkXmGwNf-r2sh0XVAE8e3bBgCKgB/s400/107567_wb_0939bc.jpg" width="400" /></a></div>
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E qual seria esse problema? Alex (Chyler Leigh) cresceu demais e se tornou uma personagem muito mais interessante e facetada do que Kara. Os episódios do meio da temporada faziam você ficar muito mais interessado e ansioso pelas ações de consequências da Alex, e por tabela, as de J'onn, mesmo que, por motivos óbvios, a história focasse mais nas ações da Supergirl. Os motivos da jornada de Kara ter sido meio irregular ao longo da série vai ser explicado mais a frente, mas tanto Alex quanto J'onn começaram a ser tratados de um jeito que você realmente se importa com ele e suas ações mais que a personagem principal. E isso é sempre perigoso.<br />
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<b>6) Non, Indigo, e a fome pelo poder</b><br />
Se Astra era uma vilã dentro da série, os laços dela com o passado em Krypton e com Kara no presente mostram que, por mais errados que sejam os meios que ela procura obter o controle do poder, ela ainda procura fazer aquilo que ela considera o bem maior para quem ama e o povo no geral. Já Non, com uma adaptação bem diferente de sua concepção clássica, se contenta em ser o segundo em comando, só esperando a sua vez de governar. Mas diferente de Astra, Non é realmente é uma pessoa má, e com isso desenvolveu uma relação bem próxima com Indigo, a I.A humanoide da mesma família de Brainiac.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-_6FM9O7q60Q/VxLT-RYfH1I/AAAAAAAAIQE/0g-ia7h2ao8bZXro71lp3TR5DSFMZqAFQCKgB/s1600/Indigo_meets_Non.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://4.bp.blogspot.com/-_6FM9O7q60Q/VxLT-RYfH1I/AAAAAAAAIQE/0g-ia7h2ao8bZXro71lp3TR5DSFMZqAFQCKgB/s400/Indigo_meets_Non.png" width="400" /></a></div>
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Indigo tem uma fome de conhecimento e controle que é inerente a sua raça: quanto mais informação, melhor. Non está contente em satisfazer o seu desejo interior e o desejo de sua ex-esposa, que é de salvar a Terra. Os eventos ligados a Myriad não diminuem o papel de Non como vilão, mas no fim das contas ele acabar sendo a marionete de Indigo, mostrando aqui uma interessante dinâmica sobre os reais vilões da série. Indigo é o diabo que sussurra nos ouvidos de Non, que força a ele a entrar em conflitos cada vez mais diretos com Supergirl e cia, pelo caos que isso provoca e as possibilidades que isso traz a ela.<br />
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<b>7) Um sorriso que salva o mundo</b><br />
E chegou a hora de elogiar (e muito) Melissa Bernoist, que definitivamente foi outra ótima escolha do diretor de elenco David Rappaport. Melissa consegue equilibrar a ternura com o badassary esperado de um super herói, e mesmo o roteiro colocando ela em certas posições que fazem o espectador estranhar seu comportamento como mulher adulta (chegaremos nesse ponto em breve), Melissa incorpora na série todas as qualidades que fazer Supergirl ser uma ótima personagem: ela te emociona, te deixa feliz, te diverte e consegue melhorar o astral de qualquer um transmitindo a felicidade dela.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-NnDkZBK3jMQ/VxLT-554ObI/AAAAAAAAIQI/Dsc9jrwrjiYdTE2mU_96cpDrKlwcpY6XwCKgB/s1600/supergirl-01x05-how-does-she-do-it-photo07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-NnDkZBK3jMQ/VxLT-554ObI/AAAAAAAAIQI/Dsc9jrwrjiYdTE2mU_96cpDrKlwcpY6XwCKgB/s400/supergirl-01x05-how-does-she-do-it-photo07.jpg" width="266" /></a></div>
<br />
<b>8) Liderança pelo exemplo</b><br />
Mas afinal, do que se trata a série exatamente? Temos por um lado., Kara Zoe-El, tentando levar a vida que seu primo mais famoso, Superman, procurando fazer o bem e tentando mudar o mundo para melhor pelo exemplo, de ser uma emissária de esperança e transmitir o mesmo, mas encarando a livre escolha das pessoas de pensar o que quiser sobre ela, seja coisas boas ou ruins. Mas no fim das contas, Supergirl acredita no melhor das pessoas, por isso faz o que faz. Astra quer salvar a terra do mesmo destino de Krypton, utilizando a Myriad, programa de controle mental, para fazer as pessoas agirem de acordo com que ela acha que é o melhor para salvar o planeta. Então o conflito fica entre essas duas ideologias que querem salvar o mundo, e o embate causado pela diferença que dar a escolha de aderir aquilo ou não.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-N4CQkXw6v4s/VxLT_ObrqxI/AAAAAAAAIQU/zUjWf6Gqr7M7me-jjA5KwfiuU9XgVs1cgCKgB/s1600/supergirl-midseason-premiere-episode.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-N4CQkXw6v4s/VxLT_ObrqxI/AAAAAAAAIQU/zUjWf6Gqr7M7me-jjA5KwfiuU9XgVs1cgCKgB/s400/supergirl-midseason-premiere-episode.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>9) "A maldição de Christopher Reeve" (e outros problemas)</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-hwFIIjHlvZI/VxLWVMZYnVI/AAAAAAAAIQc/vTBzRZNBkJcGVEwr1ic46_kJXz3Jxmq_QCLcB/s1600/superman_supergirl.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://2.bp.blogspot.com/-hwFIIjHlvZI/VxLWVMZYnVI/AAAAAAAAIQc/vTBzRZNBkJcGVEwr1ic46_kJXz3Jxmq_QCLcB/s400/superman_supergirl.png" width="400" /></a></div>
<b><br /></b>
O crossover com 'The Flash' mostrou um problema sério em relação a série: Supergirl não se define como uma série infantil ou uma série direcionada para jovens mas englobando pessoas de todas as idades. E isso a principio parece algo pequeno, mas se for analisar, afeta diretamente a maneira deles de contarem a história, que claramente pega inspirações dos filmes do Christopher Reeve como Superman. O problema aqui, que fique bem claro, não é tirar inspiração dos filmes do Reeve, mas é aquilo que os produtores acham que isso se trata. E aí, voltamos a "Maldição do Christopher Reeve" (aka Síndrome do Superboy Prime), que mitifica uma visão/abordagem do Superman como o correto enquanto exclui todo o resto (prometo falar mais a fundo sobre o assunto esse ano).<br />
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'The Flash' consegue ser muito mais parecido com os filmes do Donner por, mesmo que seja leve em seu tom, leva seu mundo, seus personagens e suas ações a sério de maneira madura, enquanto Supergirl, por muitas vezes, por tentar ser um exemplo as crianças, afeta a maneira de contar a história de maneira mais madura e enxuta, assim como também causa estranheza por muitas vezes não tratar Kara como uma mulher adulta de fato. Então você tem um equilíbrio entre episódios que são realmente bem feitos e episódios que acabam auto-explicativos e simplistas demais para o publico adolescente/adulto (e esse é um problema fortemente presente nos primeiros episódios). Se tem algo que a série precisa corrigir para a sua segunda temporada, é definir qual publico quer atingir de fato para que aí decida focar um estilo narrativo definitivo, porque navegar entre os dois não tem mantido uma certa regularidade se visto ao todo.<br />
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O outro problema, por mais irônico que pareça, é a presença do Superman. Ou no caso, a não presença dele, que por mais que tentam manter ele longe, insere uma série de questões do que poderia ser feito se ele tivesse oportunidade de se apresentar de fato, ou se o fato que ele poderia estar presente ajudando a resolver certos problemas e no fim não está deixa o fato ainda mais inorgânico. Na maioria das vezes que apareceu é por mensagem de celular ou em algum momento "piscou, perdeu". Por causa da "invisível" regra que certos personagens não podem estar nos filmes e séries ao mesmo tempo, deixa como uma escolha artística forçada ele meio que ser o "<a href="http://whereswaldo.com/index.html#home">Wally</a>"da série: se piscar, perde ele de vista.<br />
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<b>10) Better Angels</b><br />
No episódio final da série, tudo acontece com o o previsto: a mensagem inspiradora da Kara liberta a população de National City do controle de Myriad, mas como ultima instancia, Non e Indigo pretende usar as ondas de Myriad para, literalmente, explodir a cabeça de todo mundo. Supergirl e o Caçador de Marte partem para o combate contra os vilões, Supergirl joga Fort Razz para o espaço (sendo que o general Lane, e o exercito americano, sabiam todo tempo aonde estava a base) e é salva da morte por Alex, que pilota a nave em que Kara chegou na Terra. J"onn recebe o perdão presidencial e retoma o controle do DEO, dividindo a missão com Lucy Lane, enquanto Kara é promovida na CatCo. E como gancho para a próxima temporada, uma misteriosa nave Krytoniana chega a Terra, e quem está dentro dela deixou Kara em choque...<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Zsb0olTJotU/VxaMdpIXKdI/AAAAAAAAIQ0/jfDoK6btG2cNSe8lf4D1j2kw35ZPeBr_wCLcB/s1600/19606da12d1c4271c263a458e5dfb195.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-Zsb0olTJotU/VxaMdpIXKdI/AAAAAAAAIQ0/jfDoK6btG2cNSe8lf4D1j2kw35ZPeBr_wCLcB/s400/19606da12d1c4271c263a458e5dfb195.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>Veredito</b><br />
Supergirl é um show bastante divertido que também é um bem necessário no quesito que pode trazer outros shows de heroínas dos quadrinhos para a TV. Mas apesar de divertido, seu fluxo entre os os extremos de públicos que querem atingir muitas vezes não o define exatamente o tom da história em algo leve, porém com maturidade, ou algo mais simplista em favor de um melhor processamento do publico mais jovem. E pelo tom dos dois últimos episódios, me parece que eles escolherem bem o lado que eles devem encaminhar na segunda temporada, o que eu considero uma decisão acertada se o resultado na próxima temporada se pagar em um show mais enxuto. Apesar das dificuldades iniciais com os efeitos especiais e as cenas de ação, eles conseguiram melhorar bastante ao longo do tempo. E o elenco consegue lidar muito bem tanto com a parte da comédia quanto a parte dramática,e faz você se importar com eles.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-xtCnn2Nvmdo/VxaLkrcPNMI/AAAAAAAAIQs/b-x7FWOV75cOFmFYLskI0vycUIhhUIVHgCLcB/s1600/ADVSG-Cv5-1e832.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-xtCnn2Nvmdo/VxaLkrcPNMI/AAAAAAAAIQs/b-x7FWOV75cOFmFYLskI0vycUIhhUIVHgCLcB/s400/ADVSG-Cv5-1e832.jpg" width="262" /></a></div>
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No geral, Berlanti e Kreisberg trouxeram o show mais leve e "para toda a família" atualmente da DCTV, o que não é necessariamente algo ruim, mas que pode ter alguns ajustes para o futuro. Porém ainda mantém o alto padrão da maioria dos shows produzidos pelo produtor (desculpa 'Arrow') e tem tudo pra trazer uma segunda temporada a explorar todo o seu real potencial. Além disso, a própria existência e sucesso do show é uma prova positiva que o publico está avido a consumir mais de Superman e seu mundo (<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/02/5-contra-1-o-legado-e-relevancia-de-man.html">obrigado</a>, Zack Snyder), sem ter medo de diferentes interpretações do mesmo (coisa que, para muitos, a "Síndrome do Superboy Prime" ainda não permite apreciar...)<br />
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<b>NOTA: 7.5</b></div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-17537468784196441982016-03-25T14:37:00.000-07:002016-03-28T18:11:29.842-07:00Batman V Superman: O Despertar dos Homens do Amanhã<div align="justify">
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/--jrTuoYKm-g/VvWcokWkHxI/AAAAAAAAIN0/YgX8c3phcb0qSpgSJq7FfgZaPrJQ-A6dA/s1600/batman-v-superman-brazilian-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/--jrTuoYKm-g/VvWcokWkHxI/AAAAAAAAIN0/YgX8c3phcb0qSpgSJq7FfgZaPrJQ-A6dA/s400/batman-v-superman-brazilian-poster.jpg" width="268" /></a></div>
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<span style="color: red;">CUIDADO! CONTÉM SPOILERS!!!</span><br />
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Na San Diego Comic Con de 2013, Zack Snyder se <a href="https://www.youtube.com/watch?v=76ueP5-U5eQ">apresenta</a> ao palco e diz "Vamos fazer um novo filme do Superman" e anuncia que ninguém menos que o Batman estaria presente no filme. 'Man of Steel' checou causando uma comoção por apresentar uma (necessária) nova e moderna versão do Superman, e 'Batman V Superman: Dawn of Justice' chegou com a missão de não apenas seguir a história inciada em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>, mas ao mesmo tempo introduzir o resto do Universo DC Cinematográfico. Tarefa complicada, que fez o filme até ser adiado para revisões no roteiro e escolha, de fato, dos outros heróis a comporem esse mundo. Mas logo após tudo isso, a pergunta que permanece é: o objetivo foi cumprido?<br />
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<a name='more'></a>A história do filme começa com um breve flashback da morte e enterro dos pais de Bruce Wayne (Ben Affeck) também conhecido como o vigilante chamado Batman. Pulamos depois para os acontecimentos do 3° ato de 'Man of Steel', onde Bruce Wayne testemunha o Evento Black Zero e vê, de uma perspectiva nada positiva, a tentativa de Superman (Henry Cavill) de salvar o planeta. 2 anos depois, a opinião publica ainda é bastante divida sobre o Homem de Aço, e tudo tende a piorar quando um resgate de Lois Lane (Amy Adams) na África abre um incidente internacional que questiona ainda mais as ações do herói. Nesse cenário, o empreendedor e cientista Lex Luthor (Jesse Eisenberg) vê uma oportunidade de iniciar seu caça as bruxas ao Superman e outros meta-humanos, que chama a atenção da misteriosa Diana Prince (Gal Gadot). E correndo em paralelo a Lex, Batman também tem planos para em definitivo derrotar o Superman, sem saber que ambos os heróis são apenas peças no tabuleiro de Luthor.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-yjwos4XmbU0/VvWdepqCo_I/AAAAAAAAIOc/T37V45KOhKwsca9FHnbav3oWVc_sEUUpw/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-36.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://4.bp.blogspot.com/-yjwos4XmbU0/VvWdepqCo_I/AAAAAAAAIOc/T37V45KOhKwsca9FHnbav3oWVc_sEUUpw/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-36.jpg" width="400" /></a></div>
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Zack Snyder balanceia a volta de sua marca visual mais forte junto com o tom mais realista estabelecido em 'Man of Steel', o que gerou uma experiência visual evolutiva se comparar com o mesmo. É o mesmo mundo que ele estabeleceu no filme anterior, mas com uma mais pesada influência dos quadrinhos. Mas a evolução também se torna até do próprio jeito que se lida com o material, e isso é o que deve mais incomodar aqueles que não são fãs do diretor e/ou da abordagem, exatamente aprofundando a realidade de suas ações, o seu significado e como isso afeta os outros personagens naquele mundo, dentro dos temas que são característicos do diretor. Não é só sobre adaptar os elementos dos quadrinhos, mas colocar sua marca e seus temas como diretor ali, tendência essa a ser seguida por todos os outros filmes da DC adiante. Batman v Superman é uma evolução do que foi feito em Man Of Steel, mas calcado num caminho que se aproxime mas aos quadrinhos mas sem abandonar o perfil realista.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-tCluQtlKmw0/VvWdaafkXxI/AAAAAAAAIOo/tK_AYksfEFg8a0-baVncIccwtqbbDhFbQ/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-tCluQtlKmw0/VvWdaafkXxI/AAAAAAAAIOo/tK_AYksfEFg8a0-baVncIccwtqbbDhFbQ/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-19.jpg" width="400" /></a></div>
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A Mulher Maravilha tem, no geral, uma ótima introdução no filme, interpretada iconicamente por Gal Gadot. A principio sendo o "elemento surpresa" do filme, entrando em paralelo a trama de Bruce com Lex, ela acaba sendo o elo que demonstra que a "teoria dos meta-humanos" de Lex é bem real, e sendo de ajuda fundamental na batalha final. Apesar de que a sua ótima atuação deixa um gosto de quero mais, sua introdução no filme com o espaço que teve foi boa o suficiente, decidindo mostrar um paralelo interessante entre a veterana de guerra que desistiu de defender a humanidade voltar a ativa, com a guerreira (relativamente) mais jovem que vai até o mundo dos homens e acaba batalhando na Primeira Guerra Mundial (como a ser visto em seu filme solo).<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-KwrUWRrt58U/VvWdGFQzyoI/AAAAAAAAIOg/cNAdopzPg4Qumu7BvF0FXxfLYyRNC4Yag/s1600/Batman-V-Superman-Snapchat-BYUh17x.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-KwrUWRrt58U/VvWdGFQzyoI/AAAAAAAAIOg/cNAdopzPg4Qumu7BvF0FXxfLYyRNC4Yag/s400/Batman-V-Superman-Snapchat-BYUh17x.jpg" width="223" /></a></div>
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Além disso, a introdução dela ajuda a fazer ponte com o filme da Liga, expondo não somente ao Batman mas também ao publico não só que Lex está bem ciente do que se esconde lá fora, mas dá algumas dicas do status atual da personagem: de que mesmo "aposentada" ainda mantém certas habilidades, riquezas e contatos suficientes pra ter cuidado de manter sua identidade escondida de todos. Pensar que de todos os investigados por Luthor não teria um que suspeitasse é puxar demais o limite de descrença, e ainda mostra um novo jeito de desenvolvê-la como personagem dentro do gênero, o que torna ainda mais interessante o fato de contar a sua história de trás pra frente, de certo modo.<br />
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Ben Affleck consegue trazer não somente o Batman mais fiel as revistas já visto, mas mantém também trejeitos de personalidade próprios, assim como o Superman de Cavill. Tendo um Batman mais velho, e com a maior aceitação do que ele faz não é necessariamente um "trabalho limpo", já que como ele diz mesmo ao Alfred, "fomos sempre criminosos". E por ser mais velho, e mais pessimista com o próprio legado do seu trabalho, a tendência é que ele seja mais violento, e até em certos momentos chegue a, indiretamente, matar. Isso casa, de fato, com a principal fonte de inspiração pro personagem no filme ('The Dark Knight Returns' de Frank Miller) e não deixa a desejar a nada pra quem quis sempre ver algo aproximado desse Batman nas telas, mesmo que esse comportamento mais agressivo é criticado por Alfred (Jeremy Irons).<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-qq7AwYxjFnM/VvWrO1fDy-I/AAAAAAAAIPM/D3nD-uww2AMZlq69_Z_O6sgiSQbcdhBwg/s1600/544254.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-qq7AwYxjFnM/VvWrO1fDy-I/AAAAAAAAIPM/D3nD-uww2AMZlq69_Z_O6sgiSQbcdhBwg/s400/544254.jpg" width="400" /></a></div>
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Um Batman que, por um lado seu modus operando se assemelha muito a versão de Miller, mas que por outro lado traz uma faceta publica do Bruce Wayne mais fiel entre todos os filmes. Temos o playboy, bussinessman e filantropo ali bem presentes, além do detetive, tendo um grande espaço para as ações como mesmo dentro do filme. Mas, como bem disse uma vez Grant Morrison, "Batman precisa do drama para ser relevante", e isso se demonstra logo no começo com a visão de Bruce sobre o ataque de Metropolis, e a destruição do prédio de uma de suas empresas, assim como o elo emocional que tinha com muitos de seus trabalhadores ali. É o tipo de situação que deixa o personagem com a mesma sensação indefesa que teve quando perdeu seus pais, exatamente definindo as ações do personagem ao longo da história.<br />
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E para a positiva surpresa de muitos, o filme acabou se tornando uma sequência de MOS, e focada no Superman, sua evolução e especialmente a visão externa dos outros ali envolvidos. Ele sofre as consequências nada agradáveis quando seu papel de herói acaba gerando complexas sócio-politicas reações sobre suas ações. Se em certo nível seu objetivo é simples, as implicações de quando e contra quem agir faz questionar o papel desse herói especifico na sociedade: ele deve seguir um governo? E se sim, qual? Mas se ele é visto como um deus, ele tem que ter barreiras geográficas ou politicas? Deve-se julgar seu papel no mundo como se julga um soldado, como, no fim do filme deixam bem claro a entender que é a visão do governo americano? E em especial, tem dois tipos de duvidas acerca do personagem desse filme: na visão praticamente divina que lhe é colocado, deus deveria ter limites? E baseado em nossa própria humanidade, e do lado bom e mal que ela traz, um ser que só age para nosso suposto bem deve ser confiável?<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-0rlNlEJXlCw/VvWcvrmYvyI/AAAAAAAAIOM/47R4r6tGrzkNOkUFkVpQeefGM8JtFhMSw/s1600/batman_v_superman_superman__henry_cavill_by_sachso74-d9rc3ob.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-0rlNlEJXlCw/VvWcvrmYvyI/AAAAAAAAIOM/47R4r6tGrzkNOkUFkVpQeefGM8JtFhMSw/s400/batman_v_superman_superman__henry_cavill_by_sachso74-d9rc3ob.jpg" width="400" /></a></div>
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E nesse momento vemos o impacto disso no próprio Clark Kent, como pessoa. Ao ser constantemente criticado pelo trabalho que faz, como qualquer um, passa por crises de confiança. Dúvidas. Ele tenta seguir em frente, mas as coisas são levadas longe demais, após um incidente que acabou por ser julgado sua culpa. E com isso, ele procura forças para seguir em frente, e essa força ele encontra em suas ancoras emocionais, que são sua mãe, Martha (Diane Keaton) e Lois Lane. São as duas pessoas dentro do filme que o colocam no eixo, e dizem o que ele precisa ouvir. Mesmo que perto do fim ele é devidamente massacrado em seus conceitos (graças a Lex Luthor), na hora da grande luta com o Batman ele ainda procura algo que convença a ele, e por consequência ao mundo, de que o Superman não é o inimigo.<br />
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E com isso, voltamos exatamente a um dos temas bastante presentes dentro da filmografia de Snyder: Sacrifício. Lex Luthor prepara um plano que exatamente suje a imagem do Superman ao ponto de ninguém mais acreditar no símbolo que ele construiu para si. Superman entende muito bem seu papel como herói, e o que isso pode levar a escolha de se sacrificar pelo bem do mundo. E é isso que no fim ele faz: não apenas para salvar Metrópolis, ou Gotham, ou o mundo, mas aquilo que é de fato seu mundo, e que lhe é de mais valor, que são as pessoas que ama. E em seu sacrifício, vem a triste verdade a tona: que por nosso medo, o julgamos mal, ao ponto que fomos manipulados a pensar que ele seria um fator ruim em nosso mundo.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-FQD-_RFVK-A/VvWnw3shwBI/AAAAAAAAIO8/ezQzreQISsMqy9i27KFiiQpt00xuduz2w/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-FQD-_RFVK-A/VvWnw3shwBI/AAAAAAAAIO8/ezQzreQISsMqy9i27KFiiQpt00xuduz2w/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-10.jpg" width="400" /></a></div>
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Mesmo que nossa visão sobre ele tenha sido reavaliada para melhor, não vai trazê-lo de volta. Mas fica-se a lição: se temos capacidade para o bem, devemos colocá-la em prática, mesmo que o mundo ao redor complique isso. Mas em especial, não é só fazer o bem, mas se conectar e acreditar nos outros a partir disso, além das diferenças e achismos. É pegar toda a filosofia de 'Man Of Steel' e botar na prática, sabendo que pela nossa natureza haverá complicações disso. "Quer ver o monumento dele? Olhe ao redor." tem força porque é por isso que Superman luta e defende, tornando os embates do personagem mais dimensionais do que só Kryptonita ou o vilão da semana. E assim como em Man of Steel, ele é "bem vindo a terra" ao final, de uma forma simbólica, mas não se pode manter uma lenda quieta por muito tempo...<br />
