domingo, 4 de maio de 2014

Review: Amazing Spider Man 2


Eu gostei muito o primeiro 'Amazing Spider Man'. Achei que como filme de origem do personagem estabeleceu muito melhor o personagem em si do que o filme lançado pelo Sam Raimi em 2002. E com a Sony, e sua falta de franquias no bolso, está investido toda a sua grana de filmes para fazer p universo do Homem Aranha acontecer e se expandir nas telonas. Apesar de bastante arriscado, por causa de suas limitações sobre o que fazer, o estudo decidiu fazer assim mesmo o seu plano, tendo incio ali no caso com a sequencia do seu ultimo filme de sucesso. Mas como ele se saiu, e como isso pode (ou não) encaminhar o seu futuro? Contém spoilers!

Para começar, vamos a sinopse: É ótimo ser o Homem-Aranha (Andrew Garfield). Para Peter Parker, não há melhor sensação como balançar entre os arranha-céus, abraçando ser o herói, e passar tempo com Gwen (Emma Stone). Mas exatamente o passar o tempo com a mulher que ama tem sido o mais difícil para ele, devido a promessa feita ao Capitão Stacy (Denis Leary) de se afastar de sua filha para não a por em perigo. Com o surgimento de Electro (Jamie Foxx), Peter precisa enfrentar um inimigo muito mais poderoso do que ele. Além disso, seu velho amigo, Harry Osborn (Dane DeHaan), está de volta ogo aós a morte de seu pai Norman (Chris Cooper), Peter percebe que todos os seus inimigos têm uma coisa em comum: Oscorp. E dentro da Oscorp, não há somente a respostas para o misterioso desaparecimento de seu pai, Richard Parker, no passado, mas também as respostas da natureza de seus super poderes e o que isso poderá desencadear em seu futuro como Homem Aranha.


Marc Webb decidiu ainda manter o nível semi-realístico do primeiro filme presente, mas com um tom mais leve, mas ainda com uma identidade própria e especialmente, mais grandioso. è uma sequencia em que tudo fica muito maior, em todos os sentidos. Mas o principal é que o filme se trata sobre Destino, e como ele age. O Destino pode ser cruel, irônico, revelador, mas independente de seus resultados, ele age sem piedade. Nossas escolhas as definem, e nossas escolhas nos levam a caminhos de vida e morte, mas também de renascimento.Como o filme diz, não é como iremos morrer, mas como aproveitarmos a vida enquanto estivermos vivos. Devemos jogar nossas vidas de lado na busca de tentar controlá-la o período extra que temos ou procurar viver da melhor forma possível, do jeito que for, seja próximo das pessoas que gostamos ou não? E será que ao sabermos de certas verdades, elas vão nos permitir seguir com nossas vidas permanentemente?


Peter quer só proteger Gwen dos perigos da sua vida dupla, mas não consegue se afastar dela por ser sua ancora emocional. Ele precisa se importar com alguma, a cabeça dele precisa estar ligada em alguma coisa, ou senão ele fica maluco, além do fato dele não se sentir bem com a ideia de rejeição. Gwen funciona neste caso não só como sendo uma ocupação que vale a pena perder seu tempo, mas também sua cara metade em todos os sentidos, na vida "profissional" como herói e pessoal como sua companheira. E ela quer apenas tocar sua vida, nem que para isso ela se afaste de alguém que ame por causa da incompatibilidade do estilo de vida que ambos levam. E isso é demonstrado quando ela sai com outros amigos, trabalhar e seguir sua vida, enquanto Peter, como Homem Aranha, secretamente a persegue entre uma missão e outra.


E sobre como certos acontecimentos podem nos prender, temos ali Peter encarando os segredo do misteriosos desaparecimento de seus pais. Neste filme finalmente a "história não revelada" é revelada, e se demonstra um ponto importante para o desenvolvimento da trama: vemos o ponto de vista de Richard e May Parker da fuga e da consequente morte dos dois, assim como os segredos por trás disso. Os planos da Oscorp de utilizar o trabalho dele para fins militares geraram uma caça as bruxas ao casal e seus segredos são guardados a sete chaves até que em um momento oportuno tanto para Peter quanto para Harry a verdade lentamente começa a vir a tona. Uma das cenas mais emocionantes relacionadas a isso é da Tia May (Sally Field) chorando com medo de fazer seu filho sofrer, e especialmente se distanciar dela, em relação a suposta verdade por causa do abandono de seus pais em uma fase da vida em que ela tem em Peter como sua unica família restante.


No fim das contas, isso acaba construindo um interessante dilema irônico baseado na nova origem do personagem (do qual as aranhas geneticamente criadas disparam os poderes de Peter Parker). No fim, temos dois filhos presos aos pecados do pai, tendo poderes e responsabilidade a partir disso sendo usados de forma altruísta ou egoístas de certo modo. e a partir de agora, vai usar Nova York como uma mesa de xadrez, com seus habitantes como potencias peões dentro dessa briga, especialmente depois do misterioso Gustav Fiers (Michael Massee) preparar uma lista para o possível Sexteto Secreto. E só para defender algo: os poderes de regeneração do Homem Aranha deste filme não vem do nada - o Homem aranha 2099 também podia se recuperar de ferimentos mais rápido que uma pessoa comum, mas claro que no filme está numa escala provavelmente menos exagerada.


