segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Porque 'The Dark Knight Strikes Again' é um clássico subestimado


Com 'The Dark Knight 3: The Master Race' chegando este mês, decidi sair do lugar óbvio que é falar sobre o clássico seminal de Frank Miller. o ainda inspirador 'The Dark Knight Returns', e decidi comentar sobre sua sequencia, 'The Dark Knight Strikes Again', ou 'DK2' pros preguiçosos (como eu). Assim, como a maioria, eu não liguei muito para a sequência após seu lançamento, apesar a empolgação inicial de quando foi lançada. Mas sempre tinha elementos que eu desejava revisitar porque gostava, mas por preguiça mesmo, eu sempre deixava de lado a ideia. Então, porque estou escrevendo esse texto? Os motivos de fazer isso são dois. Primeiramente, a "geração internet" é uma geração que não leva o peso do tempo em consideração pra que se descubra (ou redescubra) o valor de uma obra. O que é clássico tem que ser clássico instantaneamente, o que é considerado lixo vai ter tabelado assim pelo resto de sua existência. Não há meio termos, e isso é algo que me incomoda profundamente.

O que não significa que tudo se encaixe nesse cenário, mas então chegamos ao segundo motivo: ao folhear novamente a revista, comecei a perceber muitas coisas que, quando lançada em 2001/2002, talvez não tivesse o peso necessário, mas após 2010 tinha uma relevância ENORME. Pequenas, e grandes coisas, que tematicamente, fazem a obra ganhar muito mais significado, e como tal, faz questionar sua importância não só pro legado que carrega mas para o próprio mundo que vivemos e o papel do Batman, e dos heróis em si, em nossa sociedade. Havia evidência ali que tinha algo a ser respeitado.

A história começa 3 anos depois do final do primeiro volume, onde Batman, Carrie Kelley (agora a Catgirl) e a antiga gangue mutante, agora soldados a serviço de Bruce Wayne, decidem sair das sombras e atacar o governo extremamente mão-de-ferro que dominou o mundo. A grande diferença entre os dois primeiros volumes é o escopo, graças a chegada dentro da trama do que restou da Liga da Justiça, e que papel Superman faz naquele mundo atualmente. Os super heróis são mera lenda hoje em dia, ecos esquecidos do passado, marionetes do governo que fazem o serviço que eles esperam que façam pois tem algo de muito próximo e pessoal a perder.


O governo controla informações sobre tudo e todos, onde o papel da presidência é, figurativamente e literalmente, holográfica perante outros membros do partido que colocam seus interesses corporativos na frente dos interesses do povo, representado por ninguém menos que Lex Luthor. E por eles, há varias armas ao redor do globo como tendo alvo o planeta, caso suas jogadas politicas precisem de força bruta pra se fazer valer. Enquanto houver a repetição cíclica de problemas e soluções acontecendo, haverá lucro, e oprimindo todos que sejam contra, não tem como fazer a maquina parar de girar. Como o próprio Lex diz em um momento "liberdade de expressão é ótimo quando ninguém está olhando." Pode-se até tentar reclamar do governo, mas você vai estar pronto quando ele ouvir e se voltar contra você?

É interessante notar como o jeito que a informação é transmitida e o que difere entre as duas primeiras partes de 'Dark Knight'. Se o primeiro mostra um ritmo bem mais lento, e televisivo, o segundo mostra já a velocidade da internet agindo, com um fluxo incontrolável de notícias. Se o primeiro ainda dava pra desviar a atenção do verdadeiro problema (até que seja tarde demais para ser escancarado), no segundo a internet é usada tanto para manipular quanto para escancarar a verdade na mesma super velocidade. Mas a maior diferente entre 'DK1' e 'DK2' nesse quesito é que, se no primeiro tínhamos as opiniões selecionadas do povo em segundo plano dando combustível as discussões entre repórteres e especialistas no campos discutidos eram  o foco, isso se perde, pois com a internet, qualquer um pode ter voz. E nem todo mundo acaba sendo um especialista, e muitas vezes os ditos soam nada profissionais, ou corretos, a partir das informações que agora temos acesso.