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E não tem como falar de Superman sem falar de Amy Adams como Lois Lane, novamente tendo destaque na trama e fazendo o espaço dela valer. temos mais da jornalista e da namorada do Superman em ação, e o desenvolvimento dela é inerente ao do Superman, mas sem necessariamente tornar a personagem escrava do relacionamento. Ela tenta ajudar tanto Clark quanto Superman, enquanto descobre uma conspiração para acabar com o mesmo, que é conectada por uma rede de crimes e mentiras que acabam por antagonizar indiretamente com Lex Luthor e seus planos. A jornada dela vai vai ao centro dela como personagem, de expor a verdade e fazer ela valer quando se é o correto, mas em especial vai ao embate de um questionamento que ela faz logo no começo do filme, de como amar alguém que você sabe que se sacrificaria em nome do mundo? O que descobrimentos, como foi dito acima, que para Clark tem muitas definições de mundo. E ainda sim, Lois vai acabar sendo o centro do conflito que pode salvar ou destruir o mundo em Justice League'...<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-wBj-yppevio/VvWn1Tor4vI/AAAAAAAAIPA/i4TiNztM5qENhix8wSSFj5trIgUTVYItA/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-wBj-yppevio/VvWn1Tor4vI/AAAAAAAAIPA/i4TiNztM5qENhix8wSSFj5trIgUTVYItA/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-01.jpg" width="400" /></a></div>
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E depois de tanto falar dele, é hora de destacar, pra mim, a melhor atuação do filme, que é de Jesse Eisenberg como Lex Luthor. Trazendo um vilão realmente assustador, com elementos originais e que ainda sim incorpora as melhores qualidades do Lex dos quadrinhos, temos um personagem multifacetado, instável, poderoso e inteligente demais para a segurança dos outros. Se as pessoas refletem seus receios e esperanças na figura de seus deuses, esse Lex faz a mesma coisa do seu próprio jeito: seu ego não permite que ninguém pode ser maior do que ele, especialmente se alguém mais poderoso bate em conflito direto com sua visão de divindade.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-DMkce2BdpcI/VvWddiMMYnI/AAAAAAAAIOo/hcEvTUqthaAklgFEYTKDDpcWZ-hk3iWag/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-DMkce2BdpcI/VvWddiMMYnI/AAAAAAAAIOo/hcEvTUqthaAklgFEYTKDDpcWZ-hk3iWag/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-14.jpg" width="400" /></a></div>
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Assim como nos quadrinhos, Luthor acredita no potencial humano, mas por ser humano, também abraça as coisas boas e ruins que eles são capazes de fazer para se estar no topo. E ver o ser mais poderoso da terra agindo de maneira puramente altruísta o abala até a raiz. E de todos os personagens, Lex acaba sendo a personificação da Apatia, que dentro da <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com/2013/12/analisando-zack-snyder-20.html">filmografia </a>de Snyder é mostrada como elemento presente na sociedade a ser combatida. matar, subornar, manipular, não há limites. Não há conexão emocional com ninguém. O credo de Luthor é Luthor. E se deuses podem existir, demônios podem ser criados artificialmente, sendo Lex responsável por Doomsday como ultimo recurso contra Superman, uma criatura que personifica o mais puro ódio ao herói.<br />
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Perry White (Lawrence Fishburne) volta mais fiel aos quadrinhos, o que a princípio acaba sendo uma grande mudança de personalidade em relação a sua ultima aparição, mas entende-se duas coisas a partir daí: White sabe que Clark é o Superman, e pelo fato dele ser Superman ele não vai tratar com diferença o repórter Clark Kent, ele o força e pressiona como qualquer outro repórter de seu jornal, até mesmo a Lois. Jeremy Irons como Alfred está perfeito, e perfeito também pode ser descrito a conexão entre as Marthas (Wayne e Kent) que fez o papel de Diane Lane crescer e trazer interações bem interessantes com outros personagens. Destaques para Holly Hunt e Scott McNairy, que trouxeram dois personagens originais que teve importância crucial na trama nos primeiros atos e que deram gancho para algumas das cenas icônicas do filme.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-W8mRhIsWiFY/VvWdQhXS-uI/AAAAAAAAIOo/X_1QlbvElXcnPPV9tXgZ4bYuXLX2PC8hw/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-W8mRhIsWiFY/VvWdQhXS-uI/AAAAAAAAIOo/X_1QlbvElXcnPPV9tXgZ4bYuXLX2PC8hw/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-04.jpg" width="400" /></a></div>
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E dentro do elo com o Universo DC, Zack Snyder fez um bom trabalho de por de maneira orgânica o que pode vir pro futuro, com a sequência 'Knightmare', além de dar a ponta e introduzir vários membros da Liga da Justiça. Se Luthor tem investigado a um bom tempo outros meta-humanos. A chegada da Mulher Maravilha na trama faz abrir os olhos de Bruce sobre a existência de outros, mas a chegada do Flash (Ezra Miller, que vai fazer Grant Gustin suar em breve) e a visão de um futuro dominado por Darkseid, tenho um colossal teaser na forma dos sensacionais Parademons. E isso não só funciona como ele do filme da Liga mas também trabalha ao favor do próprio plot do filme, dando mais um outro (importante) motivo pro Batman ir atrás do Superman. E mesmo no fan service mais gratuito do filme consegue introduzir os futuros membros da Liga, com Jason Momoa fazendo pouco pra tornar o Aquaman sensacional e o genial casting de Joe Morton (Terminator 2) como Silas Stone, pai do Cyborg. Destaques também pro easter egg ambulante que é o papel de Michael Cassidy, como Jimmy Olsen, Agente da CIA, e Callan Mulvey como KGBeast, e um parabéns especial por ter escondido todo esse tempo o bacana retorno de Kevin Costner como Jonathan Kent.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-cXXNJ8v25Wc/VvWfqQkppiI/AAAAAAAAIOs/I25xnZSLBPsWmb7hY-hOftAHTV2As1rRg/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-42.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://1.bp.blogspot.com/-cXXNJ8v25Wc/VvWfqQkppiI/AAAAAAAAIOs/I25xnZSLBPsWmb7hY-hOftAHTV2As1rRg/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-42.jpg" width="400" /></a></div>
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Apesar de um conhecimento básico do Universo DC poderá fazer você aproveitar mais as pequenas, porém importantes, aparições e pistas daquele mundo ao longo do filme, não chega a atrapalhar o entendimento da mesma. Pode-se fazer conexões depois com os eventos dali, ao mesmo tempo E algo que vale ser citado é que, seja em relação a coisas da própria trama quanto a trama de futuros filmes, foram todas bem colocadas e amarradas, tendo um crescendo na história até seu apoteótico ápice. Nada neste filme foi feito de graça, foi tudo contextualizado para a história que eles estavam contando no momento, mas também dando pistas e indagações sobre o futuro. Não acho que o pace da edição foi um problema, apesar que uma sequencia ou outra poderia ter sido melhor editada (e destaco aqui a batalha do Knightmare Batman).<br />
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Zack Snyder defende a sua visão do Superman e do Universo DC nesse filme e segue revolucionando e forçando a todos a pensar sobre uma visão que não somente é refrescante, para todos os personagens, mas que no geral desafia o status quo do que é "certo" dentro das adaptações de quadrinhos. Tratamos heróis como deuses porque os ideais que eles defendem são maiores do que nós, mas é em sua humanidade, e na capacidade de ter os mesmos medos e receios que nós e ao reconhecer as mesmas, que eles nos mostram força e empatia. Apesar da (clara) campanha contra o filme, só só reafirma o que eu martelo aqui faz tempo: Snyder é o Sam Peckinpah nerd, e não importa a campanha negativa que faça pra seja qual for o filme dele, a qualidade da obra se sobressai ao tempo, o ódio não. Só ver 'Man of Steel' como <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2016/02/5-contra-1-o-legado-e-relevancia-de-man.html">exemplo</a> mais próximo.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-kPCifq8TY60/VvWddgJn07I/AAAAAAAAIOo/DN_RGv6R1qcan7SA6WrlP4EKxWGdzP2gA/s1600/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://4.bp.blogspot.com/-kPCifq8TY60/VvWddgJn07I/AAAAAAAAIOo/DN_RGv6R1qcan7SA6WrlP4EKxWGdzP2gA/s400/batman-v-superman-dawn-of-justice-official-pics-16.jpg" width="400" /></a></div>
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Chega a ser irônico até, a posição de Snyder e Superman serem a mesma com aos seus críticos: criticado por pessoas que supostamente o entendem (mas que no caso é ao contrário), nem tentam olhar por outro ângulo sobre, enquanto ele sempre tenta trazer seu melhor, e usualmente consegue. O filme é sobre ídolos, e a visão e antecipação que impomos sobre eles. Não é mais sobre os homens que podemos ser, mais os heróis que queremos ser, a diferença que de fato faremos no mundo e com o próximo. Mas também é um filme de fãs para fãs, seja eles fãs de cinema, mas especialmente os de quadrinhos. No final, como Bruce Wayne mesmo diz, é sobre acreditar que "os homens ainda são bons."<br />
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<b>NOTA: 9.0</b></div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-69770233197280662362016-02-12T04:30:00.000-08:002016-02-12T09:19:06.558-08:00Review: Deadpool (2016)<div align="justify"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-oG4_-aMWASc/Vr02hbk39CI/AAAAAAAAIMs/QUalwciNcj4/s1600/Deadpool-Poster-Liefeld.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-oG4_-aMWASc/Vr02hbk39CI/AAAAAAAAIMs/QUalwciNcj4/s400/Deadpool-Poster-Liefeld.jpg" width="266" /></a></div>
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Eu não gosto do Deadpool. Sim, parece estranho começar a resenha sobre o filme personagem assim, mas é verdade. Não acho graça, não tem algo que me faça me importar com ele, a não ser do fato que, no início, era uma cópia do Deathstroke que não deu certo e acabou se encontrando em se assumir como piada exagerada e violência gratuita, que definitivamente é o que mantém sua fanbase até hoje. Até preferia o <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2011/05/cinemascope-x-men-origens-wolverine.html">Barakapool</a>, porque ele ia mais direto ao assunto sobre a parte que eu considero boa do personagem (a ação). Mas aí o filme dele aconteceu. E, para minha absoluta surpresa, o filme dele foi muito, mas <b>MUITO</b> melhor do que eu esperava.<br />
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Antes se seguirmos, vamos a sinopse: Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) vai vivendo fazendo pequenos serviços afim de fazer o bem para alguém, seja qual preço for. Ao conhecer a prostituta Vanessa (Morenna Baccarin), acaba se apaixonando e chegando até o ponto de noivar com ela. Mas como nada na vida são flores, Wade é diagnosticado com câncer em estado terminal, e desesperado para ficar com o amor de sua vida, encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica comandada por Francis aka Axis (Ed Skrein), que força mutações nas pessoas para vendê-las como armas vivas. Garantindo a um preço caro um poder de cura que o deixa praticamente imortal, agora Wade (na identidade de Deadpool) caça o homem que destruiu sua vida afim de reverter o estrago feito.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-0cU9Lq6DhZQ/Vr02pGy3jhI/AAAAAAAAIM8/XeZZ3MP0O6s/s1600/deadpool-primeira-imagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-0cU9Lq6DhZQ/Vr02pGy3jhI/AAAAAAAAIM8/XeZZ3MP0O6s/s400/deadpool-primeira-imagem.jpg" width="400" /></a></div>
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O filme do Deadpool se garante com uma história simples até demais em comparação aos acontecimentos mais complexos dos filmes dos X-men, aproveitando as qualidades e particularidades do personagem e trabalhando elas sem cair no exagero corriqueiro do personagem, mas não as excluindo e as tornando especiais dentro da gama de filmes de quadrinhos que estão tendo por aí. Ele utiliza a variada trilha sonora, a violência, a quebra da quarta parede, o sexo (com a nudez explicita), e piadas muito bem feitas para fazer o filme funcionar, além de uma estrutura nova de contar a mesma história de origem que estamos acostumados a ver. Pegando uma cena de ação e desdobrando a origem do personagem em flashbacks foi algo bastante inteligente, e refrescante, da parte deles. Mas nada disso não funcionaria se o filme não tivesse um coração que realmente amarrasse todos os elementos juntos, e é aí que mora a grande vitória do filme.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-W9VgSGNMxsw/Vr02nNhVgUI/AAAAAAAAIM4/0p0ySOirRdw/s1600/deadpool-abacate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://1.bp.blogspot.com/-W9VgSGNMxsw/Vr02nNhVgUI/AAAAAAAAIM4/0p0ySOirRdw/s400/deadpool-abacate.jpg" width="400" /></a></div>
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O marketing não mentiu: isso é de fato uma história de amor. Wade e Vanessa tem visões e opiniões de vida bem parecidos, e se amam de verdade, e Wade acaba preferindo deixar a noiva do que fazer ela sofrer com todo o processo complicado que é lidar com um câncer. E mesmo distante, ela não parou de tentar uma vida melhor (virou garçonete) e tenta seguir da melhor maneira possível, enquanto Deadpool todo tempo fica preso ao passado, e com não atingir a expectativa de não voltar a ser como era antes, ao invés de dar uma chance a segunda chance que ele teve na vida e se permitir ser feliz. E isso acaba sendo o grande mérito do filme: pra quem não gosta do personagem, ele cria um elo que torna o personagem dimensional, que faz que as piadas e violência sejam apenas consequências da boa história que eles acabaram contando.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-PhfbQM8sMaQ/Vr033P7IqqI/AAAAAAAAINM/00l_qoi3j1E/s1600/Deadpool_and_Copycat.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-PhfbQM8sMaQ/Vr033P7IqqI/AAAAAAAAINM/00l_qoi3j1E/s400/Deadpool_and_Copycat.jpg" width="400" /></a></div>
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Além disso, Deadpool é oficialmente o primeiro filme dentro do Universo-X de filmes que se iniciou com o reboot/homenagem em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/05/review-x-men-days-of-future-past.html">DOFP</a>. temos um mundo onde as pessoas já estão acostumadas com mutantes (mas ainda sim com certo preconceito), e especialmente com a presença dos X-men, no formato de Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand) e Colossus (Stefan Kapicic e Greg LaSalle), dessa vez visualmente igual aos quadrinhos, além de outras coisas interessantes, como a Mansão X, o Quinjet e um misterioso Hellacarrier que pode (ou não) aparecer em futuros filmes da Franquia X. Além disso, as meta-piadas relacionadas aos filmes do X-men, o papel deles de herói em comparação ao Deadpool, e em especial ao Wolverine/Hugh Jackman, são um dos aspectos positivos do filme que foram sabiamente usados.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-d9zdth0zlug/Vr02iHNlAZI/AAAAAAAAIMw/hcBaN7K74WQ/s1600/Deadpool_%2528film%2529_36.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://1.bp.blogspot.com/-d9zdth0zlug/Vr02iHNlAZI/AAAAAAAAIMw/hcBaN7K74WQ/s400/Deadpool_%2528film%2529_36.png" width="400" /></a></div>
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Além disso, explicações que até então não tinham resposta, de porque do nome, da roupa vermelha, e até mesmo o senso de humor do personagem (que vira muitas vezes um sistema de defesa psicológico) ganham explicações práticas que ajudam o filme ao todo ter mais credibilidade. Além disso, o filme não sabe só rir de si mesmo e da franquia da qual está presente, mas também do próprio Ryan Reynolds, que está fenomenal no papel que tinha tudo pra eu odiar, e Morenna faz de Vanessa uma mulher que, apesar de ainda não ter seus <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Copycat_(Marvel_Comics)">poderes</a>, é alguém que se faz igual ao Deadpool em termos de personalidade, e em aspectos explicados aqui, acaba sendo a verdadeira heroína do filme.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-FBYMOsx7AuY/Vr02ifScrvI/AAAAAAAAIM0/t-v12NEzKVg/s1600/deadpool-020103.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-FBYMOsx7AuY/Vr02ifScrvI/AAAAAAAAIM0/t-v12NEzKVg/s400/deadpool-020103.jpg" width="266" /></a></div>
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Personagens como Blind Al (Leslie Ugams) e Weasel (TJ Miller), além de ótimos alívios cômicos e amigos do Deadpool, ajudam na construção de cenário do personagem. Gina Carano como Angel Dust não faz muito, mas também mostra ao que veio nas cenas de ação (e tendo uma das piadas mais engraçadas do filme junto com Colossus). Axis funciona bem não só como contraponto sério e sisudo do Deadpool, mas também como a personificação de tudo que sua companhia representa, que pode ou não pode ser a Arma X, apesar de se assumir dentro do filme uma conexão militar no passado.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Q7eL7t_6B8k/Vr02gdlbntI/AAAAAAAAIMo/arxVDigfUZE/s1600/Wade_Wilson_in_Lab.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://3.bp.blogspot.com/-Q7eL7t_6B8k/Vr02gdlbntI/AAAAAAAAIMo/arxVDigfUZE/s400/Wade_Wilson_in_Lab.jpg" width="400" /></a></div>
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No fim, depois de 11 anos de luta pra fazer o filme sair do papel, a espera se pagou e acabou começando o ano com uma surpresa mais do que agradável. No geral o diretor estreante e técnico em efeitos especiais Tim Miller conseguiu fazer um ótimo filme de fãs para fãs, mas com todos os exageros do personagem devidamente domados para atrair novos "adeptos". Se antes os filmes dos X-men já estavam cimentados para alguns como a Marvel que vale nos cinemas, Deadpool chegou pra provar que isso não é mais teórico, e é tão real quanto o amor dos personagens principais. Se isso vai me fazer gostar do personagem nos quadrinhos eu ainda não estou certo, mas me faz esperar com ansiedade a já confirmada sequencia do filme com Cable. Só espero que dessa vez não leve mais 11 anos pra isso.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-6vIhX-PjID8/Vr02rSkP55I/AAAAAAAAINA/5OPzsi9ZAtU/s1600/deadpool-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://2.bp.blogspot.com/-6vIhX-PjID8/Vr02rSkP55I/AAAAAAAAINA/5OPzsi9ZAtU/s400/deadpool-09.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>NOTA: 8.5</b><br />
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PS: Espero que todos se viciem em Juice Newton que nem eu estou agora por causa do filme.<br />
<br /><iframe width="420" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/HTzGMEfbnAw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br /></div>Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-60798466106376198502016-02-01T04:30:00.000-08:002016-03-22T18:30:58.141-07:005 contra 1: O legado e relevância de 'Man of Steel'<div align="justify">
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-qq3cymuhB2c/VqZ8xnNjTwI/AAAAAAAAIMI/F-zRzCYM6RE/s1600/Man-of-steel-logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://2.bp.blogspot.com/-qq3cymuhB2c/VqZ8xnNjTwI/AAAAAAAAIMI/F-zRzCYM6RE/s400/Man-of-steel-logo.jpg" width="400" /></a></div>
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Olá pessoal! Mês que vem chega finalmente 'Batman v Superman: Dawn of Justice' e pra comemorar esse fato vamos voltar aonde de fato tudo começou e explicar brevemente como 3 anos depois de seu lançamento, '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>' se tornou um filme de importância gigante não só para o Superman em si, mas como isso afetou os quadrinhos do personagem mas também as adaptações de quadrinhos no geral. Então confira abaixo a lista e prepare-se para a volta do Homem de Aço no Alvorecer da Justiça!<br />
<b><br /></b>
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<a name='more'></a><b>1) Superman de novo relevante</b><br />
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Como comentado <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/07/porque-superman-e-o-novo-superman.html">anteriormente</a>, Superman estava com um problema: a maioria das pessoas não consegue se conectar com ele. E isso é um problema que estava acontecendo faz anos, por diversos motivos também outrora listados. E o filme trouxe uma solução pra isso, e forçou ainda mais os quadrinhos a chegarem na mesma trajetória. 'Men of Tomorrow', 'Truth', 'Superman Unchained', por exemplo, são consequências diretas do fato que a mudança chegou ao Homem de Aço. Tirar Superman de seu "trono no céu" e dar foco a sua humanidade (e as coisas boas e ruins que ela traz) fez as pessoas entendessem que por trás do herói e do que ele representa, há um ser humano da qual eles podem se relacionar e se identificar. Citando outros exemplos fora do canon, temos obras como <a href="http://moonheadpress.blogspot.com.br/2014/01/gods-end.html">'God's End</a>' e o fan film '<a href="http://screenrant.com/superhero-resignation-short-film-joshua-caldwell/">Resignation</a>', que trabalham com as mesmas ideias apresentadas no filme.E se você parar e analisar friamente, as principais obras, sejam literárias ou cinematográficas, de sucesso da ultima década seguem exatamente o padrão de explorar, pela humanidade do personagem, a grandeza dos bons valores. E como todo ser humano, há uma certa complexidade que nos faz interessar de porque ele/ela escolheu esse caminho. Por mais que, a principio, os heróis da DC representem figura que nos aspiram a ser melhores, e por consequência nos faz colocar num pedestal, a maneira de contar histórias nas ultimas décadas mudaram, e essa mudança inevitavelmente chega a todos. A questão aqui é: humanizar o Superman, mostrar que ele pode não só ficar feliz mas também pode ter medos e receios não diminui em nada a força inspiradora que ele de fato é.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Gg2qVpcP0kM/U8dbsO4WmBI/AAAAAAAAHnw/1n-YHmLgOsk/s1600/2898384-aaaaasuperfanrocafort.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-Gg2qVpcP0kM/U8dbsO4WmBI/AAAAAAAAHnw/1n-YHmLgOsk/s400/2898384-aaaaasuperfanrocafort.jpg" width="262" /></a></div>
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<b>2) As pessoas querem consumir Superman (e seu mundo)</b><br />
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Porque você acha que 'Supergirl' existe? Ou futuramente no SyFy, a serie 'Krypton'? Uma dica: não foi por causa de 'Smallville'. Mesmo que economicamente falando não seja o cash-cow que Batman é, o filme fez que as pessoas corressem atrás de mais coisas relacionadas ao Homem de Aço e seu mundo. Suas sagas nas revistas solo ganham mais destaque, há mais histórias dele a venda, temos mais brinquedos e vestimentas do personagem sendo lançadas e consumidas, há a possibilidade de um game solo do Superman vir nos próximos anos, há um crescimento da demanda do publico pelo personagem que tende a crescer ainda mais após a chegada de 'Batman v Superman'. E as séries de TV ajudam também a explorar o universo do personagem e mostrar que ele pode ser tão multifacetado quanto dos outros personagens, e comprava que sim, você pode ter varias versões do Superman e de seu mundo contando diferentes histórias de diferentes maneiras.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-x-1uQUPf5Hw/VqZ9LX_RW-I/AAAAAAAAIMU/xCa5AJVKUzc/s1600/supergirl-melissa-bernoist-portrait.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-x-1uQUPf5Hw/VqZ9LX_RW-I/AAAAAAAAIMU/xCa5AJVKUzc/s400/supergirl-melissa-bernoist-portrait.jpg" width="300" /></a></div>
