sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Uaréview: Rubber de Quentin Dupieux


Publicado originalmente em: http://www.uarevaa.com/2010/10/rubber-de-quentin-dupieux.html

Uaréview
Por Monitor

Qual é o sentido da vida? E para um filme, qual é o sentido de sua existência? Você espera encontrar o sentido da vida assistindo um filme? Um filme tem que trazer a verdade de tudo ou principalmente, precisa ter sentido para existir? Rubber, como filme, não tenta responder essas perguntas mas faz você questiona-las de uma maneira divertida e sem pressão.


Bem,qual é a historia de Rubber? O mote principal é de um Pneu de carro vivo chamado Robert, com gostos, emoções, sentimentos e personalidade psicopata que consegue liberar seus poderes telecinéticos para matar pessoas. Mas o filme vai além disso. Temos os telespectadores vendo todos os acontecimentos do filme, nos representando dentro da tela com certas espectativas de quem está conhecendo aquele mundo pela primeira vez. E temos os policiais, a serviço do "chefão" (ou aquilo que poderia considerar o diretor) que querem que os telespectadores acabem de ver o filme para poderem voltar a viver de fato suas vidas, e se libertarem de seus personagens bidimensionais enquanto a historia rola.

Claro que como todo psicopata, Robert tem origem e porquês de fazer isso. E uma bela vitima em potencial. E um publico sempre sedento de conteúdo, de opinião, de tudo. Assim como os atores que fazem de tudo para que o processo acabe o mais rápido possível com o numero mínimo de mortos e feridos, para poder em viver de verdade fora as telas. O pneu poderia muito bem ser substituído por Rutger Hauer em "A Morte Pede Carona" ou qualquer outro personagem do gênero de road movies de suspense, mas ao mesmo tempo porque não escolher um pneu como protagonista? Nessas horas é que vejo o "gênero trash" (porque erroneamente muitos classificarão o filme assim) porque a partir do absurdo e do ridículo tem muitas possibilidades de falar algo sobre o nosso mundo e a nossa vida, mas de uma maneira menos chata.
No caso Rubber se assume como filme sem sentido e se trata como homenagem a essa coisa sem sentido que é viver. Afinal os filmes só existem porque queremos ver historias na tela que nos traga alguma emoção, seja ela qual for, assim como filme quer que seu objetivo, que é acima de tudo contar uma boa historia. Rubber é um ótimo filme, e uma aula de cinema não didática que você acaba aprendendo mais do porque de se fazer e existir filmes do que numa sala de aula.


NOTA: 9,5

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Desmembrando o Jogo: Relembrando Jogos Mortais parte 2


Antes de mais nada,veja a primeira parte aqui.

Chegamos a segunda parte do especial sobre Jogos Mortais, e agora em termos cronológicos chegamos a um ponto crucial da história, já que nessa parte poderemos considerar como o "meio" da saga. Jonh Kramer agora está no bico do corvo e precisa de ajuda urgente se quiser se manter vivo por mais algum tempo. Jogos Mortais 3, pra mim, é o melhor filme da cinessérie como também é um dos poucos filmes românticos de terror/suspense de verdade, sem as boiolices do Prepucio.
Explico: vemos toda hora em cena um tom bem mais pessoal do jeito em que Amanda(Shawnee Smith no auge da beleza e na sua melhor atuação na serie) e Jigsaw se relacionam. Mas não é um relacionamento fisico, mas completamente sentimental, já que Jonh a salvou e de certa maneira conseguiu tirá-la de um caminho bem pior do que está hoje.E ele, como veremos mais a frente na parte 3 deste especial, tem motivos para se apegar a ela além do fato de ser o primeiro "teste" que deu certo.Ele tem afeição a ela, porque de acordo com sua filosofia de vida, perdoar também faz parte.E o perdão vai ser explorado na trajetória de Jeff (o grande Angus Macfadyen)e Lynn (Bahar Soomekh).
Jeff vive a sombra da morte do filho, enquanto Lynn não aguenta a pressão de manter sua familia unida e procura conforto em medicamentos e no amante, que também quer que ela tome uma atitude em relação a sua vida.Enquanto Jeff tem que aprender a se desprender do passado (essa idéia será importante quando a ultima peça se encaixar, esperer a parte 3 do especial), Lynn reaprende a viver quando tem que manter JigSaw vivo, senão sua cabeça explode, literalmente. Mas Kramer construiu tudo isso para que Amanda seja testada, já que por causa de sua loucura e traumas, ela constroi armadilhas sem chance de sobrevivência, deturpando o trabalho dele. Mas Amanda não entendeu os movimentos que insinuavam que aquilo é um jogo, e com a ajuda de uma misteriosa carta (isso vai ser imp..ah, vocês entenderam) ela cede a pressão e acaba fazendo merda.No final,Jeff mata Amanda,e na sua ultima jogada, Jeff acaba matando Kramer,que faz a cabeça de Lynn explodir e faz que ele não descubra onde está escondida sua filha.