Além disso, temos diferentes variações de fontes de informações, direcionada a um publico específico ou amplo, ou dentro de sua especificação relatar sobre um evento aberto devido a sua grandiosidade. E com o esquema usado por Miller, com quadros rápidos focando no rosto das pessoas, numa velocidade constante e troca de fases curtas, não tem como dizer que sim, Miller de certo modo previu a chegada do Twitter uns 7,8 anos antes de sua existência. E se ao mesmo tempo nós podermos falar tudo, também podemos esconder nossas identidade. E dentro desse processo todo, a TV acaba cada vez mais se distanciando como mídia principal para se adquirir e compartilhar informação, chegando ao ponto de um jornalista perder o controle de seu programa, do qual teve todo seu formato modificado com a invasão, e subsequente discussão entre o Questão e Arqueiro Verde, num ritmo muito mais parecido com o reply da internet do que o esquema televisivo em si.


E aí tudo volta ao Batman. Ele é fruto de um problema social, violência, violência gerada a partir de decisões governamentais que talvez (ou não) tivessem dado essa pessoa a seguir um caminho mais nobre e digno. Talvez a ilusão do glamour de uma vida bandida, alimentada pela própria ineficiência do governo e as autoridades oficiais, também leve outras pessoas por esse caminho ruim. É a cultura do medo instaurada, seja como inimigo ou como arma do inimigo ou utilizada contra o mesmo. No primeiro volume, tínhamos uma cidade que, pela ausência do Batman, estava mudando, ficando cada vez agressiva e descontrolada. Batman, sendo afastado a força, tanto pela morte de Jason Todd quanto pelo trato feito entre o governo e a Liga que afasta do heróis de suas atividades, decide que o mundo precisa de heróis, pois nós, como humanidade, não conseguem se concertar sozinhos. Estão assustados demais pra isso e precisam de uma figura que forcem uma mudança.


Mas aquilo era parte de um processo que gira e para no mesmo lugar: a culpa é do sistema, alimentado pelo governo e pelas industrias ligadas a elas. Batman, entre outras coisas, é perceber que cada individuo tem o poder para mudar o mundo ao redor. Mas estávamos num sistema que antes dificultava isso, como agora nos deixa catatônicos sobre nosso controle, pois dentro do mundo de 'DK 2', estamos ocupados, e alienados demais, em manter o equilíbrio construído numa fundação duvidosa. Se antes era a medo e opressão, agora é sobre os poderes que deixam esse medo nos dominar, e reprimir. E Batman tem O Grande Plano em 'DK 2' para trazer de volta o poder ao seu povo, e legitimar o que ele mesmo representa: você quer mudança? Comece consigo mesmo.

Sim, estou consciente do conservadorismo de Miller, e de como isso acabou atingindo a si mesmo ao se dizer contra o movimento 'Occupy Wall Street' num texto que, se não me confirmassem que era real, poderia jurar que era uma caricatura para fins cômicos. Mas mesmo assim é engraçado ver como um movimento semelhante é uma das raízes principais da história que Miller conta. Com a volta dos heróis, o status quo do publico muda, colocando eles no lugar dos grandes salvadores da sociedade, no lugar do governo. E no processo, estrelas pop baseadas em heróis do passado, chamadas Superchix, se tornem o alvo politico que desvia a atenção do verdadeiro problema, que é o Batman destruindo os pilares e atrapalhando os interesses do governo.


Exatamente num mega-evento feito exatamente para protestar contra a prisão das Superchix em Gotham que Batman aproveita e, em suas palavras, transforma um modismo em revolução, garantido soldados, que lutam ao lados dos heróis, pelo direito. mas como todos sabem, o 'Occupy' foi uma manifestação pacífica, e que no final das contas, o crescimento do movimento como um modismo, especialmente online, diminuiu a força daqueles que estavam realmente lá fazendo acampamento nos locais de fato. O que Miller faz, é pegar uma policia que só sabe responder com violência e medo, que se desespera quando é desafiada o seu poder, e militarizar exatamente esse modismo, transformando o protesto pacífico em batalha de fato, numa juventude que, dentro do contexto da história, tem o poder que usar fogo contra fogo.