<br />
<b>3) O molde está quebrado</b><br />
<br />
Eu amo 'All Star Superman' tanto quanto qualquer outra pessoa. Mas porque, por exemplo, ela não é o "norte" das pessoas em relação ao personagem como por exemplo 'The Dark Knight Returns'? Porque 'All Star Superman' é uma grande celebração a toda a história do personagem, mas ela não está ali para ser revolucionária. Como já disse aqui antes, 'Man of Steel' é a quebra do molde, resultado de uma evolução que estava acontecendo desde 2006. Você pode se permitir a explorar mais coisas com o personagem, ir além. Batman só tem a relevância que tem hoje pois foi permitido a ele se pluralizar, e com o Superman a gente viu o contrário acontecer cada vez mais. Mas agora a caixa de Pandora foi aberta, e temos não somente o caminhoneiro Archie Clayton, mas também Val-Zod e Kal-El (o Superman que serve a Darkseid) em 'Earth 2', Calvin Ellis, o Superman negro e presidente dos Estados Unidos, e 'Multiversity', que explora em peso sobre versões alternativas não só do Superman, mas de outros personagens. Perdeu-se o medo de experimentar o novo com o personagem, e apesar de haver resistências a isso de algumas partes, como falei antes, a mudança inevitavelmente chega a todos.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-syc36Atl_U4/VqZ8xpEpIKI/AAAAAAAAIMM/hBGY8JQJJvU/s1600/960.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-syc36Atl_U4/VqZ8xpEpIKI/AAAAAAAAIMM/hBGY8JQJJvU/s400/960.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>4) Fez o DCEU se tornar realidade</b><br />
<div>
<br />
Se você é daqueles que acreditam que a WB queria que 'Man of Steel' fizesse um bilhão de dólares, parabéns, você está se auto intitulando um idiota. O fato que Superman era uma franquia quebrada a mais de 20 anos, e por mais que importante que ele seja pro estúdio, ele precisava de uma revigorada a passos lentos, mas certos, que nem Batman teve com 'Batman Begins' em 2005. E se temos hoje 'Batman V Superman' e o resto do universo DC se formando nas telas, é porque sim, os 700 milhões de bilheteria, mas a grana ganha em merchandising foi muito bem vista pelos olhos da Warner. Além disso, 'Man of Steel' ajudou a definir o tom daquele universo e o que pode ser feito e explorado com ele, e assim como nas revistas, Superman é o centro da qual as coisas tem que orbitar. E o mais importante: o DCEU não vai ter medo de tomar riscos, o que sim, vai muitas vezes tirar os personagens, e por consequência o publico, fora da zona de conforto, e o gênero só tem a ganhar com isso.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-78BTwv-1bKo/VqZ9U8J8MwI/AAAAAAAAIMc/_s6Xi_2H2Wk/s1600/justice-league-part-01-concept-art-01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://2.bp.blogspot.com/-78BTwv-1bKo/VqZ9U8J8MwI/AAAAAAAAIMc/_s6Xi_2H2Wk/s400/justice-league-part-01-concept-art-01.png" width="400" /></a></div>
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<b>5) O filme continua mais do que nunca relevante</b><br />
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Quando algo é ruim, ele não é comentado, não se dá destaque a ele, e naturalmente acaba sendo deixado de lado ou até totalmente esquecido. Isso também ocorre com algo que em algum momento é popular, mas depois desaparece, e praticamente não se volta a falar dele. Porque não ficamos semanas falando sobre a politica de '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">Age of Ultron</a>' ou seja lá quem for o pai de Peter Quill em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/11/review-guardians-of-galaxy.html">GOTG</a>? Mas mesmo assim, semana sim, semana não, temos textos que falam, pro bem ou pro mal, sobre 'Man of Steel'. Ora, até esse texto é uma das provas disso. Por ter tido a coragem de evoluir o personagem e levá-lo a outros lugares, ele é questionado, muita vezes por um prisma de "minha visão tem que ser a correta", prendendo a visão de que o personagem tem que ser singular, que não pode, ou pior, não se deve, tomar outros caminhos para chegar no mesmo ponto. Além disso, teve uma óbvia reação pelos rivais, ao tentar supostamente "concertar os erros" do filme em 'Age of Ultron' acabou com um resultado risível que demonstra não somente não foi <a href="https://www.washingtonpost.com/news/act-four/wp/2015/05/13/the-avengers-vs-man-of-steel/">entendido</a> o ponto criticado em 'Man of Steel', mas não trouxe um resultado crível e solido a tela na sua tentativa. 'Man of Steel' trouxe a critica e a realidade cimentadas pelo Batman de Christopher Nolan, e ao abraçar o lado sci-fi do personagem, utilizou a mesma como veículo de escape pra essa mesma crítica e sendo de realidade estarem presentes.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9bKqSwBfCdI/UdTmuSRgvSI/AAAAAAAAHEk/3v0SMcV-2Pk/s1600/manofsteel2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="183" src="https://3.bp.blogspot.com/-9bKqSwBfCdI/UdTmuSRgvSI/AAAAAAAAHEk/3v0SMcV-2Pk/s400/manofsteel2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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E isso abre o leque para que o mundo e os personagem que habitam nele, por mais fantástico que sejam, no final tenham algo a dizer e a falar sobre o mundo que vivemos. E espera-se que o choque (e a agradável surpresa) que, depois de um tempo realmente longo a gente veja uma história que abrace as raízes sci-fi do personagem com tanta força, e ao mesmo tempo não abandonando o sentimento de "comic strip", utilizando-o exatamente para fins de espetáculo.E pra validar isso como o gênero, e combater o preconceito que ele ainda sofre, é de extrema importância. Num momento que o "norte" das adaptações de quadrinhos acaba sendo algo mais enlatado, de consumo rápido e relevância zero, é importante você trazer riqueza e significado não só para um personagem, mas para todo um universo. E especialmente, trazer pluralidade ao gênero nos cinemas. O que vai manter a chama viva não é somente quantidade, mas qualidade e inovação, e isso com certeza já estamos vendo que 'Man of Steel' e o DCEU estão trazendo. E pelo fato que cada ano que passa há menos gente reclamando (mas ainda sim, reclamando, pois nada é unanime) demonstra que sim, está tendo uma mudança de pensamento sobre a obra. E ao passar dos anos, pelo fato de ainda estar falando sobre ela e sua importância, demonstra a sua importância por si só.<br />
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Por hoje é só! Fiquem de olho para mais novidades sobre 'Batman V Superman' (ou não) no futuro até o lançamento do filme. Leia meu review de MOS <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">aqui</a> e meu extenso editorial sobre a importância do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/07/porque-superman-e-o-novo-superman.html">aqui</a>.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-83687462676944403762016-01-15T04:30:00.000-08:002016-01-15T04:30:09.214-08:00Filmes da Marvel Comics em 2016<div align="justify">
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AL3Feq8VPUI/VoM7sHC6P_I/AAAAAAAAILs/u8k17e0nwAU/s1600/AllNewAllDifferentMarvel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="http://4.bp.blogspot.com/-AL3Feq8VPUI/VoM7sHC6P_I/AAAAAAAAILs/u8k17e0nwAU/s400/AllNewAllDifferentMarvel.jpg" width="400" /></a></div>
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Semana passada falamos sobre os filmes da DC Comics para este ano, agora veremos as surpresas reservadas para o House of the Mouse para 2016! Confira abaixo:<br />
<br />
<a name='more'></a>2015 foi um ano diferenciado para a Marvel Studios. <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">Age of "Ultron"</a> não foi a unanimidade esperada entre críticos e fãs, e considerado por alguns como um filme que falhou nas bilheterias, mesmo tendo feito apenas "só" 1.405 bilhões (numero abaixo aos 1.519 bilhões feitos pelo primeiro filme). Mas em contraponto, conseguiu resolver o pepino que virou a produção do filme do '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/07/review-ant-man.html">Ant-Man</a>' de modo que saísse satisfatoriamente aceitável em comparação ao que poderia ser. Além disso, a Disney se meteu na <a href="http://www.bleedingcool.com/2014/10/14/a-very-civil-war-between-kevin-feige-and-isaac-perlmutter/">quebra de braço</a> entre Ike Pelmutter (CEO da Marvel) e Kevin Feige (Responsável pela Marvel Studios) que <a href="http://www.bleedingcool.com/2015/08/31/marvel-shake-up-kevin-feige-sidesteps-marvel-ceo/">acabou</a> dando mais poder de decisão ao segundo em relação aos filmes, mas não estou certo que haverá uma melhora dos mesmos por causa disso... Por outro lado, a Fox consolidava seu universo X anunciando o filme do Gambit (uma surpresa para muitos) enquanto Deadpool fazia um sucesso em sua cavalgada para finalmente ser filmado e feito, que nem mesmo a Fox sonhava que teria tamanho feedback positivo. Mas infelizmente, os problemas fora do set acabaram afetando o <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/08/review-fantastic-four-2015.html">Quarteto Fantástico</a> (que sim, ainda acho um bom filme), deixando eles, até a segunda ordem, de fora da festa no futuro próximo, além de trasos por partes de contrato e produção jogarem o filme do Cajun para 2017. Só lembrando que as datas de lançamento se referem as datas americanas.<br />
<b><br /></b>
<b>Deadpool</b><br />
Diretor: Tim Miller <br />
Elenco: Morena Baccarin, Gina Carano, Ryan Reynolds, Ed Skrein<br />
Data: 12/02<br />
<br />
Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.<br />
<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-o84jZFV81VY/VoM4E35xKjI/AAAAAAAAILA/aBUGbdM01LA/s1600/deadpool-one-sheet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-o84jZFV81VY/VoM4E35xKjI/AAAAAAAAILA/aBUGbdM01LA/s400/deadpool-one-sheet.jpg" width="270" /></a></div>
<br />
Se eu falar que eu curto o personagem, eu estaria mentindo, mas o filme em si parece bem interessante e promissor por exatamente trazer diversidade dentro dos filmes do X-Men. Por mais que eu adore a pegada sci-fi/ação da franquia, é sempre bom ver que, assim como nos quadrinhos, o Universo X é grande suficiente para poder explorar qualquer tipo de história, em qualquer gênero. E o trailer parece que vai trazer não só um filme sólido, mas também a redenção da Arma X nos cinemas, podendo ser mostrada de maneira bem mais justo que sua ultima (horrível) tentativa. créditos também para a ótima ação de marketing do filme, que consegue acertar de maneira bem mais feliz no humor do personagem do que muitas vezes que as revistas do personagem deixaram a desejar.<br />
<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wBr8ZfNvu4w/VoM4EE1KdmI/AAAAAAAAIKw/kZgkzgUDXsM/s1600/70859.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="http://1.bp.blogspot.com/-wBr8ZfNvu4w/VoM4EE1KdmI/AAAAAAAAIKw/kZgkzgUDXsM/s400/70859.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Captain America: Civil War</b><br />
Diretor: Russo Brothers<br />
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Sebastian Stan, Chadwick Boseman<br />
Data: 06/05<br />
<br />
Steve Rogers lidera a nova equipe dos Vingadores em seus esforços contínuos para proteger a humanidade. Depois que outro incidente internacional envolvendo os Vingadores causa danos colaterais, o aumento da pressão política resulta na instalação de um sistema de responsabilidade e um conselho governamental para determinar quando solicitar os serviços da equipe. O novo status quo fragmenta a equipe enquanto eles tentam proteger o mundo de um novo e nefasto vilão. E as coisas complicam ainda mais com Steve tentando inocentar Bucky, o Soldado Invernal, que está envolvido diretamente nos últimos acontecimentos.<br />
<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-aSbjpzCiXhA/VoM4ELvgq7I/AAAAAAAAIK0/K8MVQQSNrfI/s1600/Captain-America-Civil-War-Movie-Logo-Official.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-aSbjpzCiXhA/VoM4ELvgq7I/AAAAAAAAIK0/K8MVQQSNrfI/s400/Captain-America-Civil-War-Movie-Logo-Official.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E chegamos a parte complicada. Uma coisa é você adaptar elementos de uma história para criar outra, mas no momento que você usa o mesmo nome de uma história, espera-se que você a adapte-a de fato. 'Age of Ultron' teve desde o começo especificado que não era uma adaptação da história do Bendis, bem diferente do caso de 'Civil War', que no desespero de tentar alcançar a concorrência, acabou anunciado o filme. Mas no fim o que vemos é uma deturpação dos conceitos que fazem a história ser um clássico, que gera todo uma série de problemas.O conflito político está sendo substituído pelos conflitos de amizade daquele que foi posto como personagem principal. A oportunidade perfeita de adaptar essa história era em Avengers 2, que tinha o escopo necessário para fazer a coisa bem feita, mas com a oportunidade agora perdida, o que resta é esperar que o menos pior aconteça.<br />
<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-2m-w__NErDc/VoM4EcTu3hI/AAAAAAAAILE/HGNcwnvqbc8/s1600/Captain-America-Civil-War-Teams.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="http://1.bp.blogspot.com/-2m-w__NErDc/VoM4EcTu3hI/AAAAAAAAILE/HGNcwnvqbc8/s400/Captain-America-Civil-War-Teams.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>X-Men: Apocalypse</b><br />
Diretor: Bryan Singer<br />
Elenco: Oscar Isaac, Jennifer Lawrence, Michael Fassbender, James McAvoy<br />
Data:27/05<br />
<br />
Desde o início da civilização, ele é adorado como um deus. Apocalypse, o primeiro e mais poderoso mutante do universo X-Men da Marvel, acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos, incluindo um Magneto desanimado, para purificar a humanidade e criar uma nova ordem mundial, a qual ele reinará. Como o destino da Terra está por um fio, Mística, com a ajuda do Professor X , deverá levar uma equipe de jovens X-Men para conter o seu maior inimigo e salvar a humanidade da completa destruição.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-o0aR6aJpPzA/VoM4PeLFg_I/AAAAAAAAILU/hYYFRpkKaMU/s1600/x-men-apocalypse-official-poster-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-o0aR6aJpPzA/VoM4PeLFg_I/AAAAAAAAILU/hYYFRpkKaMU/s400/x-men-apocalypse-official-poster-02.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Depois do reboot e de fazer o melhor filme da franquia com 'Days of Future Past', o patamar a ser atingido estava alto, e ao invés de se encolher, Singer abraçou o desafio e trouxe o vilão mais blockbuster dos X-men para os cinemas. Oscar Isaac ainda não fez uma atuação ruim na vida e promete explorar ao fundo o personagem, aliado a também o maior filme da franquia já feito em termos de escopo. Além disso, procura fechar (ou abrir, dependendo do seu ponto de vista) os arcos de personagens clássicos e o quarteto de destaque na nova trilogia (no caso Xavier, Magneto, Mística e Fera).<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_2Wsm99OPWY/VoM4ZX2bv_I/AAAAAAAAILc/QP1A4HJ1c10/s1600/Apocalipse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="http://3.bp.blogspot.com/-_2Wsm99OPWY/VoM4ZX2bv_I/AAAAAAAAILc/QP1A4HJ1c10/s400/Apocalipse.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Doctor Strange</b><br />
Diretor: Scott Derrickson<br />
Elenco: Rachel McAdams, Benedict Cumberbatch, Tilda Swinton, Mads Mikkelsen, Chiwetel Ejiofor Data: 04/11<br />
<br />
Após um acidente que danificou suas mãos para sempre, o neurocirurgião Stephen Strange viaja até os confins do mundo onde encontra um mundo de magia e misticismo, e lá aprende a dominar essas artes que vai ajudar a impedir de monstros de outros mundos venham a nossa realidade.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lNHIjUTuOMU/VoM48QwfZrI/AAAAAAAAILk/q8klYlV0j2o/s1600/Doctor_Strange_Logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="http://2.bp.blogspot.com/-lNHIjUTuOMU/VoM48QwfZrI/AAAAAAAAILk/q8klYlV0j2o/s400/Doctor_Strange_Logo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Com um elenco talentoso (incluindo Scott Adkins com um papel de destaque nas cenas de ação) e um diretor com conhecimento no gênero de horror, as apostas de muitos que o filme que vá mudar a cara da Marvel Studios vai ser esse, especialmente por entrar em produção já livre de qualquer influência de Ike Pelmutter. Apesar do problema morar mais nas <a href="http://www.bleedingcool.com/2015/09/03/welcome-to-feige-island-why-kevin-feige-canned-the-marvel-creative-committee-of-dan-buckley-joe-quesada-and-brian-bendis/">decisões</a> (questionáveis) de Kevin Feige, o personagem e os talentos envolvidos são o que me fazer ter o minimo de esperança que algo bom de fato saia. E apesar da escolha óbvia de Cumberbatch pro papel, ele visualmente ficou muito legal. Espera-se que o resto do filme siga o mesmo nível de qualidade.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-4HwihqJIt6s/VoM4O0RyjgI/AAAAAAAAILQ/yNieVG-x68c/s1600/Doctor-Strange-Mystical-Strange-005-EW.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-4HwihqJIt6s/VoM4O0RyjgI/AAAAAAAAILQ/yNieVG-x68c/s400/Doctor-Strange-Mystical-Strange-005-EW.jpg" width="400" /></a></div>
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E fechamos por aqui! Até a próxima!</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-11990028220533097322016-01-04T04:30:00.000-08:002016-02-29T12:47:05.164-08:00Filmes da DC Comics em 2016<div align="justify">
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7CC50XPYMiY/VoLzmLAtNzI/AAAAAAAAIKY/IB_5S51dsSI/s1600/SUPERMAN-50-polybag-04777.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-7CC50XPYMiY/VoLzmLAtNzI/AAAAAAAAIKY/IB_5S51dsSI/s400/SUPERMAN-50-polybag-04777.jpg" width="260" /></a></div>
<br />
Olá pessoal! Vamos começar o ano com os Melhores do Mundo, e com aquilo que eles pretendem trazer no ano de 2016!<br />
<br />
<a name='more'></a>Enquanto as animações para home video pegaram fogo em 2015, com muitos lançamentos de qualidade, os filmes ficaram quietos em seu canto... mas o DCEU agora está com as maquinas ligadas a toda força, e começa a mostrar a expansão do mundo de 'Man of Steel' com uma série de escolhas bastante interessantes e promissoras de ambos os lados. Seguindo o esquema popular de universo compartilhado, mas diferentemente da concorrente direta, fazendo que seus filmes tenham de fato algo a dizer, chegou a hora de por em teste o poder de fogo que o estúdio, depois de um ano de transição ruim, precisa tanto para poder voltar ao topo. E se depender das reações dos trailers dos dois principais filmes do ano da editora, parece que o amanhecer será radiante para a Warner. No lado animado, temos algumas surpresas de inclusões de grupos de heróis não esperados, assim também como aquela que promete ser a primeira adaptação 'R-Rated' da linha de animações da editora. Confira abaixo os filmes, lembrando que as datas de lançamento se referem ao lançamento dos mesmos nos EUA:<br />
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<b>Batman: Bad Blood</b><br />
Direção: Jay Oliva <br />
Elenco:Jason O'Mara, Stuart Allan, Sean Maher, Yvonne Strahovski e Gaius Charles<br />
Data de Lançamento: 02/02<br />
<br />
Após o desaparecimento de Bruce Wayne, Dick Grayson faz a difícil escolha de vestir o manto de Batman enquanto, junto com Robin (Damian Wayne), procuram o paradeiro de seu pai. O problema que seu desaparecimento pode estar ligado a Talia Al Ghul e o misterioso Leviatã, o que faz os reforços de Batwoman (prima de Bruce Wayne) e Batwing (filho de Lucius Fox) muito bem vindos.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-k1gy7GMDLBI/VoLyVdcWthI/AAAAAAAAIJY/Esspv3VcFbU/s1600/91LrES2prOL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-k1gy7GMDLBI/VoLyVdcWthI/AAAAAAAAIJY/Esspv3VcFbU/s400/91LrES2prOL._SL1500_.jpg" width="318" /></a></div>
<br />
Continuando a contar as histórias do Batman de seu mais novo universo animado, os motivos para se estar empolgado com esse filme são quatro. Primeiro, ele é escrito pelo lendário J.M DeMatteis, e segundo, ele introduz pela primeira vez vários personagens que ganharam espaço nos últimos anos nas páginas das revistas. Além disso, permite uma expansão bem-vinda na Bat-Família sem cair necessariamente em velhos padrões. E por ultimo, permite aos órfãos da fase 'Batman e Robin' do Grant Morrison ver novamente Dick e Damian como a querida dupla dinâmica oficial, e por isso só já vale a pena correr atrás do filme.<br />
<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eKtwnXO5KTE/VoLyUakFFTI/AAAAAAAAIJM/XLjZ0OYCdPw/s1600/batman-bad-blood-batwoman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://4.bp.blogspot.com/-eKtwnXO5KTE/VoLyUakFFTI/AAAAAAAAIJM/XLjZ0OYCdPw/s400/batman-bad-blood-batwoman.jpg" width="400" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Lego DC Comics Super Heroes: Justice League: Cosmic Clash
</b><br />
Direção: Rick Morales<br />
Elenco: Troy Baker, Nolan North, Khary Payton <br />
Data de Lançamento: 09/02<br />
<br />
Ao tentar invadir a terra, Brainiac acaba enfrentando a Liga da Justiça. Sua solução para deter a equipe? Espalhar seus membros através do tempo, já que separados, seria mais fácil dominar a Terra. mas Batman, Flash e Cyborg utilizam a Esteira Cósmica para reunir novamente a equipe através do tempo e ainda pedir uma ajuda a Legião dos Super Heróis.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-kFuNegHd7Pk/VoLyVzTgenI/AAAAAAAAIJk/MahX-EXsu9c/s1600/1000576627BRDBEAUTY_ecbed26b.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-kFuNegHd7Pk/VoLyVzTgenI/AAAAAAAAIJk/MahX-EXsu9c/s400/1000576627BRDBEAUTY_ecbed26b.jpeg" width="308" /></a></div>
<br />
A linha de filmes da LEGO tem crescido bastante nos últimos anos (e graças a 'The LEGO Movie', isso só tem a aumentar), e as aventuras da Liga da Justiça no universo desses brinquedos ajudou bastante nos últimos anos as crianças entrarem em contato com os personagens, apesar do filmes serem tão divertidos que conseguem agradar até mesmo os fãs adultos. O elemento especial aqui vai para a introdução da Legião dos Super Heróis, o "Star Trek da DC Comics", em toda a sua glória junto com a Liga da Justiça, e da Supergirl, que está se tornando bem popular entre os mais jovens por causa de sua série de TV.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-b5jLIcRV9w4/VoLyXMYzhyI/AAAAAAAAIJ8/chDiagf1VRw/s1600/lego-justice-league-cosmic-clash-slice-600x200.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="http://1.bp.blogspot.com/-b5jLIcRV9w4/VoLyXMYzhyI/AAAAAAAAIJ8/chDiagf1VRw/s400/lego-justice-league-cosmic-clash-slice-600x200.jpg" width="400" /></a></div>
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<br />
<b>Batman V Superman: Dawn of Justice</b><br />
Direção: Zack Snyder <br />
Elenco: Henry Cavill, Ben Affleck, Gal Gadot, Amy Adams, Jesse Eisenberg <br />
Data de Lançamento: 25/03<br />
<br />