Em Jogos Mortais 3, somos apresentados ao detetive Hoffman(Costas Mandylor), personagem que seá de extrema importancia daqui pra frente, que é amigo do policial Rigg (Lyriq Bent),e ambos serão personagens principais de Jogos Mortais 4, ultimo filme com Darren Boussman na direção, com muitos problemas de gravação,talvez pelo fato de estar gravando simultaneamente Repo! the Genetic Opera.Apesar de na época de lançamento não ter curtido muito o filme (por te dar a sensação de "Historia Sem Fim")hoje em dia revejo ele não só como um bom produto mas peça essêncial para o quebra cabeças criado.
Rigg não consegue aceitar que a pessoas, as vezes, não podem ser salvas.E ele procura já a seis meses o rastro de Eric Matthews(Donnie Wahlberg),que como vimos em Saw 3 conseguiu escapar da corrente, espancar Amanda e ficar com seu final em aberto. mas eleé aprisonado pelo misterioso segundo ajudante de Kramer, já que deduziram que Amanda nem Kramer, nas portas da morte, poderia fazer certas coisas.Então Rigg é submetido a jogar o jogo,mas não como vitima, mas espectador/condutor, fazendo que os criminosos que joguem façam suas proprias escolhas, enquanto Rigg tenta não interferir.Enquanto isso, os agentes Strahm (Scott Patterson) e Perez (Athena Karkanis) investigam os passos de Rigg,atual suspeito por trás do desaparecimento de Hoffman, que está numa armadilha junto com o moribundo Matthews, além de conhecer sobre a origem de Jonh Kramer e os motivos mais profundos e dramáticos que o levaram a fazer o que faz, graças as informações dadas pela ex-mulher de Jonh, Jill (Betsy Russell).

Jonh Kramer e Jill prouram ajudar as pessoas numa clinica de reabilitação numa area violênta da cidade.Jill estava gravida,e no momento em que um desses viciados tira a vida de seu bebê,Kramer fica extremamente abalado,e depois de descubrir o cancêr e o acidente de carro, ele muda completamente e começa a praticar seus jogos, naquela que considero uma das melhores armadilhas da serie.Jigsaw respeitava o poder do controle que nos é dado, mas como percebeu, as pessoas não querem ter que controlar seus destinos, e não dar valor asvidas que vivem,então ele vai virar o "professor" dessas pessoas.Atenção nas cenas do hospital, varias participações bacanas de antigos jogadores da serie estão por lá.
No fim, varios personagens do passado de Rigg, Hoffman e Jigsaw são correlacionados, levando até a fabrica abandonada Gildeon(nome do filho morto), onde temos a confirmação que Saw 3 e Saw 4 se passam no mesmo periodo de tempo.E no fim das contas, Rigg não passa no teste, não consegue salvar Matthews da morte e temos a revelação que Hoffman é o segundo aprendiz de Jigsaw.Então temos dois jogadores em que lutam pelo legado de Jonh. Já descobrimos que foi Hoffman que escreveu a carta que deixou Amanda completamente abalada, e que Strahm, que estava perseguindo Rigg, fica preso em na sala em que Jigsaw morre.Como a primeira cena do filme cronologicamente é a ultima, sabemos provavelmente que todos serão encontrados na sequencia, mas o que ele diz no começo/ final do filme será muito importane pras proximas partes (tradução livre abaixo):

"Você sente que tem agora o controle, não é? Você acha que se livraria do teste. Eu prometo que meu trabalho vai continuar. Que me assegurei disso. Ao ouvir essa fita, alguns vão assumir que este é o fim, mas ainda estou no meio de vós. Você acha que acabou só porque eu estou morto. Não acabou. Os jogos apenas começaram."


