BATMAN BEGINS DAY
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Batman Begins: Os projetos não usados
Para que nós caímos?Pra aprendermos a nos levantar. Uma das frases dentro do filme Batman Begins revela bem seu objetivo:dar uma nova chance ao Morcego nos cinemas.Depois do fracasso e publico e critica com Batman & Robin, vários projetos foram planejados até que “o santo graal” foi atingido.Os projetos não usados,os rumores e minha opinião sobre o filme vocês verão abaixo:
PROJETOS NÃO USADOS
Batman Triunfante (Batman Triumphant): No caso a sequência de Batman & Robin seria ainda dirigida por Joel Schumacher ,e seria a tentativa de voltar ao roots dark do personagem(que poderia ser interpretado por Kurt Russel).Os vilões seriam o Espantalho (possivelmente Jeff Goldblun) e Arlequina(possivelmente Jenny McCarthy ou Maddona,serio!),aqui filha de Jack Napier que decide continuar o trabalho do pai. Uma tragédia envolvendo Barbara Wilson,a Batgirl (os rumores variavam entre morte e aleijamento) fariam Dick Grayson abandonar Gotham e virar o Asa Noturna e a entrada de Tim Drake(rumores fortes falavam que era o Leonardo DiCaprio) como novo Robin,e uma ponta de Jack Nicholson como Coringa na forma de alucinação do gás do medo, Renee Montoya em papel de destaque e a provável volta de Selina Kyle! O roteiro ficou por conta de Mark Protosevich.
Batman do Futuro
Com a inesperada surpresa do sucesso da serie entre os fãs,até o mais xiitas,junto com a onda de modernidade que chegou com The Matrix,obviamente a Warner se mostrou presente e fez um roteiro disso.Na Gotham City do Futuro,o jovem Terry Mcguiness descobre que Bruce Wayne era o Batman e ,decido a se vingar do assassino de seu pai,ligado a empresa Wayne,vira o novo Batman, com uma roupa high tech em um novo bravo mundo.Os boatos diziam que Keanu Reeves iria fazer o papel principal. Acabou tendo um filme em animação seguindo os acontecimentos da primeira temporada, O Retorno do Coringa.
Batman Ano Um
Baseado na revista escrita por Frank Miller, conta o primeiro ano de Bruce Wayne agindo como Batman, tentando limpar as ruas da corrupção e da máfia. Darren Aronofsky assumiu a direção e Frank Miller escreveu o roteiro para o filme,gerando como resultado um filme ultra-violento,e com diferenças em relação ao original,como Alfred ser um mecânico negro, Bruce Wayne ser um sem-teto e o Batmovel ser um lincoln continental com um motor de ônibus.Christian Bale chegou a dar uma olhada no roteiro...Como demorei pra achar essas fotos da produção,vou compartilhar com vocês todas as que achei.Um filme baseado na HQ deve sair em 2011/2012 pela linha DC Universe.
Batman VS Superman
Num mundo onde Bruce Wayne e Clark Kent estão passando por maus bocados em suas vidas pessoais, a única chance de salvação da Terra é se os dois maiores heróis se unirem!Filme que seria dirigido por Wolfang Petersen,caso não tivesse Tróia pela frente. Mesmo com o projeto (por enquanto) na gaveta,o diretor ainda demonstra interesse em fazê-lo.Novamente, Christian Bale foi cotado para fazer o Superman.Teve até um easter egg disso no Eu Sou a Lenda.
E então, Nolan chegou...
BATMAN COMEÇA A SE REEGUER
Chistopher Nolan,diretor muito elogiado por seus filme até então conhecidos,Insônia e Amnésia,conseguiu com a Warner o direito de fazer o filme.Seu ponto de vista até então pareceu conquistar os fãs,afinal,realismo é algo que não tínhamos visto de fato nos filmes do personagem.Dai começaram a surgir os primeiros boatos:Espantalho e Ras Al Ghul seriam os vilões,e o filme se iniciaria com uma caçada ao Dr.Crane pelos telhados de Gotham, e depois partiria ao oriente a caça de Ras,mas até então nenhum detalhe mais profundo.Aí veio a grande sacada,o filme no fim das contas seria um reboot da franquia,dando a oportunidade de reconstruir o personagem da maneira que fosse bom e o mais importante,mostrar algo novo de fato ao grande publico.Apesar de sabermos que os pais de Bruce Wayne foram mortos,e a partir disso ele passa a dedicar sua vida contra o crime,mas nunca isso foi explicado da maneira mais convincente e/ou correta.uma oportunidade de ouro estava aqui.
Mas no fim das contas, quem estaria apto para interpretar Batman e Bruce Wayne,mas de uma maneira mais completa? Não vou me aprofundar muito nas minhas opiniões sobre o que foi feito nos anos 90, mas o que acontecia,e isso era refletido no personagem principal,era que os filmes não captavam toda a mitologia,tudo que era de fato o personagem, só pedaços. Com Christian Bale finalmente escolhido, temos uma atuação em que Bruce Wayne e Batman são realmente um só, e que não precisamos ter pressa pra ver ele colocando a roupa e batendo em bandidos. Continuo a falar sobre isso mais a frente.
Ao passar do tempo,o resto do elenco foi sendo escolhido,mas vou falar aqui dos rumores.Viggo Mortensen,de Senhor dos Anéis,estaria no filme como Ceifador( vilão do Ano Dois), Clint Eastwood faria uma ponta como prefeito de Gotham(e o pior,ele estava interessado!) e quando Liam Nesson foi contratado,foi anunciado como Ras Al Ghul,mas rapidamente desmentido pela Warner,que dizia que ele faria Henri Ducard. No fim das contas, como descobrimos, dentro dos rumores tinha um fundo de verdade...