Temendo que as ações de um Super Herói com poderes de um Deus passem sem consequência, o formidável e violento vigilante de Gotham decide abater o venerado Homem de Aço de Metrópolis por conta própria, enquanto o mundo procura se decidir que tipo de herói ele precisa. Mas nas sombras, alguém manipula os heróis um contra o outro, e sem saber, lida com forças da qual não pode controlar, e colocará o mundo em um novo patamar de risco...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/--SZ65hhqbIY/VoLyWuxnbXI/AAAAAAAAIKE/x5fEu296Gx8/s1600/batmanvsupermanheader.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="http://3.bp.blogspot.com/--SZ65hhqbIY/VoLyWuxnbXI/AAAAAAAAIKE/x5fEu296Gx8/s400/batmanvsupermanheader.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Zack Snyder conseguiu concretizar algo com '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>' que fora um processo que estava lentamente sendo feito nos quadrinhos: modernizar o Superman e torná-lo atual e, acima de tudo, novamente relevante. E pelo fato de 3 anos depois ainda estarmos <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/07/porque-superman-e-o-novo-superman.html">discutindo</a> sobre o filme mostra exatamente essa relevância que seus detratores tentam (em vão) justificar que é errado. Com isso em mente, mesmo com as enormes responsabilidades dos ombros (introduzir a Mulher Maravilha e reintroduzir um novo Batman após o sucesso da trilogia de Christopher Nolan), o homem responsável por conseguir com sucesso adaptar <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2010/01/review-de-watchmen-ultimate-edition-e.html">Watchmen</a> e revitalizar o Superman de fato tem bastante crédito na praça (e 3 trailers sensacionais) pra mostrar que que ele sabe muito bem o que faz, senão não teria também confirmado como o diretor do filme da Liga da Justiça enquanto fazia BvS. Seja o que venha a acontecer, a confiança depositada em Snyder por parte do estúdio, e nossa, promete uma recompensa épica.<br />
<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Q1_wgsWr1Y8/VoLyWHk9YzI/AAAAAAAAIKM/sDVMAH13Z3E/s1600/batman-v-superman-new-trinity-picture-emerges-with-no-writing-the-trinity-revealed-490656.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="http://2.bp.blogspot.com/-Q1_wgsWr1Y8/VoLyWHk9YzI/AAAAAAAAIKM/sDVMAH13Z3E/s400/batman-v-superman-new-trinity-picture-emerges-with-no-writing-the-trinity-revealed-490656.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>Justice League vs Teen Titans</b><br />
Direção: ??? Elenco: ??? Data de Lançamento: Meio do Ano<br />
<br />
O filme do qual sabemos menos até então, tirando o fato de que finalmente os Jovens Titãs vão ganhar sua chance de ter um filme animado para chamar de seu, depois de 'The Judas Contract' ter sido o único filme da linha DC Universe a ser cancelado. além disso, os titãs a serem apresentados aqui não são da serie animada, mas sim dentro do novo universo animado da linha. Mesmo assim, interessante como eles vão abordagem esse conflitos de gerações, e em especial, o que isso pode nos dizer (ou não) sobre o filme live action do Cyborg se transformar num filme dos Titãs (de acordo com os <a href="http://comicbook.com/2015/11/27/rumors-on-green-lantern-corps-possible-teen-titans-movie/">rumores</a>).<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-KNs21HVX144/VoLymfFUEiI/AAAAAAAAIKU/lvQcmb61pj0/s1600/cbg_justice_league__teen_titans_cover_color_by_jamaligle1-d4n93e5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-KNs21HVX144/VoLymfFUEiI/AAAAAAAAIKU/lvQcmb61pj0/s400/cbg_justice_league__teen_titans_cover_color_by_jamaligle1-d4n93e5.jpg" width="277" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Suicide Squad</b><br />
Direção: David Ayer <br />
Elenco: Will Smith, Magot Robbie, Jared Leto, Viola Davis, Cara Delevingne<br />
Data de Lançamento: 05/08<br />
<br />
Reunindo os mais perigosos vilões, criminosos e assassinos do mundo, o 'Task Force X' pega os condenados pela justiça e fazem trabalhar a seu favor, mesmo que um bomba implantada em suas cabeças sejam o real motivador deles agirem sob o comando de Amanda Waller. Mas ao perceberem que são um "Esquadrão Suicida" e que algum momento eles podem, e vão, ser descartados, a equipe irá tentar se salvar em grupo, ou será cada um por si?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1SwtJ1Hgfts/VoLyXT5FnmI/AAAAAAAAIKI/XtJMxcmZTWQ/s1600/suicide-squad-movie-logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-1SwtJ1Hgfts/VoLyXT5FnmI/AAAAAAAAIKI/XtJMxcmZTWQ/s400/suicide-squad-movie-logo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
David Ayer é já um consolidado roteirista, que quando decidiu começar a dirigir os filmes mostrou-se muito mais que capaz, trazendo clássicos como' Fury' e 'End of Watch'. E pelo fato do filme existir a partir de um pitching dele com a Warner, que não tinha planos de fazer um filme da equipe até então, demonstra exatamente outro fator para se empolgar em relação com o DCEU: mesmo conectados, ainda se há espaço para implementar sua visão como artista. Por enquanto, mesmo com <a href="http://heroichollywood.com/home-1/2015/12/28/suicide-squad-2nd-trailer-shot-for-shot-breakdown">possibilidades</a> de propaganda mais chamativas ao grande publico possam colocar em duvidas nos fãs de longa data sobre o tom do filme, coloco-o no mesmo patamar de 'Batman v Superman' de "tem que acontecer uma merda muito grande pra esse filme ser ruim".<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lk-0RJwvrus/VoLyWzNsjBI/AAAAAAAAIKA/iVlfz9_I_Ss/s1600/landscape-movies-suicide-squad-first-look.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-lk-0RJwvrus/VoLyWzNsjBI/AAAAAAAAIKA/iVlfz9_I_Ss/s400/landscape-movies-suicide-squad-first-look.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>Batman: The Killing Joke</b><br />
Direção: Sam Liu Elenco: Mark Hamill, Kevin Conroy <br />
Data de Lançamento: Segunda metade de 2015<br />
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Baseado no clássico de Alan Moore e Brian Bolland, o Coringa testa Batman e James Gordon aos limites da insanidade enquanto tenta provar seu ponto de vista sobre o mundo é o correto. Enquanto o ciclo de violência e insanidade só aumenta, descobrimos as origens do vilão e o que o levou ao se tornar o Príncipe Palhaço do Crime.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QDpFNCUG-tc/VoLyWQKntWI/AAAAAAAAIJs/hDs1sn6dnR0/s1600/batman-the-killing-joke.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="http://2.bp.blogspot.com/-QDpFNCUG-tc/VoLyWQKntWI/AAAAAAAAIJs/hDs1sn6dnR0/s400/batman-the-killing-joke.gif" width="400" /></a></div>
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Provavelmente a adaptação mais esperado desse ano entre os fãs do Batman (e do Coringa, que surpreendentemente se tornou uma marca gigante esse ano), veremos a considerada por muitos a história definitiva do Coringa ganhar vida, e o fato dela poder ser (mas não necessariamente estar certa de ser) <a href="http://batman-news.com/2015/10/09/batman-the-killing-joke-rated-r/">R-Rated</a> põe em cheque o quão longe eles pretendem chegar, especialmente em relação a polêmicas surgidas nos últimos anos. Mas mesmo assim, só do filme ser lançado já é um evento só pra se ficar de olho.<br />
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E por hoje é só pessoal! Semana que vem: filmes da Marvel! Até!</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-34670129565409126932015-12-20T13:45:00.000-08:002015-12-20T13:45:33.935-08:00As 10 melhores histórias da Mulher Maravilha da década passada<div align="justify">
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zIkw2Gk-HUw/VnRoxXvM-xI/AAAAAAAAIHg/mZFUAg18_v8/s1600/BvS-Wonder-Woman-Poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-zIkw2Gk-HUw/VnRoxXvM-xI/AAAAAAAAIHg/mZFUAg18_v8/s400/BvS-Wonder-Woman-Poster.jpg" width="270" /></a></div>
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Ano que vem a DC Comics vai vir veloz e furiosa com a expansão do DCEU (DC Expanded Universe, o nome oficial do universo cinemático da editora) lançando 'Batman V Superman' e 'Suicide Squad'. Além disso, a personagem a se ficar de olho é ninguém menos que Diana Prince, a Mulher Maravilha, que além de estar em 'Batman V Superman', também está fazendo história com seu primeiro filme solo já estar sendo gravado na Inglaterra. Então, seguindo o <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/12/as-10-melhores-historias-do-superman-da.html">post</a> que fiz outrora com o Superman, vamos aqui destacar 10 das melhores histórias da personagem entre os anos 2000-2010 e uma menção honrosa, lembrando que é importante observar que <b>a lista não tem ordem especifica de importância</b>, então relaxem. Isso aqui não é uma competição, é uma celebração. Então vamos lá!<br />
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<a name='more'></a><b>Menção Honrosa: Wonder Woman (2009) Direção: Lauren Montgomery</b><br />
O primeiro filme de fato da personagem saiu em 2009, parte da linha animada DC Universe, dirigido por Lauren Montgomery e com roteiro de Gail Simone (nome que você vai ver muito por aqui) e
Michael Jelenic, e seu único defeito é que não é de fato o filme live action que ela tanto precisa. Mesmo com Joss Whedon (The Avengers, Firefly) no cargo do filme live action que não acabou acontecendo, é difícil imaginar que ele conseguiria um resultado que equilibrasse ação, humor, romance, girl power e mitologia de forma tão amarrada quanto esse filme. Pra completar, teve um elenco estelar e impressionante para o tipo de animação da época, incluindo Alfred Molina, Oliver Platt e Virgina Madsen, além dos favoritos Nathan Fillion, Rosario Dawnson e Keri Russell no papel principal. Se vocês querem fazer as pessoas não leitoras de quadrinhos se interessarem pela personagem, esse é com certeza um ótimo ponto de partida.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-eteKiWADn58/VncZ1VglQxI/AAAAAAAAII8/5mesHayZ6xI/s1600/wwadvd_pop_poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-eteKiWADn58/VncZ1VglQxI/AAAAAAAAII8/5mesHayZ6xI/s400/wwadvd_pop_poster.jpg" width="271" /></a></div>
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<b>1) A Day in Life (Wonder Woman #170)</b><br />
Começando a lista com essa clássica história de Joe Kelly e Phil Jimenez (outro nome que você vai ver bastante aqui) com Lois Lane acompanhando a Mulher Maravilha durante 24 horas para fazer uma reportagem ao Planeta Diário. Os dois maiores ícones femininos da DC Comics (e dependendo da versão que você ler, os dois amores do Superman) se reúnem aqui para, a partir da visão de Lois, descobrir mais sobre Diana, a pessoa por trás da princesa/ embaixadora/ heroína, ao mesmo tempo que a própria Lois põe em cheque seus problemas pessoais com ela. Mas no processo, vemos que Lois finalmente entende porque Diana é assim, e assim uma amizade é formada e, em especial, o respeito entre elas é solidificado.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jjMCOIN3bE0/VncZrQl1ifI/AAAAAAAAIIY/_2jKoPQHmdA/s1600/Wonder_Woman_0093.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-jjMCOIN3bE0/VncZrQl1ifI/AAAAAAAAIIY/_2jKoPQHmdA/s400/Wonder_Woman_0093.jpg" width="265" /></a></div>
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<b>2) Wonder Woman: The Hiketeia</b><br />
'The Hiketeia' abre as portas para a soberba fase de Greg Rucka a frente da personagem, numa história com arte de J.G Jones (Final Crisis), que dita muito sobre a futura abordagem dele quando assume a revista solo. Aqui temos uma jovem que acaba pedindo ajuda a Diana, selando o contrato chamado 'Hiketeia' do título, onde ela terá que protegê-la para sempre de qualquer mal. O problema é que essa jovem matou os traficantes de drogas que a usavam como escrava sexual, colocando ela em conflito com o Batman, e também com as Fúrias, loucas para matar Diana caso ela não cumpra a Hiketeia. A tragédia mora é que na tentativa de se fazer justiça, as vezes quem sai mais machucado desse situação é o próprio inocente, que as vezes é nem visto como tal. A moral de Hiketeia é que para Diana, perdão é também uma forma de se fazer justiça, mas não é necessariamente para os outros. Já falei dessa história brevemente <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2011/04/plantao-do-monitor-mulher-maravilha.html">aqui</a>.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4DSWhV5IqBo/TaRM7ytwwfI/AAAAAAAAEt4/16w8bq-tJp4/s1600/Hikeletiapg00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-4DSWhV5IqBo/TaRM7ytwwfI/AAAAAAAAEt4/16w8bq-tJp4/s400/Hikeletiapg00.jpg" width="283" /></a></div>
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<b>3) Eyes of the Gorgon</b><br />
Outra história diretamente da fase de Greg Rucka, com colaborações de James Raiz, Sean Phillips, J.G. Jones e Drew Johnson na arte. Enquanto tentar impedir uma guerra entre o governo americano e Themyscera, ameaça trazida pela volta da Medusa faz ela e Diana entrarem em conflito, mas a vitória é cobrada a um preço alto: Diana se cega para pode derrota-lá. Mesmo sem pode ver, Diana ainda não para de tentar continuar com suas tarefas de heroína, mesmo colocando-se contra a Liga da Justiça para provar o contrário. Definitivamente um dos momentos mais bad-ass da história da personagem, provando a força de vontade da mesma perante as mais difíceis e se fazendo justiça de porque ela é a personagem feminina definitiva dos quadrinhos. Obviamente, ela volta a enxergar depois, mas mesmo assim, o novo momento clássico é criado.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1L5mQelN8hs/VncZw0lLPAI/AAAAAAAAII0/ccPWGVMWC9g/s1600/wweyesgorgontpb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-1L5mQelN8hs/VncZw0lLPAI/AAAAAAAAII0/ccPWGVMWC9g/s400/wweyesgorgontpb.jpg" width="266" /></a></div>
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<b>4) Gods of Gotham</b><br />
Uma das histórias mais divertidas tanto do Batman, quanto da Mulher Maravilha, mostra o que acontece quando Deimos (Deus do Terror), Eris (Deusa da Discórdia), e Phobos (Deus do Medo) incorporam-se no Coringa, Hera Venenosa e Espantalho, respectivamente, para tocar o terror em Gotham, e consequentemente, no mundo. A história foi escrita por J.M DeMatteis em parceria com Phil Jimenez, que assume também os roteiros junto com a arte da mesma. Aqui o que mora é a diversão de ver dois mundos se colidindo e as interações entre eles, como por exemplo as parcerias entre Ártemis e a Caçadora, e como vilões psicopatas lidam com deuses que representam as suas ações. 4 edições recheadas do mais puro awesomeness antes das coisas realmente ficarem sérias para Diana...<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-i0PB3kM9ipc/VncZpf9KIpI/AAAAAAAAIH8/TDGfHWNmcnk/s1600/245695-19803-118819-1-wonder-woman-gods-of.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-i0PB3kM9ipc/VncZpf9KIpI/AAAAAAAAIH8/TDGfHWNmcnk/s400/245695-19803-118819-1-wonder-woman-gods-of.jpg" width="257" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>5) Paradise Lost/Paradise Found</b><br />
Talvez eu estou trapaceando, por serem duas histórias diferentes? Sim, mas eu tenho motivos pra juntar essas duas histórias juntas: eles funcionam muito bem como uma trilogia. 'Paradise Lost' conta como Diana e Hyppolita (sua mãe) se distanciam uma da outra devido aos conflitos entre ser rainha das amazonas e ser uma super heroína, enquanto um plano arquitetado pela vilã Ariadne põe em conflitos as duas tribos (sim, existem duas) de Amazonas, as de Themiscera e as de Bana-Mighdall. Apesar da Mulher Maravilha acabar com o conflito, no final Diana e Hypolita são banidas de Themiscera e retirada de seus postos. Em 'Paradise Found', após a morte da sua mãe e a destruição de Themiscera na saga 'Our Worlds At War', vemos como Diana reconstrói a ilha junto com as amazonas remanescentes, unindo as duas tribos amazonas, e abrindo o espaço para que ideias e conceitos sejam incentivados a serem feitos e discutidos afim de tornar não só as Amazonas, mas as pessoas em geral, melhores. E no fim, Diana entre em contato com Hyppolita em sua pós-morte para enfim, mãe e filha refazerem as pazes.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eFjRsBis5PA/VncZrkhupfI/AAAAAAAAIIc/a__PeznteXA/s1600/Wonder_Woman_Paradise_Lost_TPB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-eFjRsBis5PA/VncZrkhupfI/AAAAAAAAIIc/a__PeznteXA/s320/Wonder_Woman_Paradise_Lost_TPB.jpg" width="212" /></a> <a href="http://2.bp.blogspot.com/-ep6xCkdWiFs/VncZpfiA64I/AAAAAAAAIIE/b_pbGUTcX5s/s1600/75002-3824-80624-1-wonder-woman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-ep6xCkdWiFs/VncZpfiA64I/AAAAAAAAIIE/b_pbGUTcX5s/s320/75002-3824-80624-1-wonder-woman.jpg" width="204" /></a></div>
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A história mostra exatamente uma das coisas mais formidáveis sobre a personagem: pelo papel que a representa, ela sempre passa por constantes reformulações que a modifica e modifica o mundo ao seu redor, mas nunca necessariamente a mudando de fato, especialmente por reboots ou retcons. Mulher Maravilha sabe a hora de lutar e faz isso muito bem, porém sempre vai tentar resolver seus problemas do jeito mais diplomático possível. Ser separada de suas irmãs e de sua mãe a machucou, mas ali ela achou uma oportunidade de torná-las mais unidas do que nunca. Ela retribui todas as desgraças que aconteceram com ela com força para tornar não só ela, mas as pessoas com que ela se importa, melhores, partindo de uma situação ruim que feriu a todos (física e emocionalmente), e unindo a todos no fim. E essa é uma lição que podemos com certeza levar para a vida. 'Paradise Lost' foi feita por Phil Gimenez (roteiro e arte) e George Perez (roteiro), e 'Paradise Found' foi feito por Phil Gimenez (roteiro e arte).<br />
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<b>6) Sacrifice Part 4 (Wonder Woman #219)</b><br />
A equipe formada por Greg Rucka (roteiro) e Karl Kerschl (arte) traz a parte final do arco 'Sacrifice', onde Superman enfrenta uma série de inimigos só para depois perceber que estava sendo iludido mentalmente por Maxwell Lord. Com o vilão acabando por dominar a mente do Superman, Diana tenta conversar com seu amigo em vão, desbravando uma batalha épica que quase a leva a morte. A solução para o conflito acaba sendo a mais brutal: Max Lord diz que só matando ele para eliminar seu controle sobre o Superman, e assim ela o faz, quebrando seu pescoço, facilmente um dos momentos icônicos mais polêmicos da personagem, senão o mais polêmico dela. Desde 'Kingdon Come' chegou com uma abordagem que focava mais na guerreira no que na embaixadora (sendo que na história tem todo um contexto para isso) houve sempre discussões entre fãs e escritores sobre até que ponto a embaixadora acaba e a guerreira começa, e como não desviar muito a ir à extremos dos dois lados, e essa edição (e as histórias que a seguiram) definitivamente põe essa discussão essas questões novamente, de forma direta dentro do canon.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-s1_WhHvkkeo/VncZsSdYgAI/AAAAAAAAIIk/jDnvztzIONs/s1600/Wonder_Woman_Vol_2_219_Textless.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-s1_WhHvkkeo/VncZsSdYgAI/AAAAAAAAIIk/jDnvztzIONs/s400/Wonder_Woman_Vol_2_219_Textless.jpg" width="260" /></a></div>
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<b>7) JLA: A League of One</b><br />
A unica história da Liga da Justiça presente nesta lista, mesmo que o foco dela seja mais na Mulher Maravilha do que em outros personagens. Outro fato que torna está história interessante é que Christopher Moeller escreveu, desenhou, arte-finalizou e coloriu o livro, um dos raros casos em quadrinhos mainstream onde se vê isso acontecendo. Diana recebe uma profecia de que um Dragão mágico despertou, e que quem vencê-lo vai morrer no processo. Recusando-se a deixar qualquer um de seus amigos ir para a morte, mas sabendo que nenhum deles nunca vai deixá-la enfrentar o dragão sozinho, ela prossegue para colocá-los todos fora de ação, impedindo-os de segui-la. Além da arte sensacional, temos uma situação que mostra exatamente a grandeza de caráter da Diana: ela não quer morrer, mas se coloca na frente dos outros para que ninguém mais além dela saia ferido desse conflito, sem pedir desculpas a ninguém por fazer aquilo que, honestamente, ela sabe que é a coisa correta.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-87mwDUUWyiw/VncZpQUaVuI/AAAAAAAAIIA/NNES6-_hYhY/s1600/JLA_A_League_of_One.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-87mwDUUWyiw/VncZpQUaVuI/AAAAAAAAIIA/NNES6-_hYhY/s400/JLA_A_League_of_One.jpg" width="261" /></a></div>
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<b>8) The Circle</b><br />
'The Circle' tem artes de Terry Dodson e é o primeiro arco de Gail Simone a frente da Mulher Maravilha, fazendo história também por ser a escritora a passar mais tempo escrevendo a personagem em sua publicação fixa. O Ciclo do título refere-se a Guarda Real pessoal de Hyppolita, composta por Myrto, Charis, Philomela e Alkyone. Elas eram contra o fato de Hyppolita ter uma criança, e com o nascimento de Diana, tentam fazer uma emboscada para matá-la, da qual falham e são presas para sempre. Após os eventos de 'Amazon Attack', elas conseguem escapar e se aliam ao Capitão Nazi para derrotar Diana e fazer seu próprio senso de justiça. Essa história trata-se de recomeços e especialmente de família: enquanto Diana tenta montar uma nova, também demonstra que o grande erro do Circulo foi em não perceber que, como Amazonas, todas são irmãs, filhas, e mães uma das outras. E que Diana no fim das contas é tão parte da família quanto qualquer outra Amazona, e que muito da personalidade dela foi moldada exatamente por esse pensamento, de tratar a todos como família porque você no fundo quer ver bem a todos e acreditar no bem em todos.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-iQos5nk_ePI/VncZuht9lBI/AAAAAAAAIIs/nfhsDk87T9E/s1600/Wonder_Woman_Vol_3_16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-iQos5nk_ePI/VncZuht9lBI/AAAAAAAAIIs/nfhsDk87T9E/s400/Wonder_Woman_Vol_3_16.jpg" width="258" /></a></div>
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<b>9) Rise of the Olympian</b><br />
O maior épico escrito por Gail Simone a frente da revista (e no caso desenhado por Aaron Lopresti) conta a história de quando Zeus criou os Gargareans, raça feita a partir de guerreiros homens caídos no passado, agora trazidos de volta a vida para conseguir fazer aquilo que, na sua visão, as Amazonas não conseguiram. Entre os Gargareans, o maior deles e seu líder é Olimpiano, "o Mulher Maravilha homem", criado a partir do antigo herói Aquiles. Mas eles querem trazer a paz e os ensinamentos de Zeus a base da força bruta, o que faz entrar em conflito direto com a Mulher Maravilha. Mas manipulando a situação toda por detrás dos panos está Ares, Deus da Guerra, que manda Genocide para terminar o serviço que os Gargareans não estavam conseguindo. Dos muitos épicos da história da personagem, Simone e Lopresti trouxeram um dos mais sólidos e empolgantes, modificando até então o status quo da personagem naquele ponto com ótimas oportunidades. Além disso, também nos presenteou com <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Genocide_(comics)">Genocide</a>, que frequentemente é descrita como "o Doomsday da Mulher Maravilha", que fala muito por si só.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-y1Qg-6oj3GI/VncZrMhxjgI/AAAAAAAAIIU/nLOhcxPv15M/s1600/WW%2BRISE%2BOLYPIAN%2B%2BHC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-y1Qg-6oj3GI/VncZrMhxjgI/AAAAAAAAIIU/nLOhcxPv15M/s400/WW%2BRISE%2BOLYPIAN%2B%2BHC.jpg" width="258" /></a></div>
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<b>10) Odyssey</b><br />
