sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Review: A Hora do Espanto (2011)


Os Garotos Perdidos.Buffy.Drácula do Copolla.Um Drink no Inferno.Blade. Provavelmente você não teria esses filmes se na metade dos anos 80 um cara chamado Tom Holland decidiu ressuscitar os filmes de vampiros, misturando o clássico com a cultura pop da época com o clássico cult 'A Hora do Espanto' que eu já falei por aqui. agora, durante a geração de Twilight, com sua lavagem cerebral feminina e sua completa distorção negativa da mitologia de monstros clássicos, o remake consegue ter a mesma importância e presença do original, relembrando ao grande publico que vampiros de fato querem sangue, não o amor retardado de adolescentes? Continue abaixo.

A premissa da história continua a mesma: Charlie(Anton Yelchin) descobre que seu novo vizinho, Jerry(Collin Farrel), é um vampiro.Mas dessa vez a posição dos personagem é bem, diferente. Charlie agora está com um novo ciclo social de amigos graças ao seu recém relacionamento com a garota popular do colégio Amy(Imogen Poots), o que afasta de seu único melhor amigo até então Evil Ed (Christopher Mintz-Plasse, eterno Mclovin em nossos corações), que suspeita dos assassinatos de colegas da escola que acontecem em sua vizinhança seja culpa da sede de sangue de Jerry.Após o próprio Charlie descobrir o fato, Jerry inicia uma perseguição maníaca atrás do garoto, do qual a única ajuda vem do mágico Peter Vincent (David Tennant, que já tem seu certificado de "sou foda" por ter feito o Doctor Who).

Charlie vive sempre tenso, não somente para tentar deixar a sua vida no momento perfeita do jeito que está, mas pela pressão de ser de certo modo "o homem da casa", já que seu pai o abandonou e ele vive só com sua mãe Jane(Toni Collette), que tem um papel maior neste filme em relação ao original,e ter que lidar principalmente com o fato da aceitação.

Aceitação é a palavra chave do filme.Aceitação de que ser diferente não é necessariamente é ser algo ou alguém ruim, que você você não precisa sacrificar o que gosta pra ser feliz,e aceitar suas fraquezas como modo de crescer.Charlie tem que ser o homem da casa e aprender que crescer requer certos sacrificios que ele tem que aguentar.

Os personagens que apresentam mais diferenças em relação aos originais são Evil Ed e Peter Vicent.Peter é um mágico rico de Las Vegas que tem seu passado ligado aos vampiros, e por conta disso ele se tornou um grande colecionador de artefatos de origem sobrenatural.Evil Ed dessa vez é bem melhor explorado do que o original, como sendo o amigo excluído que encontra no vampirismo a oportunidade de se tornar parte de algo.Jerry também ganha uma origem e funcionalidades menos clássicas e mais aprofundadas em outros estilos de vampirismo e mitologia, mas nada que estrague o resultado final.

O filme no geral consegue ser tão bom e tão importante para o gênero quanto seu original.Tanto que Tom Holland, criador e diretor do original, foi o roteirista desse filme e deixou a história muito bem atualizada, com a tecnologia a seu favor para deixar as cenas mais assustadores.Certas ligações entre Jerry e Peter foram um poucos forçadas,e a ultima cena do filme deu uma impressão de final meio "random" demais, mas não se engane, esse remake foi muito bem feito e merece ser visto com carinhos pelos fãs dos verdadeiros vampiros.

NOTA:9.0