Bem assim o resto do elenco foi escolhido,sem muitas ressalvas da parte dos fãs (bem, exceto Katie Holmes), e incluindo algumas surpresas bacanas, como Tom Wilkinson como Carmine Falcone. O filme começou a ser gravado na gélida Finlândia, depois iria pra Inglaterra e Chicago,nos EUAsis.A expectativa estava grande em relação de como ficaria o filme. Algo dentro de mim já sabia que dessa vez daria certo, mas ao ver essa foto,meus medos foram embora.A partir desse dia, em Nolan confiaria.
Tive minha fé abalada quando o diretor chamou Heath Ledger ora fazer o Coringa,mas isso é outra história da qual contarei depois...
Batman Begins: O filme em si
Não vou me ater a trama do filme, pois acredito que você é fã de Batman,obviamente deve ter visto o filme até cansar, então me focarei no que o filme é,e o que ele representou não só para a DC, mas pro gênero “nerd”, digamos. Pra começar, o mais obvio, Batman Begins até então era a melhor adaptação do personagem para os cinemas já feito. Seguindo o estilo utilizado pro Superman O Filme, de Richard Donner, conseguiu trazer uma historia fiel,com surpresas, um ritmo inteligente e principalmente um fator essencial para que a nova serie de filmes funcionasse, verossimilhança. A “realidade” proposta no filme não era só de tornar aquela Gotham City e aquele um lugar mais real,mas em especial tornar os personagens reconhecíveis como tal. Te fazer acreditar que dentro daquele mundo aquelas coisas são possíveis e que tem profundidade. O Batman do Nolan não é foda porque é “realístico demais” ou “dark”, é porque consegue criar algo novo sem se desviar da fidelidade daquilo que serviu de base. Alguns entenderam a mensagem, como JJ Abrams no ultimo Star Trek, outros não, como por exemplo Street Fighter: A Lenda de Chun-Li.
Em relação ao personagem principal,uma interpretação completa e competente de Christian Bale. Você não precisa que ele se vista de Morcego pra saber que Bruce Wayne é fodão, e finalmente seus pensamentos e anseios foram explorados ao extremo. Ele sabe que sua raiva pode levá-lo a um caminho contrario que ele jurou seguir,mas graças ao ensinamento de seu pai (tirando Hypolita, as mães não tem espaço no Universo Dc HAHAHAHAHA). Bruce Wayne no começo do filme é uma jóia bruta,precisando ser lapidada. Ele ainda não é o super detetive, mas tem a tecnologia a mãos para quebrar seu galho. Temos mais um Batman em formação do que ele propriamente formado (coisa que já no inicio de TDK você sente a diferença).É um homem querendo fazer diferença em sua cidade corrupta,e isso é muito importante para compreender de fato o personagem.
E também BB mostra que,com uma boa historia, dá pra ter muitos vilões sem perder o fio da meada. Espantalho consegue ser completamente funcional com um dos temas propostos pelo filme (o medo como arma, pro bem ou pro mal),além de Cillian Murphy ter incorporado o personagem de forma tão natural. Uma das surpresas do casting foi Tom Wilkinson como Carmine Falcone, trazendo os mobs que Frank Miller e Jeph Loeb eternizaram, dando um desafio de fato a ser enfrentado por Bruce alem do conceito de sabermos que Gotham é violenta.E pra fechar, todo o segredo sujo pro trás do maior WTF que até 2005 eu tive com filmes de HQ: Descobrir que Liam Nesson no fim das contas era realmente o Ras Al Ghul (tornando assim Ken Watanabe a versão live action do Ubu) foi prazeroso, pois me senti ao mesmo tempo trouxa e feliz por ver que esteve em nossa cara todo o tempo.Ver Ras como a tentativa de novo pai que é renegado por ter idéias contrarias a “tentativa” de novo filho, além de toda estratégia “Padme Amídala” para que a farsa do imortal cabeça do demônio funcione,alem do fato que ser seu primeiro vilão,que permite que o ator se divirta e faça de maneira mais refrescante o papel do cara mal.
Apesar de Katie Holmes ter tentado ser madura, não deu muito pra levá-la a serio como Rachel Dawes. Mas em compensação o resto do elenco compensou e muito! Morgan Freeman pode ter feito o filme por grana,mas nos trouxe um perfeito gentleman como Lucius Fox, Michael Caine equilibrando entre o divertido e o paternal como Alfred Pennyworth (apesar de ainda achar que Michael Gough é o melhor Alfred EVER) e o camaleão Gary Oldman assustadoramente fiel e fisicamente parecido como o então Capitão James Gordon.
E para DC Comics,mudou alguma coisa? Claro! Apesar de resultados demorados e cobertos por um véu de mistérios, na época a Warner também queria mostrar que está fazendo direito e que aprendeu as lições com seu passado triste(na minha opinião,de 2005 até 2009,a DC tem dado uma surra nos filmes da live-action da Marvel, mas isso é outro assunto).A passos lentos, mas firmes,começou a volta dos filmes da editora aos cinemas, culminando ano que vem para ver se a editora consegue botar seu universo de fato nas telas com Lanterna Verde. No fim das contas, Batman Begins vou a volta de um ícone de cabeça erguida em um gênero cinematográfico que ele ajudou a construir e consolidar,provando que historias de quadrinhos podem ser levadas a serio e,principalmente,como símbolo universal se torna adaptável em qualquer mídia.