Falei anteriormente que uma das qualidades da Mulher Maravilha é sempre mudar seu status quo sem necessariamente passar por modificações radicais, como reboots ou retcons. Então para a surpresa de muitos, a DC decidiu em 2010, na edição #600 da Mulher Maravilha, fazer uma radical transformação na personagem, dando um reboot em sua história. Nesta nova versão, um misterioso vilão destrói a Themyscera e as Amazonas com sua armada, forçando as poucas amazonas sobreviventes, incluindo a Princesa Diana, a se refugiar e se esconder no mundo dos homens. Mas o retorno desse vilão faz Diana agir e correr contra o tempo para que as Amazonas não sejam extintas de vez. tenho uma pegada mais realística que qualquer outra versão da personagem. mas aquilo que poderia ser um retcon fixo acaba sendo mais uma bela homagem, que enaltece todas as principais qualidades da personagem, sendo nesse sentido, pra mim, o 'All Star Superman' da personagem. A história é escrita por J. Michael Straczynski e Phil Hester, e desenhada por Don Kramer, Eduardo Pansica, Allan Goldman, Daniel HDR, Jay Leisten e Travis Moore.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-MgzCw8wyfZk/UjyaHquTbeI/AAAAAAAAHH4/4Vao2fh6GB0/s1600/WW_ODY_v2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-MgzCw8wyfZk/UjyaHquTbeI/AAAAAAAAHH4/4Vao2fh6GB0/s400/WW_ODY_v2.jpg" width="272" /></a></div>
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E por aqui fechamos pessoal! Bom Natal e Ano Novo, e se preparem para um épico 2016! Outras Maravilhosas indicações de leitura sobre a personagem você pode ver <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/09/5-contra-1-hqs-de-base-para-o-filme-da.html">aqui</a>.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-31477520543431255202015-11-23T04:00:00.000-08:002015-11-23T04:00:00.884-08:00Porque 'The Dark Knight Strikes Again' é um clássico subestimado<div align="justify">
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-VMvAKImFekE/VlDgEOQRbaI/AAAAAAAAIFc/zvf6BeueG1o/s1600/The_Dark_Knight_Strikes_Again_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-VMvAKImFekE/VlDgEOQRbaI/AAAAAAAAIFc/zvf6BeueG1o/s400/The_Dark_Knight_Strikes_Again_3.jpg" width="262" /></a></div>
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Com 'The Dark Knight 3: The Master Race' chegando este mês, decidi sair do lugar óbvio que é falar sobre o clássico seminal de Frank Miller. o ainda inspirador 'The Dark Knight Returns', e decidi comentar sobre sua sequencia, 'The Dark Knight Strikes Again', ou 'DK2' pros preguiçosos (como eu). Assim, como a maioria, eu não liguei muito para a sequência após seu lançamento, apesar a empolgação inicial de quando foi lançada. Mas sempre tinha elementos que eu desejava revisitar porque gostava, mas por preguiça mesmo, eu sempre deixava de lado a ideia. Então, porque estou escrevendo esse texto? Os motivos de fazer isso são dois. Primeiramente, a "geração internet" é uma geração que não leva o peso do tempo em consideração pra que se descubra (ou redescubra) o valor de uma obra. O que é clássico tem que ser clássico instantaneamente, o que é considerado lixo vai ter tabelado assim pelo resto de sua existência. Não há meio termos, e isso é algo que me incomoda profundamente.<br />
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O que não significa que tudo se encaixe nesse cenário, mas então chegamos ao segundo motivo: ao folhear novamente a revista, comecei a perceber muitas coisas que, quando lançada em 2001/2002, talvez não tivesse o peso necessário, mas após 2010 tinha uma relevância ENORME. Pequenas, e grandes coisas, que tematicamente, fazem a obra ganhar muito mais significado, e como tal, faz questionar sua importância não só pro legado que carrega mas para o próprio mundo que vivemos e o papel do Batman, e dos heróis em si, em nossa sociedade. Havia evidência ali que tinha algo a ser respeitado.<br />
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<a name='more'></a>A história começa 3 anos depois do final do primeiro volume, onde Batman, Carrie Kelley (agora a Catgirl) e a antiga gangue mutante, agora soldados a serviço de Bruce Wayne, decidem sair das sombras e atacar o governo extremamente mão-de-ferro que dominou o mundo. A grande diferença entre os dois primeiros volumes é o escopo, graças a chegada dentro da trama do que restou da Liga da Justiça, e que papel Superman faz naquele mundo atualmente. Os super heróis são mera lenda hoje em dia, ecos esquecidos do passado, marionetes do governo que fazem o serviço que eles esperam que façam pois tem algo de muito próximo e pessoal a perder.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-isS_nGeLU3Q/VlDgD-5ZcsI/AAAAAAAAIFY/VcKvPUj1s6M/s1600/1395119.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-isS_nGeLU3Q/VlDgD-5ZcsI/AAAAAAAAIFY/VcKvPUj1s6M/s400/1395119.jpg" width="257" /></a></div>
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O governo controla informações sobre tudo e todos, onde o papel da presidência é, figurativamente e literalmente, holográfica perante outros membros do partido que colocam seus interesses corporativos na frente dos interesses do povo, representado por ninguém menos que Lex Luthor. E por eles, há varias armas ao redor do globo como tendo alvo o planeta, caso suas jogadas politicas precisem de força bruta pra se fazer valer. Enquanto houver a repetição cíclica de problemas e soluções acontecendo, haverá lucro, e oprimindo todos que sejam contra, não tem como fazer a maquina parar de girar. Como o próprio Lex diz em um momento "liberdade de expressão é ótimo quando ninguém está olhando." Pode-se até tentar reclamar do governo, mas você vai estar pronto quando ele ouvir e se voltar contra você?<br />
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É interessante notar como o jeito que a informação é transmitida e o que difere entre as duas primeiras partes de 'Dark Knight'. Se o primeiro mostra um ritmo bem mais lento, e televisivo, o segundo mostra já a velocidade da internet agindo, com um fluxo incontrolável de notícias. Se o primeiro ainda dava pra desviar a atenção do verdadeiro problema (até que seja tarde demais para ser escancarado), no segundo a internet é usada tanto para manipular quanto para escancarar a verdade na mesma super velocidade. Mas a maior diferente entre 'DK1' e 'DK2' nesse quesito é que, se no primeiro tínhamos as opiniões selecionadas do povo em segundo plano dando combustível as discussões entre repórteres e especialistas no campos discutidos eram o foco, isso se perde, pois com a internet, qualquer um pode ter voz. E nem todo mundo acaba sendo um especialista, e muitas vezes os ditos soam nada profissionais, ou corretos, a partir das informações que agora temos acesso.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-JGlktPYKo94/VlDjZInsmQI/AAAAAAAAIGs/x9eob7qLndw/s1600/48f089fd2c63277a5c486991758b254f._SX640_QL80_TTD_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-JGlktPYKo94/VlDjZInsmQI/AAAAAAAAIGs/x9eob7qLndw/s400/48f089fd2c63277a5c486991758b254f._SX640_QL80_TTD_.jpg" width="260" /></a></div>
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Além disso, temos diferentes variações de fontes de informações, direcionada a um publico específico ou amplo, ou dentro de sua especificação relatar sobre um evento aberto devido a sua grandiosidade. E com o esquema usado por Miller, com quadros rápidos focando no rosto das pessoas, numa velocidade constante e troca de fases curtas, não tem como dizer que sim, Miller de certo modo previu a chegada do Twitter uns 7,8 anos antes de sua existência. E se ao mesmo tempo nós podermos falar tudo, também podemos esconder nossas identidade. E dentro desse processo todo, a TV acaba cada vez mais se distanciando como mídia principal para se adquirir e compartilhar informação, chegando ao ponto de um jornalista perder o controle de seu programa, do qual teve todo seu formato modificado com a invasão, e subsequente discussão entre o Questão e Arqueiro Verde, num ritmo muito mais parecido com o reply da internet do que o esquema televisivo em si.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XkektCVKxC8/VlDhwtNcIiI/AAAAAAAAIF8/8jC6zMyRoyw/s1600/rand02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="206" src="http://2.bp.blogspot.com/-XkektCVKxC8/VlDhwtNcIiI/AAAAAAAAIF8/8jC6zMyRoyw/s400/rand02.jpg" width="400" /></a></div>
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E aí tudo volta ao Batman. Ele é fruto de um problema social, violência, violência gerada a partir de decisões governamentais que talvez (ou não) tivessem dado essa pessoa a seguir um caminho mais nobre e digno. Talvez a ilusão do glamour de uma vida bandida, alimentada pela própria ineficiência do governo e as autoridades oficiais, também leve outras pessoas por esse caminho ruim. É a cultura do medo instaurada, seja como inimigo ou como arma do inimigo ou utilizada contra o mesmo. No primeiro volume, tínhamos uma cidade que, pela ausência do Batman, estava mudando, ficando cada vez agressiva e descontrolada. Batman, sendo afastado a força, tanto pela morte de Jason Todd quanto pelo trato feito entre o governo e a Liga que afasta do heróis de suas atividades, decide que o mundo precisa de heróis, pois nós, como humanidade, não conseguem se concertar sozinhos. Estão assustados demais pra isso e precisam de uma figura que forcem uma mudança.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-pw1gvmcthg4/VlDhxxBRKZI/AAAAAAAAIGQ/CVNFmvXpzsY/s1600/Image%2B4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="http://2.bp.blogspot.com/-pw1gvmcthg4/VlDhxxBRKZI/AAAAAAAAIGQ/CVNFmvXpzsY/s400/Image%2B4.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas aquilo era parte de um processo que gira e para no mesmo lugar: a culpa é do sistema, alimentado pelo governo e pelas industrias ligadas a elas. Batman, entre outras coisas, é perceber que cada individuo tem o poder para mudar o mundo ao redor. Mas estávamos num sistema que antes dificultava isso, como agora nos deixa catatônicos sobre nosso controle, pois dentro do mundo de 'DK 2', estamos ocupados, e alienados demais, em manter o equilíbrio construído numa fundação duvidosa. Se antes era a medo e opressão, agora é sobre os poderes que deixam esse medo nos dominar, e reprimir. E Batman tem O Grande Plano em 'DK 2' para trazer de volta o poder ao seu povo, e legitimar o que ele mesmo representa: você quer mudança? Comece consigo mesmo.<br />
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Sim, estou consciente do conservadorismo de Miller, e de como isso acabou atingindo a si mesmo ao se dizer contra o movimento 'Occupy Wall Street' num texto que, se não me confirmassem que era real, poderia jurar que era uma caricatura para fins cômicos. Mas mesmo assim é engraçado ver como um movimento semelhante é uma das raízes principais da história que Miller conta. Com a volta dos heróis, o status quo do publico muda, colocando eles no lugar dos grandes salvadores da sociedade, no lugar do governo. E no processo, estrelas pop baseadas em heróis do passado, chamadas Superchix, se tornem o alvo politico que desvia a atenção do verdadeiro problema, que é o Batman destruindo os pilares e atrapalhando os interesses do governo.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PFPxRXOA4P8/VlDkEJGYH3I/AAAAAAAAIHA/9m8MWRFUfb8/s1600/tumblr_inline_n2nsqk6d1y1rnrim1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="345" src="http://4.bp.blogspot.com/-PFPxRXOA4P8/VlDkEJGYH3I/AAAAAAAAIHA/9m8MWRFUfb8/s400/tumblr_inline_n2nsqk6d1y1rnrim1.png" width="400" /></a></div>
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Exatamente num mega-evento feito exatamente para protestar contra a prisão das Superchix em Gotham que Batman aproveita e, em suas palavras, transforma um modismo em revolução, garantido soldados, que lutam ao lados dos heróis, pelo direito. mas como todos sabem, o 'Occupy' foi uma manifestação pacífica, e que no final das contas, o crescimento do movimento como um modismo, especialmente online, diminuiu a força daqueles que estavam realmente lá fazendo acampamento nos locais de fato. O que Miller faz, é pegar uma policia que só sabe responder com violência e medo, que se desespera quando é desafiada o seu poder, e militarizar exatamente esse modismo, transformando o protesto pacífico em batalha de fato, numa juventude que, dentro do contexto da história, tem o poder que usar fogo contra fogo.<br />
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E algo que é interessante analisar sobre as Superchix é como elas se comportam da mesma maneira que hoje em dia os super heróis são (palavra chave) <b>vendidos</b>. Uma reação que ganhou bastante força após o 11 de setembro foi exatamente a necessidade em nossa sociedade de heróis, para suprir todo o horror causado pelo evento. Precisávamos de algo a nós apegar que no fim das contas, tudo daria certo. mas ao mesmo tempo que tínhamos as imagens de homens e mulheres salvando o mundo de catástrofes feitas ou não pelo homem, havia a maquina do merchandising. Havia os brinquedos, games, filmes, e todas as franquias construídas ao redor de um conceito que, pra muitos, é puro, e de fato é intocável.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-fzFyyfLvFww/VlDgcgP6wtI/AAAAAAAAIF0/862NrzWRAUY/s1600/36ddfcedef8b04ac2267c3b442575c9d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-fzFyyfLvFww/VlDgcgP6wtI/AAAAAAAAIF0/862NrzWRAUY/s400/36ddfcedef8b04ac2267c3b442575c9d.jpg" width="260" /></a></div>
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E isso nos leva as questões discutidas entre elas mesmas, e o tipo de papel que esses heróis, por via dos games, filmes, animações e seja o que for, realmente representam: estão ali por puro escapismo e lucro, ou estão ali para nos fazer pensar sobre o mundo ao redor? Poderia haver um equilíbrio entre as partes? As Superchix fazem parte disso, e demonstram seus pontos de vista que tornam elas mais do que uma simples 'girl band', valor esse também que os filmes baseados em quadrinhos de certa maneira ainda brigam para serem considerados sérios como tal.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qArcnN6PpHk/VlDhyaxafWI/AAAAAAAAIGU/TG1gD9Qc7Q8/s1600/thatissosilverage.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="http://4.bp.blogspot.com/-qArcnN6PpHk/VlDhyaxafWI/AAAAAAAAIGU/TG1gD9Qc7Q8/s400/thatissosilverage.jpg" width="400" /></a></div>
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Frank Miller tem plena consciência de que seu <a href="https://t.co/qWIw2jyoCf">Batman</a> é uma figura conservadora, dentro da visão politica americana. Ele está num ciclo onde ele depende do medo alheio para fazer justiça, pois assim ele diminui momentaneamente a sua sensação de medo. E medo é a palavra chave da relação entre os personagens aqui. Carrie tem medo não ser boa o suficiente. Superman, especialmente, tem medo de todo seu esforço e sacrifico seja em vão, especialmente em relação a Kandor e os últimos sobreviventes de Krypton. Medo é a arma de Brainiac, assim como violência, força bruta, é a arma de Luthor. Força bruta, não direcionada, que Batman pegou desde o 'DK1', e põe em direção a um alvo que merece apanhar. Não só com os Batboys, não só com os últimos Thanagarianos, mas dessa vez até mesmo com os heróis clássicos. Mas esse ultimo caso vai ser explorado mais a frente.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Is7nLNlFcCg/VlDipw2hRSI/AAAAAAAAIGk/PkuG3rSDFA0/s1600/960.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-Is7nLNlFcCg/VlDipw2hRSI/AAAAAAAAIGk/PkuG3rSDFA0/s400/960.jpg" width="400" /></a></div>
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Alias, medo é o fator que gerou uma das brilhantes sequencias da terceira edição, mostrando Satúrnia tendo visões e transmitindo claramente a tensão e terror da situação que a Catgirl viria a passar. Essa sequencia, assim como a ida de Batman para salvar Carrie de seu misterioso algoz (vamos falar mais na frente sobre isso) mostra o poder de Miller em dobrar o tempo, mostrando que, independente das opiniões dele fora de seu trabalho e da mudança polêmica de seu estilo de arte (que, numa <a href="http://robot6.comicbookresources.com/2015/10/as-fans-mock-frank-millers-dark-knight-iii-cover-kurt-busiek-defends-it/">analise</a> feita por Kurt Busiek, tem bons motivos pra ser do jeito que é), ele ainda é um artista que merece ficar de olho.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Q2XO90e04Zk/VlDhxjAZHpI/AAAAAAAAIGI/elTxdnDHA3c/s1600/DK2saturnGirl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="328" src="http://1.bp.blogspot.com/-Q2XO90e04Zk/VlDhxjAZHpI/AAAAAAAAIGI/elTxdnDHA3c/s400/DK2saturnGirl.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas 'DK 2' não é só uma história sobre o Batman, mas também abre espaço pra ser uma história do Superman. Se em 'DK1' ele era uma presença afim de fazer contraste com o Batman, no segundo ele está ali para ser julgado. Superman se torna o principal "agente disfarçado", resolvendo as escondidas todos os empasses e emergências da qual os recursos do governo não poderiam lidar. Ele está mais velho, mais fraco, e a mercê de seus inimigos. E em sua volta triunfante aos holofotes, tentando em vão salvar Metropolis, ele para, refletindo claramente a tristeza do personagem na expressão em seu rosto, até que o Homem de Aço é finalmente derrotado, e Metropolis é deixado as cinzas. O Planeta Diário é atingido, e ali, Lois, Jimmy, Perry, todos morrem. Superman escolheu sacrificar uma raça sobre a outra e pagou um preço muito alto. Aos olhos do publico, Superman, e em especial, sua filosofia foram derrotadas. Não tem como não fazer isso um paralelo ao 11 de setembro, mesmo que a presença de um ataques desses a cidade seja a principio pura coincidência. Miller, morador de Nova York, estava trabalhando na revista durantes os ataques, e isso gerou um óbvio impacto ao artista.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-chQBm5Vk6Pg/VlDgdHaYLAI/AAAAAAAAIFw/yZHHBz1Z76I/s1600/fdekk1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-chQBm5Vk6Pg/VlDgdHaYLAI/AAAAAAAAIFw/yZHHBz1Z76I/s400/fdekk1.jpg" width="255" /></a></div>
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No fim, a alegoria se torna fato, com Superman, e seus valores americanos devidamente representados, completamente paralisado e imune ao ataque estrangeiro (ou nesse caso, extraterrestres). Não há negociação, não há boa ação e um sorriso no rosto que resolva. Eles não são confiáveis, eles não são boa gente. Os caras maus venceram. É claro pra qualquer um que Batman superou Superman em níveis de popularidade, e a explicação vai bem além do fato de "porque o Batman é melhor". É um problema em vários níveis, porque basicamente, Superman ficou protegido dentro de uma bolha onde ele não poderia ir além daquilo que lhe foi definido pois ele foi colocado dentro de um pedestal. Batman teve muito mais elasticidade de ser explorado de diferentes formas e maneiras, o que permitiu diferentes versões do personagem fizessem pensar sobre o mesmo e sobre como recolocá-lo daqui pra as gerações posteriores.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-d2Kmt0IKSEo/VlDlPO8JuRI/AAAAAAAAIHM/atlsDvpnzM4/s1600/dksa2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-d2Kmt0IKSEo/VlDlPO8JuRI/AAAAAAAAIHM/atlsDvpnzM4/s400/dksa2.jpg" width="256" /></a></div>
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Até com a Mulher Maravilha o caso é o mesmo. Apesar de (infelizmente) não ter tantas adaptações quanto o resto da Trindade, a sua importância dentro da história dos quadrinhos vai sempre fazer Mulher Maravilha questionar o ambiente em que viver e contar histórias que a tornam relevantes dentro daquela sociedade. Eu já falei bastante sobre comentando '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/07/porque-superman-e-o-novo-superman.html">Man of Steel</a>', e numa década onde finalmente se permite pluralizar o Superman, é fácil encontrar em qualquer sessão de comentários pessoas resistindo fortemente a demorada porém inevitável, contextualização do personagem para a época que se vive, não para a manutenção da memória do que aquilo se lhe convém ser o certo.<br />
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E isso nos leva a pergunta: dentro do contexto de 'DK2', para que servem os heróis? Antes eles eram lendas, que não somente salvavam nossas vidas, eram símbolos a serem seguidos, que ditam regras sobre como nós deveríamos se comportar e até onde poderíamos chegar como indivíduos. Mas dentro do Batman de Miller, e no que é mostrado aqui, eles perceberam tarde demais que eram partes do problema. Que tudo que faziam era parte de um ciclo vicioso, que se auto sustentava neles mesmos. O governo percebeu isso, assim como Luthor, e machucou exatamente onde machuca: seus pais, filhos, amigos, aquilo que é seu elo com a humanidade. Novamente: medo e violência.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9n5xvZhMmsI/VlDgc0qtVgI/AAAAAAAAIFs/-5_WT3Kuywk/s1600/bum.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="http://2.bp.blogspot.com/-9n5xvZhMmsI/VlDgc0qtVgI/AAAAAAAAIFs/-5_WT3Kuywk/s400/bum.jpg" width="400" /></a></div>
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E com isso, os deuses aprendem a sentir dor, a sentir medo, e o único grande herói consciente da dor e do poder disso é o Batman. E para atingir o objetivo principal de salvar a terra, os heróis precisam agora agir que nem o Batman. Então,<i> riddle me this</i>: o que acontece quando todos os heróis começam a agir que nem o Batman? A necessidade de um Batman termina. E meta-contextualmente, tanto Batman quanto Miller estão cientes disso. Não só porque os dias de Bruce Wayne estão contados dentro da trama, mas que o próprio personagem percebe a necessidade de mudança. Ele percebe que evoluir e adaptar é uma necessidade, necessidade essa que o Superman, também dentro da trama e de maneira metafórica, não consegue enxergar.<br />