Notas
Saw 3: 9,5
Saw 4: 8,0


Na parte 3: Trabalho de detetive, Era Hoffman e juntando o quebra-cabeças.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Uaréview: Scott Pilgrim contra o Mundo


Publicado originalmente em: http://www.uarevaa.com/2010/10/scott-pilgrim-contra-o-mundo.html

Uaréview
Por Monitor


Até quando o hype deve ser levado a serio? Até quando um certo movimento deve ser levado a serio e seguido? Alias, quando surge e o que faz você seguir/curtir algo? Um tiro no saco.Pra mim, ler a revista de Scott Pilgrim é tão agradavel quanto levar um tiro no saco, MAS a adaptação tem um elenco bacana e um dos melhores diretores vivos(alem dele ser um dos meus favoritos) Edgar Wright. Afinal, a esperança é a ultima que morre, e quem sabe o filme melhora a revista como aconteceu com Kick Ass...


Bem vamos a historia. Mesmo antes de ser adaptada as telonas, Scott Pilgrim já tinha a cara do Michael Cera: Baixista de uma banda de rock e mantendo uma relação com uma garota mais nova para esquecer um relacionamento passado, Scott Pilgrim (Michael Cera) encontra o amor da sua vida na forma de Ramona Flowers(Mary Elizabeth Winstead, falarei sobre ela depois), americana que se mudou para Toronto, Canada. Scott decide que tem que conquista-lá, mas para isso terá que enfretar 7 ex namorados dela. Até aí, se parece bem com aquilo que aprendemos na faculdade Michael Cera de Atuação:


Mas qual é o diferencial? Alem da grande presença da influência dos games, mangás e animes, também temos a presença de musica alternativa,e varias bandas undergorund, além daquelas criadas para o filme/HQ, como o Clash of the Demonhead.E aí que está O problema principal de Scott Pilgrim, não importa a midia.È um filme de nicho, de um publico especifico para um publico especifico.Por muitas vezes nem a presença forte da influência de games classicos não ajuda a te conectar com história, caso você não seja um indie, mulher e Scottaholic, não necessariamente os três, não necessariamente nessa ordem.
Alguem percebeu que ele não se parece porra nenhuma como Scott da revista?

O relacionamento de Scott e Ramona, assim como qualquerum na vida real, tem altos e baixos.E francamente, chega uma hora no filme que isso que assistir isso fica um saco.Aí que entra o melhor personagem da HQ/Filme, Wallace Wells(feito pelo irmão do Macaulay Culkin, o competente Kieran Culkin), o gay que é amigo de Scott ao mesmo tempo que o utiliza como sua personal bitch, esculachando e mostrando o quanto ele é bundão, mas não fazendo isso por mal, mas para fazer Pilgrim acordar e perceber o quão mané ele está sendo.

Mas além de Wallace e Mary Elizabeth Winstead , a grande atração do filme são as batalhas, muito bem feitas, e com uma ótima escolha de elenco pros 7 ex-namorados do Mal.Destaque para a cena final,contra o final boss Gideon Graves(Jason Schwartzman, de Bored to Death), o vegetárino Todd Ingram (Bradon Routh, provando de vez que melhorou muito como ator) com a participação inesperada do punishero e fodão-sem-oportunidade-de-demonstrar-isso Thomas Jane, o catfight de Ramona com Roxy Richter (Mae Whitman) e a batalha contra Lucas Lee, já que Chris Evans sempre consegue ser engraçado (mas acho bom ele parar com isso em First Avenger...)