E algo que é interessante analisar sobre as Superchix é como elas se comportam da mesma maneira que hoje em dia os super heróis são (palavra chave) vendidos. Uma reação que ganhou bastante força após o 11 de setembro foi exatamente a necessidade em nossa sociedade de heróis, para suprir todo o horror causado pelo evento. Precisávamos de algo a nós apegar que no fim das contas, tudo daria certo. mas ao mesmo tempo que tínhamos as imagens de homens e mulheres salvando o mundo de catástrofes feitas ou não pelo homem, havia a maquina do merchandising. Havia os brinquedos, games, filmes, e todas as franquias construídas ao redor de um conceito que, pra muitos, é puro, e de fato é intocável.

E isso nos leva as questões discutidas entre elas mesmas, e o tipo de papel que esses heróis, por via dos games, filmes, animações e seja o que for, realmente representam: estão ali por puro escapismo e lucro, ou estão ali para nos fazer pensar sobre o mundo ao redor? Poderia haver um equilíbrio entre as partes? As Superchix fazem parte disso, e demonstram seus pontos de vista que tornam elas mais do que uma simples 'girl band', valor esse também que os filmes baseados em quadrinhos de certa maneira ainda brigam para serem considerados sérios como tal.


Frank Miller tem plena consciência de que seu Batman é uma figura conservadora, dentro da visão politica americana. Ele está num ciclo onde ele depende do medo alheio para fazer justiça, pois assim ele diminui momentaneamente a sua sensação de medo. E medo é a palavra chave da relação entre os personagens aqui. Carrie tem medo não ser boa o suficiente. Superman, especialmente, tem medo de todo seu esforço e sacrifico seja em vão, especialmente em relação a Kandor e os últimos sobreviventes de Krypton. Medo é a arma de Brainiac, assim como violência, força bruta, é a arma de Luthor. Força bruta, não direcionada, que Batman pegou desde o 'DK1', e põe em direção a um alvo que merece apanhar. Não só com os Batboys, não só com os últimos Thanagarianos, mas dessa vez até mesmo com os heróis clássicos. Mas esse ultimo caso vai ser explorado mais a frente.


Alias, medo é o fator que gerou uma das brilhantes sequencias da terceira edição, mostrando Satúrnia tendo visões e transmitindo claramente a tensão e terror da situação que a Catgirl viria a passar. Essa sequencia, assim como a ida de Batman para salvar Carrie de seu misterioso algoz (vamos falar mais na frente sobre isso) mostra o poder de Miller em dobrar o tempo, mostrando que, independente das opiniões dele fora de seu trabalho e da mudança polêmica de seu estilo de arte (que, numa analise feita por Kurt Busiek, tem bons motivos pra ser do jeito que é), ele ainda é um artista que merece ficar de olho.


Mas 'DK 2' não é só uma história sobre o Batman, mas também abre espaço pra ser uma história do Superman. Se em 'DK1' ele era uma presença afim de fazer contraste com o Batman, no segundo ele está ali para ser julgado. Superman se torna o principal "agente disfarçado", resolvendo as escondidas todos os empasses e emergências da qual os recursos do governo não poderiam lidar. Ele está mais velho, mais fraco, e a mercê de seus inimigos. E em sua volta triunfante aos holofotes, tentando em vão salvar Metropolis, ele para, refletindo claramente a tristeza do personagem na expressão em seu rosto, até que o Homem de Aço é finalmente derrotado, e Metropolis é deixado as cinzas. O Planeta Diário é atingido, e ali, Lois, Jimmy, Perry, todos morrem. Superman escolheu sacrificar uma raça sobre a outra e pagou um preço muito alto. Aos olhos do publico, Superman, e em especial, sua filosofia foram derrotadas. Não tem como não fazer isso um paralelo ao 11 de setembro, mesmo que a presença de um ataques desses a cidade seja a principio pura coincidência. Miller, morador de Nova York, estava trabalhando na revista durantes os ataques, e isso gerou um óbvio impacto ao artista.