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Temos vários elementos que indicam isso, como o fato da Robin ter virado Catgirl, não só pela afirmação de alguém a ser tratada de igual ao Batman, mas também pelo próprio reconhecimento da maturidade- mesmo que precoce. Temos o Asilo Arkham, um eco do que já foi um dia, recheado de vilões perdidos dentro de si, presidiários canibais sendo alimento de uns aos aos outros, numa antropofagia literal e lírica, já que, pra Miller (em uma afirmação a muito tempo <a href="http://www.ign.com/articles/2006/02/12/wondercon-06-holy-terror-batman">dita</a>) perdeu a graça de botar o Batman enfrentar o Pinguim ou o Charada enquanto "ele deveria ir atrás de coisas mais sérias" dentro da visão politico-conservadora dele. Mesmo no fim das contas deixando de lado o Batman para manter a "integridade" de seu trabalho no finalizado 'Holy Terror', as sementes do que iriam vir depois dentro do trabalho de Miller estão aí.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-SdO7A4x92yI/VlDkDWzUfRI/AAAAAAAAIG0/1v5TRZbRK8k/s1600/188ulowj8066kjpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="328" src="http://4.bp.blogspot.com/-SdO7A4x92yI/VlDkDWzUfRI/AAAAAAAAIG0/1v5TRZbRK8k/s400/188ulowj8066kjpg.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas há um ultimo, e mais importante elemento da trama que reforça essa questão. A presença de Dick Grayson, que graças a modificações genéticas de seu corpo, não pode morrer (não das maneiras habituais, pelo menos). Além disso, ele conseguir mudar seu rosto para de qualquer pessoa, nesse caso de outro elemento crucial que torna o Batman como tal: o Coringa. Fazendo uma pilhas de corpos até chegar na Catgirl, onde o frenesi de ódio se mistura com a paixão de uma vida que não pode ter mais. E quando afunda Robin no vulcão estrategicamente localizado debaixo a caverna, leva toda a Batcaverna junta. E questionado sobre seu legado afundando na lava, ele responde que era tralhas, objetos sentimentais de "quando era velho". Até mesmo a escolha de usar o mesmo balão redondo de Bob Kane utilizava, mas diferente do Batman jovem e impotente que aparecia ali, um Batman idoso e extremamente surrado, torna esse momento um dos mais genais de todo o trabalho de Miller com o personagem. Ele estaria livre pra fazer, e ser, o Batman que quiser.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-i51nS0gRD8g/VlDgD84bK3I/AAAAAAAAIFU/UXSv74uLLqM/s1600/Dark-Knight-Strikes-Again-panel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="http://1.bp.blogspot.com/-i51nS0gRD8g/VlDgD84bK3I/AAAAAAAAIFU/UXSv74uLLqM/s400/Dark-Knight-Strikes-Again-panel.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas a questão também pertinente a jornada do Batman é, que tipo de mundo vamos ter agora e que tipo de herói o mundo precisa? Como Superman questiona no fim, olhando para sua filha Lara "O que vamos fazer com nosso mundo?" Superman, como mostrado na revista, respeita a visão de seus pais, mas a situação mostrou que ele precisava mudar de abordagem. Como o próprio Miller comentou sobre, o desenvolvimento disso está em 'DK3', mas agora sabemos que a <a href="http://www.bleedingcool.com/2015/10/29/dark-knight-iii-is-about-the-liberation-of-kandor-frank-miller-talks-plot-and-we-get-a-first-coloures-lettered-look-at-pages/">resposta</a> disso mora na cidade engarrafada de Kandor. E também sabemos que seu moradores, também criados numa cultura de medo, tem a mesma soberba e superioridade Kryptonianas que acabou condenando seu planeta a destruição. Eles não tem a mesma criação e filosofia do Superman, o que impede que eles agem diferente do Homem de Aço? E que Batman e Superman vão lidar com essa situação, com um Batman que pode ser o que quiser e um Superman mais aberto a usar a força? Como a Garota Maravilha fala em resposta as expectativas da Bat-Garota de um futuro melhor: "Isso é tão Era de Prata!" Se não tem como voltarmos a esse tempo, para onde nós iremos?<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AsvqowHyOuI/VlDie1u0DYI/AAAAAAAAIGc/vJqyNlFzRF4/s1600/Dark-Knight-Zone-234.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-AsvqowHyOuI/VlDie1u0DYI/AAAAAAAAIGc/vJqyNlFzRF4/s400/Dark-Knight-Zone-234.jpg" width="260" /></a></div>
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O ritmo que a trama percorre é bem diferente do anterior, assim como as escolhas polêmicas de arte (que tem seus motivos para serem desse jeito, como já comentado aqui) e colorização (que não dá pra defender de forma alguma), mas de certo modo se encaixam dentro da proposta da trama. O futuro chegou, e ele não é limpo e cristalino como imaginávamos, ele é sujo, tem seus excentricidades, e pulsa cores e imagens pra disfarçar a mediocridade da vida. 'The Dark Knight Strikes Again' definitivamente não é o primeiro, e isso é uma vantagem no sentido que não dá pra se recriar o que foi feito originalmente, mas é uma obra que surpreendentemente envelhece muito bem e demonstra que, por linha tortas (pun intended) no fim das contas, ele ainda consegue transmitir uma reflexão de mundo interessante de se ler, mesmo que ele fique cada vez mais ácido e explicito com o tempo.<br />
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'DK2' demonstra a ainda presente relevância de Frank Miller para os quadrinhos e o personagem, mas também ajuda a explicar como o indivíduo, no pessoal e profissional, se tornou a pessoa que é hoje. Agora, estamos prestes a não só ver ele de volta ao mundo que criou, mas pela primeira vez ter alguém ao seu lado no processo criativo (no caso Brian Azzarello), assim como também uma expansão de fato da antiga 'Terra 31' (e dentro dos Novos 52 sem especificação - ainda). Frank Miller ganhou um mundo novo para chamar de seu, e por mais que critiquem, é inegável a curiosidade de saber o que vem a seguir (isso se <a href="http://www.ign.com/articles/2015/11/17/frank-miller-says-hes-returning-for-the-dark-knight-4">DK4</a> for de fato uma realidade, pois querer não é poder). Mas enquanto 'The Master Race' não chega, vale apena não só relembrar o primeiro, mas também redescobrir que, apesar dos pesares, o segundo também tem seu valor.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-1-FW-Ozp8LA/VlDkEeGXw8I/AAAAAAAAIHE/c0nSx2fkGzQ/s1600/the-dark-knight-strikes-again-1-pg761.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-1-FW-Ozp8LA/VlDkEeGXw8I/AAAAAAAAIHE/c0nSx2fkGzQ/s400/the-dark-knight-strikes-again-1-pg761.jpg" width="251" /></a></div>
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Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-17895195103967738392015-10-02T14:07:00.000-07:002015-12-12T11:24:10.371-08:005 contra 1: HQs para ler antes de 'Batman V Superman'<div align="justify">
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-G4ubnczXGak/Vg7slsvFVCI/AAAAAAAAICU/QkTz6vGxmsY/s1600/batman-vs-superman-luta-cartaz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="http://4.bp.blogspot.com/-G4ubnczXGak/Vg7slsvFVCI/AAAAAAAAICU/QkTz6vGxmsY/s400/batman-vs-superman-luta-cartaz.jpg" width="400" /></a></div>
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Com a adaptação de HQs em live action mais esperada de 2016, quiçá da história, chegando finalmente até nós, chegou a hora de revisitar a coluna mostrando a leitura recomendada para poder curtir melhor o filme em todo já seu esplendor. Confira abaixo então a lista:<br />
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<a name='more'></a><b>5) The Dark Knight Returns</b><br />
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Esta lista está recheado de clássicos, e apontar a escolha desta história aqui é chover no molhado. Só de olhar Ben Affleck na roupa você já sabe que este Batman vai ser pesadamente influenciado pelo clássico de Frank Miller, onde vemos um Batman mais velho, carrancudo e violento numa Gotham distópica nos anos 80. Discussões sobre a importância da obra hoje em dia ainda permanecem, mas mesmo depois de 30 anos, ainda é uma leitura mais que obrigatória para os fãs do personagem, já que trouxe inúmeras reformulação, e revoluções, a maneira de se abordar o personagem. E o filme, com uma abordagem bem próxima a revista, deve levar e indagar aonde esse Batman, mais experiente e com um sentimento de "nada a perder", precisa ir para evoluir dentro do mundo até então construído por Zack Snyder, especialmente com um Superman tentando provar seu valor a um mundo que cobra dele o papel que lhe convém, seja de amigo ou inimigo. E isso nos leva a...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TJQu4f6ghQI/Vg7snu-ZnLI/AAAAAAAAICs/OPWzHzr7scs/s1600/tdkreurns.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-TJQu4f6ghQI/Vg7snu-ZnLI/AAAAAAAAICs/OPWzHzr7scs/s400/tdkreurns.jpg" width="258" /></a></div>
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<b>4) Kingdom Come</b><br />
<br />
Com a população sem confiança nos heróis de hoje, e especialmente em relação ao papel que o Superman deve tomar nessa sociedade, tanto Batman quanto Mulher Maravilha uma quebra de braço idealística para que Superman possa se tornar o que a humanidade precisa, mesmo que isso não seja uma coisa boa, e em especial, sobre o caminho que Superman tem que percorrer até chegar esse papel, com seus acertos e erros. Isso só não se encaixa com a descrição do clássico (palavra a ser repetida muito por aqui) de Mark Waid e Alex Ross, mas também se encaixa como uma luva daquilo que sabemos sobre o filme, e teorias (não totalmente infundadas, porque já foi mostrado o quão claro esta história vai <a href="http://i2.wp.com/batman-news.com/wp-content/uploads/2015/07/super-wayne-manor.jpg?resize=1200%2C799&quality=85&strip=info">influenciar</a> no filme) sobre o papel de personagens como Diana Prince, Bruce Wayne e Lex Luthor dento da trama, e entre eles especialmente, Clark Kent, que tem que lidar com as vantagens, desvantagens e inseguranças que qualquer humano teria em tomar para si a responsabilidade de ser o salvador do mundo. Mesmo que o filme e a graphic novel mostre os personagens em épocas diferentes, a comparação e complementação é que fazem essas horas ganharem força, e isso vai servir também em outros casos de leitura desta lista.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OJksphtiYMk/Vg7slQfwYGI/AAAAAAAAICQ/_gqX-KkUstY/s1600/Kingdome-Come-elseworlds-superman-comic-cover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-OJksphtiYMk/Vg7slQfwYGI/AAAAAAAAICQ/_gqX-KkUstY/s400/Kingdome-Come-elseworlds-superman-comic-cover.jpg" width="266" /></a></div>
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<b>3) Lex Luthor: Man of Steel</b><br />
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Como eu já indiquei na minha <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/12/as-10-melhores-historias-do-superman-da.html">lista</a> de melhores histórias do Superman da década passada, 'Luthor' de Azzarello e Bermejo se tornou uma bíblia sobre o personagem. Eles conseguem explorar com maestria tudo que Lex Luthor é e representa, mostrando um homem que confia absolutamente no potencial humano, e enxerga que as vezes temos que sujar as mãos para que esse potencial seja alcançado. E a forma em que Superman é mostrado é exatamente a forma de como Lex o vê: um monstro, algo inumano, que atrasa o processo evolutivo não só do Lex, mas de toda a humanidade. Interessante nessa história é como Lex vê o Batman (e provavelmente sabe até sua identidade secreta), como alguém que faz parte de sua filosofia e de que certo modo simpatiza com ele - pelo menos enquanto não se tornar um problema para seus planos. Apesar de visualmente Jesse Eisenberg remeter o <a href="http://static.srcdn.com/slir/w520-h300-q90-c520:300/wp-content/uploads/Lex-Luthor-Superman-Birthright.jpg">Luthor</a> de 'Birthright', a sua personalidade e frases são claramente inspiradas por essa obra, tanto que Azzarello e Bermejo <a href="https://twitter.com/brianazzarello/status/589079210024665088">perceberam</a> a monstruosa semelhança a sua obra na tela.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-icCfNmLpe4M/UNdt3u890kI/AAAAAAAAGhM/DjwH1lhiaQ0/s1600/luthor-man%2Bof%2Bsteel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-icCfNmLpe4M/UNdt3u890kI/AAAAAAAAGhM/DjwH1lhiaQ0/s400/luthor-man%2Bof%2Bsteel.jpg" width="266" /></a></div>
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<b>2) Batman/Superman: Cross World</b><br />
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Tem um monte de história com os Melhores do Mundo unidos, mas escolhi essa não só porque é algo da safra mais recente dos Novos 52, mas por ser uma obra que se aprofunda na dinâmica dos personagens não só em diferentes fases da vida, mas também em diferentes mundos. E o relacionamento do Batman e Superman, sejam na amizade como nas brigas, vão ser um dos alicerces do filme. Aqui vemos os jovens Batman e Superman dos Novos 52 em sua primeira viagem a Terra 2, encontrando suas contrapartes mais velhas, o que gera não só um choque de culturas mas especialmente de comportamento, seja em relação as escolhas de família, relacionamento e amizades, aqui representada também pela imortal (e a muitas eras na ativa) Mulher Maravilha, enquanto é plantada a semente do acontecimento que destruiu a Terra 2. Um ótimo estudo de personagens e porque sua interação é tão especial, via Greg Pak e Jae Lee.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gX90M3NXzAQ/Vg7snGtPL9I/AAAAAAAAICo/rqnwa2dVb84/s1600/bmsm1-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-gX90M3NXzAQ/Vg7snGtPL9I/AAAAAAAAICo/rqnwa2dVb84/s400/bmsm1-1.jpg" width="267" /></a></div>
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<b>1) Superman Earth One Vol 3</b><br />
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Por mais que todos estejam (com razão) impressionados com Batman e Mulher Maravilha, tem algo bem definitivo e simples sobre 'Dawn of Justice': ele ainda é um filme sobre e centrado no Superman. E como o primeiro volume de 'Superman Earth One' se tornou a base do que muito foi feito em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>', a revolução de duas vias se completam com a chegada de Zod na série. A história lida com os governos do mundo tratando a possível ameaça que o Superman pode ser, assim como qual país ele representa ou pode possuir seu 'controle" (coisa bem clara no filme), a introdução da Kryptonita, assim como lidar e complementar a grande lição de 'Man of Steel' (e provavelmente BvS), que mostra bem as responsabilidades e sacrifícios em escolher fazer o bem, e o mais importante, o bem a quem? A si mesmo ou a o outro? E como isso nos define como heróis e vilões e nos ajuda a nos compreender como tal? Apesar de ter saído depois do filme, de forma alguma imita e se limita a ele, pelo contrário, só ajuda ainda mais na revolução necessária para trazer o Superman de volta ao seu lugar de destaque no século XXI.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-izha8S8aP14/Vg7smOnyrCI/AAAAAAAAICc/_P-qJf0mrDw/s1600/SupEarthOneVol3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-izha8S8aP14/Vg7smOnyrCI/AAAAAAAAICc/_P-qJf0mrDw/s400/SupEarthOneVol3.jpg" width="267" /></a></div>
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Por hoje é só pessoal, até a próxima!</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-90267991164306705562015-08-31T04:30:00.000-07:002015-08-31T04:30:00.785-07:00Script Review: 'Justice League: Mortal'<div align="justify">
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HwwoRCa72Zo/VePcga6gI1I/AAAAAAAAIA4/AsbmWVhKLpA/s1600/batman_rejected_jlm-e1330641007347.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="http://3.bp.blogspot.com/-HwwoRCa72Zo/VePcga6gI1I/AAAAAAAAIA4/AsbmWVhKLpA/s400/batman_rejected_jlm-e1330641007347.jpg" width="400" /></a></div>
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Olá pessoal! Hoje eu decidi começar algo novo aqui. Não vou resenhar filmes, mas vou resenhar scripts, especialmente roteiros de filmes que por N motivos nunca chegaram a serem concretizados como tal. Com 'Mad Max; Fury Road' fazendo história, e os recentes <a href="http://www.slashfilm.com/george-miller-directing-man-of-steel-2/">rumores</a> que o diretor do mesmo, George Miller, poderia assumir 'Man of Steel 2' ou outro filme dentro do DCEU, me deu a vontade não só de falar sobre o filme nunca feito da Liga da Justiça pelo diretor. Mas antes de mais nada, vamos falar um pouco da história por trás do filme.<br />
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<a name='more'></a>O roteiro do qual George Miller dirigiria foi escrito pelo casal Kieran e Michele Mulroney (Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras), com o anuncio do filme, assim como a sua pré-produção começando em 2007, com data de lançamento para 2009. Com o nome de produção chamado '7 Friends', as filmagens iriam acontecer na Austrália, com a Weta dando suporte no figurino e nos efeitos especiais, com um orçamento de 220 milhões. O elenco era composto de Adam Brody como The Flash, D.J. Cortina como Clark Kent/Superman, Common como o Lanterna Verde John Stewart, Hugh Keays-Byrne como Caçador de Marte, Santiago Cabrera como Aquaman, Megan Gale como Mulher Maravilha e Armie Hammer como Batman.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Eil2aaCQvxg/VePchCEiXXI/AAAAAAAAIBQ/tVJJXATki38/s1600/justice-league-mortal-cast.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-Eil2aaCQvxg/VePchCEiXXI/AAAAAAAAIBQ/tVJJXATki38/s400/justice-league-mortal-cast.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">George Miller, com parte do elenco e equipe</span></div>
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Os vilões do filme seriam Teresa Palmer como Talia Al Ghul e Jay Baruchel como Maxwell Lord, além de claro, os OMACs. Hoje em dia sabe-se que Adam Brody faria Barry Allen, apesar que na época acusava-se que ele iria fazer na verdade Wally West (que está presente no filme), sendo que o nome de Woody Harrelson estava fortemente ligado ao nome de Barry Allen no ciclo de rumores. Stephen Tobolowsky, de acordo com os rumores, estava sendo cotado para fazer o papel de Alfred Pennyworth.<br />
<br />
Mas o que aconteceu para o filme ter acabado sendo não feito? Acabou que foram uma serie de coisas envolvidos que dificultaram muito a vida de Miller e cia. Primeiramente, havia a duvida de como o filme seria gravado, já que havia uma discussão de ser filmado no sistema de motion-capture, o que acredito que em algum ponto foi descartado, já que sets estavam sendo construídos e figurinos sendo feitos. Mas apesar desse problema ter sido resolvido, havia muitos outros pelo caminho. Primeiramente havia a duvida se o Batman de Christopher Nolan e o Superman de Bryan Singer deveriam ou não fazer parte do filme, e como o lançamento de 'The Dark Knight' e da sequência até então programada de 'Superman Returns' iria interferir a percepção do publico com dois Batman e Superman diferentes em tela.<br />
<br />
O golpe final veio em duas frentes: primeiramente com o aumento abusivo dos impostos australianos, que fez a Warner reconsiderar mudar as filmagens para o Canadá (coisa que George Miller foi contra), e a greve dos roteiristas que aconteceu entre 2007 e 2008, que impediu que o filme tivesse mais uma bem vinda revisão por parte de todos os envolvidos. Com o atraso para o início das gravações a um ponto que teriam que mudar a data de lançamento e o estrondoso sucesso de TDK, eles decidiram acabar de vez com o desenvolvimento do projeto. E adormecido ele esteve, até que em 2013 o roteiro a ser resenhado agora vazou e teve sua veracidade confirmada, então vamos a ela.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-2dnop0euyzw/VePcgfvPw3I/AAAAAAAAIA8/SAWNC7WhxSg/s1600/CGTDbHpUkAAfb3B-600x900.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-2dnop0euyzw/VePcgfvPw3I/AAAAAAAAIA8/SAWNC7WhxSg/s400/CGTDbHpUkAAfb3B-600x900.jpg" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Modelo da máscara/rosto do Caçador de Marte feito pela WETA</span></div>
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A história se passa num mundo onde todos os grandes super heróis da DC Comics foram estabelecidos, e o que vemos é um mundo onde eles vivem a um bom tempo, chegando finalmente a famigerada paz mundial. Ainda há os pequenos problemas, mas é um mundo que dá a entender que coisas como guerra, fome, e outras desigualdades foram acabadas ou estão sendo mudadas pra melhor. É uma sociedade em evolução, do qual seus heróis podem assumir outros postos e ainda sim continuar a cuidar do mundo numa forma que não seja impedindo desastres ou entrando em brigas.<br />
<br />
Por outro lado, temos o fato de que os super heróis já não são mais uteis como antes. Ele viraram celebridades, rock stars tratados como deuses, relíquias que vão inspirar as futuras gerações a manter o que eles começaram. Isso tudo é comprovado pelo Planet Krypton, a rede de fast food tirada de 'Kingdom Come' que mistura McDonalds com Hard Rock Café, comandada pelo multimilionário Maxwell Lord (falaremos mais sobre ele depois). Mas adivinha o único herói que não está contente e relaxado com a paz mundial rolando? Ele mesmo, Batman, que criou um sistema de vigilância para vigiar os vigilantes, chamado Brother Eye, que não só vigia os principais heróis do mundo mas também tem catalogado as suas fraquezas, e como utilizá-las.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-i6yQO3-0eJA/VePfgZN7XTI/AAAAAAAAIBo/iCZTUOrcGnY/s1600/planet.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-i6yQO3-0eJA/VePfgZN7XTI/AAAAAAAAIBo/iCZTUOrcGnY/s400/planet.JPG" width="377" /></a></div>
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Só que há um problema: há alguém além do Batman controlando Brother Eye e ele está usando para atacar cada um dos grandes heróis da terra: Superman, Mulher Maravilha, Aquaman, Caçador de Marte, Lanterna Verde e Flash. E este ataque fazem todos se reunirem pela primeira vez para descobrir qual é o real problema e a fonte dele. E os ânimos se exaltam quando a fonte dos problemas é um dos próprios heróis. Batman também não está feliz em seu plano de contingência cair nas mãos erradas e ser utilizado contra o seu propósito original. E quando as coisas se complicam, o que eu posso dizer é que, se as pessoas hoje em dia reclamam que os filmes da DC Comics são darks, eles não estariam preparados pro que Miller iria fazer.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZiEZZ0dhZKc/VePciVDYB9I/AAAAAAAAIBc/s_itXUyDZ2Y/s1600/qrnxporm6rqslxjzb61g.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZiEZZ0dhZKc/VePciVDYB9I/AAAAAAAAIBc/s_itXUyDZ2Y/s400/qrnxporm6rqslxjzb61g.jpg" width="295" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Concept art oficial do filme</span></div>
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Você sente que mesmo com a descrição simples de certos acontecimentos no script, sabendo que George Miller estaria gravando essas cenas, que elas não seriam tão clean, ou amigáveis. baseado no histórico do diretor e no que foi escrito, 'Justice League: Mortal' poderia ter sido a coisa mais mais hardcore a ter sido feita com heróis mainstream no cinema. O segundo ato do filme, em sua maior parte ocorrido na Fortaleza da Solidão, praticamente transforma o filme em 'The Thing' do Carpenter. Você lendo sente a pressão do ambiente, das ações dos personagens em salvar todos, e da angustia e desespero que isso era. A primeira leva de transformações de J'onn J'onzz, logo do primeiro ataque do OMAC, parecia ter uma vibe bem mais freak e grotesca que não só Carpenter fez em 'The Thing' mas como Eddy Barrows faz atualmente na revista do personagem. Não imagino de forma alguma que Miller pegaria leve aqui.<br />
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Uma coisa positiva é que o filme consegue captar bem a personalidade dos personagens sem ter que ficar explicando muito de seu background, afinal era a Liga da Justiça, e todo mundo conhecia minimamente quem era seus membros. Para você curtir o filme como expectador, não precisava de 7 filmes contando a história dos personagens individualmente, porque eles contavam que 1) você não nasceu ontem 2) você não seja idiota em não reconhecer os heróis mais conhecidos do mundo, seja lá qual for a interpretação que você tenha deles.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ozSIwPpK75A/T9uicSnwMSI/AAAAAAAAGSA/gqZsFdDP9xA/s1600/jlu-wallpaper1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-ozSIwPpK75A/T9uicSnwMSI/AAAAAAAAGSA/gqZsFdDP9xA/s400/jlu-wallpaper1.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Você entende de primeira quem e o que eles são, e pra curtir o espetáculo que o filme traz é só disso que você precisa, a interação entre eles fará eles crescerem e evoluírem como personagem. J'onn J'onzz é marciano escondido entre os humanos, ajudando os mesmos. Aquaman é o rei atlante que tenta aprender os bons valores do povo da superfície. O arquiteto John Stewart transforma a sua imaginação como arma e escudo com o anel dos Lanternas Verdes. Mulher Maravilha é a embaixadora da paz que sabe muito bem a hora de lutar, e todos tem um respeito genuíno por ela, além de conseguir encarar todos de igual fisicamente. Ela é basicamente a 'Furiosa' desse filme.<br />