No fim das contas, como disse acima, Scott Pilgrim é uma historia,não importa a midia, para um grupo especifico.Talvez seja por isso o motivo de seu fracasso nos States, ao mesmo tempo que a movimentação dos fãs para que o filme seja exibido para todos o elevou ao status de filme cult.Mas em especial, temos que dar credito a Edgar Wright, que conseguiu fazer um filme que de uma maneira ou de outra vai te divertir, seja pelo conteudo geral (caso você seja um fã HC) ou só em partes espeficas (mesmo que as outras partes sejam uma chatisse sem fim).Mas seja acompahando de fora, ou vivendo naquela mundo.o filme é interessante o bastante para ser assistido na telona, apesar de ainda não ser grandes merda.Foi um tiro no saco menos dolorido do que ler a HQ.

NOTA:5,5

PS 1:Você começa a se sentir realmente velho quando só você e uma outra pessoa numa sessão lotada ri descontraladamente da citação de New Kids On The Block


PS 2: È raro eu ficar altamente bolado por causa de uma mulher, mas toda vez que vejo Mary Elizabeth Winstead penso MEU DEUS COMO ESSA MULÉ É GOSTOSA!






terça-feira, 26 de outubro de 2010

Short Reviews: JLA Crises of Two Earths e Superman/Batman Apocalypse


Bem, esse fim de semana finalmente pude comprar e assistir os filmes da Dc Universe que saiam esse ano matando meu atraso.Como achei Under The Hood o mais impactante dos 3 (por motivos que explicarei mais detalhadamente em um full-review), falarei rapidamente sobre Liga da Justiça: Crise nas Duas Terras e Superman/Batman Apocalypse. Mas os 3 tem um detalhe em comum: que todos os filmes mantem um grande padrão de qualidade.

CRISIS ON TWO EARTHS

-Mostra a equipe bem no inicio da Liga mesmo,e o filme todo fala da necessidade de um mundo ter herois,e porque lutar por isso, assim como seus ganhos e sacrificios.

-Como Bruce Timm havia dito, o Sindicato do Crime é literalmente o que seu nome diz, como se fosse uma gigante mafia siciliana de Super Herois.Tudo muito bem estruturado e funcional, francamente uma mudança que seria bem vinda nas Hqs...

-O bacana também é ver as participações das versões paralelas de outros personagens, inclusive da versão evil da Familia Marvel, que ganha destaque em uma das cenas de ação.

- Owlman é um fantástico personagem, mas achava que James Woods iria roubar bem mais a cena.A surpresa fica por conta de Willian Baldwin, com seu Batman soturno e humano nas atitudes e na voz, com varias cenas que mostram de maneira durona o seu lado humano, principalmente algo que ele faz no final que achei bacana pacas.

-Achei que Lanterna Verde e seua contraparte do mal ficaram meio sem ter participação de fato na historia, tirando nas cenas de ação.

-No fim,acaba sendo um filme com mais ação e menos papo do que A Nova Fronteira, mas ainda sim um ótimo filme da super-equipe.

NOTA:8,0



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SUPERMAN/BATMAN: APOCALYPSE

-O filme é tão bacana que nem parece seruma adaptação de uma historia mediana do Midas Reverso Jeph Loeb.

-A Supergirl não está demais só porque está altamente sexualizada pelo traço do falecido Michael Turner (curtia as artes dele), mas também porque Summer Glau deixa a personagem simpática, inocente e atraente ao mesmo tempona sua busca de um lugar no novo mundo.

-Andre Braugher fez um ótimo a trabalho como Darkseid,e as sequencia de luta da Big Barda e Mulher Maravilha contra as Furias foi muito bem coreografada.

- Batman aparece bem menos dessa vez, o filme fica mais predominantemente ficado no Superman.Mas não signifique que ele não tem seus momentos, em destaque quando ele encara Darkseid (mas não o enfrenta como na HQ). Alias o filme é bem diversificado em relação ao foco de seus herois e vilões, mas sem ficar bagunçado, todos se interagem com todos.

- No fim das contas, acaba sendo um filme melhor, mais enxuto e mais leve de assistir do que Inimigos Publicos.

NOTA: 8,5



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Review: Lost Boys 3 The Thirst


Certas franquias sobrevivem porque os fãs sabem do potêncial bacana que aquilo tem pra se expandir.Apesar de certo preconceito quando esse tipo de franquia se expande, as vezes o resultado pode ser satisfátorio, sem querer comparar com o classico criado, mas funcional como produto/franquia propria. Depois da porcaria que foi The Tribe, Corey Feldman decidiu fazer um filme bom de Garotos Perdidos. E chamando o diretor Dario Piana( do bacana Deaths of Ian Stone) e o roteirista da revista fodástica Reign of Frog, Hans Rodionoff junto com Evan Charnov eles finalmente conseguiram.