Harry Osborn é um garoto inteligente, mas que procura se isolar das pessoas, do qual o dinheiro pode tudo, menos curar a terrível doença que persegue a família Osborn, que deforma o corpo em uma monstruosidade e priva de seu funcionamento que o mantém vivo. Sem família, sem ter em quem confiar dentro da empresa de seu pai e até a volta de Peter Parker em sua sem amigos, Harry procura um único e desesperado objetivo: sobreviver. Ele não precisa mais ter a necessidade de agradar a unica pessoa em que ele poderia amar, e quando finalmente acha que pode viver, é preso com a ideia de que ele irá morrer em qualquer momento, seja daqui a dois dias ou dois anos. o desespero o leva a medidas desesperadas, mas sua inteligencia salva a sua vida, de certo modo, mesmo que o transforme no Duende Verde. Particularmente gostei muito da interpretação de Dehaan no papel, o personagem realmente afunda no poço e adorei a praticidade da sua roupa.


E por outro lado temos Electro. Um zé ninguém na vida pessoal, um desesperado por atenção, porém competente em seu trabalho, o acaso levou Max Dillon a ter um acidente que, mordido por arraias geneticamente modificadas (junto com uma alta carga de choque), o transformaram num seu de energia viva constante, atuo-denominado Electro. em vez de focar sua vingança na empresa que não só foi responsável pela sua transformação, mas também pelo roubo de seus projetos de uma usina hidroelétrica na empresa, decide culpar e colocar como foco de sua vingança o Homem Aranha, culpando o seu objeto de obsessão por todas as desgraças que aconteceram em sua vida. Curto e grosso: ele é um merda na vida, e quando sua unica e maior obsessão não pode mudar o que ele era e o que ele se tornou, ele achou mais fácil culpar o herói do que, no fundo, a si mesmo. Nunca achei que electro fosse um vilão interessante, e nem que conseguisse ser o tipo de vilão que segurasse um filme, mas eles deram um jeito nisso.


E então nós temos Rhino, feito por Paul Giamatti. Eu nunca achei que Rhino fosse o tipo de vilão que conseguisse segurar um filme sozinho como antagonista, e no jeito que ele foi usado no filme foi a melhor escolha a ser feitam não sendo apenas o vilão que pontua as duas mudança de fase na vida de Peter Parker como herói, mas dando um gostinho de quero mais revelando apenas uma visão de quem é Aleksei Sytsevich, uma pessoa que pensa que músculos e brutalidade ganha sobre o cérebro, e isso é levado ao extremo em sua sensacional roupa mecânica de Rinoceronte. Além disso, o filme tem um nível de ação que realmente torna cada sequencia de luta um grande espetáculo e uma sensacional trilha sonora, daquelas que fica na sua cabeça e que com certeza vão se tornar hits na MTV, feita pelo gênio Hans Zimmer e o 'Magnificent Five'.


Estruturalmente falando, mesmo que o segundo e terceiro atos sejam mais acelerados, eles tiveram a vantagem de ter um primeiro ato extremamente bem construído, que joga todas as informações que você precisa saber e entender o resto do filme. Mesmo que ações aconteçam um pouco espontaneamente, é entendi os porquê das coisas ali. E além disso, temos a química explosiva entre Andrew e Emma que fazem ser uma das principais coisas que prendem o publico, e tornam a morte da personagem, exatamente igual aos quadrinhos, extremamente impactante para o publico não-leitor de HQs, e que como foi dito, entra dentro dos temas do filme: Gwen escolheu ficar ao lado do Homem Aranha, e as consequências se mostram implacáveis, porque dentro da situação, era claro que ela estava em situação de perigo. Como o próprio Electro diz nas propagandas: "se você quer ser um herói, você terá que pagar o preço."


Em contraponto, certas partes forçam a barra, e certos vilões, especialmente Max Dillon, forçam demais  e chegam a ficar caricatos. O mais estranho disso tudo é que, pelo menos para mim, a caricatura de "cientista alemão malvado" feito por Marton Csokas funciona melhor do que Max Dillon, ou pelo menos consegue se integrar melhor ao ambiente do que ele. Mas ao mesmo tempo, o conceito por trás de Max Dillion acaba sendo confirmado pelo Electro e é parte integrante no plano de Harry: mesmo com todo esse poder, ele ainda pensa pequeno. Desligar a luz da cidade e botar vidas em risco é secundário perto de derrotar o herói que o "decepcionou". E também tem força a barra um ou outro momento, mas nada que realmente estrague a experiência total.


No fim das contas, temos um filme em sua estrutura que lembra muito 'Homem de Ferro 2': é bem divertido, expande aquele mundo, corrige muitas coisas mas traz outros defeitos com ele. Por um lado, ele esclarece um monte de duvidas deixadas abertas do filme anterior e explora a fundo o que se passa na cabeça de Peter Parker e o que rola em mundo ao seu redor. Uma diversão que de certo modo ousou em ser descompromissada, mas que faz seus acontecimentos terem um grande impacto no grande publico.

NOTA: 8.0

PS: Maldita internet, tanto fizeram que conseguiram, olha a Mary Jane que vocês perderam!!!! Volta Shailene Woodley!!! Vem ser a MJ, sua linda!!! Não escute a Internet!!!