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Mas entre os personagens principais da equipe, é importante dar destaque ao Superman, Flash e Batman. Apesar de não mostrar muito da vida dele fora do uniforme, o Superman de George Miller me intriga, porque seu background é cercado de mistério, ao mesmo tempo no que é mostrado no script, deixa uma coisa bem clara: esse é um Superman com anos, talvez décadas de atuação, possivelmente desligado de todos seus colegas, seja por vontade própria, ou pior, pela força do tempo. Ele encontra no network de heróis uma nova família, e a unica até então que a restou, já que como a Fazenda recriada na Fortaleza indica, Ma e Pa Kent também estão mortos. Em termos de romance, vemos a possibilidade de um affair, e provas um carinho genuíno, com a Mulher Maravilha.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-a67VKRDX6WY/VePfgtHDt8I/AAAAAAAAIBw/ee-0Iuv0Odw/s1600/Batman-vs.-Superman-in-Kingdom-Come.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="151" src="http://4.bp.blogspot.com/-a67VKRDX6WY/VePfgtHDt8I/AAAAAAAAIBw/ee-0Iuv0Odw/s400/Batman-vs.-Superman-in-Kingdom-Come.jpg" width="400" /></a></div>
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Ninguém do Planeta Diário chega a ser citado no filme, somente Lois Lane, mas de nenhuma forma indica que ela esteja presente naquele mundo ou até mesmo viva. assim como em nenhum momento vemos a equipe do Planeta Diário se fazer presente na trama, nem como se fosse um cameo. A solidão desse Superman é reforçada pela sua primeira cena no roteiro: sentado num banco de praça, vendo literalmente a vida passar, enquanto faz um pequeno gesto para alegar uma criança. Por mais depressivo e dramático que isso soe, Clark Kent está de bem com sua solidão, sabendo que todo seu sacrifício não foi em vão para de fato tornar um mundo melhor.<br />
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Em segundo lugar temos Barry Allen e Wally West, aqueles que mantém o legado do Flash. Barry Allen representa o homem comum entre deuses, e é em boa parte o alivio cômico e o coração não só da equipe mas do próprio filme, já que vemos boa parte da reunião desses personagens por seu ponto de vista. Apesar de ter momentos em que suspeito que funcionaria, mas o humor do personagem é algo que na maior parte do tempo é bacana de acompanhar e com certeza iria ser algo popular entre o publico, que dá mais impacto ao sacrifício em que ele faz no final.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-rvR95dZfJgo/VePfltG25SI/AAAAAAAAIB4/Rtu8IpTslW4/s1600/wally-and-barry.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="322" src="http://3.bp.blogspot.com/-rvR95dZfJgo/VePfltG25SI/AAAAAAAAIB4/Rtu8IpTslW4/s400/wally-and-barry.png" width="400" /></a></div>
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Wally West é não somente uma versão mais jovem de seu tio, como também é um hacker bastante talentoso, algo que acredito que pegaram emprestado de Tim Drake para não ter que introduzir mais um personagem dentro do filme para não tirar o foco do que lhe interessavam contar, além de ter algo importante sobre o Universo DC que é a sensação de legado. Acho que a interpretação de Iris Allen, aqui resumida em usar o seu amor por ela como combustível para agir como um super herói e proteger as pessoas, seria algo que hoje em dia não faria tanto sucesso, em muito por substituir a jornalista pela dona de casa. Eu pelo menos senti falta disso, que seria um boa substituição a Lois Lane.<br />
<br />
E no fim chegamos ao Batman, personagem que acaba sendo o mais importante do filme, ao mesmo tempo que ele geraria as maiores polêmicas. Com um mundo chegando a coisa mais próxima de uma utopia, Batman se torna o paranoico do qual se propõe vigiar os vigilantes, criando assim o Brother Eye. Isso dá obviamente errado quando o OMAC tem acesso ao satélite, e usa isso contra os maiores heróis da Terra, colocando Batman numa posição onde ele é constantemente subjugado e detido por seus amigos e inimigos. Não há uma linha entre o limite de se importar de fato e a paranoia dele, e tudo isso volta ao que o personagem é: como ser humano, ele quer fazer a diferença, mas o que acontece quando ele não reconhecer que sua missão está finalmente sendo cumprida?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-YheMKysM5S8/VePchRk1MMI/AAAAAAAAIBM/qrXIdeoaDU4/s1600/omac-project-6-of-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-YheMKysM5S8/VePchRk1MMI/AAAAAAAAIBM/qrXIdeoaDU4/s400/omac-project-6-of-6.jpg" width="266" /></a></div>
<br />
Coisas, muito, muito ruins, que obrigam a Batman lidar não só com sua própria mortalidade, mas também como sua jornada como herói falhou, e o preço a se pagar. Ele não consegue impedir que OMAC conclua (até então) o seu plano, como seu fracasso mata Talia (possuída pelo OMAC) e quebra o pescoço de Maxwell Lord para tirar o controle mental do Superman (mas disso vocês não reclamariam, não é?) Só acho que o roteiro peca exatamente por não explorar a consequência direta dos seus atos, Batman apenas se junta a equipe e tudo fica bem. Seria muito mais interessante haver um ultimo julgamento que acabaria com Batman percebendo que precisava mudar, e a Liga seria parte importante para essa mudança de comportamento e status quo. talvez fosse algo que na revisão eles acrescentassem, mas nunca saberemos na verdade o que ia rolar.<br />
<br />
E isso nos leva aos vilões. Pela descrição dos roteiros, os OMACs em si são bastante poderosos e assustadores, não sendo fáceis de derrubar, e com os efeitos da WETA, ficariam sensacionais. Só que as coisas complicam quando, na verdade, Maxwell Lord é o OMAC, Explicando: o Projeto OMAC (One Man Army Corp) originalmente envolvia controle da mente e manipulação genética para o mesmo, envolvendo o nascimento e morte de várias crianças. Com a entrada da inteligência artificial e tecnologias da computação nos anos 90, o projeto passou a evoluir e ficar mais caro, fazendo que fosse cancelado. Só que OMAC, já formado como inteligência artificial. sobreviveu dentro no corpo da unica criança que sobreviver e manisfestou os poderes de controle da mente.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-YwWRsfFN1Ew/VePchsnUzTI/AAAAAAAAIBU/TqiVhQFCjbY/s1600/omac-project-4-of-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-YwWRsfFN1Ew/VePchsnUzTI/AAAAAAAAIBU/TqiVhQFCjbY/s400/omac-project-4-of-6.jpg" width="266" /></a></div>
<br />
Assim, utilizando das maravilhas da computação, ele acabou construindo digitalmente capital suficiente para adquirir a outra identidade, de Maxwell Lord, tendo acesso aos capitães da industria e governos. Com o crescimento constante dos super heróis, MaxOMAC viu como uma ameaça a ser eliminada, e correndo atrás de como fazer isso, acabou esbarrando com Talia e seu plano de se vingar do Batman pela morte de seu pai, Ra's Al Ghul, e por todos os sacríficos em vão que ela teve que fazer para que no fim Bruce distanciasse ela (e outras mulheres, como Julie Madson, Silver Saint Cloud, Mulher Gato e Hera Venenosa -!!!-) da sua vida a favor de sua missão. Talia aceita a ajuda de Max e conta sobre como ela poderia utilizar o Brother Eye pra isso, sem saber que há planos maiores em pauta. Parte importante desse plano é o Planet Krypton, do qual utiliza-se do alimento da rede de fast food para espalhar os nano robôs que irão construir o exercito OMAC.<br />
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Se alguns reclamam do jeito que Talia Head foi tratada em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/07/review-dark-knight-rises.html">The Dark Knight Rises</a>', as reclamações seriam muito maiores em JLM. Tratada como uma mera bondgirl glorificada, com um desenvolvimento raso, ela tendo mais cenas e uma maior participação daria pra desenvolvê-la bem melhor do que até então tinha sido feito. E sobre Maxwell Lord, tenho sentimentos conflitantes, porque se por um lado complementa muito bem a trama do Batman, por outro lado sinto que é melhor não mexer em time que está ganhando, mas mesmo assim a forma de como o plano dele foi abordado foi muito boa, utilizando o próprio consumismo e comodismo da humanidade contra ela mesma.<br />
<br />
Outra coisa que vale a pena citar pelo roteiro é que George Miller estava preparado para fazer obras de artes com a fotografia, trazendo momentos que por si só deveriam ser emoldurados num quadro, numa abordagem bastante parecida com que ele acabou fazendo em 'Fury Road'. vendo as descrições do Aquaman dar um mergulho e pegar carona numa baleia, da grandiosidade da Fortaleza da Solidão, a transformação dos OMACs, e em especial os momentos dentro da Speed Force, dava pra perceber que George Miller não queria desperdiçar ali nenhum frame possível do filme. Com certeza iria ser algo bem próximo ao que Zack Snyder está fazendo atualmente.<br />
<br />
O roteiro precisava de claros melhoramentos, especialmente no desenvolvimento dos vilões, apesar de ser bem sucedido por entregar ao publico o que ele quer. Uma reescrita não só iria polir o plot e os diálogos, mas especialmente deixar a mensagem dele mais clara, e isso é importante, pois é aí que mora a grande força desse script: para os Deuses, nada é mais perigoso que a Utopia. Super heróis são figuras que precisam do caos para se manter relevantes, e o que é comprovado quando a paz é finalmente alcançada é que nada é mais perigoso quando os Deuses ficam entediados.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JMeGVi8nB6E/TZSqcoHp8MI/AAAAAAAAEqY/B4jepVTuMZY/s1600/justice-league.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="http://4.bp.blogspot.com/-JMeGVi8nB6E/TZSqcoHp8MI/AAAAAAAAEqY/B4jepVTuMZY/s400/justice-league.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
E tudo isso leva a outro fato importante: não devemos esperar que os Deuses nos entreguem tudo de mão beijado, eles tem ser a catapulta para que nós, como sociedade, alcancemos a paz que tanto queremos por nós mesmos, tema este levantado adivinha aonde? Exatamente, em '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">Man of Steel</a>'. O filme precisava de uma polida muito bem vinda, mas mesmo assim, a versão que foi escrita tem força o suficiente para se manter sozinha. Mas se o destino tivesse deixado dar os últimos updates e acabamentos, poderia se tornar, senão um filme clássico, um game-changer do gênero como '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/04/review-os-vingadores-o-filme.html">Os Vingadores</a>' foi.<br />
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<b>NOTA:7.5</b><br />
<b><br /></b>
<b>PS: </b>Para mais curiosidades sobre o filme, chequem o projeto de documentário <a href="https://twitter.com/JLdoco">@JLdoco</a>.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-25144886402049172552015-08-06T23:15:00.000-07:002015-08-06T23:15:37.025-07:00Review: Fantastic Four (2015)<div align="justify">
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4UC4uZNJ8X0/VcRDXregPwI/AAAAAAAAH_8/IQPvjux0Iqk/s1600/fantastic-four-2015-poster-doctor-doom.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-4UC4uZNJ8X0/VcRDXregPwI/AAAAAAAAH_8/IQPvjux0Iqk/s400/fantastic-four-2015-poster-doctor-doom.jpeg" width="270" /></a></div>
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A Primeira Família da Marvel não teve muita sorte nos cinemas desde cedo. No incio dos anos 90, o lendário produtor Roger Corman fez um filme com os personagens que nunca chegou a ser lançado, até alcançar status de cult graças as as cópias piratas circulando pelo vídeo e posteriormente pela internet. Depois veio os dois filmes de Tim Story, o primeiro um gigante comercial de TV que servia para ser o contraponto cômico em relação a seriedade que os X-men traziam, que resultou num filme bastante falho, mas que entreteve o publico. Já sua sequencia, mesmo com o criticado Galactus-nuvem, foi uma sequência anos-luz superior ao seu antecessor, mas que não gerou o sucesso suficiente para seguir em frente. Com a Fox segurando suas franquias mais valiosas, teve como resposta o boicote vergonhoso por parte da Marvel, atingindo aquilo que o estúdio de cinema não pode tocar (quadrinhos e licenciados). Com a casa dos X-men arrumada com <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/05/review-x-men-days-of-future-past.html">DOFP</a>, o que falta era por a Primeira Família alinhada novamente. Eles conseguiram isso? Continue abaixo, pode conter <b><span style="color: red;">SPOILERS</span></b>.<br />
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<a name='more'></a><br />
Vamos começar pelo começo: Ben Grimm (Jamie Bell) fica amigo de Reed Richards (Miles Teller) ainda na adolescência, quando ele tenta criar uma maquina de teletransporte, o que acaba sendo sucedido e melhorado com o tempo. Ao entrar na vida adulta, ele é chamado pelo Doutor Franklin Storm (Reg E. Cathey), em companhia de sua filha adotiva Sue Storm (Kate Mara), a se juntar a uma equipe formada pelo rebelde de bom coração Johnny Storm (Michael B. Jordan) e o egocêntrico gênio Victor Von Doom (Toby Kebbell) a tornar seu projeto realidade. A Maquina de Teleporte já planejado durante anos no complexo cientifico do Edifício Baxter, porém sem as ideias projetadas por Reed para fazer dar certo. Após um teste bem sucedido, uma viagem precipitada seguida por um catastrófico acidente dá a Reed, Sue, Johnny e Ben poderes que são vistos a principio por eles como uma maldição, mas pelo exército como algo a ser explorado militarmente no futuro. Mas preso no Planeta Zero (conhecido pelos fãs como a Zona Negativa), Doom sobrevive e fica mais poderoso ao se conectar com a fonte de energia do planeta, apenas esperando o momento certo de aplicar sua vingança contra todos...<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-j3qAxY2a9J4/VcREj8v-4GI/AAAAAAAAIAU/rRhDUoY4Mss/s1600/90290.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-j3qAxY2a9J4/VcREj8v-4GI/AAAAAAAAIAU/rRhDUoY4Mss/s400/90290.jpg" width="400" /></a></div>
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Dirigido por Josh Trank (de Chronicle) o filme em sua escala é maior, e apesar de ter em comum o tema de amadurecimento e crescimento, é maior em escala, mas não é sua típica adaptação blockbuster. Pelo contrário, o filme é 100% guiado pelos personagens e suas emoções, mostrando muito bem o conflito interno e em relação aos outros que sofrem por estarem presos a condições tão únicas como as deles. Além disso, com tantos filmes que procuram sempre "salvar a Terra de uma catástrofe" feitos de maneiras <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/07/man-of-steel-e-reinvencao-do-superman.html">boas</a>, <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">ruins</a>, e com formulas repetidas a esmo (vide Marvel Studios) em todo filme, é legal ver, como aconteceu em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/07/review-ant-man.html">Homem-Formiga</a>, algo menor, mais intimista, da qual o conflito é realmente gerado pelas relações entre os personagens, novamente algo que o diretor aplicou em Chronicle.<br />
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E com isso temos um resultado realmente satisfatório, mostrando uma jornada de começo, meio e fim, e como a sede de descoberta de um rapaz consegue mudar a vida das pessoas, e a si própria, e como cientista, as causas boas e ruins que essa jornada pode levar. E isso nos leva a outro fator bastante positivo dentro do filme: uma ciência que fascina de fato, que traz a sensação de empolgação das descobertas. Vemos cientistas jovens com real vontade de mudar o mundo pra melhor, alimentados pela filosofia de alguém ,no caso Franklin Storm, que tentou mudar o mundo melhor pela ciência e falhou. E isso interfere diretamente nas relações pessoais deles, com o Instituto Baxter e especialmente com o exército/governo, que por influência das versões Ultimate (e de 'The First Family') tem papel importante na trama do filme.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-xpN2NDIO0Es/VcRElC7WtII/AAAAAAAAIAc/yk59scRmKpE/s1600/ts0175_v0751026.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://1.bp.blogspot.com/-xpN2NDIO0Es/VcRElC7WtII/AAAAAAAAIAc/yk59scRmKpE/s400/ts0175_v0751026.jpeg" width="400" /></a></div>
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E destaque mais do que especial pros personagens do filme, com suas personalidades tiradas diretamente das revistas e muito bem adaptadas pro universo do filme. Reed Richards tem o bom coração e o cérebro genial que o fazem conquistar o direito de líder da equipe, além da solida relação que ele mantém com Ben Grimm e do remorso que sente ao ver que, por um momento, seus planos de usar seu intelecto para mudar a vida das pessoas ocasionou em uma tragédia. Ben Grimm é o "músculo" da equipe, e sua amizade com Reed é um dos principais alicerces do filme.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RBZMNzO2joI/VcRDWD6cShI/AAAAAAAAH_g/W-ajaN4A0Gc/s1600/54fcb3733c292cea5790a803a3e90990ec27736djpg__620x927_q85_crop_upscale.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-RBZMNzO2joI/VcRDWD6cShI/AAAAAAAAH_g/W-ajaN4A0Gc/s400/54fcb3733c292cea5790a803a3e90990ec27736djpg__620x927_q85_crop_upscale.jpg" width="267" /></a></div>
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A transformação e sequente fuga de Reed, para não ser mais uma cobaia e descobrir a cura sem colocar mais ninguém em perigo, obviamente cria conflito com Ben, que deixado para trás por seu melhor amigo, acaba utilizando a força para enterrar a raiva e a dor da transformação, e será interessante ver isso explorado numa sequencia como o fato de agir como um herói pode fazer para ele se sentir redimido de ser apenas uma arma do governo.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-5LgHm5wfLsA/VcRDWacjqoI/AAAAAAAAH_k/YNCFAooZuI4/s1600/90287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://4.bp.blogspot.com/-5LgHm5wfLsA/VcRDWacjqoI/AAAAAAAAH_k/YNCFAooZuI4/s400/90287.jpg" width="400" /></a></div>
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E chegando aos irmãos Storm, as maiores mudanças nem ficam com Johnny Storm (do qual o fato de ser interpretado por um homem negro gerou, e ainda gera, desnecessárias e estúpidas discussões), que está bem fiel aos quadrinhos em termos de personalidade, e anos-luz superior a atuação do Chris Evans. Mas as grandes surpresas moram em Sue Storm, especialista em descobrir padrões, e que de certo modo sua visão analítica das coisas as vezes tanto ajuda quanto atrapalha em seu relacionamento com os demais. Além disso, ela é adotada e nascida em Kosovo (Servia), o que pelo histórico de guerras do local faz sua visão sobre os militares não ser necessariamente a melhor...<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-qpAGM2FN8YU/VcRDX1f7UjI/AAAAAAAAH_w/UMpY0l7p-ec/s1600/quarteto-fantastico-21abr2015_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-qpAGM2FN8YU/VcRDX1f7UjI/AAAAAAAAH_w/UMpY0l7p-ec/s400/quarteto-fantastico-21abr2015_02.jpg" width="400" /></a></div>
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E isso traz um fator interessante da trama, e que entra em conflito diretamente com sua irmã adotiva. Ela sabe que está sendo mantida ali para fins militares, só que ao mesmo tempo que ela procura se afastar de ser usada como uma arma, controlando seus poderes enquanto busca a cura para os mesmos. Já Johnny vê nisso um potencial a ser preenchido, já que vê no incidente algo que foi dado a ele pelo destino, não mandado pelo seu pai ou por mais ninguém, e que ele deve aproveitar isso para retribuir as pessoas de volta.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-5Qw6VX6cAD8/VcRDWI52ZlI/AAAAAAAAH_c/vZea0m8aC-8/s1600/6fcc66aaea2c3b10b135233e3df5f008f7942349jpg__620x932_q85_crop_upscale.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-5Qw6VX6cAD8/VcRDWI52ZlI/AAAAAAAAH_c/vZea0m8aC-8/s400/6fcc66aaea2c3b10b135233e3df5f008f7942349jpg__620x932_q85_crop_upscale.jpg" width="265" /></a></div>
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Mas meu destaque aqui vai para o Victor Von Doom de Toby Kebbell, que finalmente trouxe justiça ao personagem nas telonas como a melhor interpretação do Doctor Doom até então. Temos ali forte o ego do personagem, que sempre foi o combustível para as ações do personagem, a genialidade, a inveja de Reed Richards, o remorso e ódio de não conseguir ser salvo, a soberba, o nacionalismo forte... Está tudo ali, completo e adequado ao que o personagem do filme pedia. E vai ser interessante (se conseguirem uma explicação lógica pro personagem voltar) ver como vai ser as aplicações dele tomando a Latveria para si (até a bandeira é igual a dos quadrinhos), já que ele é extremamente anti-governo e não exatamente acata ordens daquilo que seriam seus superiores bem... E as inspirações de 'Akira' e 'Scanners' foram brilhantemente utilizadas durante a cena do corredor.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-xfHEQfJ3mB8/VcRDX8RMflI/AAAAAAAAH_4/rdIyN4mP_i0/s1600/quarteto-fantastico-21abr2015_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-xfHEQfJ3mB8/VcRDX8RMflI/AAAAAAAAH_4/rdIyN4mP_i0/s400/quarteto-fantastico-21abr2015_03.jpg" width="400" /></a></div>
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E não dá pra falar de Dr Doom sem citar a Zona Negativa (ou como é chamada no filme, Planet Zero), que por sí so é uma personagem no filme, assim como um poderoso instrumento. Um planeta do qual fonte de poder é consciente, e que se adapta as vontade de quem entra em contato com ela. isso é importante pois a questão de poder é algo recorrente no filme: o poder que você recebe e o que fazer com ele te define como herói e vilão (que é um tema recorrente em todos os personagens da Marvel: 'poder e responsabilidade' não é um mantra dito de graça). Mas graças a essa conexão mais profunda entre Doom e 'Zero' que não só lhe dá energia mais o alimenta, a ponto de ele ficar tão poderoso que terraformou o planeta (informação no esquema 'show, dont tell' - a ser discutido adiante-) e de que lá ele é (quase) imbatível.<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-aDwr_2FDgxM/VcREjI5l-5I/AAAAAAAAIAQ/wa8GwEI4rdI/s1600/fan4_still2_012615.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-aDwr_2FDgxM/VcREjI5l-5I/AAAAAAAAIAQ/wa8GwEI4rdI/s400/fan4_still2_012615.jpeg" width="400" /></a></div>
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O ponto fraco do filme pode ser citado em que certos momentos não duram tanto quanto deveria, sendo que há uma diferença aí entre ser corrido e não ser aproveitado. O filme consegue passar muita informação com pouco, mas há momentos que você sente que a conversa poderia ter sido mais longa e que o desenvolvimento da trama tinha a ganhar com isso, especialmente no terceiro ato. Mas, como disse, a mensagem foi muito bem enviada, o esquema 'show, dont tell' funciona muito bem neste caso. Eu particularmente tinha esperanças de Harvey Elder (O Toupeira), interpretado por Tim Blake Nelson, voltar numa sequência, por mais que tenha feito seu papel bem ali, não deu (e nem dará) indicações que vai assumir a sua contraparte dos quadrinhos.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-vDzsXAoj1Ls/VcREizkS-xI/AAAAAAAAIAE/EEnNrIJgfnM/s1600/quarteto-fantastico-25fev2015_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://4.bp.blogspot.com/-vDzsXAoj1Ls/VcREizkS-xI/AAAAAAAAIAE/EEnNrIJgfnM/s400/quarteto-fantastico-25fev2015_03.jpg" width="400" /></a></div>
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Mas no fim, como definir 'Quarteto Fantástico'? Diferente. Mas péssimo, como a maioria da critica indica? De forma alguma. Nem de longe seus defeitos atrapalham a experiência de ver o filme e se divertir com o filme. mas a grande questão é, como disse anteriormente, ele não é sua tipica adaptação blockbuster. E isso é ótimo, precisamos de mais coisas assim.o resultado no terceiro ato pode ter pecado, mas ainda sim vemos uma história de amizade muito bem contada e construída. É tudo basicamente sobre jovens tentando mudar o mundo e no processo encontram a si mesmos, e isso foi fechado sem forçação de barra entre os personagens, como forças a Sue e Reed agirem como um casal ou forçar os quatro a agirem como uma família. E vai valer MUITO a pena ver isso se concretizar em uma ou mais sequencias.<br />