No fim, a alegoria se torna fato, com Superman, e seus valores americanos devidamente representados, completamente paralisado e imune ao ataque estrangeiro (ou nesse caso, extraterrestres). Não há negociação, não há boa ação e um sorriso no rosto que resolva. Eles não são confiáveis, eles não são boa gente. Os caras maus venceram. É claro pra qualquer um que Batman superou Superman em níveis de popularidade, e a explicação vai bem além do fato de "porque o Batman é melhor". É um problema em vários níveis, porque basicamente, Superman ficou protegido dentro de uma bolha onde ele não poderia ir além daquilo que lhe foi definido pois ele foi colocado dentro de um pedestal. Batman teve muito mais elasticidade de ser explorado de diferentes formas e maneiras, o que permitiu diferentes versões do personagem fizessem pensar sobre o mesmo e sobre como recolocá-lo daqui pra as gerações posteriores.


Até com a Mulher Maravilha o caso é o mesmo. Apesar de (infelizmente) não ter tantas adaptações quanto o resto da Trindade, a sua importância dentro da história dos quadrinhos vai sempre fazer Mulher Maravilha questionar o ambiente em que viver e contar histórias que a tornam relevantes dentro daquela sociedade. Eu já falei bastante sobre comentando 'Man of Steel', e numa década onde finalmente se permite pluralizar o Superman, é fácil encontrar em qualquer sessão de comentários pessoas resistindo fortemente a demorada porém inevitável, contextualização do personagem para a época que se vive, não para a manutenção da memória do que aquilo se lhe convém ser o certo.

E isso nos leva a pergunta: dentro do contexto de 'DK2', para que servem os heróis? Antes eles eram lendas, que não somente salvavam nossas vidas, eram símbolos a serem seguidos, que ditam regras sobre como nós deveríamos se comportar e até onde poderíamos chegar como indivíduos. Mas dentro do Batman de Miller, e no que é mostrado aqui, eles perceberam tarde demais que eram partes do problema. Que tudo que faziam era parte de um ciclo vicioso, que se auto sustentava neles mesmos. O governo percebeu isso, assim como Luthor, e machucou exatamente onde machuca: seus pais, filhos, amigos, aquilo que é seu elo com a humanidade. Novamente: medo e violência.


E com isso, os deuses aprendem a sentir dor, a sentir medo, e o único grande herói consciente da dor e do poder disso é o Batman. E para atingir o objetivo principal de salvar a terra, os heróis precisam agora agir que nem o Batman. Então, riddle me this: o que acontece quando todos os heróis começam a agir que nem o Batman? A necessidade de um Batman termina. E meta-contextualmente, tanto Batman quanto Miller estão cientes disso. Não só porque os dias de Bruce Wayne estão contados dentro da trama, mas que o próprio personagem percebe a necessidade de mudança. Ele percebe que evoluir e adaptar é uma necessidade, necessidade essa que o Superman, também dentro da trama e de maneira metafórica, não consegue enxergar.

Temos vários elementos que indicam isso, como o fato da Robin ter virado Catgirl, não só pela afirmação de alguém a ser tratada de igual ao Batman, mas também pelo próprio reconhecimento da maturidade- mesmo que precoce. Temos o Asilo Arkham, um eco do que já foi um dia, recheado de vilões perdidos dentro de si, presidiários canibais sendo alimento de uns aos aos outros, numa antropofagia literal e lírica, já que, pra Miller (em uma afirmação a muito tempo dita) perdeu a graça de botar o Batman enfrentar o Pinguim ou o Charada enquanto "ele deveria ir atrás de coisas mais sérias" dentro da visão politico-conservadora dele. Mesmo no fim das contas deixando de lado o Batman para manter a "integridade" de seu trabalho no finalizado 'Holy Terror', as sementes do que iriam vir depois dentro do trabalho de Miller estão aí.