A historia de Garotos Perdidos 3- A Sede (titulo nacional) é o seguinte: Num flashback inicial,vemos a missão dos irmãos frog em Washinton, quando Alan Frog(Jamison Newlander) é transformado a força em um vampiro.Edgar Frog( Corey Feldman) está com problemas financeiros, e um pouco enferrujado como caçador de vampiros, apesar de ainda ser o melhor o que faz.Ele é procurado pela famosa escritora de livros de vampiros emos Gwen Lieber(a linda sul americana Tanit Phoenix), que teve seu irmão sequestrado por vampiros durante a festa rave de DJ X (Seb Castang), vampiro que planeja algo grande quando acontecer o evento mistico chamado " A Lua de Sangue". Com a possibilidade de matar o vampiro-mor e salvar a alma de seu irmão, ele se junta a Zoe (Casey B. Dolan) para derrrotar e vez os bloodsuckers.


Pra começar, muitos elementos do filme foram tirados de Reign of Frog, pegando as melhores ideias e as encaixando na pelicula, alias, todo o filme tem em parte o tom da revista e em parte o tom do primeiro filme. A comédia volta também, muito bem ultilizada, assim como o fator "juventude" da serie, que custuma mergulhar num ambiente mais pop e jovem.Se o primeiro eram gangues punk (ah, os belos anos 80...), o segundo filme foram surfistas, e agora foi o circulo de raves e as drogas, apesar de não se ocar muito no lado dos jovens como os anteriores,e mais em quem organiza e seus fins para isso.Ah, sim temos sangue, muito sangue,e os vampiros abandonaram o look do primeiro filme e estão mais parecidos com o visual da HQ (de novo ela)Reign of Frog.Falando em Hqs, o conflito nerds vs geeks também se mostra rapidamente presnte no filme.


Mas o filme não tem credito na praça só pro ser uma sequencia boa de um filme bom, mas também por ser a melhor critica já vistaem relação a Crepusculo e outros vampiros coloridos.Nessa hora Tanit Phoenix mostra ao que veio. Sexualmente segura, não tem medo de mostrar suas "carnes" na frente de Edgar, apesar de perceber que inutil tentar seduzi-lo, apesar de ela estar (até então) interessada nele.Frog não concorda com que ela escreve por enaltecer o vampirismo e sua sexualidade.Neste caso a realidade é bem diferente, já que os Frog sabem como ninguem que vampiros só usam isso como presa para suas vitimas, fazendo que o final de Gwen seja uma versão mais pé no chão de Crepusculo, digamos. Do outro lado temos Zoe, que tem sentimentos em relação a Frog, mas é mais contida para mostra-los.


Mas algo que fiqueium pouco decepcionado foi em relação a pouca participação de Allan Frog, espereva ve-lo mais.Mas nas poucas cenas em que aparece ele está muito bem, roubando a cena de Corey em uma das sequencias de luta.Como Edgar está sozinho e na fossa, aqui aparece os momentos que homenageiam Corey Haim, com cenas do primeiro filme e um lance muito bacana envolvendo a Batman n°14, mostrando que alem de matar vampiros e pagar o aluguel, Edgar quer principalmente ter a oportunidade de salvar a unica pessoa que ele considera sua familia, já que parte da familia Emerson morreu ou não mantem mais contato com ele, alem do fato de seu irmão ser um vampiro.Acaba sendo uma jornada de redenção dele.


