quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desmembrando o Jogo: Relembrando Jogos Mortais parte 1



Ah Jogos mortais....Você pode odiar, ou pode adorar como eu,mas é fato que ele é a serie de terror mais importante da nossa decada, não só por causa da popularização do "torture porn", mas principalmente por causa que o mais interessante ali dentro muitas vezes nem é as armadilhas, mas a historia que é contada, gerando assim uma das poucas series cinematograficas de terror que tem muitos filmes mas que mantém a sua qualidade equilibrada, essa sim sua grande conquista durante esses anos.

Vamos começar com a filosofia por detrás do negocio. JigSaw não é um psicopata comum. A muitas discusões se ele pode se encaixar nessa categoria. Ele prepara armadilhas que podem te matar, mas desde o começo ele te dá a opção de fazer isso.No fim das contas só você pode se salvar.

A medida que os filmes avançam vemos que há uma grande plano maior sendo formado. Jonh Kramer é o estrategista supremo, sempre preve os passos que as pessoas dão, e calculas as propabilidades ao seu favor.Apesar da comparação ousada, assistir Jogos Mortais é como ler uma historia do Grant Morrison, as partes podem ser boas, mas vendo elas como algo inteiro que vai lhe dar a compreensão de tudo.E chega um ponto que pensando em Saw como algo separado pode lhe parecer que "vai virar Historia Sem Fim", mas tudo ali tem seu sentido e proposito.

Mas vamos falar dos filmes.Saw começou a ser feito a partir de uma ideia dos até então estudantes de cinema James Wan e Leigh Whannell, que não conseguindo prodizir o filme com grana própria em sua terra natal, Australia, foram aos States pra ver se alguem comprava a idea, e a Lionsgate acabou por produzir o filme em um curto espaço de tempo.Alias, muito do estilo do filme, como as fotografias e os cortes acelerados, foram ideias colocadas por causa que não tinha do que mostrar muitas vezes.

No primeiro filme vamos varios exemplos do trabalho de Jigsaw, e todos os personagens tem algo em comum: perca de controle . Dr Gordon poderia muito bem ter se separado antes, ou ter demostrado o amor a familia desde cedo, mas por achar que está no controle pensa que pode domar todos os aspectos da sua vida. O detetive feito por Danny Glover é o outro lado da moeda, do qual acredita veemente que Gordon é o assasino, e a morte de seu companheiro poruma armadilha de Jigsaw o faz perder o controle de sua vida e parte de sua sanidade.No fim das contas,por não manter o controle, eles acabam sofrendo com isso. no fim, Jigsaw se levanta, e a unica coisa que o peão do jogo, personagem do ator/roteirista Leigh Whannell, tem a fazer é o que ele fez toda vida,ver tudo aquilo passar diante de seus olhos e não fazer nada.

No segundo filme, Amanda, personagem da cena icônica da armadilha do urso,volta a jogar, mas dessa vez com uma participação bem maior do que imaginado.Agora temos Jigsaw fazendo parte do jogo, conhecemos sua vida e por alto os motivos dele fazer o que faz.Somos apresentados a personagens importantes, como detetive Mathews e o Agente da SWAT Rigg vivido por Lyriq Bent, que terão papeis fundamentais no terceiro equarto filmes.Mas do que nunca,o segundo filme trata-se de um jogo onde ficar frio é a chave da vitória.Mas é o tipo de filme-catapulta, que apesar de ser bom, serve mais pra ajudar a historia que virá depois, mas nem por isso deixa de ser um filme ruim.Jigsaw prova que sua tecnica funciona, e tem grandes planos pro futuro.Credito para o novo diretor Darren Boussman, nome importante na franquia, que não deixou a peteca cair em nenhum momento que esteve na cadeira de diretor, apesar de ter passado por varias complicações no processo de filmagens.

NOTAS
Saw: 9,0
Saw 2: 7,5

Na parte 2: Love Story,Paralelismos e Legado.