Mas há um ultimo, e mais importante elemento da trama que reforça essa questão. A presença de Dick Grayson, que graças a modificações genéticas de seu corpo, não pode morrer (não das maneiras habituais, pelo menos). Além disso, ele conseguir mudar seu rosto para de qualquer pessoa, nesse caso de outro elemento crucial que torna o Batman como tal: o Coringa. Fazendo uma pilhas de corpos até chegar na Catgirl, onde o frenesi de ódio se mistura com a paixão de uma vida que não pode ter mais. E quando afunda Robin no vulcão estrategicamente localizado debaixo a caverna, leva toda a Batcaverna junta. E questionado sobre seu legado afundando na lava, ele responde que era tralhas, objetos sentimentais de "quando era velho". Até mesmo a escolha de usar o mesmo balão redondo de Bob Kane utilizava, mas diferente do Batman jovem e impotente que aparecia ali, um Batman idoso e extremamente surrado, torna esse momento um dos mais genais de todo o trabalho de Miller com o personagem. Ele estaria livre pra fazer, e ser, o Batman que quiser.


Mas a questão também pertinente a jornada do Batman é, que tipo de mundo vamos ter agora e que tipo de herói o mundo precisa? Como Superman questiona no fim, olhando para sua filha Lara "O que vamos fazer com nosso mundo?" Superman, como mostrado na revista, respeita a visão de seus pais, mas a situação mostrou que ele precisava mudar de abordagem. Como o próprio Miller comentou sobre, o desenvolvimento disso está em 'DK3', mas agora sabemos que a resposta disso mora na cidade engarrafada de Kandor. E também sabemos que seu moradores, também criados numa cultura de medo, tem a mesma soberba e superioridade Kryptonianas que acabou condenando seu planeta a destruição. Eles não tem a mesma criação e filosofia do Superman, o que impede que eles agem diferente do Homem de Aço? E que Batman e Superman vão lidar com essa situação, com um Batman que pode ser o que quiser e um Superman mais aberto a usar a força? Como a Garota Maravilha fala em resposta as expectativas da Bat-Garota de um futuro melhor: "Isso é tão Era de Prata!" Se não tem como voltarmos a esse tempo, para onde nós iremos?


O ritmo que a trama percorre é bem diferente do anterior, assim como as escolhas polêmicas de arte (que tem seus motivos para serem desse jeito, como já comentado aqui) e colorização (que não dá pra defender de forma alguma), mas de certo modo se encaixam dentro da proposta da trama. O futuro chegou, e ele não é limpo e cristalino como imaginávamos, ele é sujo, tem seus excentricidades, e pulsa cores e imagens pra disfarçar a mediocridade da vida. 'The Dark Knight Strikes Again' definitivamente não é o primeiro, e isso é uma vantagem no sentido que não dá pra se recriar o que foi feito originalmente, mas é uma obra que surpreendentemente envelhece muito bem e demonstra que, por linha tortas (pun intended) no fim das contas, ele ainda consegue transmitir uma reflexão de mundo interessante de se ler, mesmo que ele fique cada vez mais ácido e explicito com o tempo.

'DK2' demonstra a ainda presente relevância de Frank Miller para os quadrinhos e o personagem, mas também ajuda a explicar como o indivíduo, no pessoal e profissional, se tornou a pessoa que é hoje. Agora, estamos prestes a não só ver ele de volta ao mundo que criou, mas pela primeira vez ter alguém ao seu lado no processo criativo (no caso Brian Azzarello), assim como também uma expansão de fato da antiga 'Terra 31' (e dentro dos Novos 52 sem especificação - ainda). Frank Miller ganhou um mundo novo para chamar de seu, e por mais que critiquem, é inegável a curiosidade de saber o que vem a seguir (isso se DK4 for de fato uma realidade, pois querer não é poder). Mas enquanto 'The Master Race' não chega, vale apena não só relembrar o primeiro, mas também redescobrir que, apesar dos pesares, o segundo também tem seu valor.