O filme tem muitas viradas e revelaçõs bacanas e funcionais no final.Não spoilarei, mas digamos que haverá uma expansão agressiva do universo de Garotos Perdidos e das coisas que os irmãos Frog poderam fazer.Pistas estão espalhadas pelo filme inteiro.Caso esse terceiro filme tenha uma boa recepção, teremos de fato novidades e provavelmente os Frog enfrentando as consequências de suas decisões neste filme na proxima sequência.Mas não me preocupo mais com os Frog, agora, finalmente, eles voltaram a estar em boas mãos.Filme recomendado para os fãs de vampiros de verdade e nostalgicos fãs de Garotos Perdidos.
NOTA: 8,0



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Uaréview: Rush: Beyond The Lighted Stage


Publicado originalmente em:http://www.uarevaa.com/2010/10/rush-beyond-lighted-stage.html

Uaréview
Por Monitor

Rush é uma deas maiores bandas de rock do mundo, isso é fato inegável. Mas por muito tempo permaneceu renegada pelos criticos ditos "especializados", e só agora conseguiu estar entre os panteão dos grandes astros do gênero, apesar deles mesmos nunca ligarem muito pra isso, afinal, sua doentia e fiel legião de fãs nunca os abandona. E com o documentário do competente Sam Dunn (Flight 666, Global Metal, Headbanger's Journey) mostra a trajetória do grupo do inicio até os dias de hoje.


O filme conta com participações de inúmeros artistas e fãs da banda, como Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Taylor Hawkins (Foo Fighters), Jack Black (dispensa apresentações), Gene Simmons, Sebastian Bach (irreconhecivel e com a voz mais fina que nunca) e o atual desempregado Mike Portnoy. Todos comentam suas expêriencias com a banda, dentro e fora dos palcos, e como a música deles foi importante para defini-los como artistas e pessoas. Além disso, o espaço para os fãs desconhecidos também foi aberto, mostrando que ser fã de Rush é, especialmente / definitivamente, viver para a banda.



Mas o que importa no Rush não é o que eles poderiam ter sido se fossem rock stars fazendo merda, o que mostra o grande diferencial de outros documentários sobre bandas. O que faz o Rush é sua musica, é dela que gerou a amizade entre os integrantes, e sua sintonia musical que a tornou o que é hoje. Como por exemplo na trunê com o Kiss, onde ficaram no mesmo andar com varias lideres de torcida (ou algo do tipo) no mesmo andar e não fizeram nada. Se fosse o Kiss, cada uma delas sairia grávida de lá (rs). Mas em compensação, ver uma sessão de gravação do 2112 é uma viagem muito mais doida do que qualquer coisa.


Mas não só o ponto de vista do fã para a banda foi mostrado, mas também da banda com os fãs (como por exemplo a suposta "antipatia" de Neil Peart) e a relação entre eles, assim como os problemas que influciavam eles a tomarem certas decisões, como parar as atividades depois da turnê do test of Echo após a morte da filha de Neil. Em especial a batalha até a banda conseguir se soltar das amarras da gravadoras no começo da carreira, e as coisas insanas pra gravar as músicas da "fase progressiva" (coloco entre aspas porque sei que o fãs mais hardcore vão reclamar de toda e qualquer classificação), as mudanças da decada de 80, a volta ao rock nos anos 90 e, como o filme cita " A Vingança dos Nerds", nos dia de hoje.


No fim das contas, Geddy Lee estava errado em relação a algo que diz numa cena durante os creditos. A história do Rush é nada tediante, é empolgante, porque foca naquilo que de certo modo vai ser sempre o legado de qualquer artista musical: não é aquilo que ele faz ou deixa de fazer, seja coisas comuns ou extravagâcias, mas sim a sua música, essa sim nos levando a outras histórias, sensações e sentimentos.

NOTA: 9,0

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desmembrando o Jogo: Relembrando Jogos Mortais parte 1



Ah Jogos mortais....Você pode odiar, ou pode adorar como eu,mas é fato que ele é a serie de terror mais importante da nossa decada, não só por causa da popularização do "torture porn", mas principalmente por causa que o mais interessante ali dentro muitas vezes nem é as armadilhas, mas a historia que é contada, gerando assim uma das poucas series cinematograficas de terror que tem muitos filmes mas que mantém a sua qualidade equilibrada, essa sim sua grande conquista durante esses anos.

Vamos começar com a filosofia por detrás do negocio. JigSaw não é um psicopata comum. A muitas discusões se ele pode se encaixar nessa categoria. Ele prepara armadilhas que podem te matar, mas desde o começo ele te dá a opção de fazer isso.No fim das contas só você pode se salvar.