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O caso do Quarteto Fantástico não pode acabar como acabou '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/07/review-amazing-spider-man.html">Amazing</a> <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/05/review-amazing-spider-man-2.html">Spider-Man</a>', pois o que a gente viu ali é a construção de um mundo deles muito melhor planejada e executada que o caso da Sony. mas infelizmente, não tem como negar que o fantasma da Marvel Studios está sondando a equipe, com apoio de uma crítica tendenciosa e fãs acéfalos que se importam mais em todo mundo estar junto deixando para trás a qualidade e a relevância que esses filmes podem e merecem ter. E assim, infelizmente a melhor e mais fiel adaptação do Quarteto Fantástico acabou tristemente tendo a mais injusta avaliação dos últimos anos para filmes do gênero, e com a Geração Internet impedindo que os filmes sofram a ação do tempo e consequentemente sejam vistos com melhores olhos. Mas mesmo com o desabafo de um fã cansado, ainda estou bem feliz com o resultado, porém preocupado, com que pode acontecer com a Primeira Família. pois mais assustador que a equipe nas mãos do Roger Corman, é a equipe nas mãos da Marvel Studios. E eu estou falando muito serio sobre.<br />
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<b>NOTA: 8.0</b><br />
<b><br /></b>
PS 1: Pelo segundo ano consecutivo, a Fox trouxe os melhores filmes da Marvel do ano, com Quarteto Fantástico, e aquele que de fato é o melhor filme da editora do ano, que é 'Kingsman'. E isso é uma tendência que só tem a aumentar nos próximos anos.<br />
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PS 2: Leiam minhas 5 recomendações de leitura em relação ao filme (que justifica bastante os porquês de eu ter gostado do mesmo) <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/02/5-contra-1-hqs-para-ler-antes-de.html">aqui</a>.</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-69703488211400086962015-07-28T04:00:00.000-07:002015-12-12T11:23:48.962-08:005 contra 1: Melhores Filmes da Marvel Studios - Fase 2<div align="justify">
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-t668ooCZ2Do/VbbsjGBDEiI/AAAAAAAAH-c/8HAjULe5n2o/s1600/468px-Marvelphase2banner.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="http://4.bp.blogspot.com/-t668ooCZ2Do/VbbsjGBDEiI/AAAAAAAAH-c/8HAjULe5n2o/s400/468px-Marvelphase2banner.jpg" width="400" /></a></div>
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Olá pessoal! Com todos os filmes da Fase 2 da Marvel Studios já lançados, é hora de fazer o Top 5 dos filmes lançados, do pior para o melhor. No caso não inseri Age of "Ultron" pois vou classificar todos os filmes dos Vingadores separadamente quando as duas partes de 'Infinity War' chegarem, então ainda vai levar um tempo... As escolhas podem ser consideradas polêmicas, mas embutido nelas há o review de cada um explicando em detalhes os porquês dessas escolhas. Então clique abaixo e divirta-se! Só lembrando que você pode ver meu Top 5 dos filmes da Fase 1 <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/04/5-contra-1-melhores-filmes-da-marvel.html">aqui</a>.<br />
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<a name='more'></a><br />
<b>5 - Guardians of the Galaxy</b><br />
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De longe a escolha mais fácil, representa tudo que a Marvel Studios andou fazendo nestes filmes, e não foram coisas boas. Se feito por outros o filme seria condenado e considerado mediocre, aqui acabou se provando que a Marvel Studios pode literalmente vender merda que as pessoas vão consumir cegamente. Mesmo como talentoso James Gunn por trás da película, acabou se saindo um filme bem fraco de um diretor que sempre conseguiu se sobressair com pouco. Mas graças ao imenso hype gerado pela propaganda do filme e por ser um filme que apela pra artifícios como a comédia e a nostalgia para atrair crianças e adultos de seu nicho, em quantidades exageradas que chegam a danificar a qualidade do filme, acabou se tornando um grande sucesso. Mas não adianta encher de nostalgia e de piadas e não ter uma história realmente sólida por trás que amarre tudo isso. Veja meu review do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/11/review-guardians-of-galaxy.html">aqui</a>.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-fioLgZv6Z0I/VbbslqKgqRI/AAAAAAAAH_A/0hW6RcI25EM/s1600/Guardians-of-the-Galaxy-poster-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-fioLgZv6Z0I/VbbslqKgqRI/AAAAAAAAH_A/0hW6RcI25EM/s400/Guardians-of-the-Galaxy-poster-2.jpg" width="270" /></a></div>
<br />
<b>4 - Thor: The Dark World</b><br />
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Não acaba não sendo pior filme da Marvel porque pelo menos ao longo do filme houve uma evolução do personagem principal, mesmo que a mesma seria sumariamente exterminada no final do filme. De resto, os mesmos problemas de sempre: vilão mal utilizado, falta do timing das piadas, assim como o excesso das mesmas, ações sem consequência, e especialmente, não considerar os problemas do primeiro filme e concertá-los aqui. Mas ainda sim tem uma linha narrativa mais agradável de se acompanhar do que GOTG, apesar de ser porcamente explorada de maneira igual. Se antes ainda tinha-se uma desculpa, agora é uma certeza: os filmes do Thor realizados pela Marvel Studios são uma porcaria. Veja meu review do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/11/review-thor-dark-world.html">aqui</a>.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-MdyW9_7tros/VbbsmDWElsI/AAAAAAAAH-4/cO14brGtsUo/s1600/thor_the_dark_world_ver2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-MdyW9_7tros/VbbsmDWElsI/AAAAAAAAH-4/cO14brGtsUo/s400/thor_the_dark_world_ver2.jpg" width="268" /></a></div>
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<b>3 - Ant-Man</b><br />
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O ultimo filme a estrear da Fase 2, o 'Chinese Democracy' da Marvel Studios ainda está se mantendo no topo das bilheterias, e apesar de não ser o melhor filme desta Fase, é com certeza o mais equilibrado. Os problemas de sempre estão presentes, mas de maneira mais amena, as piadas tem timing, e mostra uma bem vinda diminuição de escala (pun intended) na ação pra algo mais direto ao ponto. Além disso, só do filme ter saído com uma qualidade mínima já é de se agradecer, devido a sua longa e bastante conturbada tentativa de fazer o filme sair do papel, que não acabou virando o caos completo. Veja meu review do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/07/review-ant-man.html">aqui</a>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-yqBXrYEzb5Q/VbbsjhEi1WI/AAAAAAAAH-k/4teVUC8Fv1k/s1600/ant-man-quad-v2-620x465.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-yqBXrYEzb5Q/VbbsjhEi1WI/AAAAAAAAH-k/4teVUC8Fv1k/s400/ant-man-quad-v2-620x465.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b>2 - Captain America: The Winter Soldier</b><br />
<br />
'The Winter Soldier' tinha possibilidades de ser o melhor filme da Marvel. mas observe que eu utilizei o termo no passado. O filme não é de forma alguma é ruim, pelo contrário: os Russo Brothers se comprovaram ótimos diretores de ação, e trouxeram a principio um ótimo filme de espionagem, que realmente parece levar Steve Rogers a desafiar o seu status quo atual e do mundo que o cerca. Mas com a aparição da HYDRA na jogada, por mais que o filme continuasse com qualidade, já era tarde demais: a mudança do tom de filme de espionagem para filme de super herói novamente, e mostra de maneira escancarada até então o que antes era implícito: não há consequências reais para as ações dos filmes. Parte intervenção da própria Marvel, parte da vontade dos diretores de favorecer não só aos seus "chefes" mas a si mesmos, os filmes do Capitão América novamente se auto-castram as suas possibilidades, que mais do que nunca eram gigantes. Veja meu review do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/04/review-captain-america-winter-soldier.html">aqui</a>.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-wE04JSs9DK0/VbbsmwVoV7I/AAAAAAAAH_E/G4e-mbJIaEE/s1600/winter-soldier-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-wE04JSs9DK0/VbbsmwVoV7I/AAAAAAAAH_E/G4e-mbJIaEE/s400/winter-soldier-poster.jpg" width="268" /></a></div>
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<b>1 - Iron Man 3</b><br />
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Escolha polêmica? Talvez. mas tenho muitos motivos para apoiar esta decisão. Primeiramente, é o único filme da Marvel Studios nesta Fase a realmente mostrar consequências das ações que seus personagens tomam, além de se construir baseado nas consequências do que aconteceu em 'os Vingadores', como é o correto a se fazer neste ponto. Além disso, não só funciona como um fechamento de trilogia mas também poderia funcionar ao longo da história que eles queriam contar, caso não tivessem "deletado" os eventos do filme em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">Age of "Ultron"</a> e no medonho <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/02/homem-de-ferro-hail-to-king-e-os.html">One-Shot</a> feito. Além disso, apesar da via de expressar o twists sobre isto ter sido a mais errada possível, a interpretação do Mandarim foi sensacional, assim como ela se relaciona a figura do Homem de Ferro e a jornada de Tony Stark de belicista a cientista de fato. E por ultimo, o que vemos é uma constante queda de braço, que no fim temos a vontade do diretor vencer a vontade da produtora. Por mais interferência que há, Homem de Ferro 3 é o <b>único</b> filme desta fase que se possa se considerar que é um filme de diretor de fato. Veja meu review do filme <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2013/04/review-iron-man-3.html">aqui</a>.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qvh0I_NgMEY/Vbbsl5-uRQI/AAAAAAAAH-0/N6yqkqYns0A/s1600/iron_man_three_ver11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-qvh0I_NgMEY/Vbbsl5-uRQI/AAAAAAAAH-0/N6yqkqYns0A/s400/iron_man_three_ver11.jpg" width="268" /></a></div>
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Vejo vocês na próxima, ao resenhar o novo filme do Quarteto Fantástico! Até a próxima!</div>
Monitorhttp://www.blogger.com/profile/10479427015575845520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702240157068552895.post-70943581412816000212015-07-17T20:57:00.000-07:002015-07-17T21:13:45.449-07:00Review: Ant-Man<div align="justify">
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0blMMS-2ZtM/VanNMpX2uFI/AAAAAAAAH9M/XRY2L73AvqU/s1600/Ant-Man-Teaser-Poster-Matt-Ferguson.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-0blMMS-2ZtM/VanNMpX2uFI/AAAAAAAAH9M/XRY2L73AvqU/s400/Ant-Man-Teaser-Poster-Matt-Ferguson.jpg" width="400" /></a></div>
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A Fase 2 de filmes da Marvel Studios, como já discuti aqui, ela é BEM problemática. Se é até compreensível a Fase 1 ter sido um pouco corrida para que o filme dos Vingadores acontecesse, esperava-se que a Fase 2 fosse dar um pouco mais de liberdade criativa ao diretores. O que se viu foi bem ao contrário. Com seu sucesso massivo, Kevin Feige continuou a aplicar seu estilo Fordista, e um excessivo controle nas produções, afim da maquina continuar girando e gerando dinheiro, mesmo que o lado criativo tenha que se adequar as formulas, ou pior, mudar tudo que foi construído na pós produção. Apesar disso com o tempo ficar cada vez mais claro que como filme eles sejam altamente descartáveis, não significa que a Marvel, como empresa consolidada, lucre menos. Não estou julgando aqui o fato deles querem dinheiro, afinal essas coisas foram feitas para se pagar, mas como fã de quadrinhos, é triste ver algo com tanta história e mensagens acabar criando uma relação sentimental bastante superficial com as pessoas.<br />
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E isso nos leva ao Homem Formiga.<br />
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Um dos primeiros filmes a serem anunciados ainda na Fase 1, houve uma comoção pois o diretor seriam ninguém menos que Edgar Wright, diretor responsável pela Trilogia do Cornetto, que gerou grande empolgação da parte de todos. Porém, com seus conflitos de agenda, cada vez mais mais o filme do Homem Formiga foi empurrado, até chegar a Fase 2 como o filme que fecharia essa "temporada". Mas com os planos já bem definidos sobre qual caminho o personagem deveria seguir dentro do mapa de acontecimentos de seu universo cinemático, Edgar e Kevin Feige começaram a bater cabeça ao ponto que, praticamente no inicio das filmagens, Wright saísse da cadeira de diretor, deixando fãs decepcionados e com um grande pepino em mãos: quem teria a "ingrata" tarefa de terminar o filme? E como colocar seu input num projeto que anteriormente tinha uma marca autoral tão forte?<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_3qtKV41S7Y/VanP1qAsemI/AAAAAAAAH-I/4yQPDz_BgtM/s1600/homem-formiga-26junho2015-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="http://3.bp.blogspot.com/-_3qtKV41S7Y/VanP1qAsemI/AAAAAAAAH-I/4yQPDz_BgtM/s400/homem-formiga-26junho2015-09.jpg" width="400" /></a></div>
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O escolhido para isso foi Peyton Reed, que tem uma bastante eclética carreiras em comédias, além de ter sido um dos diretores que poderia dirigir o Quarteto Fantástico no passado. A trama básica de Edgar não foi mexida (afinal, o relógio estava passando), mas certas coisas foram acrescentadas e modificadas. Por exemplo, o Nanowarrior de Wright acabou virando o Jaqueta Amarela, a inclusão do Reino Quântico, do Falcão e da Janet como Vespa. Das coisas que acabaram ficando no filme, foram a relação mentor/aprendiz de Pym com Lang, de ser um "filme de roubo", além das montagens rápidas de conversação do personagem de Michel Peña.<br />
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E com isso a trama do filme fica a seguinte: Hank Pym (Michael Douglas), um ex-agente da SHIELD e cientista, descobriu como diminuir o corpo do ser humano a nível molecular e aumentar a força do mesmo com as 'Partículas Pym', além de criar uma tecnologia de comunicação com formigas que lhe deu a alcunha de Homem Formiga. Com o interesse militar e da SHIELD nas Partículas, logo após a morte de sua esposa Janet, ele decidiu ficar em reclusão e criou sua própria empresa.<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-2p4cRI6nixE/VanOAnedpPI/AAAAAAAAH9c/mWwuxFchLgw/s1600/homem-formiga-10julho2015-12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://1.bp.blogspot.com/-2p4cRI6nixE/VanOAnedpPI/AAAAAAAAH9c/mWwuxFchLgw/s400/homem-formiga-10julho2015-12.jpg" width="400" /></a></div>
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No tempo presente, Scott Lang (Paul Rudd), um especialista em assaltos e recém ex-presidiário, tenta entrar numa vida honesta para poder ter mais contato com sua filha, vivendo atualmente com a mãe e com o padastro. Mas seus caminhos se encontram com Hank Pym, que quer impedir a militarização das Partículas Pym na forma do Jaqueta Amarela, criada pelo seu ex-pupilo e atual dono da empresa da qual construiu, Darren Cross (Corey Stoll). Junto com a filha de Hank, Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) e seus colegas de profissão, Scott Lang terá que assumir o manto do Homem Formiga e não somente roubar a tecnologia de cross, mas no processo se tornar o herói que sua filha espera que seja.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-7OjhKlu71Rw/VanOaeRi_GI/AAAAAAAAH94/8vgK-w4BqSA/s1600/homem-formiga-1jun2015-10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-7OjhKlu71Rw/VanOaeRi_GI/AAAAAAAAH94/8vgK-w4BqSA/s400/homem-formiga-1jun2015-10.jpg" width="400" /></a></div>
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Os velhos e complicados problemas que cercam as produções da Marvel Studios ainda estão bem presentes, mas diferente dos últimos filmes deles, a diferença Homem-Formiga reconhece que esses elementos são obrigados a estarem ali, dentro do padrão formulístico do estúdio, mas em compensação eles sabem dosar muito bem tudo, ao ponto de não estragar a experiência de ver o filme em si, mesmo que no fim, exatamente por novos e velhos problemas, não se torne um clássico no gênero.<br />
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As piadas conseguem ser agradáveis sem atrapalhar nem o ritmo nem o desenvolvimento do filme, e especialmente, por ter sido escrito por um comediante, teve algo que a Marvel definitivamente não tem: timing. No único momento em que o humor consegue arruinar uma cena emocional importante, o filme em si tem consciência disso e faz aquela piada se tornar engraçada. Até mesmo o fato de encaixarem a participação de um dos Vingadores, no caso o Falcão (Anthony Mack), não foi nem soou forçada e serviu não somente ao enredo, mas a construção de cenário pro seu universo cinemático.<br />
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Por outro lado, por mais que Hank, Hope e Lang, sejam interpretados muito bem por seus respectivos atores, há a falta de conexão entre eles em relação ao publico. O filme acaba sofrendo o mesmo mal de '<a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2012/04/review-o-incrivel-hulk-2008.html">O Incrível Hulk</a>', de que a necessidade da sequência de ação acontecer acaba acelerando o desenvolvimento dos personagens e por fim enterrando o mesmo. Não que o filme não saiba trabalhar com os momentos emocionais, mas eles servem mais a cena de ação do que ao contrário, como tudo sendo um grande manual de instruções do terceiro ato.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-YgkCgH1Ydas/VanOB5TiAXI/AAAAAAAAH9s/-lClUxSG2CM/s1600/homem-formiga-10julho2015-20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://4.bp.blogspot.com/-YgkCgH1Ydas/VanOB5TiAXI/AAAAAAAAH9s/-lClUxSG2CM/s400/homem-formiga-10julho2015-20.jpg" width="400" /></a></div>
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Filmes como 'Ocean Eleven' e 'Mad Max: Fury Road funcionam bem melhor pois a ação (no sentido de acontecimento, pequeno ou grande) é construída a partir das relações entre os personagens e as necessidades que se tiram a partir daí. O segundo ato se torna uma montagem gigante de treinamento e perde aquilo que fluía tão bem em relação aos acontecimentos do primeiro ato, que somando ao fato do terceiro ato precisar acontecer logo, não permite explorar mais a fundo ou de maneira diferente as relações entre a trinca principal. O relacionamento de Lang com sua Gangue flui muito melhor nesse sentido, de você sentir o peso da história entre eles com o que é mostrado.<br />
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Mas como disse antes, a simplicidade torna esse filme agradável de se ver. É uma história que funciona sendo numa escala menor e isso sim é uma mudança bem vinda dentro dos filmes da editora/estúdio, É focado totalmente sobre a introdução deste personagem e seu objetivo é muito mais pé no chão e consegue ser grandioso nas pequenas coisas (pun not intended), e apesar da relação deles não ser explorada da maneira mais correta, os personagens funcionam.<br />
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Hank Pym é o cientista que sente o peso da responsabilidade de sua criação, e pelo fato de ser um homem de ciência não significa que ele não sabe agir numa briga. Scott Lang é o ladrão de bom coração, que quer realmente uma oportunidade de se regenerar e ser o pai que a filha precisa. Hope tem bastante trejeitos da personalidade da sua mãe, e isso por um lado é ótimo e ruim, já que colocaram Janet em uma "geladeira" subatômica mas exploraram certos detalhes da personagem em sua filha. Vale a pena dar destaque a Kurt (David Dastmalchian), Dave (T.I) e especial Luis (Michael Peña), que não só conseguem funcionar dentro do contexto das cenas de ação mas também são os melhores alívios cômicos nos filmes da Marvel Studios em um BOM tempo.<br />
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Zmk7DldICqc/VanOjrbZJhI/AAAAAAAAH-A/ii84fuLOCbA/s1600/homem-formiga-1jun2015-07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://4.bp.blogspot.com/-Zmk7DldICqc/VanOjrbZJhI/AAAAAAAAH-A/ii84fuLOCbA/s400/homem-formiga-1jun2015-07.jpg" width="400" /></a></div>
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O elo fraco da corrente mora novamente nos vilões. Apesar de respeitarem bastante a personalidade e origens do Jaqueta Amarela, faltou mais espaço não só pra desenvolver a relação dele com os personagens da trama melhor, mas especial o lado psicológico volátil e violento que surge ao se lidar com uma tecnologia que não se conhece. Martin Donovan como Mitchell Carson foi uma adição que deve servir muito mais a "Civil War" e outros futuros filmes do que sua primeira aparição no caso. <br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-oco4xmPUQSI/VanOCE_SAzI/AAAAAAAAH9w/35jiJQzTH0Q/s1600/homem-formiga-10julho2015-22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-oco4xmPUQSI/VanOCE_SAzI/AAAAAAAAH9w/35jiJQzTH0Q/s400/homem-formiga-10julho2015-22.jpg" width="400" /></a></div>
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As cenas de ação merecem um elogio a parte, com a exploração bem feita não somente do 3D mas do fato do personagem poder ficam bem pequeno, além da interação dele com os diferentes tipos de formigas e da tecnologia de Pym, e como isso se paga na grande sequência de roubo. Outro destaque é a psicodélica viagem através do Reino Quântico, que com certeza só foi uma amostra da verdadeira viagem de ácido que 'Doctor Strange' deve ser, além de ser o melhor uso do 3D do filme. E novamente, uma cena solta encerra o filme, enquanto tinha uma cena pós créditos que poderia ter muito bem encerrado o filme de fato, tornando o fim em si bem melhor. E jogar uma cena random de "Civil War" e chamar isso de cena pós credito? Você já foi melhor nisso Marvel...<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lJhto_unByo/VanOBObGKRI/AAAAAAAAH9g/0EXX2wBWWew/s1600/homem-formiga-10julho2015-17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-lJhto_unByo/VanOBObGKRI/AAAAAAAAH9g/0EXX2wBWWew/s400/homem-formiga-10julho2015-17.jpg" width="400" /></a></div>
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No final, o que podemos dizer sobre 'Ant-Man'? Não é um filme excepcional, mas não é um filme ruim, de forma alguma. Tem os mesmos defeitos que a padronização dos filmes da Marvel Studios traz, mas de maneira muito mais branda, sem o exagero nos plots de <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2015/04/review-avengers-age-of-ultron.html">Age of "Ultron</a>"e a síndrome do "me ame por favor" que fez todos os defeitos se multiplicarem por mil como mostrado em <a href="http://caveabovethemansion.blogspot.com.br/2014/11/review-guardians-of-galaxy.html">Guardiões da Galaxia</a>. È sem sombra de duvidas o filme mais equilibrado da Fase 2, mas não necessariamente o melhor filme da mesma.<br />
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<b>NOTA: 7.0</b><br />
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PS: A minha lista de melhores filmes da Fase 2 da Marvel Studios sai semana que vem, se eu tomar vergonha na cara.</div>
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