A medida que os filmes avançam vemos que há uma grande plano maior sendo formado. Jonh Kramer é o estrategista supremo, sempre preve os passos que as pessoas dão, e calculas as propabilidades ao seu favor.Apesar da comparação ousada, assistir Jogos Mortais é como ler uma historia do Grant Morrison, as partes podem ser boas, mas vendo elas como algo inteiro que vai lhe dar a compreensão de tudo.E chega um ponto que pensando em Saw como algo separado pode lhe parecer que "vai virar Historia Sem Fim", mas tudo ali tem seu sentido e proposito.

Mas vamos falar dos filmes.Saw começou a ser feito a partir de uma ideia dos até então estudantes de cinema James Wan e Leigh Whannell, que não conseguindo prodizir o filme com grana própria em sua terra natal, Australia, foram aos States pra ver se alguem comprava a idea, e a Lionsgate acabou por produzir o filme em um curto espaço de tempo.Alias, muito do estilo do filme, como as fotografias e os cortes acelerados, foram ideias colocadas por causa que não tinha do que mostrar muitas vezes.

No primeiro filme vamos varios exemplos do trabalho de Jigsaw, e todos os personagens tem algo em comum: perca de controle . Dr Gordon poderia muito bem ter se separado antes, ou ter demostrado o amor a familia desde cedo, mas por achar que está no controle pensa que pode domar todos os aspectos da sua vida. O detetive feito por Danny Glover é o outro lado da moeda, do qual acredita veemente que Gordon é o assasino, e a morte de seu companheiro poruma armadilha de Jigsaw o faz perder o controle de sua vida e parte de sua sanidade.No fim das contas,por não manter o controle, eles acabam sofrendo com isso. no fim, Jigsaw se levanta, e a unica coisa que o peão do jogo, personagem do ator/roteirista Leigh Whannell, tem a fazer é o que ele fez toda vida,ver tudo aquilo passar diante de seus olhos e não fazer nada.

No segundo filme, Amanda, personagem da cena icônica da armadilha do urso,volta a jogar, mas dessa vez com uma participação bem maior do que imaginado.Agora temos Jigsaw fazendo parte do jogo, conhecemos sua vida e por alto os motivos dele fazer o que faz.Somos apresentados a personagens importantes, como detetive Mathews e o Agente da SWAT Rigg vivido por Lyriq Bent, que terão papeis fundamentais no terceiro equarto filmes.Mas do que nunca,o segundo filme trata-se de um jogo onde ficar frio é a chave da vitória.Mas é o tipo de filme-catapulta, que apesar de ser bom, serve mais pra ajudar a historia que virá depois, mas nem por isso deixa de ser um filme ruim.Jigsaw prova que sua tecnica funciona, e tem grandes planos pro futuro.Credito para o novo diretor Darren Boussman, nome importante na franquia, que não deixou a peteca cair em nenhum momento que esteve na cadeira de diretor, apesar de ter passado por varias complicações no processo de filmagens.

NOTAS
Saw: 9,0
Saw 2: 7,5

Na parte 2: Love Story,Paralelismos e Legado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Uaréview: Machete


Publicado originalmente em http://www.uarevaa.com/2010/10/machete.html


Uaréview
Por Monitor


O maravilhoso trailer falso exibido em Grindhouse não te prepara pra a experiência de vida a base de testosterona que é Machete.


Sempre fui fã de Danny Trejo, desde a primeira vez que assisti “A Balada do Pistoleiro” nos meus simplórios 7 anos de idade (fins de semana regados a Domingo Maior e Cine Band ação, deus salve os anos 90) . Sendo um ex-prisioneiro e fazendo zilhões de filmes bacanas (em sua maioria), Trejo sempre marcou presença na maioria dos filmes que seu primo Robert Rodriguez fez. Até que em Grindhouse surgiu o personagem que Robert sempre quis fazer com Danny mas nunca achou oportunidade. Dai surgiu Machete,e o personagem fez tanto sucesso que agora tem seu filme próprio.

Basicamente, o filme mostra Machete como o Chuck Norris mexicano. Ele é foda, ele é sinistro, a-vassalador. O único agente federal limpo do México, que quer de uma vez por todas acabar com o reinado de terror do traficante Torrez, interpretado por Steven Seagal, o rei das vídeolocadoras, guitar hero, faixa preta em varias artes marciais e policial nas horas vagas. Alias, os aplausos calorosos quando ele entrou em cena mostram que quem é rei, nunca perde a majestade. E com razão, ele é um das coisas mais fodas do filme, alem de ter criado uma gíria que todos passarão a falar (Habla puñeta!)

Pego numa armadilha por Torrez, Machete vê sua mulher ser morta e o deixam para morrer num incêndio. 3 anos depois, vemos que Machete sobreviveu e está nos Estados Unidos como trabalhador ilegal. Sendo ajudado pela “Rede” comandada pela misteriosa Shé (Michelle Rodriguez, aquela que tem níveis de macheza e gostosura em níveis absurdamente altos), que cuidada segurança e do bem estar dos imigrantes, diferente do Senador McLaughlin (Robert DeNiro) e Von Jackson (Don Jonhson), que estão numa caça implacável contra os imigrantes ilegais.De olho em tudo isso, está a agente da imigração Sartana (Jessica Alba), investigando sobre a “Rede” e com um papel importante no futuro da historia.

Continuando, Machete é contratado por Michael Booth ( Jeff Fahey, o cara é mau é tem mullets, respeito muito isso!) para assassinar McLaughlin, mas é colocado em uma armadilha por eles, e foge matando praticamente todo ser vivo que se meta a besta com ele. No fim, tudo converge para que Machete seja o principal símbolo de uma revolução em busca do direto de simplesmente querer viver.

Machete mata das maneiras mais fodas possíveis, não tem vergonha do escatológico, do ridículo. Brinca do fato de ser um filme viajando por estilos variados, o explotation, da sua variante mexicana o Mexplotation, até no pornô cafetão dos anos 70, sacaneia as estruturas dos filmes de ação e até um pouco de metalinguagem (afinal, Lindsay Lohan interpreta uma versão exagerada dela mesma) .

Algo que causou muita polêmica sobre o filme é que um trailer não autorizado pela Fox, a produtora do filme, saiu no dia Cinco de Maio, feriado mexicano nos Estados Unidos, em meio a uma caça aos imigrantes que estava gerando grandes conflitos no Arizona. Tanto que o personagem de Don Johnson é baseado num xerife extremamente racista no Texas, tanto que no estado achou-se que o trailer seria o inicio de uma revolta popular em massa, mais uma das muitas paranóicas e pensamentos antiquados que alguns norte americanos cismam ainda em ter.


Mas pelo fato de não se levar muito a serio, mas sem deixar que o filme se torne uma galhofa, a mensagem principal se torna muito mais direta no publico e com possibilidades de se estender isso que, por exemplo, Avatar do Cameron, que por querer ser tão grandioso na forma que passa a mensagem perde o fio da meada. Em Machete percebemos bem o problema, falta de oportunidades em sua própria terra o faz correr riscos e sofrer em trabalhos considerados “menores” nos Estados Unidos.Mas quem é culpado de fato, o povo querendo uma melhor vida pra ele e seus filhos? Ou são os países que ficam a oprimir uns aos outros economicamente? E expulsar os mexicanos do pais vai fazer bem a economia? Vai fazer os americanos trabalharem nos chamados” serviços menores?”

Mas essas são questões colocadas no filme quase se fossem uma névoa, que junto com a trajetória de Machete faz você pensar sem querer querendo na situação. A intenção desde o começo é fazer você se divertir, e deus sabe como você vai se divertir nesse filme. Se você sai da sala cagando regra sobre política, é uma consequência secundária, mas prova que dá pra falar serio e se divertir achando um tom que você pense sem pensar necessariamente no assunto. No fim das contas, Machete é o aprendiz que se torna melhor que seu mestre, com um filme mais enxuto e bem dosado de sua porralouquisse do que Planeta Terror.

Nota: 9.0


PS 1: Não se preocupem, pois Machete irá retornar em Machete Kills e Machete Kills Again!

PS 2: Espero ver Hobo With a Shotgun ano que vem no Festival do Rio!

PS 3: Eu quero! Me dá de presente no dia das crianças?(RS)